Aula 1: Nossa concepção do marxismo-leninismo | Curso Básico de Formação | Módulo 1
Summary
TLDRNeste episódio do curso de formação do PCBR, Gabriel Lazares apresenta uma introdução ao Marxismo-Leninismo, explicando sua origem, fundamentos e a relação com a teoria revolucionária. O Marxismo, desenvolvido por Karl Marx e Friedrich Engels, surge no século XIX e se baseia na crítica da economia política, da filosofia idealista e do socialismo utópico. Lazares destaca a evolução do capitalismo para o imperialismo e a centralização do capital. O papel da classe proletária é central, necessitando desenvolver uma consciência de classe para a luta revolucionária, guiada por um partido de vanguarda que representa os interesses do proletariado. Ele conclui reafirmando que o Marxismo-Leninismo é uma teoria científica que busca a transformação da sociedade em direção ao comunismo, adaptando-se às realidades históricas e sociais contemporâneas.
Takeaways
- 🧠 O Marxismo-Leninismo é uma teoria revolucionária.
- 📜 Origem no século XIX por Marx e Engels.
- 💡 Crítica da economia política é fundamental.
- ⚙️ Capitalismo evoluiu para uma fase imperialista.
- 👷♂️ Proletariado é a classe revolucionária central.
- 🏛️ O partido deve ser a vanguarda da luta de classes.
- 📈 Consciência de classe deve ir além da luta econômica.
- 📊 O socialismo científico orienta a luta.
- 🌍 O objetivo final é uma sociedade sem classes.
- 🔄 Marxismo-Leninismo é uma teoria viva, adaptável.
Timeline
- 00:00:00 - 00:05:00
Gabriel Lazares, secretário geral do PCBR, dá início ao curso de formação básica do Sistema Nacional de Formação Política, focando na discussão do Marxismo-Leninismo e seus fundamentos, relacionando a teoria com a história do Partido Comunista e sua interpretação atual.
- 00:05:00 - 00:10:00
A introdução ao Marxismo é apresentada, enfatizando sua origem no século XIX com Karl Marx e Friedrich Engels, que buscavam entender a transformação da sociedade de um feudalismo para um capitalismo emergente, e a relação disso com o Iluminismo e o desenvolvimento da economia política.
- 00:10:00 - 00:15:00
O filósofo Hegel é destacado, com sua crítica ao idealismo e sua concepção dialética da história, considerando a história como um movimento de contradições, levando à ideia de que a realidade é um processo contínuo em desenvolvimento, ao invés de uma essência estática.
- 00:15:00 - 00:20:00
A partir de Hegel, surgem as críticas do Marxismo à economia política burguesa, ao idealismo alemão e ao socialismo utópico, enfatizando que o Marxismo é uma teoria crítica das condições materiais e sociais que geram a riqueza e suas relações de produção.
- 00:20:00 - 00:25:00
Marx critica a ideologia dominante, propondo que a consciência humana é moldada pelas condições materiais em vez de ser uma força autônoma, estabelecendo uma dialética entre a matéria e a ideia, e afirmando que as condições materiais determinam a consciência política e social dos indivíduos.
- 00:25:00 - 00:30:00
O socialismo utópico é analisado, sendo caracterizado como uma abordagem que não considera as condições objetivas necessárias para a transformação social, enquanto o Marxismo-Leninismo apresenta uma teoria científica que busca a transformação radical por meio da luta de classes e da tomada do poder.
- 00:30:00 - 00:35:00
Lenin amplia o entendimento marxista ao analisar as etapas do capitalismo, definindo o imperialismo como uma nova fase que transforma as relações de produção, enfatizando a centralização do capital e a necessidade de uma política de classe para a transformação social.
- 00:35:00 - 00:40:00
A análise de Lenin quanto à consciência de classe é apresentada, destacando que a classe trabalhadora necessita de uma organização política que vá além de uma luta econômica imediata, precisando desenvolver uma consciência revolucionária para a tomada do poder.
- 00:40:00 - 00:48:00
Finalize com a explicação de que o Marxismo-Leninismo não é um dogma, mas uma teoria que se adapta às realidades contemporâneas, sendo essencial para entender e organizar a luta revolucionária da classe trabalhadora em busca da construção do socialismo e do comunismo.
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Video Q&A
O que é Marxismo-Leninismo?
É uma teoria revolucionária que combina o Marxismo de Marx e Engels com as contribuições de Lenin, focando na transformação da sociedade por meio da luta de classes e da tomada do poder pelo proletariado.
Quais são os fundamentos do Marxismo?
Os fundamentos incluem a crítica da economia política, crítica ao idealismo alemão e a superação do socialismo utópico por uma abordagem científica.
Qual a relação entre o Marxismo-Leninismo e a história do Partido Comunista?
O Marxismo-Leninismo moldou o programa e as práticas dos partidos comunistas, servindo como base teórica para a luta do proletariado.
Como o capitalismo evoluiu segundo essa teoria?
Evoluiu de uma economia concorrencial para um capitalismo monopolista, vivendo crises de superprodução e necessitando de expansão imperialista.
Qual o papel da classe proletária na teoria?
A classe proletária é vista como a classe revolucionária que deve desenvolver uma consciência de classe e tomar o poder político.
Como o Lenin contribuiu para o Marxismo?
Lenin aprofundou as análises de Marx sobre o capitalismo, destacando a importância da organização do proletariado e da consciência revolucionária.
O que caracteriza a consciência de classe segundo Lenin?
A consciência de classe se desenvolve quando o proletariado percebe a necessidade de não apenas lutar por melhores condições, mas também de tomar o poder.
Como se dá a relação entre partido e classe trabalhadora?
O partido deve ser o destacamento de vanguarda da classe trabalhadora, liderando a luta e organizando a classe para a revolução.
Qual o objetivo final do Marxismo-Leninismo?
O objetivo é a construção de uma sociedade sem classes, o comunismo, através duma revolução socialista.
O Marxismo-Leninismo é uma teoria dogmática?
Não, é uma teoria viva que deve ser adaptada às condições contemporâneas e às lutas atuais da classe trabalhadora.
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- 00:00:00Olá camaradas tudo bom Aqui quem fala é
- 00:00:02Gabriel lazares o secretário Geral do
- 00:00:04pcbr E e esse aqui é um dos episódios do
- 00:00:07nosso curso de formação básica do
- 00:00:10Sistema Nacional de Formação política do
- 00:00:11partido e o objetivo Desse nosso
- 00:00:14primeiro encontro né é a gente poder
- 00:00:17fazer uma discussão sobre o que que é o
- 00:00:19Marxismo leninismo que que é a teoria
- 00:00:22revolucionária do Marxismo leninismo
- 00:00:24Quais são os seus fundamentos e como é
- 00:00:26que ela se relaciona com o movimento
- 00:00:30como que ela se relaciona com a história
- 00:00:32do Partido Comunista e particularmente
- 00:00:34como nós interpretamos eh o Marxismo
- 00:00:37leninismo nos dias de hoje né então pra
- 00:00:41gente entender o Marxismo leninismo é
- 00:00:42preciso entender primeiro o que que é o
- 00:00:44Marxismo né como teoria então formulado
- 00:00:48principalmente né pelo Carl Marx mas
- 00:00:50também extensível ao frederich engels né
- 00:00:54o Marxismo ele nada mais é do que uma
- 00:00:56determinada teoria né uma teoria uma
- 00:00:58visão de mundo que surge né no século
- 00:01:01XIX com a tentativa eh do Marx do engels
- 00:01:05né e também de outros pensadores outros
- 00:01:07teóricos do movimento socialista de
- 00:01:11compreender a realidade em que eles
- 00:01:12estavam vivendo no meio de uma série de
- 00:01:14discussões de uma série de formulações
- 00:01:17teóricas que vinham eh tentando explicar
- 00:01:20a realidade né a base dessas discussões
- 00:01:24era um grande movimento não no sentido
