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[Música]
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bem-vindos a nosso falando nío de hoje
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nesse canal YouTube com apresentação de
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um livro livro que Acabei de publicar
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junto com o meu querido colega amigo
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irmão de fé camarada Gilson yanini da
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federal de Mina Gerais e que se chama
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ciência pouco é bobagem porque
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psicanálise não é pseudociência né a
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gente tem aqui uma uma versão da capa né
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ela saiu pela ubu essa Editora tão
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querida da gente aí da Florence né e e é
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uma resposta a ao trabalho de pasternak
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orse né Eh que bobagem eh que elenca ali
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um conjunto de pseudociências de
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práticas nocivas e entre elas a
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psicanálise então a gente procurou nesse
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trabalho e e examinar o que que o que
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que exatamente é uma bobagem né é a
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começar pelo fato de que é assim que
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geral os pacientes se referem aos seus
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sintomas né Essa coisinha besta essa
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essa essa bobagem da qual eu sofro aqui
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ali que me impede disso que me impede
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aquilo e é um trabalho que assume uma
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perspectiva assim de eh pensar as coisas
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a partir do universo a partir assim da
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perspectiva dos nossos críticos né
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porque a gente sabe que há várias
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defesas há várias formas de pensar a
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cientificidade a implantação da
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psicanálise no campo das ciências melhor
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dizendo né Eh há Bom Há bons trabalhos
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sobre isso mas elas eh sofrem um pouco
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eh desta
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eh dificuldade de serem um pouco
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internalistas ou seja de de pedirem
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muitos pressupostos para então dizer
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olha psicanálise é uma ciência da
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linguagem habitada pelo sujeito ou a
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psicanálise tá enfim tentando
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reintroduzir métodos das Matemáticas da
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topologia para eh se deslocar né do
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entendimento que ela seria uma ciência
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biológica para uma ciência formal para
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uma ciência da linguagem ou seja para
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para uma ciência que eh parte do ponto
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de vista pelo menos né na sua orientação
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lacaniana eh de que nos definimos como
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seres falantes e o o espaço universo
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simbólico no qual eh nós operamos é um
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espaço definido por pela negatividade
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pela possibilidade de usar a as
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representações negativas facultadas pela
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pela pelo pelo nosso nível de linguagem
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e que portanto seria Ah um pouco assim
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eh deformante apreciar uma uma ciência
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como essa ou uma no f shaft Como dizia o
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Freud uma uma um saber que tenta se
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tornar uma uma ciência
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ou como vai dizer o chevin né no fundo
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várias ciências
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e é um pouco desleal julgar isso por uma
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epistemologia que que ele seria estranha
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que ele seria
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assim diferente mas a a nosso exercício
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aqui nesse trabalho é fazer justamente
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isso né é levar adiante né o ponto de
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vista de de orse de pastern e mostrar
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que mesmo se a gente assume essas
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premissas né poeticamente o trabalho
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assim a crítica apresentada é muito ruim
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né ela ela não se sustenta nos seus
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próprios termos para começar a gente
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teria que dizer né que a psicanálise
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e
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advogaria assim uma uma uma posição
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específica dentro da ciênci talvez
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dentro das ciências humanas
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Ah mas portanto não é uma ciência no
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sentido mais tradicional do termo Ah mas
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também não é uma pseudociência então
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para isso a gente vai discutir como ã a
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ciência contemporânea a
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tecnociência ela foi se transformando
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cada vez mais no empreendimento
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normativo né no empreendimento ã
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categorial né Eh baseado num conjunto de
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consensos o Consenso de quep Pesquisas
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com essas tais características
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metodológicas elas eh bom são eh mais eh
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verídicas ou mais persuasivas do que se
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a gente assume outros compromissos
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metodológicos se a gente assume outros
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compromissos epistemológicos se a gente
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assume outros compromissos ontológicos
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né então é é uma versão que muitos vão
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dizer assim olha essa versão tá explica
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um pouco por que as pessoas estão assim
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cada vez mais com certo pé atrás em
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relação à ciência porque estão
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percebendo que ela se apresenta como
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neutra muitas vezes tendo interesses
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atrás de si interesses que financiam as
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pesquisas interesses que que mantém uma
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certa hierarquia entre saberes
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interesses que H excluem e derroga
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saberes que tem outras eh outras
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conformidades né saberes tradicionais e
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finalmente a gente tem no no no trabalho
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de de orce pastern que um autêntico fake
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News né e uma uma abordagem que ela não
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cumpre requisitos básicos pra gente
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fazer e divulgação Científica que é algo
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tão importante né paraa Qual a a Natália
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p que deu tanta eh eh eh contribuição
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mas que eh a gente vê aqui nesse nesse
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livro se tornou um autêntico de serviço
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a começar pela desatualização
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né Muito grande dos das críticas né
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então eh não se tomou em consideração
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nenhuma pesquisa que mostre eficácia da
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psicanálise
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eh
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manualização dinâmica pensada como uma
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eh psicoterapia psicodinâmica de longo
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prazo ou seja levando em consideração
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justamente esses critérios de
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homogeneização que os psicanalistas em
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geral não gostam muito mas se a gente
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fizer isso as pesquisas de 2008 para cá
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mostram que a a psicanálise tem tanta
