A Farsa da Indústria dos Óculos.. (E como ela te faz de TROUXA)

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https://www.youtube.com/watch?v=4kQtKFZ0Ru4

Summary

TLDRO vídeo discute o alto custo dos óculos e investiga o monopólio da Luxottica, que controla a maior parte do mercado global. A história da empresa é apresentada, desde sua fundação até as aquisições de marcas como Ray-Ban e Oakley, que elevaram os preços e limitaram a concorrência. Marcas alternativas como a Warby Parker são destacadas por oferecerem produtos de qualidade por preços mais acessíveis. Com a crescente pressão de novas marcas e regulamentações, o vídeo sugere que mudanças podem estar a caminho, trazendo opções mais justas para os consumidores.

Takeaways

  • 💰 Os óculos da Luxottica são caros devido ao monopólio.
  • 🔍 A Luxottica controla 80% do mercado de óculos de luxo.
  • 👓 Marcas como Warby Parker estão proporcionando uma alternativa acessível.
  • 🔄 A Luxottica tem sido criticada por manipular preços.
  • 🏷️ A sensação de escolha é uma ilusão promovida pela Luxottica.
  • 📉 Marcas independentes estão ganhando espaço no mercado.
  • ⚖️ Reguladores começam a agir contra abusos da Luxottica.
  • 🏢 Fusões entre empresas de luxo e a Luxottica estão rompendo acordos históricos.
  • 📈 O fenômeno de 'pirataria' em óculos revela a insatisfação dos consumidores.
  • 💡 O futuro pode trazer óculos mais acessíveis ao consumidor.

Timeline

  • 00:00:00 - 00:05:00

    O vídeo discute a experiência de compra de óculos e a discrepância de preços entre marcas comuns e luxuosas. O narrador, após quebrar seus óculos, opta por um modelo de 300 reais em vez de um Ray-Ban de 600 reais, questionando a razão por trás dos altos preços dos óculos, que não têm inovações tecnológicas significativas, em contraste com outros produtos que se tornam mais acessíveis e melhores ao longo do tempo. O narrador investiga a estrutura de mercado dominada pela Luxottica, que controla uma vasta cadeia de produção e distribuição, elevando os preços, enquanto a competição é progressivamente eliminada.

  • 00:05:00 - 00:10:00

    A Luxottica, a gigante do setor, foi fundada por Leonardo Del Vecchio e rapidamente se tornou uma força dominante no mercado ao adquirir marcas e redes varejistas. A empresa consolida sua presença por meio de aquisições, como a LensCrafters e a Ray-Ban, criando uma percepção de exclusividade em suas marcas. Com a fusão com a Essilor, a Luxottica controla 80% do mercado de óculos de sol de luxo, mas sua dominação é criticada por restringir a concorrência e manter os preços altos, criando a ilusão de opções diversificadas para os consumidores.

  • 00:10:00 - 00:15:55

    Novos concorrentes, como a Warby Parker, surgem com um modelo de negócios que desafia o monopólio da Luxottica,vendendo óculos diretamente ao consumidor e cortando custos ao evitar intermediários. Isso resulta em preços muito mais acessíveis. No entanto, a Luxottica ainda utiliza seu poder de mercado para dificultar o acesso de concorrentes a informações e ao mercado. Marcas de luxo começam a romper contratos com a Luxottica, e movimentos regulatórios são feitos para desafiar as práticas monopolistas. O vídeo conclui questionando se o domínio da Luxottica pode ser desafiado, levando a uma possível redução nos preços dos óculos, e propõe uma reflexão sobre as mudanças que estão ocorrendo no mercado.

Mind Map

Video Q&A

  • Por que os óculos são tão caros?

    Os óculos são caros devido ao monopólio da Luxottica, que controla grande parte do mercado e determina os preços.

  • Quem controla o mercado de óculos?

    A Luxottica controla cerca de 80% do mercado global de óculos de luxo.

  • O que a Warby Parker faz diferente?

    A Warby Parker vende óculos diretamente ao consumidor, sem intermediários, oferecendo preços mais baixos.

  • Quais marcas a Luxottica possui?

    A Luxottica possui marcas como Ray-Ban, Oakley, Prada, e Chanel.

  • As coisas estão mudando no mercado de óculos?

    Sim, há um aumento de regulamentações e marcas independentes que desafiam o monopólio da Luxottica.

  • Qual o impacto das multas na Luxottica?

    As multas indicam que reguladores estão atentos a práticas monopolistas, podendo forçar mudanças na Luxottica.

