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Olá, amores. Eu sou a professora Isa
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Novas e neste vídeo aqui eu vou
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apresentar para vocês o resumão do livro
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A visão das plantas que está na lista de
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leitura obrigatória da Fuveste deste
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ano. O objetivo desse vídeo é fazer um
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resumão bem direto ao ponto, OK? Então
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vamos lá.
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[Música]
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Além deste vídeo aqui, já há vários
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outros que estão publicados aqui no
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canal. Quer saber quais são esses
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vídeos? Dá uma olhadinha na playlist da
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Fuvest e tem também uma playlist para a
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Unicamp, OK? Então, vamos começar. Aqui
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nesse livro nós vamos ter um narrador em
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terceira pessoa que vai contar a
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história do Celestino, que é um
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ex-capitão de um navio negreiro. Só que
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no presente da narrativa, ele já tá
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velho, né? Já não está mais lá dentro do
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navio negreiro e está nos últimos anos
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da vida dele. Então a história ela vai
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se passar em Portugal lá no século XIX.
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Só que há também a presença de um
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narrador em primeira pessoa em alguns
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trechos fragmentados da história quando
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o próprio Celestino assume a narrativa.
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Então é importante a gente falar um
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pouquinho sobre esse cara, né, tão
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emblemático. Então a narrativa começa
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com o Celestino retornando à antiga casa
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da família dele. Ele tem sim consciência
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que esta casa será a sua última morada
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antes de ir pra sepultura. Isto é, antes
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da sua morte. Então, todos os familiares
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dele já estão mortos, mas a casa ela
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ainda está mobiliada e cheia de
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pertences das da mãe e das outras
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mulheres da família. A casa, por ter
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ficado muito tempo abandonada, ela tá
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toda corroída pela marezia e também pelo
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tempo e tá cheia de poeira. Do pai do
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Celestino, só há um retrato na casa.
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Aliás, o pai dele também foi um capitão
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de navio negreiro, mas morreu em alto
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mar quando ele, o Celestino, ainda era
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criança e por isso ele tem poucas
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lembranças desse pai. Só que da mãe, ele
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lembra de muitos detalhes, tá? Ele
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lembra da mãe sempre naquela labuta do
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dia a dia. Bom, ele começa então assim
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que ele chega na casa, ele começa um
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trabalho de limpeza desse ambiente.
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Então ele joga muita coisa fora, ele
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queima os objetos pessoais das mulheres,
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da família, ele vai fazendo tudo isso
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sem nenhum tipo de sentimentalismo. Não
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há nostalgia, não há saudade por esse
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passado, nada disso. Ele faz de uma
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forma bem fria, tá? E ele passa então a
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cuidar do jardim que está abandonado. E
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em pouco tempo, gente, assim, poucos
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meses, o jardim fica lindão, tá? Fica
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todo florido, fica perfumado. Então, até
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por conta do título da obra, a gente já
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consegue perceber a importância que esse
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jardim tem, tá? para o Celestino e para
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a própria
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história. A presença do Celestino na
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cidade, no início, acaba despertando uma
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certa curiosidade nos moradores da
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cidade. Além da curiosidade, desperta
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também certo medo, certo pavor por conta
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da vida passada do Celestino. E daí as
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fofocas começam, todas as pessoas
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falando sobre as maldades realizadas por
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Celestino durante a sua época de pirata.
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E para não ser incomodado, o que que o
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Celestino faz, né? Porque ele prefere
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ficar sozinho, tá? Ele constrói um
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espantalho neste jardim e as pessoas
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então começam a falar que ele fez um
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altar pro diabo, tá? Então as fofocas
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elas inclusive vão aumentando. Nessa
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história também tem um personagem
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importante além do Celestino, que é o
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padre Alfredo. Esse padre conheceu a mãe
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do Celestino e quer de todo jeito fazer
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o Celestino se confessar, isto é, se
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arrepender dos seus pecados para ganhar
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o reino dos céus, já que a morte dele tá
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próxima, não é? Mas o Celestino foge
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disso porque, gente, ele não quer perdão
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e ele não se arrepende nada que fez.
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Sempre que ele fala para alguém sobre os
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fatos do passado, parece que ele sente
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até um certo orgulho. Aliás, não sei se
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você sabe, mas é possível estudar todas
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as obras da Fuveste, da Unicampo dentro
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da maratona, OK? Então você pode acessar
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o QR code que tá aparecendo aqui na tela
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ou também os links que estão aqui na
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descrição e ter mais informações. Mas
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dentro da maratona nós analisamos as
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nove obras da lista de leitura
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obrigatória de cada um dos vestibulares
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com aulas gravadas. São várias aulas
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para cada livro livro também tem o
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material de estudo, tem exercícios
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inéditos, exercícios de vestibulares
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anteriores e um acesso direto para tirar
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dúvidas comigo, tá bom? e muitas outras
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coisas. Dá uma olhadinha nesses links.
