O que pode o corpo? | Dani Lima

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https://www.youtube.com/watch?v=d8kSSGX1Ufw

Summary

TLDRO café filosófico aborda a conexão entre corpo e dança, enfatizando que o corpo não é apenas um suporte físico, mas uma essência da nossa vivência. Dani Lima e Viviane Mosé discutem a dança como uma forma de expressão, libertação e percepção do mundo. Elas refletem sobre a importância da improvisação em contraste à repetição na dança, propondo que cada pessoa deve descobrir seu jeito único de se mover. A conversa também destaca como o espaço e as relações que estabelecemos refletem nossas experiências e como o corpo influencia nossa concepção de mundo, sendo crucial na formação de nossa identidade e expressão pessoal. As participantes criticam a educação contemporânea por sua técnica excessiva e defendem a importância de se viver e se mover criativamente no presente.

Takeaways

  • 💃 O corpo é uma parte essencial de quem somos.
  • 🩰 A dança permite libertação e expressão pessoal.
  • 🌍 A forma como nos organizamos no espaço reflete nossas experiências e emoções.
  • 🌀 A improvisação é fundamental para descobrir o próprio jeito de dançar.
  • 🎶 Música provoca movimento e sensações profundas.
  • 📚 A educação contemporânea precisa promover criatividade e reflexão.
  • ✨ Viver no presente é chave para uma experiência plena.
  • 🔄 A repetição, quando combinada com a improvisação, enriquece a dança.
  • 👥 Relações interativas transformam nossa percepção do espaço.
  • 🤝 A dança conecta o corpo à alma, revelando a essência do ser.

Timeline

  • 00:00:00 - 00:05:00

    O evento explora a relação entre o corpo e suas expressões, com ênfase na dança e na filosofia. A bailarina Dani Lima e a filósofa Viviane Mosé discutem a importância do corpo como plataforma de emoções e expressões, ressaltando que ele é fundamental para a nossa percepção do mundo.

  • 00:05:00 - 00:10:00

    Dani Lima destaca a poesia dos movimentos cotidianos e como a dança pode revelar aspectos humanos, sublinhando que as interações diárias podem ser vistas de uma forma poética e introspectiva.

  • 00:10:00 - 00:15:00

    Viviane Mosé reflete sobre a superação que a dança proporciona, permitindo uma desconexão temporária do eu moral e abrindo espaço para novas possibilidades de percepção e experiências.

  • 00:15:00 - 00:20:00

    A filósofa também menciona que a dança oferece um espaço de liberdade e um meio de transformação, sugerindo que mudar a ordem das coisas ao nosso redor pode ajudar na mudança de perspectiva de vida.

  • 00:20:00 - 00:25:00

    Ela evoca a ideia de que a verdadeira dança é uma expressão do ser, e o livro deve servir para provocar uma experiência que vai além do mero conteúdo, trazendo à tona a dança da vida em diferentes contextos.

  • 00:25:00 - 00:30:00

    Dani Lima e Viviane discutem sobre como as pessoas tendem a idealizar os corpos, mas a realidade é que a essência do corpo é muitas vezes desvalorizada, sendo um reflexo das pressões sociais e da busca pela perfeição.

  • 00:30:00 - 00:35:00

    O debate gira em torno do culto ao corpo e à sua manipulação através de imagens, evidenciando a desconexão entre a real essência do corpo e a imagem que a sociedade projeta.

  • 00:35:00 - 00:40:00

    A filosofia do corpo é discutida em relação à memória, onde se menciona que as experiências vividas moldam e influenciam a forma como percebemos o mundo, tornando a nossa relação com a memória algo criativo.

  • 00:40:00 - 00:47:51

    Por fim, é ressaltado que somos o nosso corpo e que cada ação e escolha que fazemos reflete nossa essência, incentivando uma redescoberta do próprio ser através da dança e da expressão corporal.

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Video Q&A

  • Qual o tema principal discutido no café filosófico?

    O corpo, a dança e a sua relação com a percepção do mundo.

  • Quem são os participantes da discussão?

    A bailarina Dani Lima e a filósofa Viviane Mosé.

  • O que a dança representa segundo os participantes?

    A dança é vista como uma expressão da vida e uma forma de nos conectar com nossas emoções e com o presente.

  • Como o corpo é percebido nesta discussão?

    O corpo é considerado não apenas um suporte físico, mas uma parte essencial da nossa essência.

  • O que é destacado sobre a relação entre corpo e espaço?

    A forma como nos organizamos no espaço reflete nossas experiências e emoções.

  • Qual é o papel da improvisação na dança?

    A improvisação é uma forma de descoberta pessoal, permitindo que cada indivíduo encontre seu próprio jeito de expressar-se.

  • Como a música é relacionada à dança na conversa?

    A música é vista como um elemento que provoca movimento e sensações, essencial para a dança.

  • Por que a repetição é mencionada na discussão sobre dança?

    A repetição é parte do processo de aprendizagem, mas deve ser combinada com a criatividade e a improvisação.

  • Qual a crítica feita à educação contemporânea?

    A educação é criticada por ser muito técnica e não promover o desenvolvimento de uma relação mais ética e criativa com o mundo.

  • Qual a importância de viver no presente segundo o debate?

    Viver no presente é fundamental para realmente experienciar a vida e nos conectarmos com o que nos rodeia.

