Histórias de Portugal - Os Descobrimentos Portugueses - 1-3 - O Voo dos Açores - 28 Abr 1995

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https://www.youtube.com/watch?v=d1FVUO6jGH4

Summary

TLDRO vídeo aborda os descobrimentos marítimos portugueses, divididos em três fases: as navegações atlânticas, a divisão do mundo com os espanhóis e as explorações nos oceanos Índico e Pacífico. Destaca-se a confusão da origem do nome 'Açores', factos sobre a ocupação humana nas ilhas e a importância da agricultura. Lendas como a das Sete Cidades são exploradas e a ligação com a mítica Atlântida é discutida, ressaltando a rica história cultural e social dos Açores.

Takeaways

  • 🌊 A história dos descobrimentos é complexa e multifacetada.
  • ⚓ A fase das navegações atlânticas é essencial na exploração dos Açores.
  • 🦅 A origem do nome 'Açores' está ligada a uma confusão com pássaros.
  • 🐑 O envio de carneiros pelos portugueses foi crucial para a povoação.
  • 🏛️ As lendas açorianas refletem uma rica tradição cultural.
  • 🍞 A agricultura nos Açores evoluiu ao longo dos séculos, com destaque para os cereais.
  • 📖 Açores tiveram papel importante na literatura e na política portuguesa.
  • 🏝️ O mito da Atlântida se entrelaça com as histórias das ilhas.
  • 🌈 As Sete Cidades representam a busca por um ideal de felicidade.
  • 🛶 A navegação e exploração marítima marcaram a história dos Açores.

Timeline

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    Os descobrimentos marítimos portugueses representam uma iniciativa rica e complexa. Inicialmente, na fase das navegações atlânticas, liderada pelo Infante Dom Henrique, os portugueses começaram a explorar e nomear as Ilhas Azores, que, embora não tenham pássaros açores, foram nomeadas em referência a 'ilhas azuis', interpretadas pelos navegadores italianos. Na sequência, a divisão do mundo entre os português e os espanhóis trouxe um novo capítulo na exploração ao Índico e Pacífico, repleto de contradições e desafios, destacando o papel de personagens como Fernão Mendes nesta narrativa.

  • 00:05:00 - 00:10:00

    As lendas associadas aos Açores, incluindo a lenta ocupação dessas ilhas devido a mitos de erupções vulcânicas, fazem parte da história de sua descoberta tardia. O Infante Dom Henrique, ciente do pavor que as erupções causavam, enviou ovelhas para verificar a habitabilidade local, uma vez que os sinais de vida eram escassos. Essas primeiras tentativas de povoamento foram decididas a partir da constatação de que, onde os carneiros sobreviviam, humanos também poderiam habitar.

  • 00:10:00 - 00:15:00

    Narrativas sobre a ocupação de São Miguel envolvem histórias de traição e amor, como a lenda de um português que, fugindo com uma mulher casada, deixou um rastro de morte. Essa lenda ilustra o início da colonização e a luta pela sobrevivência. Os portugueses desembarcando na ilha encontraram vestígios de habitantes anteriores, o que gerou conflitos e a ideia de justiça sumária na resolução de disputas.

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    O desenvolvimento das povoações nos Açores foi gradual, com a fundação de locais como Vila Franca do Campo, que depois de catástrofes naturais, como deslizamentos e erupções, foi reerguida, mantendo traços da arquitetura dos primeiros tempos. A igreja matriz é um símbolo da resiliência e continuidade da cultura açoriana, representando o espírito comunitário que prevaleceu apesar das dificuldades.

  • 00:20:00 - 00:30:14

    Finalmente, a luta pela adaptação e sobrevivência ao longo dos séculos resultou num rica diversidade cultural, com a agricultura e a indústria se desenvolvendo em várias frentes. Os açorianos contribuíram substancialmente para a vida pública de Portugal, com figuras proeminentes emergindo na história do país, e a cultura açoriana permanece um pilar fundamental da identidade nacional.

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Video Q&A

  • Quais são as três fases dos descobrimentos marítimos portugueses mencionadas?

    As três fases são: a fase das navegações atlânticas, a fase da partilha com os espanhóis, e a fase da exploração dos oceanos Índico e Pacífico.

  • Qual é a origem do nome 'Açores'?

