00:00:00
Boa noite a todos. Meu nome é Bernardo
00:00:02
de Vigi. Eh, eu sou egresso do curso
00:00:04
técnico de estradas pelo IF de Vitória.
00:00:07
Atualmente é o curso direito na UFS e é
00:00:09
uma honra eh poder mediar esse
00:00:11
seminário. Eh, fique à vontade para
00:00:13
contar com a gente, caso precisem de
00:00:15
qualquer dúvidas durante o evento, a
00:00:17
gente tá aqui para isso. Eh, agora nós
00:00:19
daremos início à segunda palestra que
00:00:21
tem o tema relação entre indicadores de
00:00:23
saneamento e de saúde pública os
00:00:25
municípios da região metropolitana de
00:00:27
Vitória. Os palestrantes que irão
00:00:29
explorar o tema são o engenheiro Leandro
00:00:31
Henrique de Ávila e o engenheiro
00:00:33
Moacoses Anoni. Eh, no mais, sejam
00:00:36
bem-vindos e passo a palavra a vocês.
00:00:48
Oi, eu sou Leandro. Eh,
00:00:52
boa noite a todos.
00:00:56
Boa noite. Eh, quem vai quem vai
00:00:59
compartilhar a tela só para mim colocar
00:01:01
como apresentador? Eu, Leandro.
00:01:08
[Música]
00:01:18
Prontinho, já tá compartilhando.
00:01:27
Você tá como apresentador, Leandro? Tá.
00:01:39
O nosso trabalho é relação entre os
00:01:42
indicadores samento de saneamento de
00:01:44
saúde pública nos
00:01:46
municípios da região metropolitana de
00:01:48
Vitória. Eu sou Leandro Henrique, meu
00:01:51
colega Moaci e o nosso trabalho foi
00:01:54
orientado pelo professor
00:01:58
J. Vamos lá. O saneamento no Brasil, ele
00:02:01
foi marcado pela grande atuação lá no
00:02:03
início do engenheiro Sartunino de Brito.
00:02:07
Ele desenvolveu projetos e obras de
00:02:09
saneamento em diversas cidades
00:02:12
brasileiras. No Espírito Santo, ele
00:02:14
desenvolveu o novo
00:02:16
Arabaldei, um projeto de expansão da
00:02:18
cidade de Vitória, com a melhoria na
00:02:21
circulação, no abastecimento de água,
00:02:23
tratamento de esgoto, drenagem e
00:02:25
estética.
00:02:28
estética arquitetônica urbaníste. Ele
00:02:30
desenvolveu várias coisas que a gente
00:02:32
usa hoje. Por exemplo, esse projeto aqui
00:02:35
que dá tá sendo mostrado aqui pequeno,
00:02:39
tem as principais avenidas que hoje a
00:02:42
gente usa, tá, nesse projeto que é a Red
00:02:45
Penha, foi ele que idealizou, ele que
00:02:47
teve essa esse insight de criar uma reta
00:02:51
que você vêse o Convento da Penha,
00:02:53
porque na época já existiu o Convendo da
00:02:55
Pen em 1896.
00:02:59
E agora a planta que a gente pode ver
00:03:02
aí, a planta o esboço da ilha, que era
00:03:04
na época era só um um pedacinho de
00:03:07
pessoa, um pedacinho só, mais ou menos
00:03:09
as 9.000 pessoas na
00:03:12
época. Eh, a saúde pública no Brasil,
00:03:16
ela é marcada pelo grande médico e
00:03:19
sanitarista Osvaldo Gonçalves Cruz, que
00:03:22
atuou no combate de epidemias de febre
00:03:25
amarela, varíila, peste bobônica e
00:03:27
cólera.
00:03:28
No Espírito Santo destaca-se a
00:03:30
importância inicial da Santa Casa de
00:03:33
Misericórdia de Vitória, que amparava a
00:03:35
população mais pobre, cuidava da
00:03:37
destinação de corpos e prestava
00:03:40
assistência aos monibundos. A gente pode
00:03:43
ver aí o uma fotinha do hospital na
00:03:45
época.