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    o que é o corpo afinal os nossos gestos
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    expressões do nosso rosto
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    a nossa capacidade de falar pensar e
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    conhecer a forma como nos sentimos
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    criamos desejamos tudo em seu corpo ao
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    longo da história do pensamento cada
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    época cada área do conhecimento
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    produziu sua versão para explicar o
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    corpo do café filosófico de hoje a
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    bailarina dani lima os fala sobre o
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    corpo ea dança
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    a filósofa psicanalista poetisa viviane
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    mosé curadora desta série do café
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    filosófico também participa dessa
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    conversa sobre o que pode ocorrer será
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    que o corpo não é fonte de tudo diz a
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    física quântica que um física
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    contemporânea é que um grão de areia
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    contém um universo
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    então imagino que contém o nosso corpo
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    então a potência do corpo é que tipo de
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    plataforma conta pessoal que é você já
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    experimentou sensações diferentes e
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    estranhas ou que seu experimento nesse
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    seu corpo já que você mexe tanto com ele
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    o que pode o corpo me interessa é a
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    dimensão não heróica da dança à dimensão
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    não incrível e virtuosa da dança me
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    interessa potência da dança de revelar
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    humano eu gosto de ver por exemplo as
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    pessoas se mexendo normalmente ea gente
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    poder olhar pra ver a movimentação
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    cotidiana de uma forma poética que é
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    poético né qualquer coisa na verdade a
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    gente olha pra ver quando a gente vê um
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    jogo de futebol por exemplo fez
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    de vez em quando eu fico passando jogo
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    de futebol é e flow o slow motion pra
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    ver
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    é uma dança é um balé escorrendo jeito
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    que eles jogam se urgente é incrível
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    e pequenas coisas na rua da dos
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    passantes na rua pará para esperar o
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    sinal e e aumentar é a velocidade e
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    reduzir a velocidade tem todo uma mais
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    tributos do tempo e do espaço que a
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    dança e me interessa olhar pra isso
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    [Música]
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    [Música]
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    para a elite e dançar e se superar
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    por isso está ligada à produção do homem
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    do super homem é que é um homem que se
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    supera eternamente como a dança nos leva
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    a superação quando dançamos subimos
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    acima de nossa própria cabeça dos nossos
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    sentimentos do nosso coração a dança
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    envolve uma perda desse em um grau de
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    perda desse e abre pra outra
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    possibilidade
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    isso nos faz desviar o olhar de nós
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    mesmos e nos pé nos permite olhar outras
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    coisas
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    qual é a grande questão nossa olhando a
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    nós mesmos a nossa família a nossa
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    perspectiva a maior alegria é nos perder
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    nós mesmos por um instante porque como o
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    eu é um produto moral ea dança é
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    exatamente o contrário disso esse
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    esquecimento de se faz nascer o que ele
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    chama de si mesmo o euro dá moral mas
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    nós temos uma coisa que não é o que eu é
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    cpf identidade né carteira assinada no
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    trabalho na casa própria ou eu é a
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    estrutura o que você pode nomear você
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    fala de você
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    eu sou uma pessoa muito moro em tal
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    minha profissão é muito engraçada já tem
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    um padrão do eu né onde mora uma
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    profissão com os filhos
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    o si mesmo é inflável que essa palavra
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    pode ser dita
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    o si mesmo não pode ser dito porque esse
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    mesmo ele é tão singular que para cada
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    si mesmo deveria ter uma palavra se você
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    quer falar o seu si mesmo você tem que
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    inventar uma palavra porque o seu si
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    mesmo é só seu e incomunicável então a
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    dança afasta essa prisão do eu e
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    abriu-se mesmo que a experiência real de
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    se a forma como os corpos o corpo se
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    organiza em relação ao espaço revela as
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    experiências os valores e as escolhas na
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    vida por exemplo a nossa organização
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    aqui estamos nós duas lado a lado
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    vocês aqui sentados numa semi arena
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    olhando pra nós
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    isso aqui é uma relação por dias e que a
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    gente estivesse de pé com um microfone
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    na mão andando entre vocês e de uma
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    outra relação
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    podia ser que estivéssemos todos em roda
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    sentados no chão seria uma outra relação
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    se fossemos altos executivos numa
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    reunião a relação possivelmente seria
