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[Música]
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Qual é o cara mais beta do Twitter na
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sua opinião? Álvaro Borba. Mas acho que
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ele não está aqui. Sou eu. E muito
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obrigado, Gisele, pela foto em que eu
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apareço vivendo. Coisa que fica muito
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mais fácil quando a gente de fato não tá
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no Twitter. Mas embora eu tenha saído do
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Twitter, o Twitter não saiu de mim. Tem
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gente por aí sentindo algum prazer
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esquisito ao mear print desse tipo de
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coisa. E sinceramente, eu não julgo. Se
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faz bem para alguém e não faz mal para
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mim, tá tudo certo. Aliás, tá mais do
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que certo. É esse tipo de coisa que me
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mantém em contato com as pessoas que são
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diferentes de mim. É um canal de
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comunicação aberto com essa diversidade
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psicológica que existe nesse mundo. Uma
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diversidade às vezes meio sombria, né?
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Então é até uma coisa boa e eu quero
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retribuir. Retribuir a ofensa não com a
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ofensa, mas com a dubiedade, com a
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confusão, com esse bait safado da capa,
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que pode ser coisa séria ou irônica, né?
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Sei lá. Então, hoje você vai aprender a
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ser homem com o fabuloso destino de
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Ameli Polan, que me disseram, me
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disseram: "É só um filme de mulherzinha,
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filme que eu adoro, aliás, eu sou árvore
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e essa é a minha tentativa
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descaradamente forçada de transformar o
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filme de mulherzinha num manual de
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autoajuda pra nossa masculinidade
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confusa e perdida dos dias de hoje. Fala
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comigo, seus Betos. Seguinte, chega aqui
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que vou te ensinar a ser alfa. Eu te
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amo, cara, mas não termina comigo por
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conta disso. Já não quer transar comigo
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agora? Vem querer terminar,
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Vamos dar uma rapidinha antes da
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minha mãe acordar. Dormi em casa. Não
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tinha problema com isso. No outro
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quarto. Era meu amigo. Era meu amigo.
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[Música]
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O fabuloso destino de Amelie Polan é um
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filme com muita identidade. A estética é
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bem diferente de qualquer coisa que
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tivesse fazendo sucesso em 2001, que é o
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ano em que o filme foi lançado. A trilha
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sonora é lembrada até hoje. E alguma
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coisa no ritmo desse filme também parece
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muito diferente de qualquer outra coisa
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que pudesse receber cinco indicações ao
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Oscar, incluindo pro roteiro original,
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que é o que dá ritmo, a cadência suave
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que esse filme tem. Muito mais francesa
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que Hollywoodiana essa cadência,
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diga-se. Basta rever a sequência que
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abre o filme. Não tem diálogo, é só uma
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narração apresentando a história da Meli
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e outros personagens que estão em volta.
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O texto dá muito destaque pro que cada
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um gosta ou desgosta. O pai dela gosta
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de esvaziar a caixa de ferramentas,
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limpar tudinho e depois guardar tudo de
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novo. E ele detesta sentir a sunga
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colando na pele quando ele sai da
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piscina. Já a mãe da Ameli gosta de
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esvaziar a bolsa dela, limpar e depois
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colocar tudo dentro de volta. Ela não
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gosta de sentir o rosto marcado pelo
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travesseiro quando acorda. Essa abertura
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mostrando do que cada um gosta e
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desgosta vai fazer todo sentido mais
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tarde, porque nesse filme a Ameli vai
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aprendendo a descobrir o que cada um
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gosta e desgosta, o que cada um precisa
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e tem que evitar para viver melhor. Ao
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longo do filme, ela vai descobrir essa
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capacidade de identificar os desejos e
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as repulsas dos outros e isso vai virar
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um super poder de algum tipo para ela. A
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gente até vai falar disso, mas só depois
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de desse abertura bem direitinho. É que
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na sequência de abertura a gente
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descobre que a Ameli foi uma criança
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muito sozinha e que o único amigo dela
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era um peixe que a mãe jogou fora porque
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esse peixe aí pulava do aquário de
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quando em quando. Essa era a mãe da
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Amelie, meio neurótica, perdia o
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controle por causa de um peixinho
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qualquer, esse tipo de gente. Já o pai
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era um médico frio e distante, só
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chegava perto da menina para fazer ali
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uns exames de rotina. Aí, como ela não
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tinha muito essa vivência do afeto, da
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proximidade física, ela sentia o
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coraçãozinho disparar. Nisso o pai
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achava que ela tava doente. Piorou tudo,
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né? A menina foi tratada como doente
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cardíaca a vida inteira. E o resultado é
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que ela acaba ainda mais isolada, né?