- 00:01:27de movimento de massas né mas no sentido
- 00:01:28de movimento intelectual né de
- 00:01:31formuladores teóricos do assim chamado
- 00:01:34socialismo né então já desde o século 18
- 00:01:39principalmente né já começa a se falar
- 00:01:41em socialismo como uma eh ideia né um
- 00:01:45ideal que vai surgindo de como modificar
- 00:01:47a sociedade que transitava naquele
- 00:01:50momento né entre o que era os resquícios
- 00:01:53do feudalismo para o capitalismo né na
- 00:01:55consolidação da revolução industrial na
- 00:01:58consolidação de uma série de movimentos
- 00:02:01que acontecem tanto na economia quanto
- 00:02:03na política que vão consolidando essa
- 00:02:05nova sociedade a sociedade capitalista
- 00:02:08nesse sentido o que acontece eh existe
- 00:02:11uma série de pensadores que vemm
- 00:02:13principalmente da filosofia e que vão
- 00:02:15tentando dar razão a a a essa nova forma
- 00:02:19de ver o mundo e formas diversificadas
- 00:02:22de ver o mundo que se afastassem
- 00:02:24principalmente daquelas que vinham do
- 00:02:27aporte da igreja católica ou seja de de
- 00:02:29e visões e teológicas do mundo né e
- 00:02:34vários desses filósofos né vão fazer
- 00:02:36parte de um movimento chamado iluminismo
- 00:02:38que é um momento em que a burguesia como
- 00:02:41classe ascendente começa a desenvolver a
- 00:02:43sua própria filosofia uma filosofia
- 00:02:45baseada na racionalidade né Na razão
- 00:02:48como vetor Universal do conhecimento e
- 00:02:51não na na religião e não na na fé né é
- 00:02:55claro que a gente poderia falar aqui
- 00:02:56sobre várias e várias Vertentes do
- 00:02:58Iluminismo de como que ele foram sendo
- 00:03:00desenvolvidos de uma forma ou de outra
- 00:03:03mas o cerne né do Iluminismo tá nessa
- 00:03:06ideia da racionalidade Claro que era uma
- 00:03:08racionalidade abstrata uma racionalidade
- 00:03:10que não eh dialogava diretamente com os
- 00:03:13interesses da maioria empobrecida da
- 00:03:15população mas ela era uma racionalidade
- 00:03:18que buscava romper com uma determinada
- 00:03:21ideologia que estava centrada na
- 00:03:23religião tava centrada eh num discurso
- 00:03:26metafísico num discurso dogmático que
- 00:03:28não buscava entender a realidade a
- 00:03:30partir dos seus próprios pressupostos né
- 00:03:32Mas a partir da eh eh da crença em
- 00:03:36determinados eh valores religiosos
- 00:03:38determinadas histórias religiosas
- 00:03:40determinadas mitologias E por aí vai já
- 00:03:44na virada do século XI pro século XIX eh
- 00:03:47a filosofia começa a se basear um pouco
- 00:03:50nesses novos eh eh pontos de apoio em
- 00:03:53que ela foi chegando né então a gente
- 00:03:55tem ainda no século XVI por exemplo eh
- 00:03:57aqueles vão ser chamados os
- 00:03:58enciclopedias as franceses né começam a
- 00:04:01ter uma abordagem materialista sobre e a
- 00:04:04a realidade tentam criar enciclopédias
- 00:04:07que vão descrevendo esse mundo no campo
- 00:04:10da economia a gente tem o surgimento da
- 00:04:12economia dos assim chamados eh
- 00:04:14naturalistas ou fisiologistas né Que
- 00:04:17nada mais são do que o começo do que a
- 00:04:18gente chama hoje de Economia política né
- 00:04:21a economia política que é e esse campo
- 00:04:24desenvolvido como que era o campo
- 00:04:26original da economia né não se falava em
- 00:04:28economia como ciência mas economia
- 00:04:30política como ciência pensado do estudo
- 00:04:32das das transferências de riqueza da
- 00:04:35produção da riqueza e É nesse momento
- 00:04:37que surgem Adam Smith que surge David
- 00:04:40Ricardo outros economistas que vão
- 00:04:43desenvolvendo essa essa essa forma de
- 00:04:46pensar o surgimento das riquezas na
- 00:04:48sociedade né junto com isso né na virada
- 00:04:53do século 18 para 19 é que vai surgir a
- 00:04:57figura do Hegel que é um filósofo alemão
- 00:04:59eh que vai começar a tentar desenvolver
- 00:05:02a partir de uma crítica A visões
- 00:05:05metafísicas da realidade né visões que
- 00:05:08vão pensar a realidade como uma coisa
- 00:05:10estática ele vai pensar a realidade como
- 00:05:12uma coisa em movimento uma coisa que ele
- 00:05:15vai se basear na dialética né ou seja
- 00:05:18pensando a realidade como eh contradição
- 00:05:21o fato de pensar a realidade como
- 00:05:23contradição dá ao Hegel e dá a esses
- 00:05:26outros pensadores que vão depois ser
- 00:05:28conhecidos como eh os jovens reggeli
- 00:05:30anos a capacidade de desenvolver uma
- 00:05:33teoria da história né que fosse baseada
- 00:05:35numa ideia de movimento né não na ideia
- 00:05:38de eh a história como a produção de
- 00:05:41homens incríveis figuras
- 00:05:44eh individualmente Poderosas e portanto
- 00:05:47que pudessem mudar o rumo da história
- 00:05:49mas pensar a história a partir da sua
- 00:05:51própria dinâmica das contradições
- 00:05:52internas Quais que são as eh eh
- 00:05:55divergências Quais são os movimentos
- 00:05:58opostos que são colocados dentro da da
- 00:05:59história né do desenvolvimento natural
- 00:06:02da humanidade né pensado natural como o
- 00:06:06o próprio a ele né que vão levando com
- 00:06:09que essas contradições sejam cada vez eh
- 00:06:12eh resolvidas em um outro patamar né de
- 00:06:15que não simplesmente a gente tem uma
- 00:06:17visão de que é possível expurgar um dos
- 00:06:19lados da contradição né então isso vai
- 00:06:21ficar famoso na dialética do escravo e
- 00:06:24do Senhor do Hegel né então nessa
- 00:06:26dialética do escravo e do Senhor ele vai
- 00:06:27falar o escravo Só existe porque existe
- 00:06:29o Senhor e o senhor Só existe porque
- 00:06:31existe o escravo né Superar Essa
- 00:06:33contradição significa que nenhum dos
- 00:06:35dois vai existir mas vai existir uma
- 00:06:37outra coisa e que não seja nem escravo
- 00:06:39nem senhor né uma outra relação Qual que
- 00:06:42é a questão o Marxismo ele vai surgir eh
- 00:06:46A partir dessa crítica Geral de três
- 00:06:49grandes Vertentes e do movimento e
- 00:06:53filosófico teórico e também social desse
- 00:06:57desse momento todo que vai desde o
- 00:06:58Iluminismo até eh eh o começo do século
- 00:07:02XIX né até o meio do século XIX mais ou
- 00:07:04menos eh Quais que vão ser essas Três
- 00:07:06Fontes né ou partes constitutivas do
- 00:07:09Marxismo primeiro é a crítica da
- 00:07:11economia política burguesa né então o
- 00:07:14Marx e o engels vão desenvolver a partir
- 00:07:17da das insuficiências da do que havia
- 00:07:21sido desenvolvido de Economia política
- 00:07:22do Adam Smith do David Ricardo
- 00:07:24principalmente mas não só né uma eh eh
- 00:07:28uma for forma de compreender como que
- 00:07:31surge a riqueza e produzida como relação
- 00:07:34social né E eles vão desenvolver isso e
- 00:07:37observando entre outras coisas o fato de
- 00:07:39que existe no trabalho humano né um
- 00:07:43elemento distinguível o trabalho humano
- 00:07:46diferente de outras outros elementos que
- 00:07:49circundam o ser humano ele pode produzir
- 00:07:52riqueza ele pode produzir valor né E
- 00:07:56claro que a discussão sobre como que
- 00:07:57produz valor O que é o valor como que se
- 00:08:00produz e reproduz e circula o valor é
- 00:08:03uma discussão que a gente precisa
- 00:08:04aprofundar né a discussão do livro Um do
- 00:08:06Capital inclusive né Eh e que é a partir
- 00:08:10dessa compreensão de como que se produz
- 00:08:13o valor e como que se coloca essa essa
- 00:08:17eh eh essa produção social da nossa vida
- 00:08:21né em relação às demais férias da vida é
- 00:08:24que o Marx eh e o engels vão desenvolver
- 00:08:28essa da economia política então isso do
- 00:08:31ponto de vista da economia política do
- 00:08:33ponto de vista da filosofia é a crítica
