O que você quer ser quando crescer? Um documentário sobre o trabalho informal em Ouro Preto

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https://www.youtube.com/watch?v=-Nj5xJslA-E

Resumo

TLDRO vídeo explora a trajetória de diversos trabalhadores em Ouro Preto, destacando a informalidade e os desafios enfrentados por eles durante e após a pandemia. Revela-se que uma parte significativa da população ativa é informal, com problemas de desemprego e desalentados. Os depoimentos de artistas, músicos, tatuadores e guias turísticos mostram a luta por reconhecimento e direitos, além da busca por uma vida digna e oportunidades justas. Ressalta-se a importância de apoio e organização para enfrentar a precarização e reivindicar melhorias.

Conclusões

  • 📝 Importância do trabalho informal em Ouro Preto.
  • 📈 Dados sobre a informalidade de trabalhadores no Brasil.
  • 🎨 Depoimentos de artistas e suas lutas diárias.
  • 🚧 Desafios impostos pela pandemia aos trabalhadores.
  • ⚖️ Necessidade de reconhecimento e direitos para trabalhadores.
  • 🏛️ Papel da universidade em apoiar trabalhadores.
  • 🌍 A precarização do trabalho como problema societal.
  • 🤝 A importância da solidariedade e organização entre trabalhadores.

Linha do tempo

  • 00:00:00 - 00:05:00

    A narradora, formada na Universidade Federal de Ouro Preto, reflete sobre suas aspirações de infância e a realidade do trabalho em sua cidade, inicialmente conhecida por sua história e cultura rica. Ela se depara com a incerteza de sua carreira e começa a explorar o mercado de trabalho, investigando a informalidade que permeia a vida laboral.

  • 00:05:00 - 00:10:00

    A narradora aprende sobre a composição da população ativa, os setores econômicos e a situação do emprego no Brasil, identificando um aumento na informalidade, desemprego e desalento, com milhões de trabalhadores informais, revelando a fragilidade da classe trabalhadora no contexto atual.

  • 00:10:00 - 00:15:00

    Ela entrevista trabalhadores informais de Ouro Preto, como Alexandre, um pianista que opta pela liberdade do trabalho informal, e Bruno, um tatuador que deixou um emprego fixo. A informalidade é um tema recorrente, onde os trabalhadores expressam suas experiências e desafios.

  • 00:15:00 - 00:20:00

    Outros entrevistados incluem Dinho, um guia de turismo que enfrenta a falta de reconhecimento e apoio no seu trabalho, e Lúcia, que encontra no artesanato uma forma de terapia e sustento, mas também lida com a invisibilidade de sua produção no mercado.

  • 00:20:00 - 00:25:00

    Gustavo, um artesão em pedra-sabão, discute os desafios operacionais e os custos envolvidos no seu trabalho, enquanto Marco Aurélio, um motoboy, relembra as burocracias e os custos crescentes que sua profissão enfrenta atualmente.

  • 00:25:00 - 00:30:00

    A narradora reflete sobre a realidade compartilhada entre esses trabalhadores, ressaltando a precarização como uma consequência de políticas públicas, onde a falta de direitos trabalhistas afeta a vida de muitos e contribui para a desigualdade social.

  • 00:30:00 - 00:40:50

    Por fim, a narradora se apresenta como porta-voz de milhões no Brasil que buscam dignidade no trabalho, propondo a luta por uma sociedade mais justa e questionando as próprias aspirações profissionais, convidando o público a se unir nessa reflexão sobre o futuro do trabalho.

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Mapa mental

Vídeo de perguntas e respostas

  • Qual a situação do trabalho informal em Ouro Preto?

    A informalidade é alta, com muitos trabalhadores sem carteira assinada e em condições precárias.

  • Como a pandemia afetou os trabalhadores de Ouro Preto?

    A pandemia acentuou as dificuldades e muitos perderam suas fontes de renda.

  • Quais setores empregam a população em Ouro Preto?

    Os setores primário, secundário e terciário, com predominância no setor de serviços.

  • Qual é a porcentagem de trabalhadores informais no Brasil?

    Cerca de 34,7 milhões de pessoas são trabalhadores informais no Brasil.

  • O que é a PNAD?

    É a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, que fornece dados sobre emprego no Brasil.

  • Como os trabalhadores se sentem sobre a informalidade?