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    Depois de sentar em cima do meu óculos da 25  de março eu fui obrigado a comprar um novo,
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    mas dessa vez queria comprar um bom. Fui  numa loja e a atendente me mostrou 2 óculos,
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    um mais “simples” de 300 reais e um rayban  de 600 reais, eu acabei pegando o de 300,
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    mas fiquei pensando, por que será que um óculos  que não é da 25 de março custa tanto dinheiro?
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    Óculos não são um produto tecnológico. Pensa  bem: é só um pedaço de plástico ou metal,
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    uma lente comum e uns parafusos. Nada de inovação  absurda, nada de chips ou alta tecnologia. Mas
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    enquanto celulares, TVs e computadores ficam  melhores e mais baratos com o tempo… os óculos?
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    Eles continuam exatamente os mesmos. E ainda  custam uma fortuna. Como isso faz sentido?
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    Investigando mais a fundo eu  descobri que muitas dessas marcas,
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    aparentemente concorrentes, pertencem à mesma  empresa, numa espécie de monopólio mundial.
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    Esse monopólio dá a uma única empresa o poder  de controlar preços, eliminar concorrentes e
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    manipular o mercado ao seu favor. Mas as coisas  estão mudando: o monopólio está sendo desafiado,
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    e os preços finalmente podem começar a cair. Então, quem é essa gigante que faz um pedaço
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    de plástico custar tão caro? Como o domínio dela  pode estar chegando ao fim? E o que isso significa
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    para você, consumidor? A resposta vai mudar a  forma como você enxerga o mercado — literalmente.
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    A grande empresa “malvadona” é a Luxottica. A história dela começa em 1961, na cidade de
  • 00:01:41
    Agordo, na Itália. Leonardo Del Vecchio,  fundador da empresa, começou a trabalhar
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    como aprendiz em uma oficina de moldes para  peças metálicas. Foi ali que ele teve a ideia
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    de integrar todos os processos de produção  de óculos em uma única empresa, criando o
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    conceito de negócios verticalmente integrado. Nos anos 80, a Luxottica deu seus primeiros
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    passos rumo à dominação do mercado global.  Sua estratégia foi basicamente comprar marcas
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    renomadas e redes varejistas, consolidando o  controle sob a cadeia de produção e distribuição.
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    Um marco importante foi a compra da LensCrafters  em 1995, que expandiu sua presença no varejo e lhe
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    permitiu vender diretamente ao consumidor final,  eliminando intermediários e maximizando os lucros.
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    Outro movimento crucial ocorreu em 99,  quando a Luxottica adquiriu a Ray-Ban,
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    ou como a gente conhece aqui no Brasil,  Raibã, uma marca em declínio na época.
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    Sob o controle de Del Vecchio, a Ray-Ban foi  reposicionada como uma marca de luxo. A empresa
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    restringiu a distribuição dos óculos, colocando-os  em lojas premium e elevando os preços, o que
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    aumentou sua percepção de exclusividade.  Essa estratégia foi replicada em 2007,
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    quando a Luxottica comprou a Oakley, ou  como a gente conhece aqui no Brasil, Ókley,
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    fortalecendo sua presença no mercado esportivo. A Luxottica dominou o mercado: comprou a Sunglass
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    Hut para liderar o varejo de óculos de sol e  a EyeMed Vision Care para entrar nos seguros,
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    controlando tudo, da fábrica até você. Em 2017, a Luxottica deu seu maior passo:
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    se uniu à Essilor, líder em  lentes, criando a EssilorLuxottica,
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    uma gigante que domina o mercado global de óculos. A Luxottica não parou de engolir concorrentes e
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    fornecedores e em janeiro de 2017, comprou a  rede brasileira Óticas Carol por 117 milhões
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    de dólares, pouco depois de sua fusão com a  Essilor. Antes disso, a Luxottica já marcava
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    presença no Brasil com a Sunglass Hut. Mas  com a compra das 950 lojas da Óticas Carol,
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    ela deu um salto gigantesco em sua estratégia de  venda direta no país, controlando ainda mais a