- 00:08:37que é feito ao idealismo alemão né então
- 00:08:40o que que é o idealismo alemão
- 00:08:43é a perspectiva que vigia desde pelo
- 00:08:47menos o Hegel né de que existe um
- 00:08:50movimento das ideias né um movimento
- 00:08:53Universal das ideias e esse movimento
- 00:08:55Universal das ideias que estão postas
- 00:08:57que estão dadas né é aque vai vai
- 00:08:59resolvendo os processos materiais Como
- 00:09:01se primeiro a humanidade resolvesse na
- 00:09:03sua própria cabeça os problemas né ou
- 00:09:06numa cabeça superior né claro que as
- 00:09:08ideias do Hegel elas vão caminhar para o
- 00:09:11desenvolvimento religioso em algum
- 00:09:13momento né Porque pensa uma consciência
- 00:09:16que vem antes da matéria né uma
- 00:09:18consciência que subordina a matéria O
- 00:09:20que leva a gente à necessidade de uma
- 00:09:21consciência Universal e o Marxismo
- 00:09:24supera esse idealismo né não com né com
- 00:09:28o material ou seja com a premissa com o
- 00:09:33o pressuposto de que a matéria né o o
- 00:09:36que existe no mundo real as coisas os
- 00:09:40seres humanos a cultura tudo que existe
- 00:09:42no mundo real precede a ideia ou seja eh
- 00:09:45as nossas ideias as ideias a consciência
- 00:09:48humana ela é produzida a partir da
- 00:09:51relação do ser humanos com o mundo que
- 00:09:54existe ao redor dele e não o contrário e
- 00:09:57não o mundo que a gente produz é que é
- 00:10:00uma determinação do que a gente já
- 00:10:02pensou anteriormente é claro que a gente
- 00:10:05pensa interage com o mundo pensa trgo
- 00:10:07mundo isso pensando assim qual que é em
- 00:10:09última instância o determinante né o em
- 00:10:11última instância determinante são as
- 00:10:12condições materiais objetivas fora da
- 00:10:16gente né E claro por condições materiais
- 00:10:18entenda-se Não só as condições físicas
- 00:10:21né mas também as condições e eh de de
- 00:10:24consciência né as instituições por
- 00:10:26exemplo elas não são né como uma certa a
- 00:10:29sociologia eh pós-moderna tenta falar
- 00:10:32elas não são só eh eh construção social
- 00:10:34né não são o que é construção social é
- 00:10:37também realidade
- 00:10:38né e por fim unindo essa crítica da
- 00:10:42economia política a esse novo
- 00:10:44materialismo que é um materialismo
- 00:10:46dialético né não é um materialismo que
- 00:10:48se confunde com o materialismo daqueles
- 00:10:50enciclopedistas né mas é um materialismo
- 00:10:53que pensa o movimento do Real o
- 00:10:55movimento da matéria né eh e e e tira a
- 00:11:00dialética do próprio materialismo também
- 00:11:02acho que isso vale a pena mencionar né e
- 00:11:04o o Marxismo ele é primeiro materialista
- 00:11:07no sentido de que ele tenta tirar do
- 00:11:09objeto a realidade do objeto né e não do
- 00:11:13do sujeito né e não de quem pensa e não
- 00:11:16da nossa ideia como um a priori né como
- 00:11:18uma coisa que vem antes mas desenvolve
- 00:11:21isso também de forma dialética ou seja
- 00:11:22compreendendo que mesmo nesse mundo
- 00:11:25material no mundo real existem
- 00:11:27contradições as tradições elas não são
- 00:11:30eh só da nossa ciência Não é só na hora
- 00:11:33de gente expor alguma coisa que a gente
- 00:11:34demonstra que existem contradições as
- 00:11:36contradições existem no mundo real né Eh
- 00:11:39são contradições entre classes sociais
- 00:11:41que são reais mas também contradições
- 00:11:43que ocorrem na natureza que ocorrem em
- 00:11:44outros fenômenos e que vão desenvolvendo
- 00:11:48a História Natural desses desses
- 00:11:50processos né seja da história humana
- 00:11:53seja da história natural mesmo através
- 00:11:55da superação dessas contradições no
- 00:11:57mundo real né junto com essas duas
- 00:12:00coisas Há também um terceiro elemento
- 00:12:02uma um elemento da economia e um
- 00:12:04elemento da filosofia há um terceiro
- 00:12:06elemento que constitui o Marxismo que é
- 00:12:08a superação né do que era a o socialismo
- 00:12:12utópico ou seja o que que era o
- 00:12:15socialismo utópico ele era a compreensão
- 00:12:17que havia e essa compreensão muito eh eh
- 00:12:21era muito presente na França né a gente
- 00:12:22tem furrier a gente tem Owen que era em
- 00:12:25inglês a gente tem outros San Simon
- 00:12:28outros teóricos próprio prudon que vai
- 00:12:30ser um que o Marx vai se bater também
- 00:12:31diretamente que vão pensar formas da
- 00:12:34gente criar uma sociedade socialista e
- 00:12:36aí por socialista entenda-se várias
- 00:12:38coisas pode ser mais justa pode ser eh
- 00:12:41igualitária pode ser mil coisas que eram
- 00:12:43o socialismo na boca daqueles vários
- 00:12:46filósofos pensadores e ativistas mesmo
- 00:12:49daquela época né o prudon era militante
- 00:12:50eh e que vão eh desenvolver uma certa
- 00:12:54visão de socialismo que vai ser pensada
- 00:12:56pelo Marx e pelo Engel eh considerado
- 00:12:59como um socialismo utópico Ou seja é uma
- 00:13:02ideia de socialismo uma ideia de mudança
- 00:13:03da sociedade mas que não ela é utópica
- 00:13:06por quê Porque ela não se baseia em
- 00:13:08pressupostos científicos e portanto ela
- 00:13:10não atinge de fato os pontos de mudança
- 00:13:13da sociedade que podem fazer de fato a
- 00:13:16gente ter uma mudança paraa sociedade
- 00:13:17socialista né então existe todo um
- 00:13:21contexto que vai desde a revolução
- 00:13:23francesa né e por isso esse socialismo
- 00:13:25eh O tópico tá muito ligado à tradição
- 00:13:27francesa que tem esse momento vamos
- 00:13:30dizer assim jacobino né o momento de
- 00:13:32ruptura o momento de grandes
- 00:13:34movimentações em nível de massas que
- 00:13:37modificam a sociedade de Fato né de fato
- 00:13:39a Revolução Francesa modificou a
- 00:13:41sociedade francesa né e a sociedade
- 00:13:43capitalista do mundo todo eh mas que
- 00:13:46chegam num limite né nesse meio nessa
- 00:13:49meiuca aí do do século XIX quando eles
- 00:13:52não conseguem demonstrar que eh existe
- 00:13:55uma classe social muito particular né
- 00:13:58que se desenvol veu com o o o
- 00:14:00capitalismo que é o proletariado uma
- 00:14:03outra classe muito particular que se
- 00:14:04desenvolveu com o capitalismo que é a
- 00:14:06burguesia e que a forma científica da
- 00:14:09gente observar como que a sociedade pode
- 00:14:11se transformar em socialismo é sabendo
- 00:14:13que o processo político disso envolve a
- 00:14:16tomada dos meios de produção e a tomada
- 00:14:18do controle da do estado né Eh para
- 00:14:22poder fazer essa essa transição por quê
- 00:14:26Porque só quando eh eh o os meios de
- 00:14:29produção forem socializados e de fato o
- 00:14:32estado como a gente entende a máquina do
- 00:14:34Estado ela não só for tomada mas for
- 00:14:37destruída e trocada substituída por um
- 00:14:40outro tipo de poder é que de fato a
- 00:14:43gente vai poder falar em transição
- 00:14:45socialista a gente vai poder falar que a
- 00:14:48classe trabalhadora né o proletariado a
- 00:14:50classe Desprovida dos meios de produção
- 00:14:51que vende sua força de trabalho vai
- 00:14:53poder falar que ela tomou o poder né E
- 00:14:55nessa mudança de poder é que ela vai
- 00:14:57poder constituir um novo tipo de poder
- 00:14:59um poder um estado que não é bem um
- 00:15:01estado como diz o Lenin né e e que vai
- 00:15:04substituir eh eh o estado capitalista
- 00:15:08rumo ao fim do Estado né Então essa é a
- 00:15:10grande questão para o Marx e pro engels
- 00:15:14nesse momento já eles já percebem que o
- 00:15:16estado ele não é mais do que o produto
- 00:15:19das contradições inconciliáveis que
- 00:15:21existem na sociedade capitalista ele
- 00:15:23existe para poder manter a sociedade
- 00:15:26capitalista e portanto ele tá sempre eh