    Muitos valorizam a flexibilidade, mas enfrentam inseguranças devido à falta de direitos.

  • Que ações podem ser tomadas para melhorar a situação?

    Qualquer apoio governamental e a organização de trabalhadores podem ajudar na luta por direitos.

  • Como a universidade pode ajudar?

    A universidade pode ajudar com formação e apoio à divulgação dos trabalhos e à conscientização.

  • Quais as principais demandas dos trabalhadores informais?

    Reconhecimento, visibilidade e políticas de apoio e regulamentação.

  • Qual é a realidade da precarização do trabalho no Brasil?

    A precarização é uma decisão política que afeta muitos trabalhadores, levando à falta de direitos.

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Legendas
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    E aí, o que você vai ser quando crescer? Quando eu era criança eu queria ser escritora, fotógrafa ou jornalista
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    Hoje eu cresci estou formando  na Universidade Federal de Ouro Preto e moro  numa das cidades mais lindas do Brasil
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    Ouro Preto é berço da história do estado e do país.
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    Lugar que é palco da política e da cultura  nacional que abriga estudantes e artistas
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    dos mais variados estilos, e ainda tem a sorte  de ser rodeada por belíssimas montanhas rios e cachoeiras.
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    Mas apesar disso, eu ainda não  sei bem o que quero ser, então eu decidi
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    pensar melhor sobre o assunto e comecei  a descobrir umas coisas bem interessantes.
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    A primeira coisa que entendi é que a população  economicamente ativa é aquela formada por  trabalhadores ocupados,
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    que são aqueles que trabalham, mas também por trabalhadores que não trabalham, mas estão procurando emprego.
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    Hoje, mais ou menos 20% da população
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    ocupada está no setor primário, que é o setor  de agropecuária, extração de matérias-primas
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    como minério e petróleo. 20% no setor  secundário, que são as indústrias de transformação
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    dos mais diversos ramos e 60% está  no setor terciário que é o setor serviços e
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    do comércio. Descobri que o IBGE faz todos os  meses uma pesquisa sobre dados de emprego chamada
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    Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio "PNAD" e  o relatório mais recente do primeiro semestre de
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    2021 mostra que tivemos aumento da informalidade  da população sobre utilizada do desemprego e do
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    desalento, que são aquelas pessoas que desistiram  de procurar emprego. Só de desempregados temos
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    hoje 14,8 milhões de pessoas, os desalentados são  mais de 6 Milhões. Fiquei bastante surpresa ao
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    descobrir que dos 86,7 milhões de pessoas  ocupadas no Brasil 34,7 milhões são trabalhadores
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    informais, que são aqueles sem carteira assinada  ou CNPJ, pessoas que trabalham por conta própria
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    ou auxiliando a família, são artesãos, ambulantes,  diaristas, motoristas de Uber, entregadores de
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    aplicativo. Isso quer dizer que 40% da população ocupada está fazendo 'freela' um
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    extra, um skate, um galho um gancho. Se eu somar os  informais com os trabalhadores subutilizados que
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    é uma categoria que agrupa os desempregados, os  que trabalham menos de 40 horas semanais, os que
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    gostariam de trabalhar mas que por algum motivo  não preencheram as vagas eu chego a incrível
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    67,6 milhões de trabalhadores brasileiros  nessas condições. Qual a chance de eu
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    estar nesse grupo? Não sei exatamente, mas sei que  é grande. Daí, eu resolvi entender melhor o que é o
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    trabalho informal em Ouro Preto, cidade que escolhi  para morar e foi conversar com algumas pessoas.
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    Eu comecei a tocar piano desde novo, eu comecei a estudar piano bem novinho
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    mesmo né, criancinha assim com cinco anos  de idade para minha primeira aula, aí eu
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    fui fazendo aula até que eu vi que  ela era uma das únicas pessoas que eu