00:03:49
Bom, existe uma relação direta entre o
00:03:51
saneamento básico e a saúde pública. Nós
00:03:53
temos várias doenças e vetores que tm
00:03:55
sua proliferação a partir de água
00:03:58
contaminada.
00:03:59
Eh, a OMS relata que 94% dos casos de
00:04:02
diarreia no mundo são devidos à falta de
00:04:04
acesso à água de qualidade e ao
00:04:06
esgotamento de sanitário
00:04:08
precário. Eh, a OMSA também levanta uma
00:04:11
noção que é amplamente difundida na área
00:04:13
de saneamento, onde os investimentos na
00:04:16
infraestrutura de
00:04:17
saneamento, a fim de prevenir as
00:04:19
doenças, são muito mais eficazes do que
00:04:21
o investimento no tratamento das
00:04:23
enfermidades em si. Ela pontua que a
00:04:26
cada dólar investido em saneamento, os
00:04:28
governos tendem a economizar 4 em
00:04:33
saúde. O que levanta a pergunta da nossa
00:04:37
pesquisa, que é qual a relação entre o
00:04:39
avanço da infraestrutura sanitária,
00:04:42
tanto de água quanto de esgoto, e as
00:04:44
doenças de veiculação hídricas nos
00:04:46
municípios da região metropolitana de
00:04:48
Vitória?
00:04:52
O objetivo geral da nossa pesquisa é
00:04:55
analisar a correlação entre ambos os
00:04:57
indicadores de saneamento básico e de
00:04:59
saúde pública nos municípios que compõem
00:05:01
a região metropolitana de Vitória,
00:05:03
identificando os padrões que eles
00:05:05
possuem ao longo de uma série histórica
00:05:08
e especificamente apresentar os
00:05:10
indicadores de saneamento e de saúde
00:05:12
para também ser possível avaliar a
00:05:15
evolução deles ao longo do tempo.
00:05:20
Eh, o nosso trabalho a gente utilizou
00:05:22
algumas etapas metodológicas. Primeiro
00:05:25
foi a definição da área do estudo, que é
00:05:27
a região metropolitana de
00:05:29
Vitória. Aí depois a gente escolheu os
00:05:32
indicadores de saneamento e de saúde, a
00:05:35
coleta de dados do desses
00:05:38
indicadores para saneamento, a gente
00:05:40
usou o Siniza, que é o antigo
00:05:43
Sinis, que é tem os indicadores que a as
00:05:47
concessionárias são obrigadas a a
00:05:49
disponibilizar lá.
00:05:52
E paraa saúde a gente usou dois dois
00:05:55
dois sistemas, vamos dizer assim, duas
00:05:57
fontes, que é o SINAN, que é o sistema
00:06:00
de informação de gravavel de
00:06:01
notificação, que ele é do Ministério da
00:06:04
Saúde e
00:06:07
CUS da Prefeitura de
00:06:09
Vitória. Eh, após essa coleta de dados,
00:06:13
a gente trabalhou e fez a uma regressão
00:06:16
linear. Com isso, a gente conseguiu
00:06:18
fazer uma análise gráfica dos dos
00:06:20
resultados.
00:06:22
obtidos no
00:06:25
nessas por resultados
00:06:27
obtidos. A nossa área de estudo é a
00:06:30
região metropolitana de Vitória, que ela
00:06:33
foi composta em ela foi criada em
00:06:38
1995 com os municípios de Vitória, Vila
00:06:41
Velha, Serra, Calcique, Viana.
00:06:45
Posteriormente, em 99 incorporou
00:06:47
Guarapari e em 2001 incorporou Fundão. E
00:06:51
virou hoje o que a gente conhece como a
00:06:53
região metropolitana da Grande Vitória
00:06:56
ou Grande
00:06:57
Vitória. A população desses municípios
00:07:00
da região metropolitana de
00:07:02
Vitória tem em torno de
00:07:06
1.80.000 habitantes, aproximadamente 49%
00:07:09
da população do estado, praticamente a
00:07:12
metade, né? com uma área de
00:07:15
2324 km².