- 00:15:28eh em em contradição com com a própria
- 00:15:31estrutura da produção né com o fato de
- 00:15:32que eh a produção ela é cada vez mais
- 00:15:35socializada cada vez mais cada pessoa
- 00:15:38participa do processo de produção e cada
- 00:15:40vez mais a riqueza produzida é
- 00:15:42apropriada individualmente apropriada
- 00:15:44privadamente então esses três elementos
- 00:15:47e a crítica da economia política A
- 00:15:51Crítica da filosofia Idealista alemã né
- 00:15:53E aí tem um paizinho para cada um né a
- 00:15:55economia política é inglesa escocesa
- 00:15:57britânica eh a a o idealismo é alemão né
- 00:16:01e o materialismo dialético substitui e a
- 00:16:03crítica do socialismo utópico francês
- 00:16:05para um socialismo científico né são as
- 00:16:08três partes constitutivas daquilo que o
- 00:16:10Lenin vai chamar que é Marxismo né
- 00:16:14ora o mundo andou muito desde o Marx e
- 00:16:17wengels né já no século XX eh a gente
- 00:16:22tem uma mudança muito significativa na
- 00:16:25no modo de produção capitalista e que o
- 00:16:27Lenin vai Observar isso vai fazer a
- 00:16:28análise disso no seu livro imperialismo
- 00:16:30F superior do capitalismo que é
- 00:16:32justamente o fato de que o
- 00:16:34capitalismo que até a época do Marx e do
- 00:16:36engels ainda era um capitalismo vamos
- 00:16:38dizer assim eh de nível concorrencial né
- 00:16:41a gente tinha uma multiplicidade muito
- 00:16:43grande de Pequenas Empresas a gente
- 00:16:45tinha ainda um processo eh eh de
- 00:16:48desenvolvimento Nacional do capitalismo
- 00:16:50nos países europeus e cada vez mais em
- 00:16:52países fora da Europa também e no
- 00:16:55entanto mais ou menos na virada do
- 00:16:57século XIX pro século XX esse
- 00:16:59capitalismo ele entra em crise Por que
- 00:17:01que ele entra em crise porque o próprio
- 00:17:03fato de que existe uma necessidade de
- 00:17:05acumulação de Capital que vai se
- 00:17:07transformar em produção de mercadoria e
- 00:17:11essa produção de mercadoria precisa
- 00:17:12produzir o fechar o ciclo da mercadoria
- 00:17:15através do consumo através do fato de
- 00:17:17que ela chega em alguém essa mercadoria
- 00:17:18consumida leva uma crise de
- 00:17:21superprodução é produzido são produzidos
- 00:17:23muito bens esse Capital concorrencial
- 00:17:25começa a ter excesso de mercadoria né e
- 00:17:29o que acontece quando acontece isso
- 00:17:30acontece a crise porque o preço de das
- 00:17:32mercadorias desce e aí esses capitais
- 00:17:36começam a quebrar pela falta de consumo
- 00:17:38né pela falta de de de e realização do
- 00:17:41cículo da mercadoria quando isso
- 00:17:43acontece a gente começa a ver um
- 00:17:44processo eh que claro espraia da Europa
- 00:17:47né mas vai pro mundo todo que é um
- 00:17:49processo de centralização e
- 00:17:51monopolização do Capital né essas essa
- 00:17:55Miria de de empresas de empreendimentos
- 00:17:57de pequenos negócios negócios começa um
- 00:17:59primeiro ciclo de grande quebradeira de
- 00:18:02grande falência generalizada e nessa
- 00:18:04falência generalizada os grandes
- 00:18:06conglomerados que se sobressai nesse
- 00:18:08momento por motivos mais diversos Né
- 00:18:11desde maior capacidade
- 00:18:14técnica até melhores condições de de
- 00:18:17crédito né enfim uma série de coisas né
- 00:18:19Eh benefícios do Estado também né fato
- 00:18:22de que um é primo do príncipe do não sei
- 00:18:25o que nãoé e esses grandes e e grandes
- 00:18:29Empreendimentos vão constituindo
- 00:18:31monopólios a gente vai tendo um processo
- 00:18:33de centralização do Capital né Essa
- 00:18:35centralização do Capital produz uma
- 00:18:38mudança de qualidade no capitalismo né o
- 00:18:40capitalismo muda naquele momento ele não
- 00:18:42é mais um capitalismo em desenvolvimento
- 00:18:45mas ele é um capitalismo que vai
- 00:18:47chegando nos seus limites de
- 00:18:49desenvolvimento Quais são esses limites
- 00:18:51de
- 00:18:52desenvolvimento são o fato de que esses
- 00:18:55grandes monopólios eles começam a se
- 00:18:56desenvolver e começam a ter uma
- 00:18:58necessidade de expansão das suas
- 00:19:00fronteiras de aquisição de matéria prima
- 00:19:03aquisição de força de trabalho e tudo
- 00:19:05mais nesse momento é que se vincula
- 00:19:07claro que isso não é condição sinequanon
- 00:19:10condição absolutamente indispensável pro
- 00:19:12desenvolvimento do capitalismo o
- 00:19:13capitalismo se desenvolve muito bem com
- 00:19:14o mercado interno mas chega um momento
- 00:19:16em que a própria concorrência Entre
- 00:19:18esses monopólios começa a Gerar uma
- 00:19:20necessidade de expansão do Capital por
- 00:19:22isso que é justamente no século XIX Pro
- 00:19:25X que a gente tem um processo de
- 00:19:26expansão muito grande das fronteiras
- 00:19:29coloniais né claro que a gente já tem
- 00:19:32colônias que vem desde o século X desde
- 00:19:33o século XV né colônias espalhadas pelo
- 00:19:35mundo o fato é que o controle Colonial
- 00:19:39feito nesse momento é um controle
- 00:19:41Colonial já visando aos monopólios
- 00:19:44visando a não apenas exportação de
- 00:19:47mercadoria né que é o que a gente tinha
- 00:19:49por exemplo no caso do Brasil que era
- 00:19:50colônia de Portugal e o Brasil era
- 00:19:52obrigado a comprar manufatura de
- 00:19:54Portugal era obrigado a comprar
- 00:19:55mercadoria ferramentas e vestimento e
- 00:19:59enfim uma série de de elementos ali e eh
- 00:20:03de de pequena produção e de bens de
- 00:20:05consumo que eram e vendidos por Portugal
- 00:20:08pra gente a partir desse momento do do
- 00:20:10do do final do século X começo do século
- 00:20:12XX é quando essa necessidade de expansão
- 00:20:16ela deixa de ser só de expansão de de
- 00:20:18exportação de mercadoria ela passa a ser
- 00:20:20de exportação de capitais então não Só
- 00:20:23bastava vender alguma coisa para pra sua
- 00:20:26colônia Mas você tinha que plantar lá na
- 00:20:29sua colônia um negócio seu né Você tinha
- 00:20:32que fazer os seus os seus investimentos
- 00:20:34serem feitos também nesses países
- 00:20:37coloniais ou semic coloniais né que já
- 00:20:40eram Independentes mas eram vistos ainda
- 00:20:42sobre uma lógica do
- 00:20:44capitalismo como não os países que
- 00:20:46exportavam Os Capitais mas aqueles que
- 00:20:48importavam Os Capitais né a transição do
- 00:20:52caso do Brasil do século XIX pro século
- 00:20:54XX é uma transição que vai nesse caminho
- 00:20:55né que ela vai receber cada vez mais
- 00:20:58mais capitais franceses Ingleses depois
- 00:21:01no segundo momento norte--americanos e
- 00:21:04tal para que que serve exportar o
- 00:21:05capital porque daí você extrai mais
- 00:21:06valor daquele mesmo lugar você não só
- 00:21:09extrai o lucro né no sentido de que você
- 00:21:12tá vendendo e e fazendo o ciclo da
- 00:21:14mercadoria se completar ali mas você faz
- 00:21:16a produção ser feita ali gerando a mais
- 00:21:19valia naquele lugar né quando a gente se
- 00:21:21produzir em Portugal um determinado
- 00:21:23conjunto de maquinário né Eh ferramentas
- 00:21:26para trabalho etc se vendia o Brasil a a
- 00:21:28produção de valor ela era onde estava a
- 00:21:30empresa onde era explorado o proletário
- 00:21:33quando você passa ter exportação dos
- 00:21:34capitais é quando de fato isso chega
- 00:21:37mais longe isso chega na e eh e na na
- 00:21:41implantação da produção e portanto da
- 00:21:43exploração da força de trabalho na
- 00:21:46colônia na semicolon ou no outro país
- 00:21:48Quando essas colônias vão deixando de
- 00:21:49ser efetivamente colônias por que que eu
- 00:21:52tô falando isso porque o desenvolvimento
- 00:21:54desse desse
- 00:21:56e novo momento do capitalismo ao mesmo
