Brasil em disputa: as três crises e os interesses de classe | Mauro Iasi

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https://www.youtube.com/watch?v=T6zpMASbcnY

Summary

TLDRO Brasil enfrenta uma disputa profunda que vai além das eleições, centrando-se nos interesses dos trabalhadores em oposição ao grande capital. A análise evidencia três crises interligadas: a crise econômica do setor industrial, a crise agrária caracterizada pela concentração de terras e a crise urbana que reflete a desorganização da gestão das cidades. O autor argumenta que as propostas políticas geralmente falham em confrontar a raiz dos problemas, que são as contradições entre os interesses de classes. A luta por direitos, como moradia e educação, é colocada como um campo de batalha entre a classe trabalhadora e os monopólios, sublinhando a necessidade de a classe trabalhadora se organizar e lutar por seus interesses fundamentais para transformar a estrutura social no Brasil.

Takeaways

  • 📉 O Brasil enfrenta uma profunda crise econômica.
  • 🌾 A crise agrária é caracterizada pela concentração de terras.
  • 🏙️ A crise urbana decorre da má gestão e mercantilização.
  • 🤝 A luta dos trabalhadores é essencial na disputa de interesses.
  • 💡 Propostas políticas geralmente não tratam da raiz dos problemas.
  • 🔍 As três crises estão interligadas e impactam a sociedade.
  • 🏠 O acesso à moradia é um dos principais campos de batalha.
  • ✊ A classe trabalhadora deve se unir para lutar por seus direitos.
  • 💰 O grande capital monopolista influencia negativamente a vida urbana.
  • 🚧 É necessário repensar o papel do setor público na esfera social.

Timeline

  • 00:00:00 - 00:05:00

    O Brasil enfrenta uma disputa profunda entre os interesses dos trabalhadores e o grande capital, que vai além das simples eleições e siglas partidárias. Caracterizando a formação social do país, surge a necessidade de entender as demandas dos trabalhadores em oposição às propostas de grandes grupos, que muitas vezes não refletem as reais problemáticas sociais. Especificamente, as eleições podem não representar a verdadeira luta que é entre um projeto social que prioriza os trabalhadores e um que favorece o capital concentrado.

  • 00:05:00 - 00:10:00

    As crises econômicas, agrárias e urbanas são interligadas e resultam da estrutura capitalista vigente. A crise econômica se manifesta pela transição conturbada para novos padrões de acumulação, enquanto a crise agrária, marcada pelo agronegócio, intensifica a concentração e expropriação de terras, levando a um campo cada vez mais desigual. Por sua vez, a crise urbana manifesta-se na falta de gestão e na mercantilização da cidade, resultando em grandes problemas sociais, como a presença de populações em situação de rua e a ausência de políticas públicas adequadas.

  • 00:10:00 - 00:18:30

    Essas crises formam um pano de fundo para uma luta constante entre os interesses dos trabalhadores e os do capital monopolista. A classe trabalhadora, composta por uma diversidade étnica e social, precisa se unir na luta por direitos que garantam suas necessidades essenciais, como moradia, saúde, e educação, que estão sendo transformadas em mercadorias pelo grande capital. O fortalecimento de uma luta coletiva é essencial para enfrentar os obstáculos impostos pelos interesses do capital e buscar um futuro mais justo.

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Video Q&A

  • Qual é o tema principal do vídeo?

    A disputa entre os interesses dos trabalhadores e do grande capital no Brasil.

  • Quais são as três crises mencionadas?

    Crise econômica, agrária e urbana.

  • Qual é a importância da disputa eleitoral?

    Serve apenas como um reflexo de interesses mais profundos entre classes sociais.

  • Como as propostas políticas costumam falhar?

    Elas não abordam as raízes dos problemas sociais.

  • Quem compõe a classe trabalhadora segundo o autor?

    Homens, mulheres, população negra, branca e imigrantes.

  • O que caracteriza a crise urbana no Brasil?

    Uma crise de gestão e mercantilização da vida urbanas.