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    distribuição. É o tipo de movimento que transforma  mercados inteiros — e coloca você em desvantagem.
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    A fusão entre Essilor e Luxottica também  encerrou a competição entre as duas empresas
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    em seus negócios principais anteriores  — a Luxottica na fabricação de
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    armações e a Essilor na produção de lentes. Essencialmente, a empresa tenta possuir uma parte
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    de tudo relacionado a um par de óculos. Ela simplesmente domina 80% do
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    mercado de óculos de sol de luxo. A Luxottica faz tudo: fabrica, distribui e vende
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    direto ao consumidor, e controla parceiros como  lojistas e seguradoras, eliminando a concorrência.
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    Mas como esse domínio afeta você, consumidor? E o  que está sendo feito para quebrar esse monopólio?
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    Apesar de emblemática, a história da Luxottica não  veio sem críticas. Tim Wu, professor de direito
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    da Universidade de Columbia, observou que produtos  de algumas indústrias, como laptops, parecem ficar
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    cada vez melhores e mais baratos, enquanto outros,  como óculos, permanecem estranhamente caros,
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    com apenas inovações superficiais. Isso aqui não é só um óculos caro.
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    Isso aqui é 80% de um mercado inteiro controlado  por uma única empresa que decide quanto você paga.
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    E aqui tá o problema: quando uma única empresa  domina a fabricação, a distribuição e até
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    o varejo, ela pode basicamente ditar  o preço do que a gente usa no rosto.
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    Se você tentar ir em outra ótica, ainda vai  pagar caro. Porque a Luxottica basicamente
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    define o padrão de preço do mercado. E o pior: quando aparecem concorrentes
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    tentando vender mais barato, a Luxottica usa seu  domínio no mercado pra dificultar a vida deles.
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    Ou seja, você não tá só pagando pelo nome na  armação. Você tá pagando por um sistema inteiro
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    que mantém os preços artificialmente altos. Segundo o Canadian Journal of Ophthalmology,
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    a falta de concorrência é um dos principais  fatores que mantém esses preços nas alturas.
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    Mas talvez o aspecto mais frustrante  desse monopólio seja a falsa sensação
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    de escolha. A Luxottica controla cerca de 80%  das marcas mais populares — Ray-Ban, Oakley,
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    Prada, Chanel — além de redes varejistas  como LensCrafters e Sunglass Hut. Parece
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    que você tem muitas opções, mas, na verdade,  está sempre comprando do mesmo conglomerado.
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    Isso se chama "ilusão de escolha". Em um mercado  tão concentrado, a inovação fica estagnada,
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    e os consumidores acabam pagando caro por produtos  que mal mudaram em relação a modelos anteriores.
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    A semelhança com outros mercados  e marcas é mera coincidência.
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    E não são apenas os consumidores  que sofrem. Para novos concorrentes,
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    o caminho é praticamente intransitável. É embaçado. E tem gente incomodada com isso.
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    A Warby Parker, por exemplo, surgiu pra  basicamente chutar a porta do monopólio.
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    Em vez de seguir o caminho tradicional, cheio  de intermediários e marcas de luxo caríssimas,
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    eles fizeram o óbvio que ninguém fazia: vender  óculos de qualidade direto pro consumidor.
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    Sem atravessadores, sem redes de lojas caras. O  modelo de negócios deles é simples e direto—eles
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    criam o próprio design, controlam a produção e  focam em uma experiência de compra sem firulas. O
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    resultado são óculos bons, estilosos e com preços  que não fazem você repensar suas decisões de vida.
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    E o modelo deles tem um porquê. Dá uma olhada nesse gráfico aqui.
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    Essa é uma comparação entre um óculos  da Luxottica e um da Warby Parker,
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    Um par de óculos da Luxottica custa 200  dólares. Um da Warby Parker 95 dólares. E não,
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    a diferença de quase 100 dólares não tem nada  a ver com materiais mais caros ou tecnologia