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    muito diferente estaríamos numa mesa e
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    vocês todos sentados e enfileirados
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    brincadeiras
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    enfim as relações como a gente se
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    organiza especialmente fala sobre as
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    escolhas que a gente faz na vida a forma
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    como corpo percebe o mundo ela se
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    materializa na forma como a gente
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    organiza o espaço em torno de nós então
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    isso também rapidamente se cristaliza se
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    você deseja mudar alguma coisa uma forma
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    interessante para chacoalhar nossa
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    percepção das coisas e ajudar a mudar o
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    ponto de vista é mudar justamente a
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    ordem como as coisas estão porque você
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    sente a sua percepção alterar e obrigado
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    a novamente criar novas formas de lidar
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    com ela isso é uma transformação se quer
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    mudar alguma coisa na sua vida começa
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    mudando a ordem dos móveis na sua casa o
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    que emite coloca como elemento
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    fundamental para a transformação dos
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    valores à dança
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    eu só acreditaria no deus que soubesse
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    dançar apenas na dança eu sei como
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    contar a parábola das coisas mais
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    elevadas
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    aqueles que eram vistos dançando eram
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    tidos como insanos por aqueles que não
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    conseguiam ouvir a música do como
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    desperdiçado todo dia em que não se
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    dançou dançar em todas as suas formas
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    não pode ser excluído do currículo da
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    educação nobre dançar com os pés com
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    idéias com palavras e preciso
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    acrescentar que também se deve a dançar
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    com a caneta
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    [Música]
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    um livro se ele tinha esse livro que
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    você leu ele te dá infinitos conteúdos
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    jogam fora
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    ninguém precisa de conteúdo conteúdo a
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    gente inventa descobre aprende
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    especialmente na época que a gente vive
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    de internet hoje você acessa os
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    conteúdos especialmente hoje então o que
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    o livro tem que dar não é conteúdo o
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    livro tem que te criar internamente um
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    pássaro batendo asas e tem que criar um
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    incômodo físico um movimento por isso
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    seria um livro que ensina a dançar um
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    livro que provoca a dança e isso também
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    é é condição da transvale oração dos
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    valores
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    o nosso erudito antigo foi substituído
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    por um pen drive um pendrive cabe
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    bibliotecas inteiras porque eu tenho que
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    saber qual o nome do filho da mãe quando
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    ele nasceu o que ele fez não me
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    interessa mas me interessa provocar
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    quando eu falo a dança e me interessa
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    ler livros que me provoca essa dança
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    isso é vida e essa vida que se mover
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    para fazer política porque nós ganhamos
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    o que há são vida é sinônimo de tempo
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    que é sinônimo de ação ea ação
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    incontrolável entre aspas né
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    mas ela já é que produz o mundo o mundo
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    que nós vivemos é consequência do nosso
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    pensamento ninguém criou o seu próprio
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    os problemas que a gente tem hoje tem o
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    autor é uma pessoa não têm autor não foi
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    o fulano de tal o presidente estava o
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    político tal o filósofo tal nós vemos a
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    conseqüência da somatória de todos os
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    nossos pensamentos e ações
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    então esse mundo que nós iremos a
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    conseqüência do nosso gesto então o que
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    tem que mudar pra que devamos um mundo
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    novo que possamos viver um mundo novo é
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    é a nossa própria ação cotidiana a e
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    essa ação envolve a recuperação do gesto
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    [Música]
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    [Música]
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    [Aplausos]
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    é hoje em dia o poder é muito valorizado
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    até nós propagandas e tem carro grande e
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    de carro caro você vai fazer uma pessoa
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    mais felizes e eu queria saber como que
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    você consegue passar essa simplicidade
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    da dança para as pessoas
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    eu diria aqui que é importante que as
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    pessoas possam ver a dança com
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    experiência que nem toda a dança pode
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    ser uma experiência no sentido do que a
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    gente está falando aqui de te afetar
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    você se afetado e se deixar afetar e
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    afetar também o que você vê muitas vezes
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    você vai ver danças em que elas
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    acontecem lá as coisas são lindas são
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    incríveis a pessoa é quase sobre-humana
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    de coisas tão incríveis que faz mas
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    aquilo ali não tinha não chega