  • Qual a связь entre as crises e os monopólios?

    As crises são intensificadas por interesses monopolistas que mercantilizam serviços essenciais.

  • Como as lutas dos trabalhadores são descritas?

    Como batalhas contra as intenções do grande capital.

  • Qual a abordagem proposta para solucionar as crises?

    É necessária uma mudança estruturada que leve em conta os conflitos entre trabalhadores e o capital.

  • O que significa a frase "os trabalhadores precisam se alinhar"?

    Significa que a classe trabalhadora deve se unir para enfrentar os desafios impostos pelo capital monopolista.

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    o Brasil está em disputa tá mas não
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    pelas siglas partidárias ou pelas
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    pessoas que disputa as eleições o Brasil
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    está em disputa há bastante tempo entre
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    os interesses dos trabalhadores e
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    interesses do grande capital
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    [Música]
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    seja quem está nessa disputa a
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    resposta mais imediata
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    aparente e portanto duvidoso é aquela
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    que imagina que tem tá disputando o
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    Brasil São sérios candidatos ao no
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    máximo certos partidos mas a disputa que
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    marca o Brasil é muito mais profundo e
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    vende muito mais longe do que a gente
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    pode ver na conjuntura específica dessas
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    eleições né é quando nós e da nossa
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    formação social caracterizamos o Brasil
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    e seus problemas fica evidente que há
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    uma disputa entre projetos societários
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    do Brasil né e o risco é que uma das das
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    Vertentes dessa disputa aquela que nos
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    interessa mais diretamente os
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    trabalhadores os trabalhadores a maioria
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    do povo brasileiro pode estar fora da
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    disputa uma vez que aqueles que
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    constroem suas representações políticas
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    podem ter chegado num acordo em que ias
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    a demanda dessa setores acaba ficando no
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    mínimo muito relativizada não é E aí tem
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    pouca disputa
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    concordando com a linha de aproximação
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    do Caio Prado Júnior no seu famoso livro
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    revolução brasileira as questões que
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    marcam um programa tem que derivada
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    análise da realidade né Essa nós na
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    realidade que produz demandas
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    contradições
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    se encontram Barreiras para sua
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    realização por quê que esse aproximação
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    nos parece importante porque aí nós
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    vamos ver a natureza Essas barreiras né
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    não são Barreiras físicas são interesses
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    políticos em jogo em disputa é
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    resumidamente nós compreendemos o Brasil
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    como uma formação social caracterizada
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    hoje por três grandes crises né três
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    grandes crises ou para ser mais preciso
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    três complexos de contradições que
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    combinados não é produzem aquilo que é a
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    crise Brasileira hoje e portanto a
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    necessidade de posicionarmos de um lado
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    ou de outro entre os interesses que se
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    chocam nesse sistema de contradições
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    essas três crises
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    essenciais estão na base de tudo aquilo
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    que a gente vê nas chamadas propostas
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    para o Brasil é muito fácil né de certa
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    maneira listarmos propostas né Nós temos
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    propostas para educação para saúde para
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    economia para a questão agrária para a
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    questão do enfrentamento das
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    desigualdades para pobreza né Nós te é
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    aquele que se materializam um programa
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    sobre a questão do emprego na questão da
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    Ciência da tecnologia né Nós temos
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    aquilo que não costuma apresentar-se
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    como programas mas essa na verdade é uma
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    lista de demandas elas não são na
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    verdade
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    programáticas porque elas não
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    identificam os problemas e a partir das
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    identificação dos problemas
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    percebe com quem esses problemas estão
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    se confrontando e portanto isso deriva
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    daí a natureza de um programa não é isso
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    não parece que são problemas é quase que
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    naturais né Ah uns emprego Então temos
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    propostas para qualificar a força
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    trabalho ela tem problema de preços lá
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    então temos propostas para aumentar a
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    produtividade no campo tem problema do
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    preço da gasolina Vamos mudar o cálculo
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    do preço da gasolina é só na programa é
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    isso é uma enxurrada e de medidas
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    Provisórias de medidas e
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    quando nós descemos na análise dos
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    complexos reais de problemas no Brasil
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    nós chegamos portanto a três crises
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    resumidamente Você tem uma crise da