00:07:21
Bom, eh,
00:07:23
primeiramente explicando um pouco dos
00:07:25
indicadores de saneamento que foi
00:07:27
utilizado, eh, a gente utilizou como
00:07:30
base o sinistra,
00:07:32
né, e eles divulgam anualmente um total
00:07:36
de 83 indicadores que permeiam a área de
00:07:40
saneamento básico entre indicadores
00:07:42
econômicos, financeiros,
00:07:43
administrativos, indicadores
00:07:45
operacionais, indicadores de
00:07:48
qualidade Desses
00:07:50
83, nós escolhemos oito
00:07:54
que julgamos que for que fossem
00:07:57
os diretamente responsáveis
00:08:00
pela vinculação das doenças hídricas,
00:08:04
que nós vamos ver mais à
00:08:06
frente. Eh, entre indicadores
00:08:08
operacionais e de qualidade. Nós
00:08:10
escolhemos cinco indicadores
00:08:12
operacionais e três de
00:08:14
qualidade. Paraa correlação entre os
00:08:18
indicadores de saneamento e de saúde, a
00:08:21
gente optou por ir pelo caminho de
00:08:23
avaliar a cobertura de atendimento.
00:08:26
Então, a gente utilizou o índice IN015,
00:08:30
que é o índice de coleta de esgoto, que
00:08:32
ele é obtido a partir da relação entre o
00:08:34
volume de esgoto coletado e o volume de
00:08:37
água consumido, excluso o volume de água
00:08:39
tratado a exportado para fora do
00:08:41
município em porcentagem.
00:08:44
e o índice de atendimento total de água
00:08:47
e o que é o índice
00:08:49
IN055, que é a relação entre a população
00:08:52
total atendida com abastecimento e a
00:08:54
população total do município em
00:08:57
porcentagens.
00:08:59
Eh, só dando um um panorama rápido, eh,
00:09:03
não sei se todos já acessaram os com
00:09:06
antigos NIS,
00:09:09
eh, é um programa nacional, então todas
00:09:12
as concessionárias enviam essas
00:09:14
informações
00:09:16
anualmente pro sistema que compila
00:09:23
e publique em forma
00:09:26
de de planilhas para acesso do
00:09:32
público. Eh, a gente escolheu duas
00:09:34
doenças de
00:09:36
veiculação a partir de água contaminada,
00:09:38
que são as doenças de arrecas agudas de
00:09:41
forma geral e a hepatite A, e duas
00:09:44
doenças com veiculação baseada em esgoto
00:09:49
não tratado, que é a esquistossomose e a
00:09:56
leptospirose. Apresentando os
00:09:57
resultados, primeiramente a gente fez o
00:10:00
compilado de de dados obtidos a partir
00:10:04
do ISNIS. Aqui a gente tem a tabela de
00:10:07
indicadores de saneamento no município
00:10:08
de Vitória, que a gente pode observar. a
00:10:12
gente optou por pegar uma série entre
00:10:15
2004 e
00:10:17
2022 também para atender a série
00:10:20
histórica que a gente conseguiu na
00:10:23
média dos indicadores de saúde. E a
00:10:27
gente pode avaliar os indicadores de
00:10:29
coleta ao longo do tempo, indicadores de
00:10:31
tratamento, eh indicadores de de
00:10:34
atendimento total de água, os
00:10:36
indicadores de qualidade, né? incidência
00:10:38
de análise de cloro residual fora do
00:10:40
padrão, análise de turbidez e coliformes
00:10:43
fecais fora do
00:10:44
padrão. É importante a gente notar que
00:10:48
existe um uma evolução contínua ao longo
00:10:52
do
00:10:53
tempo eh na infraestrutura de saneamento
00:10:56
do município. A gente pode avaliar, por
00:10:57
exemplo, pela primeira coluna da tabela,
00:11:00
pelo índice 015, que de 2004 a
00:11:06
2022 houve uma evolução de mais do que o
00:11:09
dobro de atendimento, cobertura de
00:11:12
atendimento de coleta de esgoto no
00:11:15
município. 2004 a gente tinha 30 média
00:11:19
de 30% de de coleta e no ano de 2022
00:11:23
76%.