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    eu acho que tem que transformar dancem
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    realmente alguma coisa que te mova não
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    pode ser mais uma idealização você não
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    tem querer dançar pra ficar linda com o
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    corpo incrível e pra fazer cinco
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    piruetas e caem quinta mas lançar porque
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    aquilo lhe provoca uma experiência de
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    prazer de perceber coisas sobre você
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    sobre o seu corpo sobre o mundo sobre
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    sua relação com as pessoas
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    [Música]
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    [Aplausos]
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    [Música]
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    o corpo a essência da nossa existência
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    o corpo é somente um suporte para quem
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    que verdadeiramente somos a mente algo
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    diferente do corpo é possível conhecer o
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    mundo e as coisas que nos cercam somente
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    pelo pensamento pela razão sem recorrer
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    a percepção dos sentidos nosso povo
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    o conhecimento depende da nossa
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    experimentação do mundo
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    o problema mente corpo tão presente na
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    filosofia é discutido agora no café
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    filosófico é comum a gente dizer que nós
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    vivemos um culto ao corpo não é isso mas
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    isso é completamente irreal
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    nós não só não vivemos um culto ao corpo
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    como nós desvalorizamos o corpo o que é
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    isso que a gente valoriza tanto que a
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    gente chama de corpo que editou dizendo
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    que não é corpo mas valorizamos a imagem
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    do corpo mas valorizamos o photoshop
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    especialmente porque porque aquela
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    imagem de corpo que aparece pra gente
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    não é o corpo foi fotografado
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    muito raramente um corpo belo que
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    aparece na nas imagens ele tá bem então
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    ele é o próprio corpo ele é manipular
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    mesmo quando ele é manipulado tem todo o
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    processo para que aquela moça apareceu
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    naquela foto então ela passa uma semana
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    ela não vai fazer uma foto por exemplo
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    no período pré-menstrual fechada ela vai
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    fazer depois é isso é uma brincadeira
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    mas é brincadeira isso significa que tem
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    toda uma tecnologia para atingir o corpo
  • 00:13:11
    ideal então o que nós manipulamos nas
  • 00:13:14
    imagens o que nós vendemos é um corpo
  • 00:13:16
    ideal e o corpo literalmente
  • 00:13:18
    absolutamente nada tem a ver com o ideal
  • 00:13:20
    o corpo é o inesperado o que nosso corpo
  • 00:13:24
    virou nós como virou um suporte um
  • 00:13:27
    suporte de que isso é mais
  • 00:13:29
    impressionante porque é um suporte de
  • 00:13:32
    exercício de poder
  • 00:13:33
    então há um tempo no corpo passou a ser
  • 00:13:37
    uma vergonha né hoje hoje especialmente
  • 00:13:40
    que quanto mais as plásticas vão
  • 00:13:42
    melhorando com suas características nada
  • 00:13:44
    contra as práticas mas quando elas vão
  • 00:13:46
    melhorando que passa a ser envelhecer é
  • 00:13:50
    um sinônimo de vergonha ou de pouco
  • 00:13:52
    dinheiro
  • 00:13:53
    então aquele lugar não tem dinheiro é
  • 00:13:55
    coitado não fez uma plástica então a
  • 00:13:58
    exclusão social hoje não é mais a roupa
  • 00:14:01
    guga né então você tem pena coitado do
  • 00:14:04
    menino encontrou uma amiga minha como
  • 00:14:05
    está envelhecida e às vezes ainda bem né
  • 00:14:08
    porque o contrato deveria estar morta
  • 00:14:11
    a gente prefere que ela esteja morta
  • 00:14:12
    porque talvez não está mostrando as
  • 00:14:14
    rugas né antigamente quando as placas
  • 00:14:17
    eram comuns pessoas se escondiam em casa
  • 00:14:19
    com vergonha quando o tempo começa a
  • 00:14:22
    chegar no filme uma rua chamada pecado
  • 00:14:24
    vivem l'inter preta blush uma mulher que
  • 00:14:27
    se esconde no escuro porque não suporta
  • 00:14:29
    a verdade do tempo que as luzes revelam
  • 00:14:32
    toque em um negócio lá que o sexo nas
  • 00:14:41
    aulas são países salário de morte da
  • 00:14:44
    menina
  • 00:14:45
    até agora em janeiro rio grande do norte
  • 00:14:47
    o cliente está no lyon revelou que a
  • 00:14:56
    categoria entrou em greve são gente não
  • 00:15:00
    tinha sobre o oeste para onde um elenco
  • 00:15:02
    maior média é de que esse é o melhor
  • 00:15:15
    só então a tortura física que a gente
  • 00:15:20
    passa para manter um corpo magro sem
  • 00:15:22
    celulite e distrital
  • 00:15:24
    a gente não pode dizer que a valorização
  • 00:15:25
    do corpo valorizar o corpo é valorizar
  • 00:15:28
    não um suporte de exercício de poder
  • 00:15:30
    exercício é social mas valorizar a
  • 00:15:34
    porção da vida que eu trago em mim
  • 00:15:40
    a perspectiva do mit é parte de um
  • 00:15:43
    princípio básico que é a crítica ao
  • 00:15:47
    pensamento contemporâneo o pensamento
  • 00:15:48
    metafísico ou melhor o pensamento como
  • 00:15:50
    um todo desde que a humanidade começou a
  • 00:15:53
    pensar especialmente a partir do século
  • 00:15:56
    5 antes de cristo com nascimento a
  • 00:15:58
    filosofia pensamento socrático platônico
  • 00:16:01
    nós vamos ter uma divisão do mundo em
  • 00:16:03
    corpo e alma uma supervalorização da
  • 00:16:06
    alma que seria o espírito o pensamento a
  • 00:16:08
    representação contra o corpo que não é
  • 00:16:11
    apenas o corpo humano mas qualquer corpo
  • 00:16:14
    né a matar a materialidade o
  • 00:16:16
    acontecimento ação é desvalorizada o
  • 00:16:19
    presente fazendo faz parte dessa parte
  • 00:16:21
    dessa dessa coisa corporal porque o
  • 00:16:23
    presente é um instante então acontecer é
  • 00:16:26
    desvalorizado e o que é valorizado o
  • 00:16:29
    planejar o idealizar o imaginário
  • 00:16:32
    calcular o contornar então falar se
  • 00:16:35
    tornou muito mais importante do que
  • 00:16:36
    viver né eu adoro uma imagem que eu falo
  • 00:16:39
    sempre que eu acho que é significativo
  • 00:16:40
    que nós ganhamos um pensamento obeso e
  • 00:16:42
    um corpo raquítico o debate sobre o
  • 00:16:45
    corpo nasceu com a filosofia platão já
  • 00:16:47
    investigava essa questão no século 5
  • 00:16:49
    antes de cristo
  • 00:16:50
    para ele o corpo era a prisão da alma
  • 00:16:52
    faltam dizia que enquanto tivermos corpo
  • 00:16:54
    e nossa alma se encontrará a toada em
  • 00:16:57
    sua corrupção jamais poderemos alcançar
  • 00:16:59
    a verdade que almejamos pecar no século
  • 00:17:02
    17 declarou ao independente do corpo
  • 00:17:05
    compreendi que eu era uma substância
  • 00:17:07
    cuja essência ou natureza consiste
  • 00:17:09
    apenas no pensar e que para ser não
  • 00:17:12
    depende de qualquer coisa material no
  • 00:17:15
    século 19 e mostrou que tinha uma
  • 00:17:17
    opinião diferente
  • 00:17:18
    aos que desprezam o corpo quero dizer a
  • 00:17:21
    minha opinião tudo é cor
  • 00:17:23
    mais alma é apenas o nome de qualquer
  • 00:17:25
    coisa do corpo há mais razão do teu
  • 00:17:28
    corpo do que na tua melhor sabedoria
  • 00:17:30
    política é inverter a lógica platônica
  • 00:17:33