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    conheci que já tinha feito aula de piano e  teclado e acabei me profissionalizando.
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    Meu nome é Alexandre, eu sou pianista aqui do  Café Gerais do Escadabaixo. Eu tenho 27 anos comecei
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    com cinco anos, então já tem 22 anos que  eu comecei a estudar. Aqui no restaurante eu toco
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    um final de semana, eu toco por volta de  três horas mais ou menos. Eu não tenho carteira de
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    trabalho nem nem pretendo ter, para falar a verdade. Porque eu gosto dessa liberdade, de poder
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    trabalhar como que eu quero nos momentos que eu  quero, eu tenho essa flexibilidade, tem
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    esse lado para mim que é muito bom. Tirando alguns dias que que as vezes não consigo trocar
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    não só por causa da pandemia, mas as vezes não abre, as vezes restaurante não abre.
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    Ontem por exemplo, falta água na região  aí eu não consegui trabalhar. Eu não
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    recebi, eu não trabalhei, quando eu não trabalho eu não recebo, porque tem essa coisa da informalidade né.
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    Eu tô sempre vocês desenho, de desenhar e tal, desde  pivete. E aí como eu comecei aos poucos com alguns
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    amigos, tatuando os amigos, alguns parentes, eu  mesmo já fiz tatuagem mim mesmo, trocando trampo
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    com os amigos que já estavam no ramo, eaí eu acho  que foi aos poucos fluindo e foi rolando sabe?
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    Meu nome é Bruno Roberto Garcia, eu tenho  29 anos e eu sou natural de Ribeirão Preto
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    interior de São Paulo é onde eu comecei  inclusive a carreira de tatuador e 2015
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    eu larguei um trabalho que eu tinha que era  serralheria e me migrei para tatuagem total.
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    Administrar todos os materiais que você  gasta desde plástico para embalar, papel
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    toalha, um produto, saco de lixo, descarte de  agulhas, agulhas e bicos descartáveis que eu
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    prefiro trabalhar com descartáveis, máquina,  manutenção, fonte, pedal, o custo é...
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    Tem todo desse investimento e tem mais a trajetória  do artista, o preço final também acaba essa no alto.
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    Então a importância é simplesmente  passar para o visitante a história tanto
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    oral quanto história escrita do nosso povo,  especialmente do povo negro que viveu aqui em Ouro Preto,
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    que foi escravizada aqui em Ouro Preto  no século 18. É orientar turista, porque às
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    vezes o turista vem para Ouro Preto sem guia e  passa despercebido em muitos detalhes
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    nas igrejas, nas capelas, nos museus, entendeu? Então a ideia mostrar o que há de melhor para
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    o turista, para ele levar o melhor da história  de Ouro Preto e compartilhar com as pessoas e
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    divulgar nossa cidade. Porque naturalmente impacta  também nosso trabalho positivamente.
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    Eu me chamo Evaldo de Oliveira mais conhecido  como Dinho, sou guia de turismo e artista de rua de Ouro Preto.
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    Tem dinheiro levando música e alegrando  a vida das pessoas. Como a gente trabalha na parte
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    informal no turismo, então às vezes o turista  ele exige uma credencial de guia de turismo
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    ou exige um uniforme. E a Associação dos  guias de turismo eles não disponibilizam um
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    uniforme para gente, para nós termos mais  visibilidade nessa área nessa questão de turismo.
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    Eu sempre gostei muito de costurar. Assim bordar eu não..
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    Eu gosto de pegar aquilo que eu gosto de  fazer e eu gosto muito de costurar então..
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    A minha mãe sempre quando ela tinha folga ela costurava. Daí ela saia para trabalhar a gente
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    ficava lá batendo a máquina dela. Então sempre gostei de fazer. E teve uma época da minha
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    vida que eu trabalhei em casa de família  em Belo Horizonte então eu fiz um curso de
