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[Música]
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a leitura pra mim a fugida da realidade
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você adquirir conhecimento sabe aprender
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mais coisas novas é que você não saiba
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leitura é vida é viajar em uma ideia
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pode ser também lazer
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se você tem um parâmetro instalado na
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mente você vai fazer uma leitura daquilo
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que se vê em relação àquele time que vai
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escalar novamente e você viajar sem sair
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do lugar aí é expandir cognitivamente
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leitura é um deleite conhecimento
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expansão acumulada flamengo é uma coisa
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fundamental esta vídeo aula tem por
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objetivo apresentar o conceito de
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leitura a partir do qual queremos pensar
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a formação de leitores na sala de aula
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queremos também ao conceituar a leitura
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falar um pouco sobre as suas relações
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com a sociedade
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tudo isso para promover uma reflexão
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sobre as práticas de leitura que
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desenvolvemos com os nossos alunos na
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atualidade eleitoral que abre novamente
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a novas possibilidades de leitura de um
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né
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a leitura é uma ferramenta essencial
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para conhecer o mundo para transformar o
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mundo
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é uma forma de abrir horizontes e um
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prazer sobre o clube chegasse dentro do
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mundo que se apresenta na maleta
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produzir sem sida
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eu sempre digo a meus alunos à leitura é
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pegar a visão é na linguagem deles é a
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arte construção do conhecimento um é
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individual e coletiva de muitos de nós
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né a leitura é uma prática social ou
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seja é uma atividade que as pessoas
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desenvolvem na vida cotidiana em vários
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locais com diversas finalidades como uma
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atividade social
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a leitura nem sempre significou a mesma
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coisa
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saímos da compreensão da leitura como um
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processo de organização da escrita nos
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primórdios quando o homem inventou
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a escrita alfabética e passamos a
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compreendê la a partir de toda
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subjetividade e historicidade que
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envolve o homem ao longo da história
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atividade de ler foice complexificando
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porque a sociedade também foi se
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complexificando é um bom papo
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vamos visitar brevemente a história da
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leitura para rememorar algumas das
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transformações desse conceito
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focando as mudanças mais relevantes para
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pensar o papel do eleitor
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evidentemente faremos uma rápida
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passagem em períodos da história social
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do homem para indicar que as diferentes
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maneiras de conceber a leitura tem uma
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história e uma estreita relação com as
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práticas sociais de uso da escrita é um
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mal
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as observações sobre a história da
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leitura que vamos fazer
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serão feitas com base principalmente nos
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estudos de chat e irish manga e clima
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estudiosos da cultura escrita da leitura
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e do ensino da leitura
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vamos refletir um pouco sobre a leitura
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quando da invenção da escrita alfabética
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na leitura naquela ocasião nasceu da
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necessidade de pronunciar em voz alta
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os documentos escritos para tornar
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público seu conteúdo
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o texto é escrito em uma linha contínua
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que terminava no final do suporte sem
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separação entre as palavras porque não
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havia ainda a noção de palavra o
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conteúdo só era acessível através da
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organização e escuta do texto leitura
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era então sinônimo de organização da
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escrita uma atividade pública porque era
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preciso reproduzir em voz alta o
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conteúdo do texto uma pessoa lia e as
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demais ou vinho
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essa noção de leitura esteve fortemente
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ligada à tradição escolar do ensino da
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leitura durante muito tempo na escola
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ensinávamos a ler colocando as crianças
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para falar em voz alta as palavras e os
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textos o sentido a compreensão a
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respeito do texto que estava sendo lido
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não importava muito o importante era
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fazer com que as crianças pronunciassem
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as palavras corretamente bem como os
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textos com a entonação adequada mas o
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conceito de leitura
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lá no período medieval estava se
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transformando porque a sociedade foi
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mudando e o homem precisava de outras
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práticas para atender às suas
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necessidades sociais
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a sociedade se tornava mais complexa ea
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escrita assumir outras funções
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pois bem com a expansão do império
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romano na igreja católica que dominava
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as atividades de leitura escrita e o
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ensino delas passou a receber
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seminaristas que não falavam latim
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fluentemente mas a instituição precisava
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formar bons oradores para os cultos
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religiosos realizados em língua latina
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então por motivos de da ticos os monges
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começaram a introduzir no texto marcas
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gráficas diferentes das letras para
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facilitar a leitura oral não havia
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contudo nesse momento da história
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nenhuma preocupação com o sentido porque
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a compreensão do texto sagrado era