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Sem amiguinhos, com uma relação distante
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com os pais. Ela só podia ali brincar
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com uma câmera, o que, como peixinho
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também acabou não durando muito. Um
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vizinho diz para ela que a câmera era
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amaldiçoada. A cada foto um acidente. Aí
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ela passou a acreditar que com a câmera
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ela tinha provocado todas as tragédias
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que se vê no noticiário. Eventualmente
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ela descobre que não é bem assim, né? Aí
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quando ela chega nessa verdade, ela se
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vinga do vizinho, tira o acesso dele à
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televisão. É uma vingança que ela comete
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sozinha, né? Tudo que a Meli faz, ela
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faz sozinha. E a vida fica ainda mais
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solitária depois de uma sequência de
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tragédias. é que alguém pula do topo da
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catedral e essa pessoa cai justo em cima
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da mãe dela. Ameli perde a mãe. Essa
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cena mostra uma tragédia gerando a
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outra. Alguém pula da catedral e por
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tabela tira a vida de uma outra pessoa.
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É absurdo, é bizarro, mas tem uma
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mensagem: tragédia gera tragédia. Mais
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tarde, o roteiro desse filme vai
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reprisar essa mensagem com um tom bem
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mais positivo e vai dizer pra gente que
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boas ações geram boas ações. A sequência
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de abertura termina aí e só depois disso
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tudo a gente é apresentado ao presente
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da Amelie, jovem. Ela é uma garçonete,
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vive solitária, a pessoa mais próxima a
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ela é aquele pai que no fundo não se
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interessa por ninguém nem por nada na
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vida. E essa abertura de Ameli Polan é
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famosa por fazer com que o Beta e a
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mulherzinha chorem muito nesse filme. Dá
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para fazer um bom paralelo com a
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sequência de abertura de Up da Pixar que
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foi lançado 8 anos depois, em 2009. Em
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up, a gente vê o cotidiano de um casal
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começando a vida deles, tentando
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construir alguma coisa para si mesmo,
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tentando tirar algo de bom da vida,
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vendo coisas boas e ruins se alternarem
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de surpresa em surpresa até que esse
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casal se desfaz e o marido fica viúvo.
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Aí, só depois disso o filme começa
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mostrando o presente do homem que viveu
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aquela vida ali. Essa abertura de
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Upamosa e muito comentada também.
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Quantas aberturas de quantos filmes tem
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sua própria página na Wikipédia? A
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sequência aí tem até nome, chama Married
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Life, Vida de Casado. E como a abertura
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de Ameli Polan, essa abertura aí de Up
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também não tem diálogo, só tem uma
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música emotiva que ficou gravada na
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cultura para sempre.
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E o mesmo poderia ser dito da trilha da
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[Música]
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Amelie. Essas duas aberturas têm outra
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coisa em comum, além da música emotiva e
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da ausência de um diálogo. Elas fazem
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chorar antes mesmo de mostrar os
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acontecimentos trágicos. A morte da mãe
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em Ameli e a morte da esposa em Up. Os
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fóruns de discussão estão cheios de
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gente, tentando entender como é que um
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filme pode fazer chorar antes mesmo de
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mostrar aquilo que de fato é triste. Eu
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arriscaria dizer que as duas aberturas,
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mostrando o cotidiano dos personagens ao
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longo de vários e vários anos, fazem a
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gente contemplar a vida como um todo.