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    costura. Então quando veio o jeito de trabalhar com a costura. É tudo que eu gosto, então entrei de cabeça.
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    Para mim o artesanato é uma terapia, sabe...
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    Além de ajudar. A gente ter a renda da gente é  uma terapia, porque no artesanato você chega, as vezes você ta com o problema e você esquece
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    Então aquilo aí as vezes ajuda muito, porque pessoas as vezes fala assim, eu tenho depressão eu acho que se tá
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    em um grupo, que tem condições de conversar,  desabafar, isso ajuda muito, então da além dele
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    ser o meu ganha-pão, ainda é uma terapia. Meu nome é Lúcia e eu estou desde 2005, desde 2004.
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    Mas a gente montou a associação em 2005, então sempre fiz parte da agricultura e do Artesanato.
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    Hoje a gente tem o instagram, mas dizer que a gente vendeu, a gente não conseguiu  vender ainda. Atrás de uma
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    pessoa grandes, às vezes a gente não aparece muito. Ela colocou lá "artesãos do Maciel", mas para
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    quem tá lá em São Paulo não sabe nem onde fica Maciel. Já que a gente a gente não tá nem um mapa.
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    O trabalho aqui ele é um trabalho bem pesado,  é bem braçal, mas que eu trabalho como coisa que
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    eu gosto, aí todos os dias eu venho aí eu tenho as produções já eu só trabalho sob encomenda ou então
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    quando eu tento inventar uma peça nova o baseado em alguma coisa, eu faço umas pesquisas e tento criar
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    as peças novas e eu trabalho eu e o meu sócio que é o Felipe. A gente trabalha três anos juntos, a gente
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    nunca tinha trabalhado antes com isso, e a gente  já começou a trabalhar trabalhando por conta, sem
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    saber fazer nada. Meu nome é Gustavo Eu sou natural de Ouro Preto mesmo de Cachoeira do Campo
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    e eu tenho 27 anos e há três anos eu trabalho  com artesanato em pedra-sabão. Se eu pegar um
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    peso de uma peça dessa aqui se eu pegar um  peso de pedra que eu gasto fazer isso aqui
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    ele vai sair no valor muito baixo para  mim. Só que até o transformar isso aqui,
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    é no meio do caminho que eu tenho meu gasto, entendeu? Porque eu vou gastar a lixa, eu vou
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    gastar resina, eu vou gastar servo, gastar  disco, aí no meu maior gasto não é nem na
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    e nem da matéria-prima meu maior gasto é nas ferramentas, que eu preciso utilizar no dia-a-dia.
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    Tem lixa, tem ferramenta, óleo, torno,  aí tudo é gasto e quando
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    você menos espera também estraga e tem que  arrumar, porque a poeira né. Vai assim,
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    até ferramenta industrial ela não aguenta muito  'tranco' porque o serviço é bem pesado e é muito forte.
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    e não tem como fugir do pó aqui dentro não, mesmo de máscara, na hora que você tirar a máscara querendo ou não você vai
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    estar em contato com essa poeira de uma forma de ou de outra. Resseca a pele, o cabelo, por causa do pó né.
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    Boa noite
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    Durante o dia eu pego serviço do sindicato de 12h as 18h. Aí eu saio do sindicato vou direto para o Satélite
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    trabalho de 18h as 1h da manhã.  A gente está tentando criar alguma associação
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    a início os motoboys e depois agregando mais  pessoas a gente chegar a nível de sindicato.
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    A partir do momento que a gente tem uma associação, já começa a mostrar para a população que você
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    tá organizado, entendeu? Então uma classe que  é organizada, querendo ou não se impõe mais
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    respeito. E a partir do momento que a gente criou  uma associação a gente vai ter um presidente que
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    vai poder falar bem do nosso nome. Então gente pode requerer uma Tribuna na Câmara por exemplo, a gente
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    pode ajudar os vereadores a realmente escutar  a gente, está passando as demandas da gente para um vereador.