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também entendida como sagrada delegada
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há poucos aos iluminados aos escolhidos
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como se fosse um dom divino
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esta noção de texto como algo sagrado
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também influenciou e influencia até hoje
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o modo como as escolas lidam com os
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livros de seu acervo
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não é raro encontrarmos escolas com seus
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acervos literários trancados para que o
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livro não seja sujado ou amassado como
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se fosse algo sagrado
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como eu ia dizendo o sentido não estava
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no texto
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então o coletor estava antes na vontade
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divina que se revelava através dos
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sacerdotes autorizados a falar em nome
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de deus
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a ação didática visava apenas a formação
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do orador função muito importante no
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culto religioso
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os religiosos precisavam pronunciar
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muito bem o texto durante o culto para
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prender a atenção dos fiéis que solve
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ocorre que a segmentação ea inclusão de
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marcas gráficas diferentes das letras no
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texto escrito transformar o texto em um
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objeto essencialmente visual algo para
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os olhos e não mais para os ouvidos
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nesta transformação nasceu a leitura
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silenciosa com o desenvolvimento da
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leitura silenciosa o conceito de leitura
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passou a designar uma atividade
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subjetiva pessoal à pessoa podia ler
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silenciosamente sozinha às escondidas e
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ninguém mais ficaria sabendo sobre o
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conteúdo do texto de uma atividade
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pública o que era uma atividade oral e
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todos que estavam por perto podia ouvir
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o texto a leitura passou a ser privada e
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o sentido que pertencia apenas aos
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sábios capazes de explicar o que o texto
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queria dizer começou a habitar o texto
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conseqüentemente o leitor com a sua
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buscar o sentido na actividade da
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leitura não apenas a pronúncia da
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palavra
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este novo modo de entender o ato de ler
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trouxe nova dinâmica à leitura
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o papel do eleitor já não é mais o de
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falar o texto em voz alta mas é o de
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buscar o sentido no texto tentando
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recuperar o que o autor quis dizer
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a escola também adotou por muito tempo
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este conceito de leitura como uma
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atividade de reconstrução do sentido
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este conceito de leitura pressupõe o
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eleitor passe
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que vai apenas recuperar o sentido do
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texto
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este conceito também pressupõe a
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existência de um único sentido para o
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texto aquele que o autor quis dizer
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a ampliação das funções sociais da
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leitura e da escrita advindas com a
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leitura silenciosa fez emergir
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crescentemente novos leitores e
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escritores novos textos novas funções
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sociais para o texto contudo os
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manuscritos ainda eram caros e raros
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portanto acessíveis a um número pequeno
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de leitores
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foi somente no século 18 com a invenção
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da imprensa que se desencadeou de fato
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um processo de popularização da leitura
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à imprensa possibilitou a reprodução do
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texto em larga escala o que fez
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transformar a relação entre o leitor eo
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objeto de leitura
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esta nova relação do leitor com o texto
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estabelecida a partir da invenção da
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imprensa ressignifica o conceito de
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leitura antes intimamente vinculado ao
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sagrado e ao raro passando a agregar
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também o cotidiano rotineiro popular
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neste processo de democratização da
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leitura e da escrita em que o acesso
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físico ao texto foi de certa forma
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garantindo o homem foi se dando conta de
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que cada leitor com sua história de vida
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sua trajetória de leitura construir a
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partir do mesmo texto sentidos bastante
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diferentes e por esta razão que
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estudiosos da leitura hoje defendem que
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o sentido está no encontro entre o
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leitor eo texto assim
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ler é uma atividade de interação à
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distância perpassado pela vivência do
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leitor que em última instância constrói
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um sentido para o texto
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é normal haver melhor com bolhas na
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outras pessoas com peso um olimpo leitor
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não é mais que reconstrói o sentido na
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tentativa de descobrir o que o autor
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quis dizer mas é quem diante da palavra
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do outro o autor do texto ressignifica e
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reelaborado porção textual construindo
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um sentido possível para aquele único e
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irrepetível ato de ler e eu descobri que
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a fêmea quer usar mas sofre conexão
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acasaladas afirma transfere para os ovos
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para o abdômen do macho em pirapora o
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gato comeu bebeu e foi se embora em
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januária o tico-tico apaixonou se por
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uma canária em itacarambi
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o gato brincou com o jabuti ir uma
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pessoa pode ler o mesmo texto em
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momentos diferentes da vida encontrar na
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segunda leitura coisas diferentes que
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não foi possível perceber na primeira
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duas pessoas podem ler o mesmo texto
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mas compreendê lo de maneira diferente
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por exemplo se eu nunca fui sequestrada