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Vamos continuar com a história do
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Celestino. Então, a narrativa, ela vai
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mostrando, né, ao longo do tempo,
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algumas atrocidades que o Celestino
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cometeu durante esse período dentro do
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navio negreiro. Eu vou aqui citar apenas
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algumas, tá bom? Então a gente tem, por
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exemplo, em uma das viagens, ele
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encontra um grupo de holandeses que
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estavam ali para caçar um crocodilo em
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terra, tá? Para caçar um crocodilo e
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lucrar com a venda desse crocodilo, tá?
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Esse grupo ajuda o Celestino, porque o o
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Celestino naquele momento ele estava
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febril, ele estava doente e estava
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sozinho. Só que o Celestino, quando ele
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fica mais fortinho, ele trai o grupo,
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tá? mata todas as pessoas do grupo dos
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holandeses, menos uma menina mais jovem,
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que aliás foi essa menina que ajudou o
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Celestino, foi a que mais ajudou o
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Celestino durante toda a doença. Mas ele
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fez isso por piedade, gente? Não, porque
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sem piedade alguma ele pega esse essa
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menina, ele venda os olhos dela e a
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amarra num tronco de uma árvore e deixa
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a menina lá para morrer. Então ele não
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mata a menina assim como fez com os
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outros, mas deixa a menina para morrer,
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que é basicamente a mesma coisa, né? Tem
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um outro fato narrado no livro que conta
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um episódio horroroso dentro do navio
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negreiro. Nesse navio tinha
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aproximadamente 60 pessoas dentro do
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porão. Então ele pega, ele joga a cal lá
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embaixo, lacra a saída do local e deixa
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todos morrerem a asfixiados pelo pó
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corrosivo, tá? As pessoas gritam, as
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pessoas imploram, mas nada comove o
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coração desse cara, porque ele é frio e
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continua sendo frio na sua velice
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também. E além disso, gente, além desses
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dois fatos que eu mencionei, ele também
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costuma receber a visita de algumas
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crianças lá no jardim dele, algumas
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algumas crianças ali da redondeza que
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são curiosas, né, e querem saber de
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alguns desses episódios. Então ele em
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alguns momentos ele para e a gente
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acompanha isso, para para contar estas
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histórias de crueldade que ele realizou
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na época como capitão do navio negreiro,
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tá? Então ele fala dos assassinatos como
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ele fala de coisas banais da vida e não
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demonstra nenhum tipo de sentimento,
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nenhum tipo de remorço, pelo contrário,
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ele parece, inclusive sentir orgulho
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daquilo que ele fazia. Bem, o tempo vai
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passando e a gente vai acompanhando a
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degradação física e mental do Celestino.
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Aos poucos, ele vai perdendo a força
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física, né, para cuidar do jardim. Só
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que as plantas, gente, não estão nem
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dando bola para isso, né? Porque elas
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elas já estavam vivas quando ele chegou
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e se ele morre, elas vão continuar
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vivas. Para elas não há diferença ele
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estar ou não ali, né? Na verdade, a
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alguma diferença tem. Por quê? Porque se
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ele morre, as plantas vão passar a ser
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livres, assim como elas eram antes, né?
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Elas vão deixar de ser podadas por mãos
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humanas e vão poder crescer de forma
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natural, assim como elas estavam quando
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ele chegou na casa, tá?
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E sobre a degradação mental, a gente vai
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vendo o Celestino perdendo a lucidez ao
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longo da narrativa. Então, aquelas
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partes que eu comentei que entra a
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narrativa em primeira pessoa, elas vão
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ficando cada vez mais confusas, porque a
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mente do Celestino está confusa. E ele
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passa a ser assombrado também pelas
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memórias do passado, não como fantasmas
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de verdade, tá bom? já que ele está
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perdendo a lucidez, tudo é construído
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pela cabeça dele e ele passa então a
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materializar na frente dele tanto aquela
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menina holandesa como também uma mulher
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escravizada que estava dentro daquele
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porão, daquele navio. Isto é, esta
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mulher foi uma das 60 pessoas mortas lá,
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tá? E estas pessoas, essas duas pessoas
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se materializam na frente dele e começam
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a conviver com ele dentro da casa. De
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novo, não são fantasmas de verdade. É
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tudo fruto da cabeça perturbada dele.