  • 00:18:00
    Então a partir do momento que você criou  uma associação que organizou é diferente. A gente pode,
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    até não sei se é o caso, de cogitar uma cadeira por exemplo, no Conselho Municipal de Transportes.
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    Meu nome é Marco Aurélio tem novo 40 anos  tem 18 de motoboy e tem 10 anos que eu trabalho
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    na prefeitura municipal de Ouro Preto. Hoje além  de motoboy estou no sindicato dos
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    servidores públicos municipais e mais um passo importante,  vamos dizer isso mesmo, começou a tramitar
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    de novo a lei para regulamentar o serviço de Ouro Preto, porém não é uma hora assim, no meu ponto de vista
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    não seria hora agora de fazer, porque pra gente  regulamentar, rodar tudo certinho, motoboy tem
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    que gastar na fase de 1000 a 1200 reais para tudo dentro da lei, contrato de governo curso de motoboy tem
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    que fazer, que para mim infelizmente é só para levar  o dinheiro da gente, porque você não aprende nada
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    diferente do que quando você tira  habilitação e fora os equipamentos segurança
  • 00:19:03
    que matou cachorro, antena corta-pipa. Outra exigência que eu não sei o porquê disso é a gente
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    usar colete refletivo. Que a lenda do capacete já  tem obrigação da fácil refletivo, a moto tem que
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    tá andando com a todas as luzes tudo funcionando,  parte elétrica funcionando, então para quê que eu
  • 00:19:21
    vou usar um colete refletivo? Então assim, são muitas burocracias e que de certa forma não agregam
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    muita coisa na profissão da gente no dia a dia. Você tem manutenção da moto, se tem abastecimento,
  • 00:19:32
    tudo tudo tudo é por conta do motoboy. Pneu da  minha moto que eu comprava há um ano atrás por 250 reais,
  • 00:19:39
    260 reais, pneu de primeira linha hoje eu vou pagar 380, quase 400 reais é quase o dobro, então o custo
  • 00:19:48
    aumentou muito e o valor da diária não acompanhou  esses custos. Gasolina há um ano atrás era 3,20 hoje é
  • 00:19:55
    6 reais. Então tudo aumentou muito, nós tivemos um  custo muito maior e o valor da diária nossa não
  • 00:20:03
    acompanhou esses aumentos que a gente vai ter. O depoimento desses trabalhadores me levou
  • 00:20:08
    a enxergar algumas coisas, a primeira delas é que essa realidade de Ouro Preto é também a realidade do
  • 00:20:15
    Brasil. Percebi que o número de carteiras assinadas  em nosso país é o menor desde 2012 e o trabalhador
  • 00:20:22
    brasileiro recebe em média menos de mil reais  por mês. Percebi que as famílias brasileiras estão
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    super endividas e com a alta da inflação estão  também passando fome e percebi que a desigualdade  social
  • 00:20:37
    que sempre foi uma marca em nosso país  tem piorado cada vez mais. A pandemia causada
  • 00:20:44
    pela covid-19 somente exacerbou que já existia: a  classe trabalhadora menos protegida é a que está
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    morrendo mais. Enquanto os ricos concentram ainda mais a renda durante este período.
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    Embora não tenha sido a pandemia que causou essa tragédia no mundo do Trabalho ela pois a nu, ela desvendou,
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    ela desnudou, a forma pela qual o capitalismo já vinha, digamos assim, desenvolvendo uma forma
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    de trabalho empurrando a classe trabalhadora,  ou seja, um trabalho vivo para a flexibilização,
  • 00:21:27
    a terceirização e mais acentuadamente nesse  período a informalidade e a intermitência.
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    Antes da pandemia a gente já tava com agenda toda cheia, a gente tinha show fechado até o final do ano,
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    e isso estava sendo minha fonte de renda principal. Aí com a pandemia tudo ficou muito não é difícil, porque
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    quem diria né que fazer música fosse perigoso para a saúde das pessoas.
  • 00:21:57
    Aí eu tive que mudar da cidade porque os clientes todos desmarcaram. Durante a pandemia esse período de
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    primeira semana de abril até dezembro eu trabalhei com pintura residencial nessa cidade do interior.
  • 00:22:12
    Nessa pandemia vinha muitos americanos,  franceses para cá, toda semana eu guiava estrangeiro
  • 00:22:20
    e durante a pandemia assim foi bem complicado para nós né, porque o único meio que a gente tem para
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    ganhar dinheiro é o turismo né. Assim, tanto na minha artística quanto na parte de guia profissional, esses dois meios