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eu o lerei uma notícia sobre um
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seqüestro de um modo muito diferente de
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uma outra pessoa que já tenha tido a
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própria vida ameaçada por um
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sequestrador
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observe que não é possível apagar da
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minha forma particular de significar o
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mundo do meu processo de leitura
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é por isso que paulo freire dizia aqui a
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leitura do mundo precede a leitura da
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palavra cada leitor interagem e
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significa o texto de uma forma
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particular porque a sua história no
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mundo é única e por que não é possível
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compreender a palavra de uma outra forma
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senão aquela como ele compreende o mundo
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o interessante é que o inverso também é
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verdadeiro o modo como compreendemos a
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palavra também transforma o modo como
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compreendemos o mundo ou seja a leitura
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da palavra transforma nossa visão de
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mundo então se imaginarmos uma sala d
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aula em que o professor oferece ao aluno
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texto
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cada aluno pode trazer perspectivas
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diferentes de compreensão
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se o leitor tem que construir um sentido
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para o texto ele precisa ter autonomia
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no processo de interação com o texto
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mas se as práticas de leitura
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desenvolvidas na escola são aquelas que
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pressupõe a reconstrução de um único
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sentido do texto o professor poderá
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fazer a interpretação explicando o texto
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o aluno trazendo assim a sua leitura com
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a única possível e valida ainda hoje é
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muito comum vermos essa prática na
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escola que muitas vezes com a intenção
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de ajudar o aluno o professor explica
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pra ele o que o texto que dizer e isso
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pressupõe um único sentido a ser
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reconstruído ou descoberto pelo leitor
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geralmente o professor explica o texto e
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nesse processo o aluno deixa de ser
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agente para ser apenas 1 20 a silva é
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preciso observar que esta concepção de
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leitura como construção de sentido a
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partir da qual as práticas de leitura se
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desenvolvem atualmente no contexto
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social coloca o professor que forma
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leitores
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diante de uma tarefa desafiadora porque
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a atividade de ler é algo subjetivo
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múltiplo e complexo é subjetivo
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porque são os leitores quem atribuiu
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sentido ao texto e não um professor que
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fará isso por ele é múltiplo porque
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lemos de modos diferentes os textos que
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aparecem na vida social
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lemos e mails contratos receitas
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fotografias textos científicos novelas e
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etc
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cada uma dessas leituras demanda
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habilidades diferentes ea leitura é
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também complexa porque reúne ao mesmo
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tempo diversas variáveis para que
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atividades e real
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e se o olho vê o cérebro processa
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combinamos tudo isso com a nossa
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experiência com nossos valores com a
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nossa cultura com os nossos objetivos ao
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ensinar a leitura o professor precisa
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então fazer com que o aluno considera e
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não somente a materialidade do texto que
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são as palavras a organização textual o
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que está dito que está oculto o que está
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sendo entendido
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ele precisa também considerar o gênero
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que são os modos específicos de dizer de
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organizar os discursos que inclui a
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finalidade social tanto do texto quanto
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da leitura
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então para recapitular o leitor constrói
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um sentido para o texto
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para tanto ele precisa ser agente na
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atividade de ler ele precisa ainda
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considerar a materialidade do texto o
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gênero do texto se atentando para os
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propósitos do texto e da sua leitura
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veja que o leitor lê em uma bula de
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remédio por exemplo o texto cinco gotas
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ao dia
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ele o faz de uma maneira diferente do
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que se lê se o mesmo texto cinco gotas
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ao dia em um poema no poema
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certamente há cinco gotas podem ser
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compreendidas como uma metáfora
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já na leitura da bula a 5 gotas são
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instruções que devem ser consideradas ao
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se administrar o medicamento
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esse exemplo mostra como a construção
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dos sentidos está vinculada a diversos
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elementos lingüísticos que são as
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palavras o modo como têxtil organizer
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setra mas também os elementos extra
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lingüísticos entre os quais a finalidade
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de leitura ea própria história do leitor
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estão presentes então para formar bons
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leitores
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é importante saber
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é que ler é construir sentido que as
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atividades de leitura precisam permitir
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que o aluno seja a gente e que portanto
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precisam fazer esse movimento de ir ao
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encontro do texto e com autonomia e
00:17:15
construindo sentidos compreendendo os
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textos a partir da sua própria
00:17:20
experiência de eleitor
00:17:22
obviamente o professor precisa ir
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ajudando nesse processo de construção
00:17:27
porque o aluno está iniciando no mundo
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da leitura e ele precisa aprender a
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lidar com o texto com seus conhecimentos
00:17:36
e com os novos conhecimentos que vão ser
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construídos a partir das flores
00:17:41
[Música]