- 00:21:59tempo vai levando todas essas sociedades
- 00:22:02que eram coloniais semicolon ais não
- 00:22:05plenamente desenvolvidas como
- 00:22:06capitalistas a se desenvolverem como
- 00:22:08capitalistas né e a gente chega na no
- 00:22:11momento que o Lenin escreve o
- 00:22:13imperialismo faz o superior do
- 00:22:14capitalismo num quadro em que apesar de
- 00:22:17você ter cinco ou se né uma dúzia sei lá
- 00:22:20como é que ele fala fala um punhado de
- 00:22:22potências imperialistas você já tem toda
- 00:22:24uma estrutura capitalista se
- 00:22:26desenvolvendo nesses países o o que eu
- 00:22:28tô chamando de estrutura capitalista tô
- 00:22:29falando toda uma forma de produção das
- 00:22:32riquezas naquela localidade que está
- 00:22:34baseada no trabalho
- 00:22:36assalariado está baseada na compra e
- 00:22:38venda de força de trabalho e na
- 00:22:40propriedade privada dos meios de
- 00:22:41produção né não mais como vários lugares
- 00:22:45né de uma forma feudal tem um senhor de
- 00:22:48terras e tal uma coisa que no Brasil é
- 00:22:50muito questionável se aconteceu mas como
- 00:22:52uma forma propriamente capitalista o
- 00:22:53próprio lugar que o Brasil e tem nesse
- 00:22:56nesse sistema já era lugar que foi
- 00:22:58produzido para esse tipo de exploração
- 00:23:01para esse não para um desenvolvimento de
- 00:23:02um capitalismo autônomo e pujante mas
- 00:23:04pensando no mercado internacional
- 00:23:06pensando na localidade do Brasil em
- 00:23:09relação à Metrópole
- 00:23:11eh essa fase nova do capitalismo é o que
- 00:23:13o Lenin vai chamar de imperialismo né é
- 00:23:16um momento novo do capital e começa aí o
- 00:23:20o motivo pelo qual a gente começa a
- 00:23:21falar em Marxismo leninismo né Uma das
- 00:23:24coisas que vai acontecer é que o Lenin a
- 00:23:28observar essa nova essa esse novo
- 00:23:30momento do do capitalismo internacional
- 00:23:33momento que faz por exemplo o fato de
- 00:23:34que a Rússia que era um país
- 00:23:36completamente feudal faça a abolição da
- 00:23:39sua Servidão em 1862 e começa um rápido
- 00:23:42desenvolvimento capitalista a partir
- 00:23:43dali né vários socialistas utópicos né
- 00:23:47da do socialismo camponês Russo por
- 00:23:49exemplo vão falar que não a gente
- 00:23:51precisa impedir o desenvolvimento do
- 00:23:53capitalismo né tem que voltar a uma
- 00:23:55forma de produção agrária né e o Len vai
- 00:23:58falar não isso primeiro que é impossível
- 00:23:59porque não dá para girar a roda da
- 00:24:00história para trás e segundo que o
- 00:24:02capitalismo em relação ao feudalismo em
- 00:24:04relação às formas pré-capitalistas ele é
- 00:24:07progressivo ele é progressivo porque ele
- 00:24:09desenvolve as tendências de
- 00:24:11produtividade daquela do trabalho humano
- 00:24:13né porque desenvolve as tendência de
- 00:24:16exploração da força de trabalho humana e
- 00:24:18que Portanto ele Empurra a sociedade
- 00:24:21como um todo para essa era moderna para
- 00:24:22essa era do Capital que por sua vez traz
- 00:24:25uma contradição que é uma contradição
- 00:24:27fácil de resolver vamos dizer assim né
- 00:24:29que é a contradição entre capital e
- 00:24:30trabalho né não mais entre estamentos
- 00:24:33numa sociedade feudal Mas entre de fato
- 00:24:35eh a propriedade privada dos meios de
- 00:24:37produção e a socialização do trabalho né
- 00:24:41Eh o Lenin vai desenvolver isso como
- 00:24:44pensamento econômico ou seja como
- 00:24:46pensamento econômico ele vai desenvolver
- 00:24:47a análise que o Marx e o Engel já faziam
- 00:24:49lá atrás sobre o capitalismo como modo
- 00:24:51de produção demonstrando que sim estavam
- 00:24:53absolutamente corretos todos aqueles eh
- 00:24:55eh todos aqueles desenvolvimentos e mais
- 00:24:57do que isso o próprio capitalismo segue
- 00:24:59se desenvolvendo e se desenvolve para
- 00:25:01uma fase imperialista do ponto de vista
- 00:25:05da filosofia né do desenvolvimento do
- 00:25:07materialismo dialético e tudo mais
- 00:25:09também o Lenin vai dar um um passo
- 00:25:12adiante também ele vai demonstrar
- 00:25:14que vem daí vem daquele problema da
- 00:25:17consciência e o problema de que a
- 00:25:19matéria ela precede a consciência que o
- 00:25:22mundo real vem antes do Mundo Ideal né o
- 00:25:26mundo material vem antes do mundo ideal
- 00:25:27e de que portanto Então as nossas ideias
- 00:25:29são reflexo da sociedade em que a gente
- 00:25:30vive não reflexos decalcado
- 00:25:32absolutamente mecânicos mas produto
- 00:25:35condicionados pelas pela sociedade em
- 00:25:37que a gente vive e vai desenvolver aí
- 00:25:39também uma teoria da consciência de
- 00:25:40classe né Eh que claro já tá no Marx já
- 00:25:43tá no engels né na ideologia alemã por
- 00:25:45exemplo que foi um livro que o Lenin não
- 00:25:47teve contato diga-se de passagem né Eh
- 00:25:50ele não leu a ideologia alemã ela foi
- 00:25:51encontrada depois que ele já tinha
- 00:25:52morrido eh mas que eh eh tem essa essa e
- 00:25:58esse desenvolvimento da teoria da
- 00:25:59consciência de classe então o Lenin ele
- 00:26:01vai observar que eh o problema da
- 00:26:04consciência é o problema Central pro
- 00:26:06desenvolvimento da luta revolucionária o
- 00:26:08problema da consciência é o problema de
- 00:26:10que a classe trabalhadora o proletariado
- 00:26:13ele é uma classe do capitalismo ele é
- 00:26:16uma classe que se desenvolveu junto com
- 00:26:17capitalismo assim como a burguesia né se
- 00:26:20elas se desenvolvem como classes gêmeas
- 00:26:22vamos dizer assim porque elas
- 00:26:23representam os polos eh eh opostos
- 00:26:26antagônicos dentro da sociedade
- 00:26:28capitalista como eh eh classe do
- 00:26:32capitalismo o proletariado desenvolve
- 00:26:34uma consciência ele desenvolve uma
- 00:26:36consciência a melhor consciência que ele
- 00:26:38pode desenvolver espontaneamente eh como
- 00:26:41classe do capitalismo então o que que é
- 00:26:42essa classe do capitalismo que que é o
- 00:26:44proletariado como classe no capitalismo
- 00:26:45é a classe que vende a sua força de
- 00:26:47trabalho né E para para poder adquirir
- 00:26:50os bens de subsistência né os bens para
- 00:26:52pro seu consumo Isso significa que
- 00:26:55espontaneamente o proletariado envolve
- 00:26:58essa essa consciência a consciência de
- 00:27:01ser uma classe do capitalismo e que por
- 00:27:03não nesses termos filosóficos tal mas
- 00:27:05desenvolve essa consciência e que
- 00:27:06portanto desenvolve a melhor consciência
- 00:27:08que ele pode ter para essa classe dentro
- 00:27:10do capitalismo que é a ideia de que ele
- 00:27:11precisa batalhar para como qualquer
- 00:27:13outro vendedor vender a sua força de
- 00:27:15trabalho por preços maiores né então o
- 00:27:18Lenin ele vai observar que isso que ele
- 00:27:20vai chamar de consciência e Sindicalista
- 00:27:23né ou para usar o termo da época trade
- 00:27:25unionista né trade Union é o nome inglês
- 00:27:27para sindicato eh ele vai observar Olha
- 00:27:31o o o a classe trabalhadora
- 00:27:32espontaneamente desenvolve formas de
- 00:27:35lutar e desenvolve uma ideia de que ela
- 00:27:36precisa lutar para vender melhor a sua
- 00:27:37força de trabalho ou seja lutar por
- 00:27:40demandas econômicas melhores salários
- 00:27:43previdência saúde eh saneamento tudo
- 00:27:47isso são condições de vida de trabalho
- 00:27:49né então ele desenvolve essa consciência
- 00:27:51que ele precisa lutar contra E aí contra
- 00:27:52o quem contra o seu patrão que é quem
- 00:27:54compra dele a força de trabalho né como
- 00:27:56em qualquer outra relação comer
- 00:27:58Mercantil né do mercado o proletariado
- 00:28:02luta para espontaneamente para vender