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São sequências que fazem a gente ver
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tudo bem de longe, no sentido temporal.
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Aí fica aquela sensação de, pô, a vida é
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só isso, que também poderia ser a vida é
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tudo isso, mas obviamente também tem
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diferenças entre Up e Ameli. A abertura
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de Upresenta um filme que rapidinho muda
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de tom e vira uma aventura com momentos
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muito frenéticos. Já a abertura de Ameli
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não, ela apresenta um filme a sua imagem
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e semelhança, porque depois dessa
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abertura Ameli Polan passa a ter
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diálogos. OK? Mas o sabor geral desse
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filme não muda. E vai ver, o filme não
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muda porque a protagonista também
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continua a mesma. A Ameli jovem que
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trabalha como garçonete continua sendo
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como aquela criança abandonada. Ela não
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se abre pro mundo porque sente que o
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mundo também não se abre para ela. Mas
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aí vem um acontecimento que na famosa
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jornada do herói é conhecido como o
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chamado aventura, aquele que tira a Meli
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do mundo comum, um mundo que, aliás, não
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tá muito bom para ela. Esse
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acontecimento, como tudo no filme, é bem
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singelo. Ela se assusta com uma notícia
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na TV, se distrai. Aí as leis da física
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fazem o resto. Uma pequena avaria no
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rodapé do banheiro revela um tesouro
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escondido por alguém que morou ali
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naquele apartamento uns 40 anos antes. É
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uma caixinha com lembranças de uma
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infância que se foi. E essa é a primeira
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lição que o Betinha aqui ousaria dizer
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que todo Alfa deve aprender com Ameli.
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Coragem, não recuse o chamado à
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aventura. Porque a Amelie, nesse filme
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de mulherzinha, ela não recusa ao
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chamado, não. Ela resolve entregar o
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tesouro pro dono. Ela quer fazer aquela
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boa ação que pode gerar novas boas
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ações. E para isso, ela tem que
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interagir com outros seres humanos até
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descobrir quem é o cara. Essa é uma
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coisa muito difícil para essa moça que é
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solitária e talvez até antissocial, mas
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o desafio faz bem pra Ameli e ajuda ela
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vencer essa timidez meio patológica que
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é típica de quem passou a infância sendo
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negligenciado. No caminho, a Ameli acaba
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encontrando outros solitários como ela
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que também podem se beneficiar da
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companhia da Ameli. Ela resolve ser
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legal com o mundo, o mundo começa a ser
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legal com ela. E eu sei que, a princípio
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essa coisa de ser melhor com os outros,
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para receber o melhor dos outros parece
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um exercício de fé, de abnegação, só que
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tem uma certa lógica, né? Você é parte
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inalienável do mundo que você habita.
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Então, quando você se torna um pouquinho
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melhor, o mundo melhora junto. Mais uma
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lição aí pro nosso alfa. Lição da Ameli,
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que tá sintetizada naquela famosa frase
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do Gandhi, que a gente cita muito, mas
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pratica pouco. Força, seja você a
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mudança que você quer ver no mundo. E
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olha que funciona, hein? Pelo menos no
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filme, o cara para quem a Ameli devolve
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a caixinha com as lembranças de infância
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se emociona ao ver aquilo. Aí ele
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resolve retomar o contato com a família,
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com uma filha que ele tem, que sente a
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falta dele. Então, o dono da caixinha se
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beneficiou, a família dele se
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beneficiou, a Ameli se beneficiou
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também. E depois disso, pode ter
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certeza, a Ameli não vai parar de tentar
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ser o seu melhor e não vai parar de ser
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retribuída pelo mundo também. Ela ajuda
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um vizinho velhinho a pintar um quadro e
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aí ela descobre alguma coisa, não apenas
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sobre pintura, mas também sobre ela
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mesma. Vai ajudar muito ela. A Amelia
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ruma um romance para uma colega de
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trabalho. Aí passa a trabalhar num
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ambiente mais saudável por causa disso.