    que valoriza o corpo desculpa o
  • 00:17:35
    pensamento e desvaloriza o corpo e mais
  • 00:17:38
    não valorizam o pensamento qualquer o
  • 00:17:39
    pensamento que pensar está presente na
  • 00:17:42
    arte da dança na música na vida inteira
  • 00:17:44
    o que no ocidente valoriza não é o
  • 00:17:46
    pensamento mas é um tipo específico de
  • 00:17:48
    pensamento que o pensamento racional o
  • 00:17:50
    pensamento causal o pensamento não
  • 00:17:53
    contraditório temos que trazer a
  • 00:17:54
    linguagem o movimento do corpo e os
  • 00:17:58
    gestos ea contradição porque trazendo o
  • 00:18:01
    corpo para a linguagem a gente traz a
  • 00:18:03
    contradição porque o corpo é vivo e tudo
  • 00:18:05
    que é vivo necessariamente é
  • 00:18:07
    contraditório a linguagem c para mas o
  • 00:18:10
    corpo junto
  • 00:18:12
    tá certo então na verdade a minha
  • 00:18:14
    primeira relação com o conhecimento é
  • 00:18:16
    uma relação física
  • 00:18:18
    depois que eu sou tomada de alguma
  • 00:18:20
    perplexidade eu ganhei um movimento que
  • 00:18:23
    vai ser traduzida em linguagem a
  • 00:18:24
    tradução da linguagem é necessário e boa
  • 00:18:27
    e tudo de bom mas ela é menor do que a
  • 00:18:29
    sensação então como fazer para que o
  • 00:18:32
    pensamento seja mais intenso de morar
  • 00:18:34
    nas sensações sem palavra é preciso
  • 00:18:37
    valorizar o não dito
  • 00:18:39
    se a gente pensar bem isso que ela falou
  • 00:18:41
    sobre a gente aprender primeiro com o pé
  • 00:18:43
    e depois que o espírito se a gente se
  • 00:18:46
    der conta sempre que a gente fala de
  • 00:18:49
    relação ao muitas vezes que a gente fala
  • 00:18:50
    da nossa relação com o mundo com as
  • 00:18:52
    coisas a gente fala de espaço de
  • 00:18:54
    categorias de espaço a gente fala por
  • 00:18:55
    exemplo é eu quero falar isso frente a
  • 00:18:59
    frente
  • 00:19:00
    estou falando de uma relação de direção
  • 00:19:03
    que é uma categoria espacial direção ou
  • 00:19:06
    e falo isso nas suas costas falou elas
  • 00:19:10
    costas também está falando direção ela
  • 00:19:12
    está por cima está por baixo
  • 00:19:15
    estamos falando de também categoria de
  • 00:19:17
    espaço em cima e embaixo é nossa relação
  • 00:19:21
    à opção de espaço nettheim poucos já
  • 00:19:23
    está sempre falando a gente na verdade a
  • 00:19:25
    gente sente a gente experience um mundo
  • 00:19:28
    pelo corpo e o corpo está sentindo a
  • 00:19:31
    todo momento o espaço traz a idéia de
  • 00:19:34
    que o espaço é uma coisa
  • 00:19:35
    eu me lembro quando comecei a dançar eu
  • 00:19:37
    achava que o espaço era um grande vazio
  • 00:19:39
    assim inabitado e não é ao contrário o
  • 00:19:43
    espaço é o que a nossa experiência faz
  • 00:19:45
    dele a gente vai construindo espaço pela
  • 00:19:48
    experiência por exemplo uma sala essa
  • 00:19:51
    sala aqui a gente poderia dizer que ela
  • 00:19:56
    é grande ela é pequena mas ela não é
  • 00:19:58
    grande ou é pequena é grande é pequena
  • 00:20:01
    em relação às pessoas que ocupam
  • 00:20:04
    então em relação a nós que estamos tendo
  • 00:20:06
    essa experiência se nós fossemos mil
  • 00:20:08
    pessoas
  • 00:20:09
    ou talvez duas mil pessoas nessa sala
  • 00:20:11
    seria pequena a gente fala dessa sala é
  • 00:20:14
    pequena para tanta gente
  • 00:20:16
    agora se tem uma pessoa aqui dentro
  • 00:20:18
    desta sala enorme
  • 00:20:20
    então assim ela não é grande ou pequena
  • 00:20:22
    ela é grande ou pequena em relação a nós
  • 00:20:25
    a nossa experiência dela na minha aldeia
  • 00:20:30
    vejo quanto da terra se pode ver no
  • 00:20:32
    universo
  • 00:20:33
    por isso a minha aldeia grande como
  • 00:20:35
    outra qualquer
  • 00:20:36
    porque eu sou do tamanho do que vejo e
  • 00:20:39
    não do tamanho da minha altura as
  • 00:20:41
    cidades a vida é mais pequena que aqui
  • 00:20:43
    na minha casa no cimo de solteiro na
  • 00:20:45
    cidade as grandes casas fechem uma vista
  • 00:20:48
    chave escondem horizonte empurra o nosso
  • 00:20:51
    olhar está longe de todo o céu torna os
  • 00:20:54
    pequenos porque nos tiram um dos nossos
  • 00:20:56
    olhos nos podem dar e torna os pobres
  • 00:20:59
    porque a única riqueza
  • 00:21:01
    na verdade o pensamento se organiza
  • 00:21:05
    do mesmo jeito que o corpo se organiza
  • 00:21:08
    não são duas coisas separadas então se o
  • 00:21:10
    corpo é se organiza de uma certa forma
  • 00:21:13
    ele se acostuma certos procedimentos
  • 00:21:16
    o pensamento também seguem esses
  • 00:21:18
    procedimentos e o que eu quero chamar
  • 00:21:21
    atenção pra vocês gente o fato de que
  • 00:21:22
    essa coisa que a gente chama de corpo
  • 00:21:24
    ela não é um suporte para outras coisas
  • 00:21:28
    ela é tudo isso é tudo então se abrir
  • 00:21:32
    espaço na sua casa para sua filha do seu
  • 00:21:36
    filho vai determinar o como esse cidadão
  • 00:21:38
    vai sentir no mundo ao mesmo tempo que o
  • 00:21:41
    que você come vai determinar a sua censo
  • 00:21:44
    vai determinar sua sensação em relação
  • 00:21:45
    ao mundo o que você cheira o que você vê
  • 00:21:48
    a cor da sua parede determina a sua vida
  • 00:21:51
    assim como se tem ou não parei determina
  • 00:21:54
    assim como o cheiro da sua casa assim
  • 00:21:56
    como a roupa que veste a comida que você
  • 00:21:58
    come e se esta peça coisa que a gente é
  • 00:22:01
    uma cor que trabalha com ligado a tudo
  • 00:22:03
    está respondendo a tudo tem uma coisa
  • 00:22:06
    nossa que o cérebro que é um processador
  • 00:22:09
    como pentium ele vai apenas pegar as
  • 00:22:13
    infinitas informações que seu corpo
  • 00:22:15
    recebe e processa e encaminha o cérebro
  • 00:22:19
    não origina absolutamente nada então se
  • 00:22:23
    isso é assim tudo o que o seu corpo
  • 00:22:25
    capello ser efetivos
  • 00:22:27
    eles vão fazer o mal que mia em você que
  • 00:22:30
    vai determinar o seu estado de espírito
  • 00:22:33
    a família pois uma arrumação de móveis
  • 00:22:36
    soma de linhas volumes superfícies e são
  • 00:22:40
    portas chaves pratos camas embrulhos
  • 00:22:44
    esquecidos também corredor o espaço
  • 00:22:47
    entre o armário a parede onde se
  • 00:22:49
    deposita certa porção de silêncio praças
  • 00:22:52
    e poeira que de longe em longe se remove
  • 00:22:55
    insiste eu me lembro também de muito
  • 00:22:57
    tempo da minha vida eu acreditar eu
  • 00:22:59
    pensar eu não me dava conta disso depois
  • 00:23:02
    que eu fui me dá conta de que a gente
  • 00:23:04
    era uma espécie de o moon como homens e
  • 00:23:07
    um pequenininho que habitava um suporte
  • 00:23:10
    o corpo como se fosse um instrumento de
  • 00:23:12
    alguma coisa que seja o espírito alma ou
  • 00:23:16
    a minha essência que essa sim seria eu
  • 00:23:20
    mas aos poucos eu fui me dando conta que
  • 00:23:22
    não eu sou tudo eu na área ou a boca
  • 00:23:25
    esse cabelo ela é te darei de agora
  • 00:23:27
    essas que eu recebi dos meus irmãos eu
  • 00:23:29
    não recebi a quantidade de pombos que o
  • 00:23:32
    que eu tive quando era criança eu nadei
  • 00:23:34
    eu nadei sobre eu não briguei s enfim
  • 00:23:38
    todas as experiências que eu tive é
  • 00:23:41
    senhor da 20 quilos
  • 00:23:42
    a questão de guardar 20 quilos pra ela
  • 00:23:44
    não é se ela vai ser bonito ou feio para
  • 00:23:46
    os amigos ou não agora é outra pessoa
  • 00:23:49
    com 20 quilos e isso é importante
  • 00:23:52
    entendeu se você engorda ou emagrece
  • 00:23:53
    isso realmente é muito importante só que
  • 00:23:56
    a gente não vê nessa perspectiva de que
  • 00:23:58
    ela vai sentir o mundo com outra foto o
  • 00:24:01
    contorno agora a gente vê noutra
  • 00:24:03
    perspectiva você tem que emagrecer para
  • 00:24:06
    ocupar determinado espaço não mas que
  • 00:24:08
    influencia segunda influencia
  • 00:24:12
    [Aplausos]
  • 00:24:14
    [Música]
  • 00:24:38
    qualquer espaço pode ser descrito por
  • 00:24:41
    suas medidas numéricas de largura de
  • 00:24:43
    altura mas a percepção que temos os
  • 00:24:45
    lugares nem sempre exata e objetivo
  • 00:24:48
    cecília meirelles escreveu em seu poema
  • 00:24:50
    canção excêntrica ando à procura de
  • 00:24:52
    espaço para o desenho da vida
  • 00:24:54
    em números o embaraço e perco sempre a
  • 00:24:57
    medida se os espaços se constroem com
  • 00:24:59
    números e medidas
  • 00:25:00
    eles também tem para nós uma geometria
  • 00:25:02
    subjetiva que depende da forma como
  • 00:25:04
    percebemos esses lugares
  • 00:25:06
    do jeito como desenhamos nesses espaços
  • 00:25:08
    a nossa vida o espaço é transformado
  • 00:25:11
    pela nossa experiência mas como o espaço
  • 00:25:14
    é uma coisa dada com aquele é
  • 00:25:17
    transformado pela minha experiência dele
  • 00:25:19
    falou o espaço transformado pela nossa
  • 00:25:21
    experiência assim como o espaço