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    economia capitalista da economia
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    capitalista industrial Urbana
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    não é
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    não só das fábricas mas dela atenção
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    nasce e se estrutura a partir da
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    produção da mercadoria do setor Fabril e
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    que se alastram com o setor de serviço
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    se alastrou para a infraestrutura se ela
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    é própria outro segmento Mas essa é uma
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    conhecida e estudada por nós crise da
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    mudança do padrão de acumulação não é da
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    transição conturbada do padrão fordista
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    para novos padrões chamados de flexíveis
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    não é como estudo o professor e
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    companheiro Ricardo Antunes é isso
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    produz uma crise né porque naquele que
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    nos interessa diretamente são métodos de
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    intensificar a infração de valor
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    poupando força de trabalho de maneira
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    que o capital precisa explorar um
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    conjunto de trabalhadores para dar
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    extrair o valor é disso que se trata o
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    capitalismo isso não mudou É mas o
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    universo dessa exploração se reduz ao
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    mesmo tempo que se espalha pelo conjunto
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    do país de outro segmento e mesmo do
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    mundo não é fazendo com que parte da
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    população que sempre foi uma
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    característica do modo de produção
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    capitalista fique fora da exploração
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    Direta do valor né seja na nos essa no
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    estado de reserva seja numa enorme e
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    superpopulação relativa absorvida por
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    outras postos na divisão social do
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    trabalho ou mesmo sobrando disso naquilo
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    que são enormes franjas da população que
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    tem que garantir sua sobrevivência por
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    experientes por trabalhos temporários
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    por trabalhos informais né quando não
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    absorvidos pela economia política do do
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    Crime Organizado né Eu me refiro aquele
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    comandado por altos Cargos da nossa
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    sociedade do nosso governo
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    e também das organizações criminosas
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    como tráfico como outras coisas né é
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    essa crise Industrial é muito sério e
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    produz um impacto muito grande sobre a
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    classe trabalhadora
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    fragmentando a classe precarizando as
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    condições trabalho naquilo que também o
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    Ricardo Antonio assim como Ruy Braga tem
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    estudado uma segunda crise que se soma é
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    essa é a crise agrária no Brasil um país
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    que traz em si uma marca muito profunda
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    e Histórica de uma estrutura agrária
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    extremamente perversos perversa porque
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    concentra terras né é
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    determinada no primeiro momento pela
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    formação de uma estrutura latifundiária
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    voltada à exportação né mas isso mudou
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    mudou durante o período histórico da
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    ditadura e mais intensamente no período
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    de democratização onde você tem Qual é a
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    formação do eufemisticamente chamado
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    agronegócio que nada mais é do que o
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    crescimento das relações capitalistas no
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    campo comandada por grandes monopólios
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    quer dizer a terra Deixa de ser né É
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    apenas reserva de valor não não
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    desaparece essa função mas ela também é
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    tomada diretamente por atividades
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    econômicas ainda voltada pela produção
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    de commodities para exportação mas agora
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    a partir de uma capitalização intensa
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    isso tem dois efeitos imediatos que
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    constitui a crise agrária
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    intensifica sobremaneira a
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    concentração de terras né e portanto a
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    expropriação continuada da população do
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    campo não é Então veja é antigamente não
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    há tempos atrás a gente via a questão
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    agrária com uma concentração
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    latifundiária formação de um excedente
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    populacional a linha para Cidade
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    favorecendo portanto a formação de um
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    proletariado que nada mais tinha para
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    vender não ser sua força trabalho né E
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    que portanto tinha funcionalmente
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    articulado com o desenvolvimento
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    industrial agora nós temos duas dois
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    processos de acumulação capitalista no
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    campo e na cidade que produzem uma
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    expropriação mas propriação ato antigo
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    lá que agora pela ser efeitos ela é
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    continuar gerando continuidade desse
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    procriações no campo e na cidade que