00:11:28
De forma análoga, a gente tem os outros
00:11:31
os outros municípios, tem o município da
00:11:33
Serra, a gente vê que tem
00:11:34
um uma cobertura um pouco menor do que
00:11:38
Vitória, mas também apresenta uma
00:11:41
evolução contínua ao longo do tempo. A
00:11:43
gente pode avaliar pelo pelo índice de
00:11:46
de coleta, pelo índice de atendimento
00:11:48
total de
00:11:51
água e principalmente pelos índices de
00:11:54
qualidade, né?
00:11:59
eh, município de Vila
00:12:02
Velha e o seguinte, o município de
00:12:04
Cariacci, que assim são muitos dados que
00:12:06
então não vou conseguir passar todos em
00:12:09
específico, mas dá para você ter uma
00:12:11
noção da evolução do da infraestrutura
00:12:15
de saneamento dos municípios ao longo do
00:12:18
tempo.
00:12:21
Aqui agora a gente vai falar sobre os
00:12:23
indicadores de
00:12:24
doença.
00:12:26
Esquisotomose, eh, a gente conseguiu
00:12:28
através do
00:12:30
SINAN. Aí você consegue ter uma você
00:12:33
consegue é um site aberto do Ministério
00:12:36
de
00:12:37
Saúde, você busca de várias formas lá,
00:12:41
você consegue tabelar da forma que você
00:12:43
precisar pro município, pro estado, por
00:12:48
E a gente se movou pelos municípios, né?
00:12:51
E a gente conseguiu tabular tabular
00:12:53
isso. A gente consegue ver que de 2001
00:12:57
até 2022 vai decrescendo. Alguns anos
00:13:02
aumentam, outros diminuem,
00:13:05
mas nem tudo é só é só o saneamento, né?
00:13:09
Pode ser alguma questão de chuva, alguma
00:13:12
coisa assim que é atemporal
00:13:15
e a gente não tem domínio, né?
00:13:19
A leptospirosa, mesma coisa,
00:13:22
principalmente porque se num ano chover
00:13:25
muito, alagar, igual vila velha
00:13:30
recorrente, os serra teve anos aí que
00:13:33
alagarou muito, que teve municípios,
00:13:36
teve regiões debaixo
00:13:38
d'água, casos vão aumentar, que aí é a
00:13:41
leio ao
00:13:43
saneamento, porque o o saneamento não
00:13:46
consegue prevenir isso, na chuva não,
00:13:49
eh, o sistema de esgoto não
00:13:53
trata. Aí a gente tem as doenças
00:13:56
diarahicas que a gente conseguiu através
00:13:58
de um de solicitação junto a prefeitura
00:14:02
municipal de Vitória, secretário de
00:14:04
saúde. E vocês também conseguem ver
00:14:07
que nesse caso tem o tem total de casos
00:14:11
que é grande e tem total de casos com
00:14:15
provável fonte infecção com água.
00:14:18
que é um valor até considerável, mas se
00:14:21
for comparar um com outro fica um valor
00:14:24
irrisório, que é pouco, né? Então, ou
00:14:25
seja, a água não é o grande fator de
00:14:29
infecção de doenças diarreicas, mas a
00:14:33
água, o esgoto, mas você consegue ver
00:14:36
que diminui conforme vai avançando
00:14:40
a tratamento, você diminui, né? a
00:14:44
hepatite A também que a gente conseguiu
00:14:47
junto com a com a Secretaria de Saúde
00:14:50
Vitória. Aí você vê que alguns anos não
00:14:53
tem
00:14:54
casos, então não dá para não consegue
00:14:58
ter um uma ideia certa.