- 00:28:05melhor a sua força de trabalho vender
- 00:28:06melhor a sua mercadoria que é única
- 00:28:08mercadoria que ele
- 00:28:10tem o que o Lenin percebe é que
- 00:28:14espontaneamente essa consciência se
- 00:28:16desenvolve mas essa consciência ela não
- 00:28:18vai se desenvolver para Além disso né e
- 00:28:21ele sabe porque ele estudava o Marx que
- 00:28:24a revolução social só acontece
- 00:28:27quando consciência da classe
- 00:28:29trabalhadora consciência do proletariado
- 00:28:31atinge um nível determinado que claro
- 00:28:33nada disso é mecânico né um processo
- 00:28:35super complexo e que tem Idas e Vindas
- 00:28:37mas quando a classe trabalhadora ela
- 00:28:40percebe que não apenas ela precisa ou
- 00:28:44pode vender a sua força de trabalho mas
- 00:28:47que ela pode tomar o poder político nas
- 00:28:49mãos ela pode tomar o poder de estado
- 00:28:52ela pode ser a classe dominante na
- 00:28:54sociedade assim como a burguesia fez lá
- 00:28:56atrás contra a monarquia né Eh contra as
- 00:29:00classes nobres né as classes da nobreza
- 00:29:03europeia que a burguesia fez foi
- 00:29:05desenvolveu sua filosofia Iluminista
- 00:29:07desenvolveu formas de luta eh para poder
- 00:29:10ela se tornar classe dominante e dominar
- 00:29:12outras o proletariado tem uma vantagem e
- 00:29:15uma desvantagem nisso que é ele não tem
- 00:29:18como antes de tomar o poder político se
- 00:29:20transformar numa classe dominante ele
- 00:29:21não tem como acumular recursos antes
- 00:29:23disso né como a burguesia tinha por ser
- 00:29:26uma classe Mercantil uma classe podia
- 00:29:29comercializar então quando o
- 00:29:31proletariado eh vai à luta pelo seu
- 00:29:34poder de estado ele vai a luta só com a
- 00:29:35sua capacidade de organização é sua
- 00:29:37única arma né a capacidade de se
- 00:29:39organizar e tomar o controle eh eh do do
- 00:29:42do da política né do
- 00:29:44poder ou seja tudo isso para dizer que
- 00:29:48existe um elemento que não vem
- 00:29:49espontaneamente nesse processo que é a
- 00:29:53consciência não da classe como classe do
- 00:29:56capital do proletar como classe
- 00:29:58em si mas como uma classe para os seus
- 00:30:01próprios interesses objetivos para o seu
- 00:30:03interesse histórico potencial histórico
- 00:30:06ou seja o seu interesse de ser a última
- 00:30:09classe da sociedade né a classe que pode
- 00:30:12como ela já não tem nada ela não tem
- 00:30:13nada o que o
- 00:30:14que dar vamos dizer assim né que os
- 00:30:17outros
- 00:30:18possam querer tomar dela como até o
- 00:30:21campesinato pequeno camponês tem ele tem
- 00:30:23pelo menos um pedaço de
- 00:30:24terra então ele só precisa o
- 00:30:27proletariado socializar os meios de
- 00:30:29produção socializar a
- 00:30:32a os meios da produção da riqueza e da
- 00:30:35vida social humana esse salto da
- 00:30:39Consciência em si consciência do do
- 00:30:41proletariado como classe do capitalismo
- 00:30:43pra consciência para si a consciência do
- 00:30:47proletariado como o classe que pode
- 00:30:48vencer o capitalismo superar o
- 00:30:50capitalismo e portanto se tornar a
- 00:30:52última classe social né Eh não vem
- 00:30:55sozinha não vem espontaneamente ela
- 00:30:58precisa vir de fora né É esse o termo
- 00:31:00que o Lenin vai buscar lá no k kautsky
- 00:31:02também era um socialista alemão depois
- 00:31:04vai abandonar o Marxismo né Eh que ele
- 00:31:07fala ó a consciência ela não se
- 00:31:08desenvolve espontaneamente porque
- 00:31:10espontaneamente o trabalhador tá lá né
- 00:31:13numa numa vida miserável em condições
- 00:31:15materiais Miseráveis ele vai desenvolver
- 00:31:17a consciência do que ele vê né a ideia
- 00:31:19Afinal é é consequência condicionada
- 00:31:22pelas condições materiais precisa Então
- 00:31:25existe um um determinado uma determinada
- 00:31:28forma de uma teoria superior que não
- 00:31:30surge espontaneamente no proletariado
- 00:31:33né encontrar com o proletariado e se
- 00:31:36desenvolver na prática né no no conjunto
- 00:31:39das lutas sociais fazendo sempre essa
- 00:31:41relação entre a luta do proletariado
- 00:31:43luta prática dele Econômica mas também
- 00:31:46política quando ele foi for tomar o
- 00:31:48poder de estado né for tomar o controle
- 00:31:50da sociedade na suas próprias M se
- 00:31:52tornar classe dominante que é qual que é
- 00:31:55esse elemento é a luta teórica né é a
- 00:31:57consciência
- 00:31:58de uma teoria revolucionária que vai se
- 00:32:00moldando e essa teoria revolucionária é
- 00:32:02o Marxismo leninismo né Na época
- 00:32:04Marxismo porque era o Lenin que estava
- 00:32:06desenvolvendo esse fundamento vejam tem
- 00:32:09um movimento que a gente consegue
- 00:32:11observar que vai desde o Marx e que é
- 00:32:14aprofundado pelo Lenin né não é uma
- 00:32:16outra coisa é um aprofundamento disso é
- 00:32:18um desenvolvimento das do que havia ali
- 00:32:21com uma análise da realidade né que é
- 00:32:25existe uma determinada forma de de
- 00:32:28produção material produção uma
- 00:32:30determinada economia política do
- 00:32:32capitalismo essa economia produz efeitos
- 00:32:35ideológicos efeitos na consciência das
- 00:32:37pessoas né e que essa consciência da
- 00:32:40classe trabalhadora só pode transitar
- 00:32:42para uma consciência
- 00:32:43revolucionária se ela vier de Fora vier
- 00:32:46de uma formulação teórica que não surge
- 00:32:48espontaneamente essa formulação teórica
- 00:32:50que é o materialismo histórico
- 00:32:53dialético o pulo do gato que o Lenin dá
- 00:32:56né E aí eh eh já se baseando também no
- 00:32:59Marx e do engels não é uma coisa
- 00:33:01totalmente a parte né mas é perceber que
- 00:33:04esse desenvolvimento dessa consciência
- 00:33:07só é possível através de um de um se uma
- 00:33:11parte do proletariado uma parte dessa
- 00:33:14classe desenvolver isso de forma
- 00:33:16independente né Por quê Porque no Dia a
- 00:33:19Dia das pessoas as a a ideologia vai se
- 00:33:22confundindo níveis de consciência
- 00:33:24avançados e níveis de consciência mais
- 00:33:25rebaixados mais atrasados vão se conf
- 00:33:28indo né então é preciso criar E aí vem
- 00:33:31daí a ideia do Lenin um partido né como
- 00:33:34a própria burguesia criou seus seus
- 00:33:36partidos né o partido da montanha o
- 00:33:38partido da da Gironda os jacobinos na
- 00:33:41Revolução Francesa né então ela vai
- 00:33:43criando suas suas e formas de
- 00:33:46organização e também os trabalhadores
- 00:33:47precisam criar essas formas de
- 00:33:49organização o Lenin não tá inventando a
- 00:33:52roda aqui também né Já existiam vários e
- 00:33:54vários partidos Operários que foram
- 00:33:56surgindo na Europa dental eh que vem das
- 00:33:59primeiras formas de organização
- 00:34:01proletária que eram eh caixas
- 00:34:04auxiliadoras né então quando o cara o
- 00:34:06peão ficava doente os os operários da
- 00:34:08fábrica lá se juntavam para organizar
- 00:34:11uma um jeito de ele de ele remédio comer
- 00:34:14mais não sei o quê que depois vão vão
- 00:34:17sendo pensadas para criar fundos de
- 00:34:18auxílio para greves e que viram os
- 00:34:20primeiros sindicatos né Isso vai vão se
- 00:34:22desenvolvendo em organismos para essa
- 00:34:24luta econômica dos trabalhadores o que o
- 00:34:26Lenin percebe já observando o
- 00:34:28desenvolvimento dos partidos Operários
- 00:34:29que havia na Europa ocidental é sim
- 00:34:33precisamos criar um partido né que seja
- 00:34:36da classe trabalhadora mas esse partido
- 00:34:38ele não pode se confundir com a classe
- 00:34:40trabalhadora como um todo né o partido
- 00:34:42ele tem que ser um partido de Vanguarda
- 00:34:45ele tem que representar esse
- 00:34:46destacamento da classe operária da