    O nome 'Açores' refere-se a 'Açor', uma confusão ornitológica, ou pode ter origem na plumagem azulada que as ilhas aparentavam de longe.

  • Qual foi a razão para o infante Dom Henrique enviar carneiros aos Açores?

    Os carneiros foram enviados para determinar a habitabilidade da ilha, a partir da conclusão de que, se animais podiam sobreviver, humanos também poderiam.

  • Como se relaciona a história dos Açores com a Atlântida?

    A história dos Açores se relaciona com a Atlântida através de lendas que associam a região a mitos de cidades perdidas e ilhas de felicidade.

  • Qual é a importância cultural dos Açores na história de Portugal?

    Os Açores deram contribuições significativas à vida pública em Portugal, inclusive ao serem berço de presidentes e escritores notáveis.

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    os descobrimentos marítimos portugueses
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    são uma atividade complexa com muitos
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    aspectos com muitas
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    áreas bom eu nesta sequência
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    Tentei
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    encontrar três fases
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    essenciais A primeira é ainda a fase
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    henriqu a fase das navegações atlânticas
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    a fase em que os portugueses voam até à
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    chama-lhe O Voo dos
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    Açores não é que os Açores tenham nada a
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    ver com pássaros Açores quer dizer Ilhas
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    azuis avistadas ao longe quem lhe pôs o
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    nome azuis são italianos do Norte depois
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    há uma segunda fase que em que plano
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    Atlântico passa índia Nessa altura
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    Portugueses e Espanhóis encontram-se e
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    dividem o mundo ao meio é realmente a
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    partilha
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    dehas e isso vai levar os portugueses a
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    todo o mundo ao Índico ao
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    Pacífico onde realizam uma
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    ação também cheia de contradições olem
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    entendeu bem foi o Fernão Mendes até lhe
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    chamaram por causa disso mentiroso
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    Fernão mentes minto ele não mentia não
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    aquilo é um brado da Consciência do
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    homem civilizado ante o espetáculo
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    fascinante de civilizações
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    diferentes estas hisas tempo
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    apagou são passadas na RTP
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    internacional portanto passam por esse
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    mundo e são vistas por imensos
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    Imigrantes Ora como sabem muitos
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    imigrantes nasceram nos
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    Açores eu recebo imensas cartas de
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    açorianos há uma que me comve
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    particularmente e que me fala nos
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    Mosteiros o senhor não sabe onde são os
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    Mosteiros senhor com certeza
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    airos eu já tinha vindo aos Mosteiros
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    mas essa Fez Voltar cá vim aqui falares
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    dos
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    Açores aores dos descobrimentos do que
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    isto foi do que isto é e logo para
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    começar da palavra
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    assessores como sabem é um dos
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    enigmas eu acho que
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    pela chamado
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    açor bom isto chama-se
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    Açores é por causa dos pássaros que se
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    chamavam Açores claro que aqui não há
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    açor nenhum nem pode
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    haver nunca ninguém viu um açor nos
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    Açores b não faz mal há melhres os mfes
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    são tem aquele belo voo planado h m
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    milhafres eles baralhar jogaram que era
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    Açores em vez de MF eram Açores e
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    portanto est esta bela palavra