  • 00:22:36
    depende do turismo. Então como o turismo  zerou durante a pandemia isso afetou a gente assim...
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    drasticamente, causou uma ansiedade e um desespero em nós que trabalhamos como autônomo.
  • 00:22:47
    Depois que entrou a pandemia, então foi difícil porque aí a  gente já não tinha venda mais, porque a gente
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    expõe também na casa de comprar todo final de semana. Ontem foi fechado também um espaço,
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    porque não podia ser aberto ao público, aí a  gente ficou mais ou menos um ano sem a gente vender.
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    A gente não tinha como vender, não tinha como fazer nada.
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    A gente cortou todo mundo e fechou as portas. Ficamos 3 meses parados. Ai a gente resolveu voltar, aí por um tempo enquanto tava dando auxílio tava saindo peça normal,
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    mas aí depois começou a ficar meio agarrado de novo, atacado aí a gente voltou nosso foco completamente para internet.
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    A quantidade aumentou muito, aumentou tanto no comércio que eu trabalho tanto em
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    número de comércio que começou a trabalhar  só com delivery, porque como não tava podendo
  • 00:23:50
    abrir as portas, começou a trabalhar com o  delivery e em contrapartida trouxe muita gente
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    que nunca trabalhou de motoboy que infelizmente, desempregado, de uma moto dentro de casa o cara falou:
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    eu vou trabalhar de motoboy e tá trabalhando junto  a gente.
  • 00:24:08
    Durante a pandemia eu descobri que ia ser pai aí né. A minha filha tava para nasccer e aí bateu um desespero né, porque vamos nos 'conver' né.. 600 reias não da para fazer quase nada.
  • 00:24:20
    A gente ficou com muito medo, porque eu moro com minha família
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    o meu sócio também mora com a família dele,  então primeira coisa que a gente fez foi cortar todo mundo
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    porque a gente não sabia se ele estavam se cuidando  igual a gente, entendeu? E aí do nada nós dois
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    pegamos covid e a gente aqui tá trabalhando de  máscara, botando álcool gel aqui, ficamos de boa ,
  • 00:24:42
    só na nossa, mas só que a gente tinha que ter o  contato com os clientes que vinham buscar, então
  • 00:24:47
    querendo ou não a gente pegou, ficamos um tempo em casa. Pegamos no mesmo tempo, graças a Deus a gente
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    não transmitiu para ninguém nem para familiar  meu nem dele, aí ficamos mais de boa. Voltamos, e o que
  • 00:25:00
    mudou foi tipo essa relação de não poder estar  recebendo muita gente aqui, de não poder ter
  • 00:25:08
    mais gente, ter medo do que vai acontecer amanhã,  sabe? Se eu não posso fazer uma conta aqui
  • 00:25:14
    hoje porque eu não sei se amanhã eu vou eu vou ter venda, eu não sei se amanhã vai ter nada, é complicado
  • 00:25:21
    E o governo não não fala nada, você  não tem nenhum apoio né, tipo a prefeitura de Ouro Preto
  • 00:25:28
    mesmo não fez nenhuma ação para nem para  microempreendedores nem para a galera informal, não fez ação para ninguém
  • 00:25:37
    Durante a pandemia, pedi para todo mundo ficar em casa, concordo com tudo,
  • 00:25:43
    vamos usar o delivery, vamos usar o delivery, mas ninguém falou de vacinação com o motoboy, por exemplo.
  • 00:25:47
    Eu atendo eu passo, por exemplo de um dia, um final de semana por exemplo, eu costumi fazer 45 entregas,
  • 00:25:55
    então são 45 residências. Só eu tive contato direto, e a minha segurança? Não tem, então a classe dos motoboys
  • 00:26:05
    de tudo que é feito para a gente, nunca conversado com a gente. Alguém lá de cima que às vezes
  • 00:26:12
    nunca montou na moto resolve fazer o projeto de lei, e 'ah vou beneficiar motoboy' mas que benefícios
  • 00:26:18
    que não fizeram até hoje. A gente não recebe aí por exemplo uma máscara,
  • 00:26:24
    quem usa tem que comprar do próprio bolso, entendeu. Álcool se a gente quiser a gente carrega, a gente
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    compra do nosso próprio bolso. Aí você chega na  residência, tem gente que atende a gente sem máscara,
  • 00:26:34
    tem uns que acha um absurdo a gente tá usando  máscara, que a maioria desses negacionista ai, entendeu.
  • 00:26:39
    Eu atendi, eu fui na pousada que o cara  riu da minha cara 'também o usa a focinheira?'
  • 00:26:46
    Entendeu? Então você ve o nível que a gente praticamente não existe.
  • 00:26:51
    Comecei a entender que as dificuldades são generalizadas no trabalho  informal e que as decisões para que essas
  • 00:26:59
    dificuldades permaneçam ou até mesmo aumentem são  políticas. Existe uma lógica por trás disso,
  • 00:27:06
    se existe milhões de desempregados e alguns milhares  de trabalhos sem qualquer direito ou garantia
  • 00:27:11