- 00:34:49classe trabalhadora que seja um
- 00:34:51destacamento mais avançado do que ela
- 00:34:54vamos lá mais avançado Em quê Em
- 00:34:56primeiro lugar mais avançado
- 00:34:58ideologicamente se Afinal a consciência
- 00:35:01vem de fora né a gente não pode achar
- 00:35:03que eh eh sem um um trabalho ideológico
- 00:35:08sem um trabalho eh eh de consciência e
- 00:35:11de formulação científica final a gente
- 00:35:13tá falando do socialismo científico Eh
- 00:35:15Ou seja pensar o Marxismo como ciência
- 00:35:18isso tem que estar resguardado dentro de
- 00:35:19um partido né Por quê Porque os
- 00:35:22diferentes momentos de asenso avanço
- 00:35:24retrocesso da classe trabalhadora eles
- 00:35:26vão desenvolver vendo formas diferentes
- 00:35:28de consciência dos trabalhadores é
- 00:35:31preciso que ter um destacamento dessa
- 00:35:32classe trabalhadora um partido dessa
- 00:35:34classe trabalhadora uma parte dela que
- 00:35:37eh Mantenha sempre ativo Vivo e coerente
- 00:35:41uma determinada consciência uma
- 00:35:43determinada ideologia socialista no seio
- 00:35:46da classe trabalhadora Essa é a forma de
- 00:35:49eh garantir o desenvolvimento como a
- 00:35:52memória totalizante da classe
- 00:35:54trabalhadora né pros momentos em que as
- 00:35:58derrotas sejam tão grandes e que esse
- 00:35:59movimento reflua né esse partido ao
- 00:36:02mesmo tempo ele tem que ser o
- 00:36:04destacamento mais organizado da classe
- 00:36:06aquele destacamento que vai de fato E
- 00:36:09demonstrar pra classe trabalhadora e
- 00:36:11criar nela e suscitar nela e estimular
- 00:36:14nela um senso de organização como classe
- 00:36:16dominante né nesse sentido ele é um
- 00:36:19embrião da do do proletariado como
- 00:36:21classe dominante né o embrião do estado
- 00:36:23proletário que surge com a revolução
- 00:36:26socialista
- 00:36:28esse embrião claro vai se desenvolvendo
- 00:36:30Até deixar de ser necessário né o
- 00:36:32comunismo é quando de fato esse
- 00:36:33movimento das classes foros superado o
- 00:36:35estado for superado e portanto também de
- 00:36:38alguma forma o partido Operário for
- 00:36:39superado né o Partido Comunista for
- 00:36:42superado então o desenvolvimento dessa
- 00:36:45dessa compreensão do partido como
- 00:36:47destacamento mais consciente mais
- 00:36:49organizado da classe leva ele a
- 00:36:52necessidade de ser também esse
- 00:36:54destacamento de Vanguarda né ao partido
- 00:36:57operar não cabe só ir junto com a classe
- 00:37:00muito menos ir atrás da classe né Mas
- 00:37:02ele tem que tentar arrastar a classe
- 00:37:04trabalhadora através da sua hegemonia
- 00:37:07levar a classe adiante levar a classe
- 00:37:10trabalhadora de um grau de consciência
- 00:37:13organização econômico economicista né
- 00:37:17sindical pela pela venda da força de
- 00:37:19trabalho para um grau da consciência da
- 00:37:21classe trabalhador é revolucionário que
- 00:37:23pensa a tomada do Poder de estado que
- 00:37:25pensa a mudança das do modo de produção
- 00:37:27que pensa e age não só pensa né paraa
- 00:37:30tomada do poder eh no capitalismo Ou
- 00:37:33seja é um partido que a cada momento da
- 00:37:36da luta cada momento da vida da de uma
- 00:37:39determinada sociedade o partido pensado
- 00:37:41pelo Lenin
- 00:37:43precisa apresentar o próximo passo
- 00:37:45apresentar Quais são os movimentos que
- 00:37:47tem que fazer a classe trabalhadora para
- 00:37:50Que ela possa desenvolver eh eh eh tanto
- 00:37:55na consciência quanto na organização
- 00:37:58um passo um chegar mais próximo de tomar
- 00:38:01o poder chegar mais próximo de fazer a
- 00:38:02revolução e tomar o poder de estado como
- 00:38:06isso vai acontecer em cada processo
- 00:38:07revolucionário tem formas muito diversas
- 00:38:10mas a gente tem leis né a gente tá
- 00:38:12falando final de uma ciência né então
- 00:38:14Portanto tem leis tem desenvolvimentos
- 00:38:16objetivos eh que podem ser observados e
- 00:38:19que partem desse pressuposto de que a
- 00:38:21classe trabalhadora toma o poder de
- 00:38:22estado criando ao mesmo tempo um outro
- 00:38:25poder um poder que desenvolve esse
- 00:38:27estado para Além disso para poder criar
- 00:38:29esses objetivos para poder desenvolver
- 00:38:31esses objetivos de ser o destacamento
- 00:38:33mais consciente o destacamento mais
- 00:38:35organizado né o o o destacamento de
- 00:38:37Vanguarda da classe trabalhadora é que o
- 00:38:39partido ele precisa se comportar como
- 00:38:40uma espécie de estado maior né como uma
- 00:38:42espécie de conjunto de comandantes de
- 00:38:44uma tropa em guerra né conjunto de
- 00:38:47lideranças de um determinada eh classe
- 00:38:50no caso né que é a tropa do do do do
- 00:38:53partido proletário nada mais é do que o
- 00:38:54proletariado no sentido da revolução no
- 00:38:57sentido de conquistar essa essa esse
- 00:39:00objetivo estratégico da tomada do poder
- 00:39:02e a partir daí se dispor a e trabalhar
- 00:39:05para construir o socialismo né a gente
- 00:39:08pode tirar daí vários e vários outros
- 00:39:09aspectos né o aspecto pra gente ir
- 00:39:12caminhando um pouco assim PR conclusão
- 00:39:13né o aspecto que é o mais Central me
- 00:39:17parece pras discussões que nós vamos ter
- 00:39:18a partir de agora é pensar como que esse
- 00:39:21partido vai
- 00:39:22desenvolver a partir dessa sua posição
- 00:39:25proletária ou seja um partido de classe
- 00:39:28né não é um partido que pensa as
- 00:39:29demandas da sociedade como um todo mas
- 00:39:31pensa as demandas do proletariado da
- 00:39:33classe trabalhadora e tenta imprimi-las
- 00:39:35as demais classes sociais como que ele
- 00:39:38vai desenvolver dessa nessa forma a sua
- 00:39:41hegemonia ou seja como ele que vai
- 00:39:43conseguir esse partido dirigir a classe
- 00:39:46trabalhadora para que a classe
- 00:39:48trabalhadora mande né controle domine
- 00:39:51todas as demais classes na sociedade
- 00:39:53vejam isso significa necessariamente que
- 00:39:56existem eh diferenças existe uma uma uma
- 00:39:59forma de dominar classes que são
- 00:40:03possíveis
- 00:40:04aliadas né do do proletariado e classes
- 00:40:07que não são possíveis aliadas no
- 00:40:09processo revolucionário Russo o Lenin
- 00:40:12observa que 80% 85% da população era
- 00:40:15camponesa e que portanto os Camponeses
- 00:40:17eram um aliado muito fundamental do
- 00:40:20proletariado no processo revolucionário
- 00:40:22né ele vai pensar que a hegemonia do
- 00:40:26proletariado sobre o PES Nato portanto a
- 00:40:29hegemonia dessa classe sobre a outra
- 00:40:31pode se dar em termos naquele momento da
- 00:40:33revolução pelo menos em termos de
- 00:40:35convencimento político em termos de
- 00:40:37consenso em termos de criar medidas que
- 00:40:40beneficiem os Camponeses na medida em
- 00:40:43que eles se subordinem aos eh aos
- 00:40:46proletários exemplo clássico política de
- 00:40:50crédito né então no processo da
- 00:40:52Revolução Russa depois da da guerra
- 00:40:54civil começa a ter política de crédito
- 00:40:55pros pequenos camponeses né ou política
- 00:40:58de cooperativa falava assim olha você
- 00:41:01vai ter melhores condições de
- 00:41:02sobrevivência se você socializar tua
- 00:41:04terra você D tua terra pro estado e você
- 00:41:06passa a trabalhar numa cooperativa aqui
- 00:41:08que vai coordenar comummente os esforços
- 00:41:11dessa terra ela não vai ser mais uma
- 00:41:12propriedade sua vai ser uma propriedade
- 00:41:14comum eh mas essa propriedade comum você
- 00:41:16vai poder ter melhores condições de
- 00:41:18trabalho você vai receber melhores
- 00:41:20tratores melhores fertilizantes e tudo
- 00:41:23mais e vai ter uma produção muito maior