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    assessores teria nascido num equo
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    equívoco
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    ornitológico viram uma passara julgaram
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    que era outra devo dizer que isto não
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    tem pés nem cabeça na Idade Média
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    ninguém nem hoje nem hoje ninguém pode
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    confundir um açor com o milhafre tem uma
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    envergadura diferente tem um voo
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    diferente são realmente até espécies
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    zoológicas diferentes portanto isto não
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    tem nada a ver com os pássaros chamados
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    Açores uma coisa que nunca ninguém disse
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    mas que é bonita É bonita eu vou dizê-la
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    pela primeira vez a sores tem a ver é
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    com azul com
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    azul Aliás o pássaro chamado açor
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    chama-se açor
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    porque no peito tinha uma plumagem
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    Cinzento azulada
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    azuro no italiano Azor no italiano do
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    Norte e foi porque eles viram Ilhas
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    certamente da distância que na Bruma
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    apareciam apenas como silhuetas azuis a
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    recordarse najura do mar eram Ilhas
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    Açores Ilhas Açores
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    Claro isto é uma hipótese que eu estou a
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    dar porque é certo que nas pronúncias do
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    Norte da
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    Itália diz assim
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    Azor Mas eu não conheço por exemplo a
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    língua que se usava n nas ilhas Baleares
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    da época ou o Catalão mas é aí nas
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    formas de pronunciar
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    Azul das Baleares da Catalunha do Norte
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    da Itália que tem que se encontrar o
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    nome deste
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    arquipélago Isto são as Caldeiras das
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    Furnas o bar aqui cheira
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    fortemente e este cheiro em
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    enxofre como sabem quem cheirava
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    terrivelmente em enxofre era o diabo
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    isto parece uma brincadeira mas não é
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    brincadeira nenhuma é preciso ter em
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    conta est fatores para compreender a
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    lentidão da ocupação humana e o próprio
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    facto do descobrimento tardio dos
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    Açores as erupções vulcânicas viam-se ao
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    longe o fogo pode perfeitamente estar
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    ligado à lenda do mar
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    Tenebroso diz os velhos naas que havia
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    lá um ponto
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    estava em Fogo caíam chuvas de lama tudo
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    isso é o quadro de uma grande erupção
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    vulcânica Ora bem nós
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    sabemos que justamente pela época em que
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    os Açores começam a aparecer
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    representados nos
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    primeiros mapas
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    medievais feitos por cartógrafos
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    mai atães ou talvez do Norte da Itália é
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    o período de grandes erupções vulcânicas
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    na ilha eh os vulcões atiravam colunas
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    de fogo e de fumo de muitos quilómetros
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    que eram visíveis à noite no céu até uma
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    longa distância é nessa altura que os
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    Açores começam a aparecer pela primeira
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    vez desenhados mas isso é