  • 00:25:23
    transforma a nossa experiência é uma
  • 00:25:25
    história de uma fisioterapeuta que
  • 00:25:27
    escreveu uma tese de mestrado sobre um
  • 00:25:30
    sobre escoliose sabem que a escoliose
  • 00:25:33
    escolha daquele movimento da coluna e s
  • 00:25:35
    e ela vai desenvolvendo é toda uma
  • 00:25:39
    hipótese para estudar é uma criança que
  • 00:25:41
    tinha uma escoliose muito grande e ela
  • 00:25:44
    vai estudar a história de vida dessa
  • 00:25:46
    criança que já era selar essa altura um
  • 00:25:48
    adolescente descobre que essa criança
  • 00:25:50
    tinha uma situação em casa é muito
  • 00:25:54
    marcante que era uma mesa retangular
  • 00:25:56
    onde há um centavo ela era filha única
  • 00:25:59
    com o pai a mãe o pai sempre do mesmo
  • 00:26:01
    lado ea mãe sempre do mesmo lado é um
  • 00:26:03
    pai a mãe e um pai muito autoritário e
  • 00:26:06
    uma mãe muito afetuoso e que é toda aí
  • 00:26:10
    pode ficar desenvolve que essa criança
  • 00:26:12
    teria desenvolvido uma curva de
  • 00:26:15
    afastamento do pai e aproximariam da mãe
  • 00:26:19
    por uma situação que se dá repetidamente
  • 00:26:23
    e que transforma o corpo dela então
  • 00:26:26
    aquela relação à linha espacial se fixou
  • 00:26:29
    transformou a própria forma da coluna
  • 00:26:32
    dela se organizar porque é muito
  • 00:26:34
    interessante pensar isso a gente pode
  • 00:26:35
    aplicar na vida em menor escala a gente
  • 00:26:38
    é um cd escolha óbvia mas que a gente de
  • 00:26:41
    fato se organiza a gente quando gosta de
  • 00:26:44
    uma pessoa sem fim da conta a gente se
  • 00:26:46
    aproxima se aproxima o nosso corpo se
  • 00:26:49
    expande com
  • 00:26:49
    a gente não gosta também sem se dar
  • 00:26:52
    conta gente cria afastamentos a gente
  • 00:26:55
    vai fazendo coisas que a gente não se dá
  • 00:26:57
    conta o tempo inteiro mas a gente está
  • 00:26:58
    criando essas relações no espaço uma vez
  • 00:27:03
    estava na ponte aérea é e sentei ao lado
  • 00:27:08
    de uma pessoa um homem e no tempo da
  • 00:27:11
    ponte aérea 45 minutos
  • 00:27:14
    eu fiquei muito íntima daquele homem a
  • 00:27:16
    gente conversou sobrevida casamento amor
  • 00:27:19
    tudo eu não sei o nome dele eu dei
  • 00:27:22
    acabou a ponte era me despedirei por um
  • 00:27:24
    lado pro outro
  • 00:27:25
    eu tive uma sensação ali é de intimidade
  • 00:27:29
    e de experiência do momento do presente
  • 00:27:33
    que foi tão forte pra mim não sei não
  • 00:27:36
    sei quem é essa pessoa mas que foi
  • 00:27:38
    possível me aproximar em abril ele tem
  • 00:27:41
    uma experiência é com essa pessoa que me
  • 00:27:43
    fez é criar o último espetáculo que eu
  • 00:27:47
    fiz que na verdade é um bailarino e um
  • 00:27:51
    espectador só dentro de uma sala por 40
  • 00:27:57
    minutos sozinhos uma sala pequena
  • 00:28:00
    [Música]
  • 00:28:03
    quem acessá-lo
  • 00:28:08
    pra na verdade suscitar um pouco tentar
  • 00:28:12
    reviver essa experiência essa
  • 00:28:13
    experiência do que pode de fato
  • 00:28:16
    acontecer de embriaguez de contato ou
  • 00:28:20
    não
  • 00:28:21
    e percebo que muitas vezes os encontros
  • 00:28:23
    não acontecem mas quando acontecem
  • 00:28:25
    acontece alguma coisa um contato de
  • 00:28:28
    alguma natureza não contato sexual é
  • 00:28:31
    amoroso é uma pessoa desconhecida que
  • 00:28:34
    duas pessoas desconhecidas podem travar
  • 00:28:37
    algum tipo de contato a idéia de ser só
  • 00:28:40
    duas pessoas no espaço pequena porque
  • 00:28:42
    tem uma idéia de corporificar a
  • 00:28:45
    experiência está perto e tão longe está
  • 00:28:47
    muito perto de uma pessoa desconhecida
  • 00:28:48
    tocaram tocar falar contar coisas
  • 00:28:52
    intimidade não intimidade quanto você se
  • 00:28:55
    abre para uma experiência real e
  • 00:28:58
    concreta ou não isso pode acontecer na
  • 00:29:01
    vida de todo mundo a qualquer momento ou
  • 00:29:03
    não se está aberto para a experiência eu
  • 00:29:07
    gosto muito da ideia do conceito
  • 00:29:08
    experiência que é uma idéia de por
  • 00:29:11
    exemplo experiência uma vez eu vi uma
  • 00:29:13
    coisa que achei interessante você pode
  • 00:29:14
    comer uma comida a mesma comida todo dia
  • 00:29:16
    e um dia você tem uma experiência
  • 00:29:20
    comenda aquela comida que é diferente
  • 00:29:22
    aquele dia você
  • 00:29:24
    a experiência como se você tivesse uma
  • 00:29:26
    percepção ampliada
  • 00:29:29
    lembrei elevador ela fala da experiência
  • 00:29:32
    do espetáculo uma pessoa e um espectador
  • 00:29:34
    bailarina e um espectador né
  • 00:29:36
    tem coisa mais erótica do que o elevador
  • 00:29:39
    a gente falou eróticos em você tem
  • 00:29:42
    interesse no outro não tem interesse
  • 00:29:43
    nenhum a pessoa pode não tem nada a ver
  • 00:29:45
    com você fisicamente mas o fato de duas
  • 00:29:47
    pessoas estarem num elevador é
  • 00:29:50
    extremamente incômodo aí você tem que
  • 00:29:53
    dizer vem do dia não porque você fala
  • 00:29:56
    além do dia porque a palavra distrai o
  • 00:29:59
    assunto é o que eu falo sobre a palavra
  • 00:30:01
    a palavra distraio agora porque a gente
  • 00:30:03
    no elevador tem que dizer que bonito dia
  • 00:30:05
    como ir ao centro porque porque senão
  • 00:30:08
    nós temos a impressão inconsciente de
  • 00:30:10
    que vamos usar para cá com aquela pessoa
  • 00:30:12
    liberada
  • 00:30:13
    aí o que é mais incrível sem desejo da
  • 00:30:19
    gente porque é uma coisa diferente e
  • 00:30:20
    assim ó entrou alguém maravilhoso legado
  • 00:30:23
    não tô falando disso está no elevador
  • 00:30:25
    entre alguém que é do teu modelo que o
  • 00:30:27
    número não é isso
  • 00:30:29
    é uma pessoa que não tem nada a ver com
  • 00:30:31
    você ou muito mais jovem é muito mais
  • 00:30:33
    velha ou com o corpo que não tinha grade
  • 00:30:34
    tem nada a ver não é isso mas qualquer
  • 00:30:36
    corpo de um elevador com outro corpo
  • 00:30:40
    começa a provocar uma o erotismo é uma
  • 00:30:43
    sensação ea palavra vem na hora do dia
  • 00:30:47
    é preciso valorizar não dito de tv com
  • 00:30:51
    isso na verdade que me lembrei de uma
  • 00:30:53
    frase fala que entender a dominar e que
  • 00:30:57
    está sempre procurando entender né meu
  • 00:30:59
    tio foi ver esse espetáculo é fã dânica
  • 00:31:03
    querida muito bonito não entende nada
  • 00:31:07
    achei bonita essa idéia de que a gente
  • 00:31:10
    tem que ter a sensação de ter entendido
  • 00:31:13
    para ter dominar e dominar e controlar
  • 00:31:15
    também até êsse lugar que ela fala que
  • 00:31:18
    esse outro lugar que não dito que é o
  • 00:31:20
    lugar onde você não sabe direito se há
  • 00:31:23
    mesas e cadeiras
  • 00:31:25
    se há desejos e sei lá e curiosidade é
  • 00:31:29
    uma um lugar onde as coisas não tão
  • 00:31:32
    amarrada estão fechadas são ditas é um
  • 00:31:35
    lugar muitas vezes insuportável
  • 00:31:39
    há muita coisa a dizer que não sei como
  • 00:31:42
    dizer algumas palavras mas recuso-me
  • 00:31:45
    inventar novas as que existem já devem
  • 00:31:47
    dizer o que se consegue dizer o que é
  • 00:31:50
    proibido e o que é proibido eu adivinho
  • 00:31:52
    atrás do pensamento não há palavras s
  • 00:31:56
    nesse terreno do s sou puro êxtase
  • 00:31:58
    cristalino s
  • 00:32:00
    some unthought és ouvir me ouvir o
  • 00:32:04
    silêncio da energia que está no meu
  • 00:32:06
    silêncio a tenho medo de deus e do
  • 00:32:10
    silêncio que você viveu que você sente
  • 00:32:13
    não tem nome necessariamente por exemplo
  • 00:32:16
    dizendo que tem que dominar então por
  • 00:32:18
    exemplo você é tem um amigo que você
  • 00:32:21
    sente por ele um desejo estranho em quer
  • 00:32:24
    dizer uma coisa que ela deseja porque eu
  • 00:32:26
    quero falar do não dito então eu tenho
  • 00:32:29
    amizade que eu não é amizade eu não
  • 00:32:32
    quero literalmente sexo com essa pessoa
  • 00:32:34
    mas eu sinto um tipo de coisa que você
  • 00:32:36
    faz você vai ou eliminar esse
  • 00:32:39
    relacionamento que você vai dizer
  • 00:32:40
    estranho vai acabar dando problema ou
  • 00:32:43
    você vai nomear o a sensação de desejo
  • 00:32:47
    ou de incômodo quando na verdade você
  • 00:32:49
    pode estar sentindo uma coisa que está
  • 00:32:52
    entre um afeto e outro existe um
  • 00:32:54
    sentimento que está entre o amor ea
  • 00:32:56
    amizade e não é necessariamente nenhum
  • 00:32:59
    nem outro pensar em um gesto que nas do
  • 00:33:01
    corpo não nasce da cabeça quando o
  • 00:33:03
    pensamento mas sim do próprio pensamento
  • 00:33:05
    ele é produto da racionalidade que é
  • 00:33:07
    exatamente o que a gente tenta
  • 00:33:08
    desconstruir aqui pensar o limite dessa
  • 00:33:11
    racionalidade que apenas uma negociação
  • 00:33:13
    eu te dou um código você me dá outro que
  • 00:33:16