- 00:41:25então criando essa esse tipo de
- 00:41:28convencimento né medidas que fizessem os
- 00:41:31Camponeses virem ao lado dos dos
- 00:41:33proletários e ao mesmo tempo H classes
- 00:41:35em que isso não é possível né então a
- 00:41:37classe burguesa Por Exemplo foi uma
- 00:41:38classe que eh pelo menos até a nep né a
- 00:41:41nova política econômica os bolcheviques
- 00:41:43combateram duramente combateram
- 00:41:45diretamente a classe burguesa os
- 00:41:46burgueses não podiam votar né na na na
- 00:41:50na Rússia logo logo depois da guerra
- 00:41:52civil né na guerra civil ninguém podia
- 00:41:54mas na Rússia logo depois da guerra
- 00:41:56civil eh ainda existia burguesia ainda
- 00:41:59existiam empresas privadas né que vão se
- 00:42:03desenvolver inclusive no processo da
- 00:42:05nova política econômica né da nep mas do
- 00:42:08ponto de vista político e a tentativa
- 00:42:11era de fazer de fato uma repressão uma
- 00:42:13coersão né fazer uma ditadura do
- 00:42:16proletariado sobre outras classes né E
- 00:42:19algumas delas uma ditadura mais de
- 00:42:21convencimento e outras mais de de
- 00:42:24repressão eh
- 00:42:27isso tudo então toda essa explicação é
- 00:42:29pra gente entender Qual que é a
- 00:42:30concepção que nós né que o Partido
- 00:42:33Comunista Brasileiro revolucionário tem
- 00:42:34do Marxismo leninismo o Marxismo
- 00:42:36leninismo então é essa fusão né ela não
- 00:42:40é só Ah um um um um abstrato uma
- 00:42:43abstrata teoria social do Marx né nem
- 00:42:46uma simples teoria da organização do
- 00:42:48Lenin mas a compreensão Geral de que eh
- 00:42:54no pensamento do Marx do Engel do Lenin
- 00:42:56e de vários outros
- 00:42:57teóricos pensadores revolucionários
- 00:43:00várias outras figuras do Movimento dos
- 00:43:02Trabalhadores em todo mundo
- 00:43:06existe uma continuidade existe uma linha
- 00:43:09que vai desdobrando esse pensamento do
- 00:43:12Marx do engles do Lenin para um único
- 00:43:14uma única forma de pensar que é o
- 00:43:16Socialismo científico né que é isso que
- 00:43:18a gente chama de Marxismo leninismo nada
- 00:43:20mais é do que socialismo científico a
- 00:43:22teoria revolucionária que pode guiar a
- 00:43:25classe trabalhadora paraos seus
- 00:43:26interesses objetivos como classe né
- 00:43:28quando eu falo interesses objetivos é
- 00:43:29porque nem sempre ela sabe nem sempre os
- 00:43:31interesses objetivos são os subjetivos
- 00:43:33né Nem sempre a criança que
- 00:43:35e que precisa de remédio quer tomar o
- 00:43:38remédio mas tem interesses objetivos e
- 00:43:41subjetivos então para nós o Marxismo
- 00:43:45leninismo é isso é uma teoria viva ao
- 00:43:47mesmo tempo né ela não é um dogma né não
- 00:43:49quer dizer que tudo que o Lenin falou a
- 00:43:51todo momento estava certo para os dias
- 00:43:52de hoje né podia est certo para aquele
- 00:43:54momento podia não est também né ninguém
- 00:43:56É infalível mas é a partir desses
- 00:43:58pressupostos ou seja de uma crítica da
- 00:44:01economia política da eh
- 00:44:04eh da ideia de que existe uma uma
- 00:44:08filosofia certa verdadeira né que é a
- 00:44:10filosofia da classe trabalhadora que é o
- 00:44:12materialismo histórico dialético que
- 00:44:14existe uma necessidade de eh superar a
- 00:44:17sociedade capitalista não através de
- 00:44:19reformas mas através de processo
- 00:44:21revolucionário da tomada revolucionária
- 00:44:23dos meios de produção e do poder do
- 00:44:25estado de que essas formas várias de
- 00:44:28organiza de de de organização da classe
- 00:44:30trabalhadora devem ser subordinadas não
- 00:44:35burocraticamente subordinadas
- 00:44:36aparelhadas mas devem ser subordinadas
- 00:44:39por um partido revolucionário né de que
- 00:44:41a forma de organização para essa tomada
- 00:44:43do poder é o partido revolucionário e
- 00:44:46que eh esse partido revolucionário segue
- 00:44:48tendo vigência que essa teoria
- 00:44:50revolucionária segue tendo vigência
- 00:44:52nesse momento que a gente vive que é o
- 00:44:53momento imperialista do capitalismo é
- 00:44:55uma fase superior em que capitalismo não
- 00:44:57tem mais Para onde vamos dizer assim se
- 00:44:59expandir né Eh no sentido territorial né
- 00:45:02que ele já tomou o mundo todo já colocou
- 00:45:05as suas eh garras no mundo todo e que os
- 00:45:08diversos países que hoje existem por aí
- 00:45:10também estão em menor ou maior medida
- 00:45:13integrados nesse sistema né integrados
- 00:45:16Claro em lugares diferentes da da da
- 00:45:19cadeia imperialista né Tem pontos mais
- 00:45:21centrais tem pontos mais periféricos
- 00:45:23dessa cadeia óbvio né E tem pontos
- 00:45:25intermediários né o Brasil por exemplo é
- 00:45:27um país que importa muito capital né
- 00:45:30norte-americano europeu chinês mas
- 00:45:32também exporta capital Paraguai para eh
- 00:45:36Bolívia para Angola né então Eh é um
- 00:45:39país
- 00:45:40eh que fica numa numa numa camada
- 00:45:43intermediária dentro do sistema eh
- 00:45:46imperialista né então basicamente é isso
- 00:45:49quando a gente fala de Marxismo n Ino a
- 00:45:51gente tá falando de uma teoria
- 00:45:52científica né Eh que busca entender o o
- 00:45:56o processo objetivo verdadeiro de
- 00:45:59desenvolvimento da história natural
- 00:46:01humana né e do desenvolvimento da luta
- 00:46:04de classes que ocorre nessa história
- 00:46:06pensando como chegar na né e portanto
- 00:46:09entendendo a partir dessas eh eh desses
- 00:46:12condicionantes né desse processo real
- 00:46:15histórico que é possível chegar numa
- 00:46:18sociedade sem classes né E que para
- 00:46:20chegar na sociedade sem classes que é o
- 00:46:22comunismo a gente desenvolver o
- 00:46:25socialismo e a revolução socialista para
- 00:46:27construir Essa sociedade combater o
- 00:46:30capitalismo em todo o mundo e de fato
- 00:46:32atingir o o o comunismo em nível Global
- 00:46:34né Não dá para atingir o comunismo em
- 00:46:36nível de um único país eh apesar de
- 00:46:38várias experiências socialistas poderem
- 00:46:40se desenvolver até certo ponto eh em
- 00:46:42determinados
- 00:46:44países eu acho que é é isso né pra gente
- 00:46:47apresentar uma uma primeira concepção do
- 00:46:49Marxismo leninismo né essa teoria que
- 00:46:51Guia o nosso partido não é uma teoria
- 00:46:53fechada né no sentido de que tudo já foi
- 00:46:56pensado sobre ela ao contrário a gente
- 00:46:57precisa desenvolver e compreender
- 00:46:59através dessa ciência do Marxismo
- 00:47:02leninismo como que se dá hoje né o nosso
- 00:47:05nossa luta de classes como que se
- 00:47:07desenvolvem Hoje essas contradições Como
- 00:47:09se desenvolve hoje a o imperialismo né
- 00:47:11nas suas facetas econômicas militares
- 00:47:14diplomáticas políticas e por aí vai e
- 00:47:17pensar como que isso eh nos permite
- 00:47:20chegar a classe trabalhadora nos
- 00:47:21conectar com a classe trabalhadora e
- 00:47:23levar a classe trab dirigir a classe
- 00:47:25trabalhadora na sua luta é para os
- 00:47:27objetivos revolucionários e da da
- 00:47:29revolução socialista e da construção do
- 00:47:31comunismo no nosso país e no mundo todo
- 00:47:34nós vamos ter muitas oportunidades ainda
- 00:47:36durante esse esse curso de formação pra
- 00:47:39gente ir aprofundando cada um desses
- 00:47:40elementos aprofundando elementos do
- 00:47:42programa aprofundando elementos da do
- 00:47:44partido aprofundando elementos da
- 00:47:46filosofia da economia eh e espero que
- 00:47:49seja eh tenha sido uma boa aula
- 00:47:51introdutória aí pra gente dar o start no
- 00:47:53nosso Sistema Nacional de Formação
- 00:47:55política então
- 00:47:57a gente se vê num próximo programa
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