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    descobrir quando se põe o problema ah
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    não foram os portugueses viram os Açores
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    Eles já estavam desenhados está-se a
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    fazer uma lamentável confusão entre
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    avistar ao longe e p o pé em terra o que
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    os portugueses fizeram aqui foi
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    realmente desembarcar aliás é curioso
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    como sabem a primeira notícia que temos
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    dos Açores é um documento
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    1439 a dizer que o Infante Dom Henrique
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    tinha pedido licença para mandar deitar
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    aqui uns
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    Carneiros Carneiros para quê também a
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    explicação é curiosa em nenhuma outra
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    ilha se deitaram Carneiros se Ilhas eram
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    para povoar punha-se gente aqui puseram
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    Carneiros é porque justamente o fogo
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    erupções como esta que naquela altura
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    deviam ser
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    gigantescas criava o pavor e não se
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    sabia se aqui era possível viver foi
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    isso o que o Infante fez mandou deitar
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    aqui os animais anos depois viu que
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    estavam vivos e concluiu e bem que onde
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    um carneiro pode viver também pode haver
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    lugar para uma pessoa viva
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    a chegada dos portugueses aqui à Ilha de
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    São Miguel ficou
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    envolvida numa lenda uma lenda que há de
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    ter algum fundo de
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    verdade o Gaspar Frutuoso ouvia a contar
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    já de várias maneiras e registou as
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    várias maneiras porque ele não sabia
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    qual delas era a
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    exata começa sempre do mesmo
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    modo dois homens e uma
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    mulher e também acaba sempre da mesma
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    maneira na ponta de uma corda de
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    enforcar Parece que em Santa Maria um
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    português apaixonou-se
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    por uma mulher mas essa mulher já era
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    casada é claro a solução que ele viu
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    foi-lhe o marido e fugir el fugir aqui
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    para esta Ilha que se vi a longe um
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    vulto mas como não podia vir sozinho ele
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    e um
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    amigo arranjaram uma embarcação meteram
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    lá a mulher raptada e vieram para
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    aqui é claro Vocês já estão a ver dois
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    homens e uma mulher como é que havia de
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    ser ambos começaram a
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    querê apaixonado por ela matou o amigo e
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    aí ficou logo com duas mortes às
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    costas o marido que ele tinha morto e
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    agora o amigo que se tinha apaixonado e
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    aqui ficaram longos tempos até que os
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    portugueses chegaram quando os portugues
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    chegaram Parece que foi exatamente ao
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    Vale desta
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    Ribeira julgavam que vinham encontrar o
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    mundo completamente novo mas
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    não As Margens da Ribeira na oral havia
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    Passos havia sinais de
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    habitação e eles
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    procuraram Encontraram o tal mau matador
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    Prenderam o homem queria se defender Mas
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    eles disseram não não não não