    isso quer dizer
  • 00:33:17
    troca de códigos troca de figurinhas ea
  • 00:33:19
    vida vai embora né
  • 00:33:20
    outra coisa é entender como está
  • 00:33:22
    mostrando que qualquer gesto com um
  • 00:33:25
    desdobramento com consciência com
  • 00:33:27
    experiência ele abre outras perspectivas
  • 00:33:30
    neto limite ele é necessário é
  • 00:33:32
    necessário para ser quebrado e para ser
  • 00:33:35
    necessário de novo a ser quebrado para
  • 00:33:36
    se necessário e assim vai que também não
  • 00:33:39
    pode achar que tudo é relacional só
  • 00:33:41
    porque senão tudo é relativo no mundo é
  • 00:33:44
    tudo relativo ainda nada
  • 00:33:46
    a gente não entrou nada e se uma cadeira
  • 00:33:49
    band né aí tudo fica confuso não pode se
  • 00:33:54
    comunicar então em algum momento tem que
  • 00:33:56
    ser isso é uma cadeira
  • 00:33:58
    esse espaço estava cheio e se possa
  • 00:34:00
    fazer até pra você poder criar esse
  • 00:34:03
    outro lugar
  • 00:34:04
    [Música]
  • 00:34:31
    quantas horas quantos anos quanto tempo
  • 00:34:36
    o nosso corpo ficou e continua ficando é
  • 00:34:42
    sem nenhuma possibilidade ou poucas
  • 00:34:45
    possibilidades de se experimentar
  • 00:34:48
    eu sou bailarina também e tem uma escola
  • 00:34:52
    de dança e é muito difícil convencer as
  • 00:34:54
    pessoas de que dançar bonde que isso vai
  • 00:34:57
    fazer bem como que eu faço pela dança as
  • 00:35:00
    pessoas entenderem um pouco disso os
  • 00:35:04
    íntimos que os ora memória e repetir
  • 00:35:07
    informações que dançar é repetir
  • 00:35:10
    movimentos sobre a visão de vocês
  • 00:35:13
    isso é diferente eu gostaria que você
  • 00:35:14
    comentasse a repetição e imitação fazem
  • 00:35:18
    parte do nosso processo de aprendizagem
  • 00:35:20
    com a sensibilidade de criar e
  • 00:35:22
    improvisar como entra na nossa formação
  • 00:35:24
    a bailarina dani lima ea filósofa
  • 00:35:27
    viviane mosé debatem agora no café
  • 00:35:29
    filosófico os limites entre a repetição
  • 00:35:32
    ea criação entre a regra ea improvisação
  • 00:35:34
    para elas além de conhecer o mundo
  • 00:35:37
    precisamos ser capazes de recriar o a
  • 00:35:40
    nossa maneira uma coisa que me interessa
  • 00:35:41
    desde sempre
  • 00:35:43
    a improvisação de trabalho muito a sua
  • 00:35:45
    professora na universidade dança de
  • 00:35:47
    improvisação
  • 00:35:48
    eu até um determinado momento dava aula
  • 00:35:51
    de técnica técnica é ensino o meu jeito
  • 00:35:54
    de dançar pra você pra você pra você pra
  • 00:35:56
    você tem uma hora que entra em crise e
  • 00:35:58
    com isso não é porque o meu jeito de
  • 00:36:01
    dançar tem que ser o seu ceo seu seu
  • 00:36:03
    cada um tem um jeito
  • 00:36:06
    enfim era eu dava produto está não para
  • 00:36:09
    crianças
  • 00:36:10
    e aí eu passei ensinar sua improvisação
  • 00:36:13
    onde seria um lugar onde a pessoa tem
  • 00:36:16
    que descobrir e não é fácil
  • 00:36:20
    o jeito dela com uma laje que saberes
  • 00:36:24
    ela articula para determinados impulsos
  • 00:36:28
    estímulos ações de improvisar isso a
  • 00:36:31
    gente improvisa na vida né alguns mais
  • 00:36:33
    outros menos mas brasileiro de uma forma
  • 00:36:34
    geral sabe precisar muito bem no sentido
  • 00:36:37
    de lidar com o imprevisto e não ficar
  • 00:36:43
    parado né com medo muitas vezes eu
  • 00:36:46
    trabalhei algumas vezes na europa e vejo
  • 00:36:49
    que é muito diferente preso na alemanha
  • 00:36:51
    é eles não conseguem lidar muito bem com
  • 00:36:54
    a idéia de improvisação se alguma coisa
  • 00:36:55
    está errada tudo fica meio e agora ea
  • 00:36:59
    gente age como talvez está sempre dando
  • 00:37:02
    errado a gente tá sempre sabendo tal
  • 00:37:04
    jogo de cintura né vai por ali vivem por
  • 00:37:07
    aqui improviso aqui joga com isso enfim
  • 00:37:10
    eu acho que tem um lugar que é
  • 00:37:12
    importante é liga com essa ideia de
  • 00:37:14
    criatividade na escola que ensinar a
  • 00:37:18
    pensar ou ensinar a criar ensinar a fé a
  • 00:37:22
    ter uma atitude frente as coisas que não
  • 00:37:25
    é de repetir somente mas te pegar tudo
  • 00:37:29
    que você recebeu articular a seu modo e
  • 00:37:32
    da sua resposta
  • 00:37:33
    para a coreógrafa e bailarina pina
  • 00:37:35
    bausch a dança era muito mais do que a
  • 00:37:38
    repetição de movimentos
  • 00:37:39
    [Música]
  • 00:37:55
    o que me interessa não é como as pessoas
  • 00:37:58
    se movem mas sim o que os move a dança
  • 00:38:01
    deve ter outra razão além da simples
  • 00:38:03
    técnica
  • 00:38:04
    trata se da vida e portanto de encontrar
  • 00:38:07
    uma linguagem para a vida
  • 00:38:08
    [Música]
  • 00:38:15
    o cineasta fellini se encantou com a
  • 00:38:17
    simplicidade ea dramaticidade dos gestos
  • 00:38:20
    cotidianos coreografadas no balé de pina
  • 00:38:23
    bausch que ele escreveu assim o que ela
  • 00:38:25
    nos conta é uma festa um jogo um sonho
  • 00:38:28
    uma memória uma visão um ritual
  • 00:38:32
    o que a gente quer é que toda essa
  • 00:38:34
    harmonia toda essa leveza todo esse
  • 00:38:36
    encantamento não acabem jamais e que a
  • 00:38:39
    vida seja assim
  • 00:38:40
    eu acho que tem um lugar que é
  • 00:38:41
    importante é liga com essa ideia de
  • 00:38:43
    criatividade na escola que ensinar a
  • 00:38:47
    pensar ou ensinar a criar ensinar a fé a
  • 00:38:52
    ter uma atitude frente as coisas que não
  • 00:38:55
    é de repetir somente mas te pegar tudo
  • 00:38:59
    que você recebeu articular a seu modo e
  • 00:39:01
    da sua resposta troca atua no mundo com
  • 00:39:05
    originalidade
  • 00:39:06
    você tem que aprender a conviver com a
  • 00:39:08
    frustração então por que a gente não
  • 00:39:10
    quer atuar no mundo com originalidade
  • 00:39:12
    porque não aguento foi contrariada o meu
  • 00:39:15
    bem aí complica né então gente grande a
  • 00:39:18
    adulta que chegou no mínimo é da vida é
  • 00:39:21
    aprender a receber não é aprender a
  • 00:39:24
    conviver com o mínimo financeiro até
  • 00:39:26
    para conseguir muito dinheiro que viver
  • 00:39:28
    como financeira é bom não ninguém quer
  • 00:39:30
    isso agora se você aprende a lidar com a
  • 00:39:33
    contenção você pode acumular e virar
  • 00:39:35
    esse jogo em algum momento então como
  • 00:39:37
    pessoas não conseguiam viver nesse mundo
  • 00:39:39
    pessoas que efetivamente se sintam
  • 00:39:42
    seguras para romper uma barreira e se
  • 00:39:45
    são líderes
  • 00:39:46
    esse é um modelo de liderança ea gente
  • 00:39:48
    carece de liderança hoje eu faço
  • 00:39:51
    palestras empresas e ouso tempo inteiro
  • 00:39:53
    isso como provocar liderança porque
  • 00:39:56
    houve o poder nos colocou tão rasos e
  • 00:39:59
    tão fracos que todos querem seguir
  • 00:40:02
    ninguém tem mais coragem de dizer qual é
  • 00:40:04
    o rumo de terminar nenhuma direção à
  • 00:40:06
    escola é o maior problema do mundo
  • 00:40:08
    contemporâneo
  • 00:40:09
    está é a mais anacrônica de todos a
  • 00:40:12
    nossa escola é a escola não da idade
  • 00:40:16
    média mas a escola da modernidade escola
  • 00:40:18
    da linha de produção onde você vai
  • 00:40:20
    montando um ser humano você monta
  • 00:40:22
    português matemática inglês geografia
  • 00:40:24
    educação física está na pessoa
  • 00:40:30
    nem eu nem o dólar nem
  • 00:40:44
    [Música]
  • 00:40:49
    olhe lá
  • 00:40:53
    [Música]
  • 00:41:00
    não sai uma pessoa da escola o que sai
  • 00:41:03
    da escola são restos pedaços colados que
  • 00:41:06
    não formam um corpo e aí a gente fala de
  • 00:41:09
    ética ética atitude atitude de corpo
  • 00:41:12
    exige relação com o mundo está falando
  • 00:41:14
    que você fez e ético que seu corpo é
  • 00:41:17
    dividido em vários pedaços um é do
  • 00:41:19
    neurologista outro é do cardiologista
  • 00:41:21
    outra do senado que não fique atrás né
  • 00:41:25
    eu só quero dizer a vocês uma coisa o
  • 00:41:27
    nosso currículo escolar se chama grade
  • 00:41:32
    as nossas matérias se chama disciplina
  • 00:41:38
    ea nossa escola foi estruturada a partir
  • 00:41:42
    daí da ditadura militar
  • 00:41:45
    tá com mou com o modelo tecnicista de
  • 00:41:49
    linha de produção de linhas de montagem
  • 00:41:51
    a nossa escola é completamente fora do
  • 00:41:54
    mundo contemporâneo a sociedade do
  • 00:41:56
    conhecimento que exige ação com horário
  • 00:41:59
    determinação seja o mundo está desabando
  • 00:42:01
    todos nós sabemos como é viver no mundo
  • 00:42:03
    contemporâneo é ter atitude não é como
  • 00:42:07
    viver na internet você tem autonomia
  • 00:42:08
    para pesquisar a gente tem que aprender
  • 00:42:10
    a ser um estudante cotidiano no mundo em
  • 00:42:13
    que vivemos se a gente não começar a
  • 00:42:16
    mexer na escola nós não temos uma mínima
  • 00:42:19
    chance de salvar essa sociedade que a