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O mundo vai sabendo retribuir para Ameli
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cada um dos atos de bondade dela. Mas o
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negócio é que a Ameli não pode fazer o
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melhor pelos outros sem primeiro
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entender os outros. Lembra da abertura
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do filme relatando que cada um gosta e
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desgosta? A Meli tem que saber daquelas
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coisas, tem que entender isso bem
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direitinho. Ela tem que saber enxergar
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as esperanças e os sonhos dos outros
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para poder realizar essas esperanças e
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esses sonhos. O pai da Ameli, por
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exemplo, a princípio, ele parece um
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sujeito que não se interessa por nada na
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vida, só que com um olhar mais atento,
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Ameli percebe que ele é obsecado por um
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anão ou um gnomo ali do jardim. Ameli
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rouba o gnomo, envia fotos desse gnomo
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pro pai, o gnomo em tudo quant é lugar
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do mundo. E aí tá feita a mágica aí na
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vida desse homem. Agora ele tem um
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mistério pelo qual se interessar, uma
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coisa para entender, para resolver. Com
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uma simples brincadeirinha meio inóqua,
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ela deu sentido à vida desse cara. A
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lição aqui é sobre enxergar aquilo que
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os outros precisam. E nada pode ser mais
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importante pro nosso
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autoproclamado macho alfa que quer ser
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um líder, que quer ser um provedor. Como
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é que alguém pode liderar e prover sem
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saber enxergar as necessidades dos
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outros? Sabedoria. Quem só sabe de si,
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sabe muito pouco. E note que as três
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qualidades que foram atribuídas aqui, as
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lições da Ameli, coragem, força e
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sabedoria, correspondem aos três poderes
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do Triforce, da franquia Zelda, num
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claro sinal de que eu não tiro o meu
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conhecimento dos manuais de autoajuda,
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eu retiro meu conhecimento dos
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joguinhos, eu sou um homem sério. Seja
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como for, é esse olhar atento ao outro
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que faz com que a Meli encontre alguém
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igual a ela. Um cara que para fazer uma
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boa ação, para devolver os pertences de
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alguém, até chega a perder as próprias
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coisas. Ele estaria se prejudicando se
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ele não tivesse a certeza de que alguém
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vai fazer por ele aquilo que ele já fez
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por alguém. Conclusão, quando era
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triste, solitária, a Amelia até poderia
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ter ido direto atrás de um cara
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igualzinho a ela. Só que se ela fizesse
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isso, ia rolar, talvez um relacionamento
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disfuncional entre dois deprimidos, um
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inflando a mágoa do
00:13:43
outro. Mas não quis o fabuloso destino
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que a Melis se colocasse no caminho da
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grandeza. E aí, por sorte ou por justiça
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cósmica, vai saber, ela acaba
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encontrando alguém que é parecido não
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com aquilo que ela era, mas com aquilo
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que ela gostaria de ser. Essa me parece
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uma mensagem valiosa para qualquer um
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que não tem a arrogância de se
00:14:07
considerar perfeito e em não se
00:14:10
considerando perfeito, queira melhorar.
00:14:14
Nada mal para um filme de mulherzinha.
00:14:18
[Música]
00:14:30
Muito obrigado por ver esse vídeo até o
00:14:32
final e um agradecimento especial a você
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que pensa de maneira muito diferente
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dessa exposta aí no vídeo, pode até se
00:14:41
sentir provocado por esse texto, mas que
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apesar disso chegou até aqui. Olha, isso
00:14:48
diz uma coisa muito boa a seu respeito.
00:14:50
Você continua com a cabeça aberta, que a
00:14:53
gente sempre possa aprender junto,
00:14:55
porque sinal dos tempos estamos todos
00:14:59
meio confusos, não é mesmo?
00:15:03
[Música]
00:15:12
Valeu, listen. M.