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    eh primeiro enforcar e depois
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    julgar-se e assim acabou o o tal
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    apaixonado na ponta da corda mas também
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    havia quem dissesse que não era assim
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    foi completamente diferente não quem já
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    estava farta daquela companhia era a
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    mulher por isso mal chegaram os
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    portugueses ela correu aí desses bosques
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    Veio cá abaixo e disse olhem eu vivo com
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    o homem que el Rei persegue ele já matou
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    o meu marido e agora matou o outro que
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    estava n Claro os portugueses agarraram
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    no E então passou-se a mesma coisa não
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    não primeiro julgar enforcar-se e depois
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    instruir o
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    processo seja como fosse fosse esta
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    lenda ficou uma lenda de uma Justiça
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    sumária nascida de uns amores adúlteros
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    e foi assim que começou povoação
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    povoação claro que se chamava
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    povoação porque era a única em toda a
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    ilha Não havia mais Terra
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    nenhuma e portanto bava a dizer povoação
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    era onde o povo estava isso terá sido
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    não erra muito quem disser que foi
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    entre
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    1450
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    1455 porque logo a seguir há um surto
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    enorme de população
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    e aparecem várias terras com foral de
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    Vila quase todas as povoações
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    açorianas nascem desta mesma
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    forma uma pequena
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    reentrância na
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    costa um Areal às vezes um Areal de
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    pedra onde eles
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    podiam colocar os seus barcos em terra a
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    varar Como diz na na catarineta e onde
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    depois construíam as seus os seus
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    abrigos bom e ali nasciam rudimentos de
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    aldeias cujo destino dependia de duas
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    coisas primeiro das terras da
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    fertilidade das terras que eles
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    encontravam para agricultar e depois do
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    próprio Varadouro porque muitos desses
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    portos
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    improvisados se inutilizar
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    rapidamente noutros casos deram origem a
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    povoações importantes é curioso que
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    depressa a principal cidade dos Açores
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    foi
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    Angra justamente porque tinha o
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    principal Porto que era o dangar não
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    muito longe
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    daqui e ligado com uma pequena Angra que
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    proporcionava um Porto muito curioso nas
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    seu Vila Franca do
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    campo esta Igreja Matriz de Vila Franca
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    do campo é um dos lugares que exprimem
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    melhor A tempera desta
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    gente a
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    igreja como estão a ver ainda tem uma
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    silhueta
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    medieval aquele Pórtico em ogiva bom mas
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    nada daquilo é realmente
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    medieval ela foi assim quando o Infante
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    Dom
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    Henrique no século XV a mandou
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    construir depois veio uma