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Além disso, ainda sobre a degradação
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mental, ele às vezes desmaia, ele se
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perde e ele não sabe voltar para casa,
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não sabe onde está. Ele também tem
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muitas crises de sonambulismo. Às vezes
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ele acorda em locais estranhos da casa e
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não sabe nem como é que ele foi para lá,
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tá? Com o passar do tempo também a gente
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percebe que a vizinhança vai esquecendo
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dele, perde a graça, tá? Então ele já
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não é mais apontado na rua, as pessoas
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não estão mais curiosas e nem com medo
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dele. E ele passa a ser só um idoso
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frágil, que não tem amizade com ninguém,
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esquisitão, que gosta de ficar sozinho.
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E ele só continua recebendo na casa dele
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as crianças, tá? De forma bem
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esporádica. Às vezes o padre também e às
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vezes um tal de Manuel. Quem que é esse
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Manuel? Esse Manuel é um primo do
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caseiro Amadeu. Esse Amadeu já tá morto.
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Esse Manuel é mais jovem. E ele vai
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visitar o Celestino por duas vezes, tá?
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E na primeira vez ele leva o Celestino
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para uma festa de São João. O Celestino,
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ele fica incomodado com aquela festa, é
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muita gente, é muito barulho, decide ir
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embora, ele se perde do Manuel, só que
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ao tentar ir embora, ele não consegue
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encontrar o caminho de casa por conta da
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degradação mental que eu comentei já com
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vocês, tá? E ele acaba caindo, se
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machuca e tempos depois, né, horas
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depois, o Manuel o encontra caído no
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chão, tá? E o socorre e leva para casa.
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Numa segunda visita, já lá no finalzinho
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da história, o Manuel leva o Celestino
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para visitar a praia e ele acha que o
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Celestino vai gostar de ver a praia, já
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que ele passou tantos anos da vida dele
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no mar. E lá o Celestino vê de novo a
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menina holandesa, tudo, né, dentro da
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cabeça dele. E aliás, gente, o Manuel
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foi a última pessoa que viu o Celestino
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vivo, tá? E daí a gente tem o a morte do
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Celestino no final da obra. O Celestino
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ele é encontrado morto no dia seguinte
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desse passeio na praia, tá? Então o
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médico foi até a casa, constatou a morte
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do Celestino e chamou o padre Alfredo
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para benzer o corpo. O padre, gente,
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durante todos esses anos, né, do final
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da vida do Celestino, eh não conseguiu
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que o Celestino se confessasse antes de
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morrer. E olha que ele insistiu por
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muito tempo. E o Celestino não cedeu a
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isso, tá? Na cena final do livro, o
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padre ele tá lá na casa do Celestino e
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daí ele olha pro jardim e ele pensa o
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seguinte, né, que as mãos piedosas dele,
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do padre não seriam capazes de criar um
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jardim tão bonito quanto aquele.
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Enquanto as mãos cruéis do Celestino,
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que foram capazes de matar, de fazer
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atrocidades, essas mãos também foram
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capazes de criar um jardim tão belo, tá?
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Mas ao mesmo tempo já comentamos, né, as
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plantas não eram livres nas mãos do
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Celestino, tá? Então esse livro, gente,
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ele é muito filosófico, ele desperta
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diversas reflexões ao longo da leitura e
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além, claro, de apresentar também uma
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analogia muito interessante com o
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período colonial português, tá? Essa,
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esse tipo de analogia, ela foi feita,
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né, por muitos escritores, não só neste
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livro, mas ela está sendo feita por
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muitos escritores da atualidade, assim
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como a de Jamília neste livro aqui. Por
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quê? Porque há um movimento de não
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deixar esta história do passado, né,
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dessa história dos do navio negreiro, da
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época da escravidão, deixar esta
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história cair no esquecimento. Ela
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precisa continuar sendo lembrada. Então,
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este movimento está acontecendo com
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muitos escritores da atualidade que
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estão falando sobre isso. E de novo, se
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você quer estudar esta obra e todas as
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outras com mais profundidade comigo,
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entre na
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maratona. Eu vou deixar aqui agora
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linkado um vídeo também nesse formato de
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resumão do livro Canção para Menino
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Grande, que já está disponível aqui no
00:13:55
YouTube para você conhecer, OK?
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Beijos para todos vocês e até o próximo
00:14:01
vídeo.
00:14:03
[Música]