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    somadas produzem a crise Urbana fazer o
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    quê que é na verdade a crise Urbana a
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    crise Urbana não é uma crise de
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    crescimento a crise Urbano é uma crise
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    de gestão né é uma crise para eleger um
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    prefeito com capacidade mental ou um
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    governador que pense na cidade de forma
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    inteligente né com esses mitos
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    ideológicos de cidade inteligente
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    cidades sustentáveis entre tal a crise
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    urbana é e esse modelo econômico né
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    fundado nessa
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    complementariedade de uma estrutura
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    agrária uma estrutura Industrial faliu
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    faliu Esse é o modelo que foi tocado nas
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    suas na sua forma mais definitiva lá
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    pelos anos 50 né E que já durante os
  • 00:09:49
    anos 50 quebrou só foi garantido
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    autoritariamente pela ditadura que o
  • 00:09:54
    reforçou que o intensificou para
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    estourar a crise nos anos 70 que também
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    é que foi reforçada para estourar a
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    crise nas décadas seguintes e que agora
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    chega num ponto de do Ápice dessa
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    contradição porque essas duas crises
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    produção a crise urbana porque tá
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    constante expropriação no campo EA
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    intensificação da expropriação na cidade
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    fórum espaço urbano que Como dizia o
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    effeve se a cidade é a cidade do Capital
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    nesse momento a cidade a cidade da crise
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    do capital e o ar constantes procriação
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    no campo em uma indústria se traduz né
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    nessa ânsia de mercantilização na
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    mercantilização da cidade para Que ela
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    possa oferecer novos vieses de
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    acumulação de Capital né então a gente
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    pode chamar de gentrificação mas na
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    verdade o que é isso é pegar territórios
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    antes usados como valores de uso por
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    exemplo moradia esse propria que eles
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    que se servem do território para isso
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    para colocar lá e Empreendimentos que
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    transformam a terra à moradia os
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    serviços em mercadorias a serem vendidas
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    e compradas e portanto permitir a
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    circulação do Capital né ainda que essas
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    populações que dali se serviu sejam cada
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    vez mais expropriados para situação cada
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    vez mais absurdas gerando populações
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    flutuantes né Sem moradia sem acesso a
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    bem é isso quando não não crescente como
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    agora se demonstra é da intensificação
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    das populações em situação de rua não é
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    que vão ser enfrentados pela polícia
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    enfrentados por políticas de de
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    afastamento de repressão como no caso
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    das regiões ali da Cracolândia no Estado
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    de São Paulo ou nas famosas limpezas que
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    ocorreram historicamente no Rio de
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    Janeiro do centro interior da Lagoa
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    Rodrigo de Freitas e agora da Barra indo
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    cada vez mais né quer dizer as
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    informações não podem simplesmente ser
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    jogados ao mar ela sobrevivem na cidade
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    da crise do Capital né E aqui acaba se
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    consubstanciando né a necessidade
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    constante de valorização do capital de
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    se apropriar da vida para poder
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    valorizar o valor Então nesse sentido o
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    capital em crise na indústria
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    a agricultura monopolizada né no grande
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    monopólio capitalista na cidade no campo
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    produz uma cidade aonde a
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    mercantilização
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    intensa da vida tem como efeito né o
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    desmonte dos serviços públicos a
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    ausência de políticas efetivas de Moraes
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    dia de saneamento porque as suas
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    precisam ser capturadas pela lógica da
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    acumulação eu já vem se o estado pega o
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    fundo público e produz uma uma
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    política de captação tratamento de água
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    e tratamento de esgoto ele presta um
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    serviço à população se beneficia se
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    beneficia disso como um serviço se isso
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    é prestado por uma empresa essa empresa
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    vai tirar lucro dessa dessa desse
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    processo né então na lógica do capital é
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    um absurdo um setor público produzir
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    transporte por exemplo né isso para ser
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    produzido por uma empresa que vai e daí
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    lucro
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    isso em outros países chega ao cúmulo né
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    de políticas prisionais serem geridos
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    por empresas não é para poder garantir a
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    chamada ordem pública
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    saúde educação