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    catástrofe
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    enorme uma montanha desabou sobre Vila
  • 00:15:50
    Franca matou praticamente toda a
  • 00:15:53
    população os canonistas falam de 4000
  • 00:15:56
    mortos eu penso que este número Deve
  • 00:15:59
    estar um pouco inflacionado mas de
  • 00:16:02
    qualquer maneira foi uma
  • 00:16:04
    catástrofe que arrasou completamente o
  • 00:16:08
    povoado mas os Sobreviventes resolveram
  • 00:16:12
    fazer uma igreja igual com uma fachada
  • 00:16:16
    igualmente
  • 00:16:18
    ojival a lembrar os primeiros tempos e
  • 00:16:21
    com dimensões iguais estava a igreja a
  • 00:16:26
    ser construída quando vem
  • 00:16:29
    uma grande
  • 00:16:30
    erupção na lagoa do fogo a tira as suas
  • 00:16:34
    lavas para aqui e a igreja voltou a
  • 00:16:37
    ficar arrasada bom eles voltaram ao
  • 00:16:41
    princípio tornaram a construir ergueram
  • 00:16:45
    estes Arcos mas em
  • 00:16:49
    1630 uma nova erupção uma nova erupção
  • 00:16:52
    agora das Furnas é novamente arrasado o
  • 00:16:56
    que vê estas esta estas três Naves
  • 00:17:00
    solenes são a construção posterior a
  • 00:17:06
    1630 essa última grande
  • 00:17:08
    erupção depois não houve mais erupções
  • 00:17:11
    porque se houvesse eles tinham
  • 00:17:14
    continuado a construir igrejas e em tudo
  • 00:17:16
    isto há uma coisa que é
  • 00:17:19
    comovente dizem eles que esta pia
  • 00:17:22
    batismal que estão a ver a
  • 00:17:26
    trouxeram da primitiva igreja
  • 00:17:29
    henriqu e que aqui os
  • 00:17:34
    vilafranquense ainda hoje são
  • 00:17:37
    batizados na mesma pia de água benta em
  • 00:17:41
    que já o foram os primeiros fundadores
  • 00:17:45
    da
  • 00:17:46
    população não sei se é verdade não sei
  • 00:17:49
    se realmente se pode considerar da época
  • 00:17:52
    enriqua este monumento agora a tradição
  • 00:17:56
    só por si é bonita e Vale a Pena Ser
  • 00:18:06
    referida a partir desse seu primeiro
  • 00:18:11
    assentamento os
  • 00:18:12
    povoadores e depois os filhos deles e os
  • 00:18:16
    netos deles foram tentando penetrar no
  • 00:18:20
    interior da
  • 00:18:22
    Ilha este local em que nos
  • 00:18:25
    encontramos mostra muito bem o que foi
  • 00:18:29
    esse esforço para a ocupação da Ilha São
  • 00:18:33
    Miguel vêm pequenas linhas de casario eu
  • 00:18:38
    daqui conto uma duas 3 4 C A outra que
  • 00:18:43
    sobe devo dizer que não as conto todas
  • 00:18:47
    há duas que estão ocultas para a nossa
  • 00:18:50
    visão porque elas são sete são as
  • 00:18:54
    chamadas sete lombas de povoação são
  • 00:18:58
    sete pistas de
  • 00:19:00
    casario onde cada Colono fazia o seu
  • 00:19:05
    abrigo provavelmente uma cafua de feno
  • 00:19:10
    depois uma pobre casa e mais tarde era
  • 00:19:14
    moradia e ali ia
  • 00:19:16
    arrotando a suale leira Semeando a sua
  • 00:19:21
    vinha procurando procurando o quê bom
  • 00:19:25
    aquilo que a ilha podia dar depois ainda
  • 00:19:29
    no século XV mas sobretudo todo o século
  • 00:19:32
    16 parte do século XI o que a ilha dá é
  • 00:19:36
    cereais o pão das ilhas é com este pão
  • 00:19:40
    que se mantém as nossas praças no norte
  • 00:19:42
    de África em seuta em Tanger em safim e
  • 00:19:49
    come-se o pão que se embarca aqui aqui
  • 00:19:53
    nos Açores naturalmente que as terras
  • 00:19:56
    cansaram-se mas entretanto surgia
  • 00:19:59
    outros
  • 00:20:00
    recursos Nessa altura já os lavradores
  • 00:20:04
    têm uma vida mais estável cada qual tem
  • 00:20:07
    os seus bois Lavra a sua a sua pequena
  • 00:20:13
    Seara há os
  • 00:20:16
    doces começa a aparecer o
  • 00:20:19
    Ananás o gado o
  • 00:20:23
    laticínio e os Açores conseguem de facto
  • 00:20:27
    dar esse
  • 00:20:29
    essa boa lição de Nunca permitirem que
  • 00:20:34
    um recurso se esgote e eles dizerem como
  • 00:20:37
    nós às vezes dizemos pronto acabou-se
  • 00:20:39
    não nada a fazer não encontraram sempre
  • 00:20:42
    outro caminho para
  • 00:20:48
    trilhar
  • 00:20:50
    oiano representa um tipo excecionalmente
  • 00:20:54
    civilizado isso
  • 00:20:57
    nota-se grande número de vultos
  • 00:21:01
    importantes que os aores deram à Vida
  • 00:21:05
    pública em Portugal Olhe logo que se
  • 00:21:08
    tratou de escolher o primeiro presidente
  • 00:21:10
    da república foi um assano Teófilo e e o
  • 00:21:14
    segundo que foi eleito foi outro aiano o
  • 00:21:18
    arriaga o Antero era daqui H aqui
  • 00:21:21
    inúmeros grandes escritores estou a
  • 00:21:24
    lembrar de um que conheci bem e muito
  • 00:21:27
    admirei que era vitr de mésio e quis vir
  • 00:21:32
    prestar esta
  • 00:21:34
    homenagem aos
  • 00:21:36
    Açores à sua história história
  • 00:21:41
    exemplar história sem
  • 00:21:44
    violência sem sangueas sem guerra é
  • 00:21:48
    porventura das regiões da Europa aquela
  • 00:21:51
    que tem uma história mais
  • 00:21:53
    digna estava a dizer que quis vir
  • 00:21:56
    prestar essa homenagem
  • 00:21:58
    aqui numa cidade que não é a principal à
  • 00:22:03
    Ribeira
  • 00:22:04
    Grande Diante Desta Igreja de que foi
  • 00:22:09
    pároco o padre Gaspar
  • 00:22:12
    Frutuoso diante da esttua dele Gaspar
  • 00:22:16
    Frutuoso é a meu ver depois de Fernão
  • 00:22:20
    Lopes o mais
  • 00:22:23
    notável dos cronistas portugueses
  • 00:22:28
    o seu Fino critério crítico a sua
  • 00:22:32
    erudição
  • 00:22:34
    prodigiosa e a elegância estilística com
  • 00:22:38
    que apresenta os assuntos fazem dele um
  • 00:22:41
    autor de primeiro
  • 00:22:43
    plano está muito longe de ser dos mais