  • 00:42:21
    gente vive esse é o alvo
  • 00:42:24
    existe uma outra forma de encarar a
  • 00:42:26
    memória também pode pensar que memória
  • 00:42:29
    também a recriação porque de fato é de
  • 00:42:32
    fato é de fato é na verdade eu fico
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    vendo justamente na relação com os
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    filhos a gente vê isso quando uma
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    criança quando você pega uma fotografia
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    e fala para aquela criança depois de sei
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    lá cinco anos daquela fotografia aqui
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    você vai lá adorava brincar na areia
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    adorava brincar na areia olha aqui com
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    você adorava naquele momento a criança
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    ela é a gente cria de memórias as
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    memórias elas não são coisas que estão
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    ali como um banco de dados que você
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    acerta não elas são recriados a todo
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    momento e depois aos 15 depois aos 20 e
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    depende da atualização
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    constante do que vai ser aquilo pode ser
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    que depois se esqueça aqui depois e
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    lembro em que refere inventa no meio
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    daquilo sem inventar
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    pimenta no rosto você acha que aquilo é
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    verdade aquilo aconteceu
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    se a gente pudesse escolher a infância
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    que teria vivido com que o inter nesse
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    momento recordaria aquele velho tio de
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    perna de pau que nunca existiu na
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    família
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    as pessoas sem imaginação podem ter tido
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    as mais entrevistas aventuras podem ter
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    visitado as terras mais estranhas nada
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    lhes ficou nada lhe sobrou uma vida não
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    basta apenas ser vivida também precisa
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    ser sonhada você viaja ciliar dos seus
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    sonhos e paris frança o mesmo amor da
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    sua vida chegou lá choveu chegou lá até
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    que uma greve não sei que esse negócio é
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    aquela coisa de viagem né
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    ainda horas e aí você volta a isso como
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    a primeira semana você conta um pouco de
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    incômodo mas não conta todo aí dos 12
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    meses depois vai diminuindo
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    seis meses depois da viagem a paris foi
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    incrível
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    depois falhou a viagem da sua vida você
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    esqueceu completamente o que eu digo que
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    não me agradava né isso é impressionante
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    outra coisa engraçada biografia alguém
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    diz assim a escrevi a biografia fato
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    real né
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    não é verdade nenhuma biografia é agora
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    inventaram todo o rio grande mas me
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    perguntaram poesia ela é você escreva
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    seus poemas com o que você viveu o e
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    ficção aí eu respondi o que eu vivia uma
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    ficção porque na hora que eu vi vila
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    real em segundo depois de sair ele é
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    interpretado por um outro momento que
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    estou vivendo agora nós não temos
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    coragem diz porque nossa sociedade é
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    fundamentada na idéia de verdade então
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    temos que admitir que a vida é uma
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    invenção nossa junto com a invenção dos
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    outros então é a relação com o espaço
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    não é apenas uma relação que você cria
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    mas a relação com a nossa vida é uma
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    relação que a gente queria e não tirando
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    a iaa o poder do estado não estou
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    tirando não tirando o poder da moral
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    não estou tirando poder da educação que
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    grandiosidade cima na nossa vida e não
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    estou tirando a determinação genética
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    nem social da nossa vida agora o que
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    você faz com esse pacote com esse kit
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    completo isso é conseqüência de uma ação
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    sua isso ele e sem legado e essa ação
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    não é determinada por um conceito apenas
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    apesar do conceito é importantíssimo não
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    é o conceito ou melhor o conceito que
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    você queria a sua vida é consequência da
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    sua vida e não o contrário você quer
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    mudar sua vida muito inflação ao invés
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    de mudar seu pensamento
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    a mudança do da rotina do cotidiano por
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    exemplo cantar foi um dos móveis pode
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    determinar uma mudança radical em sua
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    vida quando a leitura de um livro pode
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    não significa absolutamente nada eu
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    deixaria a provocação que foi a viviane
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    que fez mas eu endosso que a idéia de
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    ver da gente pensar levar pra casa de
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    que nós não habitamos o nosso corpo nós
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    somos o nosso corpo então qualquer
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    experiência de corpo que qualquer um de
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    nós possa vir a ter méxico que nós somos
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    não é independente é junto
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    o café filosófico de hoje termina por
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    aqui para assistir às palestras na
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    íntegra e participar das transmissões ao
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    vivo acesse o site da cpfl cultura
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    acompanhe também a nossa programação
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