    esses desempregados não vão achar ruim quando  conseguirem um emprego sem qualquer respaldo,
  • 00:27:17
    aliás podem até achar bom. E isso tem o nome é a  precarização do trabalho ou a retirada de qualquer
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    proteção junto ao trabalhador. A precarização é  uma decisão política e na prática faz com que
  • 00:27:32
    o trabalhador não só não tenha direitos, mas tem  que arcar com todos os custos e riscos da sua
  • 00:27:38
    produção, e isso vale claro para o motorista do  Uber e o entregador do iFood, mas vale também para
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    o artesão, o motoboy, o músico, o tatuador e o guia  turístico de Ouro Preto e isso vale também para mim.
  • 00:27:54
    Ninguém, absolutamente ninguém individualmente  tem as melhores receitas para as reformas que
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    precisamos realizar mas eu quero  fazer uma observação é que nenhuma
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    dessas reformas alterará os direitos  adquiridos pelos cidadãos brasileiros.
  • 00:28:27
    O trabalhador gente vai ter que decidir menos direito e emprego ou todos os direitos e desemprego.
  • 00:28:38
    Na compra da pequena agricultura  familiar, tudo isso, apoiar as duas pontas e para
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    isso é preciso ter mão de obra barata o Brasil tem uma arma de destruição em massa de preto são
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    os encargos sociais e trabalhistas. Minha cabeça  tava explodindo. Fiquei pensando, se a precarização
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    tá chegando em todo tipo de trabalho o que a  gente pode fazer? E como as pessoas, a universidade,
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    o poder público podem reagir? Como a gente pode  resistir a esse processo? Foi aí que descobri mais
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    uma coisa que a primeira forma de resistência é  o resultado incrível do trabalho dessas pessoas
  • 00:29:18
    fazer uma tatuagem ou uma música que agrade os  olhos ouvidos do cliente, produzir arte com pedra
  • 00:29:25
    ou tecido e ter uma boa relação com aquele que recebe o produto ou serviço, apesar de todas as dificuldades
  • 00:29:31
    é primordial para esses trabalhadores. Entendi que  produzir com qualidade é resistir à precarização.
  • 00:31:07
    E além disso percebi que apesar das  forças políticas e sociais muitas
  • 00:31:12
    vezes jogarem contra, no trabalho eles se  encontram, se apoiam, e juntos criam forças
  • 00:31:19
    para lutar. E que independente de qualquer coisa  a dimensão coletiva estará sempre presente seja em
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    forma de redes cooperativas ou em forma de resistência. E por fim eu entendi que produzir
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    com qualidade e se ajudar mutuamente não é suficiente para resistir à precarização, se
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    a gente quiser ter um trabalho genuinamente  qualificado protegido a gente precisa que
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    a universidade, o poder público e a sociedade como  um todo ocupem um papel central neste processo.
  • 00:31:52
    É igual eu falei a gente não tem visibilidade nenhuma no poder público, nem da câmera nem da
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    prefeitura, visibilidade nenhum. Quando se tem um governo que te apoia mais ele abre mais porta,
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    abre mais caminho. Aí quando é aquele mais fechado  não valoriza as vezes tanto o artesanato divulga
  • 00:32:15
    números, então a gente nem fica sabendo das feiras que acontecem.
  • 00:32:19
    Sobre investir mais nos eventos aí né, porque Ouro Preto às vezes fica muito parado, turista vem aqui com alguma expectativa no final
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    do ano e tem nada na cidade. Faz um leilão, faz uma feira, cria um movimento sabe, dar valor
  • 00:32:33
    à cultura do lugar. A cultura de esculpir em  pedra ela veio para Ouro Preto desde quando surgiu
  • 00:32:41
    Ouro Preto. Ouro Preto foi fundado em cima disso, e isso não pode morrer. A gente é novo e a gente está
  • 00:32:50
    trabalhando com isso porque a gente gosta, mas  só que cada a cada dia que passa tá diminuindo
  • 00:32:55
    a galera que tem interesse para trabalhar com isso, e se não tiver movimentação da da cultura, a cultura vai morrer.
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    Muito importante, qualquer órgão  público desde que divulgue o trabalho
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    da gente, que o poder público ele tem muito mais força do que a gente na na zona rural, né, então tudo
  • 00:33:16
    que vem de um site de Ouro Preto, o site de Ouro  Preto ele é muito visitado, então tem muito mais
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    possibilidade de ser divulgado o nosso trabalho.
  • 00:33:26
    Por exemplo, tem muitos motoboys que gostam de praticar o whellie que é empinar moto essas coisas. Pedir para que os cara ir fora da rua tá errado.