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    transporte saneamento moradia
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    deixam de ser
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    necessidades humanas essenciais a serem
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    garantidos para serem
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    mercadorias produzidas por empresas para
  • 00:13:59
    extração de valor para serem vendidas
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    serão diretamente as pessoas seja o
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    poder público hora quando nós analisamos
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    o conjunto dessas três crises daí
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    derivam né uma série de problemas né o
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    emprego a situação do meio ambiente a
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    questão da moradia a questão da educação
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    a questão da Saúde mas olha que
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    interessante isso não aparece
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    simplesmente com a pauta de é isso
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    aparece com uma luta com uma disputa é o
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    nosso direito à moradia
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    contra a intenção do grande capital
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    monopolista e transformar Isso numa
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    mercadoria a ser vendida é a nossa luta
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    por educação pública gratuita de
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    qualidade e o setor privado na educação
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    monopolizado que quer vender isso na
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    forma de um serviço mercantilizado é a
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    nossa necessidade de água tratada esgoto
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    e saneamento e das empresas querendo
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    vender isso para o estado
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    ela sai na cidade transporte versus os
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    grandes grupos mama por isso que
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    controla o transporte que querem
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    apresentar ao poder público seja
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    Municipal se ele Estadual as suas
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    necessidades e isso vai se refletir
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    minhas vai se refletir em renovação da
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    troca da frota isso vai se refletir em
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    linhas lucrativas e não lucrativos tudo
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    que a gente conhece né A e essa pública
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    não é vira algo para poder intensificar
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    a assim comendas de armamento de
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    equipamento e tudo isso por trás tem
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    interesses de grandes monopólios quando
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    a gente Analisa por esse viés
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    aos nossos interesses se chocam com
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    outros interesses quais sejam o grande
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    capital monopolista
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    nas suas diferentes formas de expressão
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    na indústria na agricultura no grande
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    comércio do setor de serviços no setor
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    de comunicação né no setor de serviço
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    distribuído aí por saúde por ciência por
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    comunicação e todos os outros setores
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    que a gente podem imaginar portanto a
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    disputa no Brasil pode ser traduzida
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    entre a disputa dos interesses do grande
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    capital monopolista
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    o e os interesses dos trabalhadores
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    e esses trabalhadores entendidos como
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    uma classe daqueles que são obrigados a
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    vender sua força de trabalho só pode ver
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    só pode viver da venda da força de
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    trabalho e que trazem em si uma série de
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    outras características muito importantes
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    de serem compreendidas Por que a classe
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    trabalhadora é formada de homens e
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    mulheres a classe trabalhadora é formada
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    pela população negra né pela população
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    Branca por Imigrantes é por segmentos de
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    outras regiões que formam uma população
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    ainda que aparentemente heterogênea e
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    muito diversa tem como
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    comunidade a compreensão de que seus
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    interesses só pode ser atingidos não
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    enfrentamento das Barreiras reforma
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    agrária não acontece não crê difícil de
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    ser implementada é porque ela choque com
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    interesses do grande capital monopolista
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    na terra nós não podemos a política
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    efetiva de emprego porque quem define
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    empregaram desempregar é o capital
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    Privado não tem o setor público capaz
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    porque quando o setor público contrata
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    não é para produzir uma máquina de
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    oferecimento de um serviços ele retira
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    esse serviço da linha das mercadorias a
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    serem
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    exploradas pela valorização do capital
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    Brasil está em disputa tá mas não pelas
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    siglas partidárias ou pelas pessoas que
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    disputa as eleições o Brasil está em
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    disputa há bastante tempo entre os
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    interesses dos trabalhadores e
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    interesses do grande capital a ser muito
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    difícil a gente mudar o Brasil
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    aliando-se aos nossos inimigos
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    o Brasil continue disputa e nós
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    continuar lutas e
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    E aí
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