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    avançada. O segredo está em  onde o dinheiro vai parar.
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    A Luxottica coloca uma boa parte do custo em  royalties de marcas famosas, marketing e uma
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    margem de lucro enorme—tipo, 166 dólares de lucro  em um único par. Já a Warby Parker faz o oposto:
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    corta os intermediários, trabalha direto  com fornecedores de lentes e armações e,
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    pronto, consegue vender óculos  por menos da metade do preço.
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    A lógica da Warby Parker é simples: se  você controla sua cadeia de suprimentos,
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    controla seus custos. Eles não pagam por nomes de  grife, nem por licenciamento de marcas luxuosas,
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    tipo Prada, que faz parte do império da Luxottica.  O custo das armações e lentes da Warby Parker é de
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    apenas 10 dólares, enquanto a Luxottica gasta  24 dólares com a mesma coisa. Isso porque a
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    Warby está focada em eficiência, não em status. E eles não estão sozinhos nessa. Marcas menores,
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    como a Ollie Quinn, fazem o mesmo. Eles  trabalham com fabricantes independentes,
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    alguns locais, o que corta ainda mais os custos.  Como disse Priscilla Anderson, da Ollie Quinn,
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    o fato de o fabricante das lentes estar no  Canadá permite que eles controlem cada etapa
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    do processo—sem pagar extra por marcas  famosas ou direitos de licenciamento.
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    E aqui no Brasil acontece a mesma coisa.  Um amigo aqui no RS tem a marca Vincit,
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    com óculos bons e bonitos a preços justos. E assim  como ele tem uns quantos por aí que prestam um bom
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    serviço com produtos de qualidade. Eles simplesmente criam uma marca,
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    compram direto de fábricas tanto  de fora quanto do Brasil e vendem
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    diretamente pro consumidor ou para as óticas. Esse movimento significa óculos mais baratos
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    para o consumidor e um modelo de negócios  que desafia gigantes como a EssilorLuxottica.
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    Quando uma ótica vende um óculos da Luxottica, ela  já pega um produto com um custo inflado—por causa
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    de royalties de marcas de luxo, marketing  pesado e uma margem de lucro absurda que a
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    própria Luxottica já embute. Aí o lojista ainda  precisa colocar a própria margem em cima pra
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    cobrir aluguel, funcionários, impostos… e, claro,  lucrar. No final, um óculos que custou uns 30 ou
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    40 dólares pra ser produzido chega na prateleira  por 200, 300 dólares ou mais. Esse é o efeito
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    cascata do modelo que a Luxottica domina. E quando falamos em óculos de grau,
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    a Warby Parker também tem opções, mas ainda assim  a Luxottica encontrou um jeito de dificultar as
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    coisas. Segundo David Gilboa, cofundador  da marca, lojas controladas pela Luxottica
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    muitas vezes se recusam a fornecer informações  básicas, como a distância pupilar — essencial
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    para produzir óculos em empresas independentes. Isso mostra como a Luxottica utiliza seu poder
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    para dificultar a concorrência e proteger  sua posição dominante no mercado global.
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    Mas o impacto do monopólio vai além do financeiro. Ao transformar marcas como Ray-Ban e Oakley em
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    símbolos de status, a Luxottica elevou os óculos  a itens de luxo, onde o preço reflete a marca,
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    não a funcionalidade. Essa estratégia é uma  extensão da visão de Leonardo Del Vecchio,
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    fundador da empresa, que sempre acreditou que  óculos poderiam ir além de sua função prática e
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    se tornar acessórios que expressam personalidade . Mas com o crescimento de novas marcas e a pressão
  • 00:10:43
    de reguladores, os primeiros sinais de um  desafio à sua hegemonia começam a surgir.
  • 00:10:48
    Em 2021, a EssilorLuxottica foi  multada em 125 milhões de euros
  • 00:10:53
    pela Autoridade de Concorrência Francesa por  manipular preços e restringir vendas online.
  • 00:10:59
    Já nos Estados Unidos, o senador Chuck Schumer  propôs regulamentações para dar aos consumidores
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    mais controle sobre suas prescrições, permitindo  buscar alternativas fora do domínio da Luxottica.