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força evidencial quanto qualquer outra e
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abordagem
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psicoterápica que se apresente dotada
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então de evidências robustas quer dizer
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é falso o argumento Central é
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simplesmente falso à luz do quê das
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pesquisas com indexação alto impacto de
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citação alta qualidade metodológica e
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alta qualificação de eh veiculação os
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argumentos o capítulo sobre psicanálise
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eles são particularmente ruins a debate
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isso né a começar pelo uso do poper né
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Eh a continuando na e no mau emprego de
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um bom crítico da psicanálise que a
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gente vai debater nesse livro e vai usar
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assim como uma espécie de referência que
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é o grb Né o texto dele on foundations
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of psychanalyses de 84 eh e se
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desdobrando então na Que tipo de
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biografia do Freud então foi mobilizado
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para para assim eh atacar a sua pessoa
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né a sua moralidade como se isso fosse
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um argumento propriamente científico e a
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gente caminha por essa
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e passagem assim sem imedi ação né da
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medicina baseada em evidências para a
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Psicologia baseada em evidências né é um
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erro erro básico né porque assim como
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princípio ativo das psicoterapias ainda
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não conseguiu se dizer exatamente qual é
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diagnóstico em medicina diagnóstico em
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psicopatologia em psicanálise é mesma
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coisa não é a gente sabe que não os
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propósitos de uma psicoterapia elas são
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simplesmente remoção de sintomas na
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psicanálise não não não não dá não dá
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para fazer essa redução bom então a
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gente faz esse levantamento Explica qual
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a diferença né Eh a mostra como sim
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existe uma quantidade bastante grande de
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estudos randomizados com duplo cego e
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Rep Placebo testando eficácia
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psicanálise e ou seja
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eh é factualmente equivocada a crítica
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né daí a gente traz então um balanço
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dessas evidências da psicanálise como
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psicoterapia né Eh e daí discute a o os
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os as duas outras acepções né então como
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como teoria né como teoria científica
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sim ou não eh e como método de
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investigação Então a gente vai tratar aí
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da da da importância da estética né do
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da da forma como as coisas são expostas
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a gente vai abordar o problema da
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causalidade em psicanálise como é que a
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gente fala e distingue causas motivos
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razões quando nosso campo é linguagem né
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quando o campo é o comportamento acho
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que aí a discussão é outra mas mas né
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Vamos vamos aceitar essa prerrogativa
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essa essa par Pri né de que a linguagem
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que que que que forma é o nosso campo
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discutimos também e o tipo de
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materialidade porque geralmente quando
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os nossos críticos Falam assim do
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inconsciente Eles não conseguem
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apresentar uma definição mínima razoável
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sobre do que é que nós estamos fazendo
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que leve em conta obviamente ali os os
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termos colocados seja lá por um autor ou
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por outro né
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então a ideia de de que de que o
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inconsciente é uma é um poder é uma
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força é um Ah é um ente assim ideal é
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completamente equivocado a gente desfasa
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esse eh esse erro né Eh a gente fala da
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da importância né Da Lógica para
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entender a cienti da psicanálise porque
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a lógica é é um instrumento muito
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importante para pensar a linguagem né
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então a gente fala da noção de
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necessidade a noção de contingência e e
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apresenta aí o que que seriam modelos e
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formalizações possíveis para eh levar em
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conta né de uma maneira mais mais leal
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eh esse debate entre psicanálise e e
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ciência que precisa e que deve ser assim
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atualizado né uma própria repercussão eh
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dessa questão mostra que os nossos
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trabalhos estão um pouco antigos nessa
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matéria que sim ah pasternak e ors
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fizeram um bem né ao ao fazer uma
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crítica tão ruim que mobilizou uma uma
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um questionamento do campo uma uma
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resposta né Eh que leva então aí em
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conta os argumentos do ponto de vista do
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outro né em vez de eu falar assim
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endogamico ah psicanálise ela pensa
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assim o nosso campo tá definido dessa
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forma a gente saiu do condomínio
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tentamos fazer isso aí para mostrar que
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mesmo fora
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ah ciência a pouca bobagem não é
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pseudociência né Isso o próprio GR que
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que que é citado aí já já tinha já tinha
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mostrado né os critérios do poper já já
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se tornaram anacrônicos né e e e
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indiretamente a gente levanta uma
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pergunta final que é o seguinte né a
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gente fala tanto em em pseudociência
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talvez a gente precise começar a falar
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um pouco mais em pseud
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tecnologia pseudo tecnologia são esses
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aparatos né Eh que agora vão se tornar
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mais e mais eh pujantes com a
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inteligência artificial eh com os
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algoritmos são são aparatos que produzem
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né uma falsa impressão de que porque
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algo é meramente
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eh Posto numa chave tecnológica isso
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então Eh ganha uma força ganha um
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encantamento ganha um um efeito de
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persuasão ã que que que nem sempre faz
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uso aos fatos Então é isso aí lançado
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pela ubu eh ciência pok bobagem eh
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gilsan Confira aí esse trabalho e também
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contribua pro debate traga sua opinião
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coloque o seu entendimento e para mais
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fragmentos científicos metodológicos
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epistemológicos e ontológicos vamos
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seguir a
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can
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n