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    Lógico, eu não tô falando que ele tem que fazer não, mas Ouro Preto é cheio de espaço ocioso,
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    por que que não libera o espaço para os meninos? Porque não libera, por exemplo, o estacionamento da
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    antiga fábrica de tecidos? Até o evento sido ligada ao esporte todo mundo dinheiro que tem
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    muito certo não teve acidente, ninguém  machucou. Por que que não libera os para os meninos o espaço também.
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    Tem as feirinhas também, aquelas  lojinhas elas são destinadas a artesões de Cachoeira do Campo e região.
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    Porém, artesão de Cachoeira  do Campo e região eu conheço um tem loja.
  • 00:34:15
    E o espaço que era para ser utilizado por artesões de Cachoeira do Campo e região está sendo utilizado
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    por pessoas que nem são daqui da região, que nem  são artesão, que compram na nossa mão e fica só
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    querendo pagar menos cada vez mais, entendeu? Por isso que a internet também foi uma boa, na pandemia
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    nesse caso foi boa para a gente, porque ela fez  a gente perceber que nossa mercadoria tem valor .
  • 00:34:38
    Uma peça que a gente vendia aqui por  50 reais a gente vende na internet por 300.
  • 00:34:43
    Tudo que tiver de divulgação, né, a gente precisa de apoio, a gente precisa gente ir para puxar.
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    Disponibilizar também um curso de idioma, sabe. Porque eu vejo que o percentual de estrangeiros
  • 00:35:02
    aqui em Ouro Preto é muito alto. Ouro Preto é património mundial da Unesco e Ouro Preto é muito
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    divulgado também Paris, na França onde está a sede da Unesco. Então se a Universidade poder da o
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    suporte para tornar os dias autônomos bilíngues. Vai ser muito bom.
  • 00:35:20
    O centro de Ouro Preto ele é muito visitado. Então se a gente conseguisse ter uma exposição no centro de Ouro Preto pelo menos umas duas
  • 00:35:30
    vezes no ano, isso e ajudar a gente demais, mas  com apoio da Universidade, com apoio da prefeitura, o site.
  • 00:35:40
    O site de Ouro Preto. Tudo que puder divulgar  para gente vai ajudar muito.
  • 00:35:46
    A UFOP tem que refazer um trabalho de conscientização que continua as  festas da República, continua, por exemplo eu podia
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    ser um cara assim, vamos dizer, mais prego no português, toda hora que atendeu a república ligar
  • 00:36:00
    para ela tá tendo festa em tal república, ta tendo festa em tal república. Não! Porque não adianta
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    a fiscalização vai lá e a festa vai continuar. Então eu  acho que é mais um trabalho de conscientização.
  • 00:36:11
    A universidade e a prefeitura, Associação, todo mundo,  tinha que estar fazendo projetos direto, tipo assim,
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    Tem associação de Cachoeira, faz uma  associação de Ouro Preto a universidade pode entrar
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    com fomentação de pesquisa, fomentação de inúmeras coisas, divulgação, tem a Universidade pode estar
  • 00:36:31
    entrando em muitas maneiras de estar  envolvendo. Já tem projetos da área, a universidade
  • 00:36:39
    já faz uma parte que é importante, só que ela  poderia estar tá mais ali, só que a universidade
  • 00:36:45
    depende de quem tá lá dentro também, então é um processo que é gradativo.
  • 00:36:51
    Quando criança eu sabia o que queria ser quando crescesse; Eu queria ser  escritora, fotógrafa ou jornalista. Acho que é porque
  • 00:37:00
    sempre gostei de romance de imagem e de conversar com as pessoas mas, hoje. Hoje eu confesso que não
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    sei bem ao certo se alguma dessas profissões  realmente ser a minha. Bom, talvez nesse momento
  • 00:37:13
    você esteja se perguntando quem sou eu. Depois de  fazer essas pesquisas e conversar com o Bruno, o Alexandre
  • 00:37:20
    a Lúcia, o Marco Aurélio, o Gustavo e vários  outros Trabalhadores de Ouro Preto Acho que chegou
  • 00:37:27
    a hora de eu me apresentar. Eu sou a voz de milhões de pessoas no Brasil que procuram um trabalho.
  • 00:37:33
    Um trabalho que me dê condições econômicas e  sociais dignas para o meu desenvolvimento pessoal
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    e para que eu possa ajudar no desenvolvimento  da sociedade. Eu sou a voz de milhões de jovens
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    que estão entrando no mercado e procura uma  sociedade mais justa na qual a precarização
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    do trabalho e da vida não seja uma decisão  política, é isso que eu sou. É por isso que
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    eu vou lutar. Agora é a sua vez se apresentar. E você? O que quer ser quando crescer?
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