  • 00:11:11
    Em 2023, a EssilorLuxottica foi acusada pela  Autoridade de Concorrência da Turquia de violar
  • 00:11:17
    compromissos assumidos durante sua fusão. A  empresa foi considerada culpada por combinar
  • 00:11:22
    seus negócios de lentes e máquinas oftálmicas  de forma a excluir concorrentes do mercado.
  • 00:11:28
    Mas essas rebeliões globais de marcas  e governos estão realmente ameaçando o
  • 00:11:32
    monopólio da Luxottica? Estamos finalmente  caminhando para óculos mais acessíveis?
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    Então eu finalmente descobri o porquê  de uma diferença de preço tão grande
  • 00:11:48
    entre um Ray-ban e o outro óculos. E  eu confesso que fiquei meio incomodado.
  • 00:11:53
    E aparentemente tem mais gente  que se incomodou com isso
  • 00:11:57
    Um dos primeiros golpes veio em 2023, quando a  Bulgari, uma das marcas de luxo mais icônicas
  • 00:12:02
    do grupo LVMH, anunciou que não renovaria  seu contrato com a Luxottica. Essa parceria
  • 00:12:07
    de mais de duas décadas chegou ao fim, com a  Bulgari optando por transferir suas coleções
  • 00:12:12
    de óculos para a Thélios, uma subsidiária  da LVMH criada justamente para assumir o
  • 00:12:17
    controle direto da produção e distribuição . E essa decisão não foi isolada. Marcas de luxo
  • 00:12:22
    estão cada vez mais investindo em suas próprias  infraestruturas, rompendo a dependência histórica
  • 00:12:27
    da Luxottica. Para essas marcas, o objetivo  é claro: recuperar o controle sobre preços,
  • 00:12:33
    exclusividade e distribuição — algo que era  impossível sob o domínio da gigante italiana.
  • 00:12:38
    A Thélios, por exemplo, já assumiu coleções  de marcas como Dior, Fendi e Celine,
  • 00:12:43
    que antes dependiam de contratos  de licenciamento com a Luxottica
  • 00:12:47
    ou outras empresas similares. Esse movimento é  uma clara mudança no mercado de óculos de luxo,
  • 00:12:53
    colocando pressão direta sobre o  modelo de negócios da Luxottica,
  • 00:12:56
    que se apoia fortemente em contratos de  licenciamento para manter sua influência.
  • 00:13:01
    Mas não é só isso. As multas na França  e na Turquia não são apenas punições
  • 00:13:05
    financeiras — elas são um sinal claro de que  os reguladores estão atentos e prontos para
  • 00:13:10
    agir contra práticas monopolistas. Isso pode  forçar a Luxottica a repensar suas estratégias
  • 00:13:16
    e abrir espaço para novos competidores entrarem  no mercado, oferecendo aos consumidores mais
  • 00:13:21
    opções e preços mais competitivos. Enquanto isso, marcas independentes
  • 00:13:26
    continuam a ganhar terreno tanto lá fora quanto  aqui no Brasil. Essas empresas desafiam o modelo
  • 00:13:32
    tradicional ao vender diretamente para  o consumidor, cortando intermediários e
  • 00:13:37
    reduzindo custos. Com preços bem mais baixos e uma  experiência de compra simplificada, elas oferecem
  • 00:13:43
    alternativas que atraem consumidores cada vez mais  conscientes do peso do monopólio da Luxottica.
  • 00:13:48
    A Luxottica justifica os altos preços afirmando  que óculos são produtos de uso prolongado e nega
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    ser um monopólio, alegando que sua participação  global é limitada e que grande parte das
  • 00:13:59
    vendas ocorre em redes independentes. Só que  o preço final não depende só da demanda – é
  • 00:14:04
    uma questão de poder e controle sobre o mercado. Talvez por isso muita gente opte pela pirataria.
  • 00:14:11
    Segundo uma pesquisa do IFec RJ, quase 76%  dos consumidores optam por falsificados
  • 00:14:17
    por conta do baixo preço. E faz sentido,  afinal, pagar muito por algo básico como
  • 00:14:21
    um óculos pode parecer injusto. Mesmo sabendo que é crime,
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    milhões de pessoas continuam comprando. Mas no geral os consumidores estão mais
  • 00:14:29
    exigentes e conscientes, enquanto o sistema  começa a apresentar sinais de transformação:
  • 00:14:35
    marcas de luxo se reposicionam, regulações  se intensificam e novos modelos de negócio
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    emergem. Isso pode resultar em preços mais justos  e na redução da compra de óculos falsificados.
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    No meu caso, os óculos de 300 reais cumpriram bem  com o objetivo. Ainda acho que não foram baratos,
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    mas é muito melhor do que o de 600 e muito  melhor do que os de 50 da 25 de março.
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    E você, o que acha disso tudo? Acha que  vamos ter alguma queda nos preços dos
  • 00:15:01
    óculos? Deixa aqui nos comentários e não  deixe de me dizer o que achou desse vídeo.
  • 00:15:06
    Agora, se quiser entender o que eu chamo de  Algoritmo Humano e como você pode usá-lo pra
  • 00:15:10
    levar um canal no youtube de 0 a 100  mil inscritos, confere uma aula grátis
  • 00:15:14
    no primeiro link da descrição, ou apontando  a câmera do seu celular pro QR code que tá
  • 00:15:19
    na tela antes que essa aula saia do ar. E pra entender mais sobre a grande crise
  • 00:15:24
    imigratória da Venezuela, como isso está gerando  tensões culturais nunca antes vistas e para onde
  • 00:15:30
    exatamente os venezuelanos estão indo, confere  esse vídeo aqui que tá na tela. Então aperta
  • 00:15:35
    nele aí que eu te vejo lá em alguns segundos. Por  esse vídeo é isso, um grande abraço e até mais.
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