  • 00:22:47
    conhecidos pode-se dizer que só os
  • 00:22:50
    eruditos é que leram as saudades da
  • 00:22:52
    terra que é o título que ele deu à sua
  • 00:22:56
    obra foi
  • 00:22:59
    para prestar homenagem ao homem
  • 00:23:02
    açoriano à cultura
  • 00:23:05
    Açoriana que eu escolhi o seu vulto
  • 00:23:09
    porque a sua obra como a sua
  • 00:23:13
    terra sendo das mais belas é das menos
  • 00:23:17
    conhecidas em
  • 00:23:24
    Portugal uma banalidade que não pode
  • 00:23:27
    deixar
  • 00:23:29
    de lembrar a quem vem aos
  • 00:23:32
    Açores é a história da
  • 00:23:36
    Atlântida há muita gente que diz que a
  • 00:23:39
    Atlântida irá aqui que estas nove Ilhas
  • 00:23:42
    são O que resta do grande continente da
  • 00:23:46
    Atlântida é claro que isso é uma uma
  • 00:23:49
    história sem qualquer fundamento mas os
  • 00:23:52
    Açores relacionam-se com a Atlântida de
  • 00:23:55
    uma outra maneira muito mais sinuosa e
  • 00:24:01
    harmoniosa sabem que a Atlântida é um
  • 00:24:04
    mito o grandes Escritores da antiguidade
  • 00:24:08
    a começar pelo Platão no
  • 00:24:11
    proteu
  • 00:24:13
    falam de um
  • 00:24:15
    continente um continente
  • 00:24:18
    antiguíssimo fabuloso e
  • 00:24:21
    perdido era um continente rico de gente
  • 00:24:26
    muito civilizada e Valente
  • 00:24:28
    mas que depois qualquer misteriosa
  • 00:24:32
    catástrofe
  • 00:24:34
    inexplicavelmente
  • 00:24:37
    subverteu hoje da Atlântida dizem eles
  • 00:24:41
    só resta uma longin com a
  • 00:24:46
    memória claro que estas referências
  • 00:24:48
    fizeram surgir muitas
  • 00:24:51
    teorias porque não há dúvida que na base
  • 00:24:54
    disto deve estar qualquer qualquer
  • 00:25:00
    grandee
  • 00:25:01
    sísmica
  • 00:25:03
    qualquer tragédia do mundo
  • 00:25:06
    antigo quando ainda se não usava a
  • 00:25:11
    escrita provavelmente eu penso penso que
  • 00:25:14
    Atlântida está ligada com a tragédia das
  • 00:25:19
    cíes o meu telespectador numa das
  • 00:25:22
    viagens que Fer subir à de
  • 00:25:27
    S contra lá os vestígios do mundo
  • 00:25:32
    deantes da Atlântida estão lá claramente
  • 00:25:35
    os vestígios são aliás
  • 00:25:38
    emocionantes Mas também se disse que não
  • 00:25:40
    que a Atlântida era aqui do outro lado
  • 00:25:43
    do Mediterrâneo junto das colunas de
  • 00:25:46
    Hércules porque eles diziam que a
  • 00:25:50
    Atlântida ficavam além das colunas de
  • 00:25:53
    Hércules e não há dúvida que havia aqui
  • 00:25:56
    uma brilhante civilização também por
  • 00:25:58
    qualquer razão desapareceu há muitas
  • 00:26:01
    teorias da Atlântida E é claro e uma
  • 00:26:04
    situa nos
  • 00:26:07
    aores agora eu digo-lhes que a Atlântida
  • 00:26:11
    deixou aqui o seu derradeiro vestígio
  • 00:26:13
    por isto o mito de um mundo perdido de
  • 00:26:18
    um paraíso do qual o homem foi expulso é
  • 00:26:22
    o mundo quase tão antigo Como a alma
  • 00:26:26
    humana
  • 00:26:29
    passou de da antiguidade à idade média
  • 00:26:31
    na Idade Média diziam que eram Ilhas
  • 00:26:34
    perdidas no mar uma das versões é que
  • 00:26:38
    era a ilha de São Brandão que ninguém
  • 00:26:40
    sabia onde era e outra é que era a ilha
  • 00:26:45
    das Sete Cidades Essa é uma das mais
  • 00:26:49
    belas lendas
  • 00:26:52
    medievais no meio do mar
  • 00:26:56
    perdida exe uma grande ilha onde há sete
  • 00:27:01
    cidades numa das versões Dizem que as
  • 00:27:05
    sete cidades foram fundadas pelos sete
  • 00:27:09
    bispos da
  • 00:27:11
    Lusitânia
  • 00:27:13
    expulsos quando veio a grande invas do
  • 00:27:16
    Islão cada Bispo fundou a sua cidade e
  • 00:27:21
    lá estão lá estão à espera que os
  • 00:27:24
    portugueses os reencontrem
  • 00:27:28
    é claro como essas ilhas de lenda ali
  • 00:27:31
    toda a gente é feliz os homens não se
  • 00:27:34
    perseguem não há Guerra Não há ódio nem
  • 00:27:38
    inveja são as Ilhas do
  • 00:27:43
    Paraíso ninguém acreditou tanto na
  • 00:27:47
    verdade dessa ilha de felicidade como os
  • 00:27:52
    assanos partiram daqui expedições
  • 00:27:56
    à procura
  • 00:27:59
    luras azuis do mar a ilha das Sete
  • 00:28:03
    Cidades olem o Fernão DMO partiu daqui
  • 00:28:08
    com duas Caravelas Partiu navegou
  • 00:28:11
    navegou e nunca mais
  • 00:28:15
    voltou agora o pergunta que eu quero
  • 00:28:18
    fazer é esta e peço-lhes me estão a
  • 00:28:21
    ouvir que me ajudem a
  • 00:28:23
    responder hoje Sete Cidades é um
  • 00:28:26
    topónimo
  • 00:28:28
    esta Lagoa que está aqui diante de nós é
  • 00:28:31
    a Lagoa das Sete Cidades os açorianos
  • 00:28:36
    depois de terem procurado anos e anos A
  • 00:28:40
    Ilha perdida no mar acabaram por se
  • 00:28:42
    resignar com dar o nome a uma lagoa Sete
  • 00:28:46
    Cidades já não é uma ilha na distância
  • 00:28:52
    Atlântica é uma lagoa no coração de São
  • 00:28:56
    Miguel como foi possel esta mudança é
  • 00:28:59
    claro eu penso que isto isto é uma nota
  • 00:29:02
    a reter sobre a inteligência insentiva
  • 00:29:07
    do homem dos
  • 00:29:08
    Açores já que não pode Sete Cidades é
  • 00:29:11
    uma linda lenda Não há dúvida nenhuma
  • 00:29:14
    essa lenda do mundo feliz que espera por
  • 00:29:17
    nós é um ideal permanente é algo de que
  • 00:29:21
    é preciso não desistir a gente há de um
  • 00:29:26
    dia ter o mundo o mundo feliz como esse
  • 00:29:29
    das Sete Cidades e já que o não
  • 00:29:32
    encontrou no mar implantou aqui bem no
  • 00:29:36
    coração da terra
  • 00:29:39
    [Música]
  • 00:29:48
    [Música]
  • 00:29:55
    [Música]
  • 00:29:58
    C
  • 00:29:59
    [Música]
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