00:15:04
Bom, a gente tem aqui a a correlação de
00:15:10
dados entre os indicadores de esgoto e
00:15:14
as doenças esquitossomose e
00:15:17
leptospirose. A gente optou por
00:15:18
apresentar um gráfico de
00:15:21
dispersão. Então, a gente tem no eixo
00:15:25
Y a taxa de ocorrência de doença por
00:15:28
100.000 1000 habitantes e no eixo
00:15:31
X o a porcentagem de cobertura de
00:15:34
atendimento de coleta de
00:15:37
esgoto. A gente também usou dos dados
00:15:41
apresentados anteriormente para gerar
00:15:43
uma
00:15:44
correlação
00:15:46
da da ocorrência das
00:15:49
doenças e
00:15:52
o o indicador de coleta de esgoto. E a
00:15:56
gente pode observar que a as correlações
00:15:59
têm um comportamento de tendência de
00:16:02
decréscimo. Ambas a gente tem a equação
00:16:06
ali e o comportamento do gráfico
00:16:09
mostrando que quanto maior
00:16:13
for, quanto a variação positiva de
00:16:17
índice de atendimento de esgoto, você
00:16:19
tem um decréscimo na taxa de ocorrência
00:16:21
dessas doenças.
00:16:24
Esse esse gráfico é pros dados de
00:16:27
Vitória. A seguir a gente
00:16:29
tem os dados de Vila Velha, que a gente
00:16:31
pode ver que tem uma tendência
00:16:34
ainda ainda maior de decréscimo.
00:16:40
eh e mantendo, né, a premissa da
00:16:45
pesquisa de que sim, o avanço de da
00:16:48
infraestrutura de saneamento incide
00:16:51
diretamente
00:16:53
na na prevenção de da ocorrência dessas
00:16:58
doenças. A seguir, a gente tem o gráfico
00:17:00
da serra, que também mantém o padrão e o
00:17:03
gráfico de Cariacica de forma similar.
00:17:10
Agora a gente vai ver a correlação com a
00:17:12
água. A princípio você vê que tem algo
00:17:15
estranho nessa nesse gráfico, porque a
00:17:18
regressão linear para doenças
00:17:21
diarreicas, beleza, tá descendo, tá
00:17:24
seguindo a tendência. Quanto mais
00:17:27
atendimento de água, menor vai ser a
00:17:29
doença de arreia.
00:17:30
Só que hepatite A tá
00:17:34
crescendo. Aí a
00:17:36
gente a gente percebeu que tem alguns 3
00:17:39
anos
00:17:40
aí que é de 2007 a
00:17:43
2009 que deu uma distorcida nesses
00:17:46
dados. Como a gente não tem como
00:17:50
precisar e como não é a única
00:17:53
fonte os a falta de saneamento de
00:17:56
tratamento de água, a caso de hepatite A
00:17:59
que pode ser também pessoas de outros
00:18:02
municípios que foram para Vitória para
00:18:05
ser atendido. a gente excluiu esses três
00:18:08
e aí a gente consegue
00:18:09
ver a linha de
00:18:12
tendência seguindo o que seria o
00:18:15
previsível, né, que é descendo
00:18:20
mesmo. Aqui a gente vai para as
00:18:23
conclusões. A gente conseguiu concluir
00:18:25
que Vitória apresenta a melhor condição
00:18:28
de infraestrutura dos indicadores
00:18:30
operacionais
00:18:32
qualitativos com indicadores de maneira
00:18:35
geral
00:18:36
superiores. O município de
00:18:38
Cariacica, ele apresenta indicadores
00:18:41
operacionais sobretudo em coleta de
00:18:43
tratamento de esgoto inferiores aos
00:18:45
demais.
00:18:46
e Vila Velha apresenta os indicadores
00:18:50
qualitativos, sobretudo pelos informes
00:18:52
fecais inferiores aos outros
00:18:56
municípios. O município de Vila Velha
00:18:59
apresenta o maior registro de casos de
00:19:01
leptospirose e esquisotomose seguido por
00:19:05
calhacci.
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Eh, o estudo de casa a gente conseguiu
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comprovar da relação diretamente
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proporcional entre os indicadores de
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saneamento básico e
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saúde. De forma geral, as correlações,
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elas apresentam um comportamento
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compatível com a premissa de uma relação
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direta entre o avanço da infraestrutura
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de saneamento e de
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saúde. O que a gente notou também,
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inclusive foi foi um dos motivos, foi a
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escassez de dados na área da saúde,
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por
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para tratamento de água, a gente acabou
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tendo que recorrer aos
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municípios e só o município de Vitória
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que respondeu. Então, a gente só
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conseguiu fazer a correlação com o
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Vitória. Os outros
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municípios não conseguiram responder a
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gente, então a gente acabou deixando de
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fora. E se vocês bem lembrarem, lá atrás
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a gente citou que a região metropolitana
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de Vitória ainda constava com Viana.
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A gente não considerou Viana no nos
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dados por causa do no estudo por causa
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dos dados, que os dados estavam muito
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imprecisos,
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muitos faltava muito muita informação.
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Então a gente falou não, esse dado, esse
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município aqui
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vai não vai ser um bom um bom município
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analisar. Então, a gente acabou
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retirando
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ele. E a gente conseguiu prever também
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que eh tem grande relevância as
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políticas públicas na área de
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infraestrutura
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sanitária e o grande impacto direto em
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outras áreas da
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sociedade. Aqui estão algumas principais
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referências que a gente usou no nosso
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nosso
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artigo. Eu sou o Leandro e o meu colega
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Moci, que fizemos esse esse artigo para
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apresentar.
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Muito obrigado. Boa noite a todos. Se
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alguém tiver dúvida, quiser perguntar
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algo.
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Muito bem, agradeço aos alunos pela
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apresentação. Eh, foi um excelente
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trabalho. Parabéns a todos. Agora eu
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gostaria de convidar o engenheiro e Dr.
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Jon Ferreira, que foi orientador dos
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alunos, para compartilhar as
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considerações. Eh, seja bem-vindo,
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professor.
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Bem, primeiro só agradecer, né, aí o
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Leandro e o Moaci, eh, os dois assim
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extremamente que é tão bom quando a
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gente encontra, né, aluno assim
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autodidata, né, o Leandro lá atrás
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chegou para mim falando: "Ah, eu
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trabalho na CESAN e tal, queria fazer um
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trabalho assim com esses dados, né,
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buscar esses números, porque é como eu
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falo sempre, né, eh, no saneamento você
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tem desde da parte do projeto, da obra,
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né, a política pública de maneira geral
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você tem isso, né, o projeto, a obra e
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às vezes Às vezes a gente esquece do
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monitoramento disso, né, do
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acompanhamento se esses dados, será que
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isso tá fazendo efeito, não tá fazendo
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efeito, né? E é a hora que eles chegaram
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aí exatamente com esse desafio de buscar
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esses dados, dados esses que na saúde,
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né, como ele chega na conclusão lá, são
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poucos divulgados, né, e às vezes muito
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distorcidos, né? Então, eh, como eu falo
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sempre, as políticas públicas precisa do
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ter aquele aquele momento ali da
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fiscalização, do acompanhamento do que
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tá sendo feito, né? O que tá sendo feito
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paraa saúde, né? O que que tá gerando
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ali de de impacto e tal. Isso foi muito
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interessante. Então, assim, agradecer aí
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os dois, né? O o o Moaci, né? Ao mesmo
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tempo veio com a ideia da gente
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transformar isso numa planilha, né? Né,
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assim do do Power BI. a gente
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efetivamente não teve muito tempo para
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trabalhar nesse Power BI, para mostrar
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isso de forma mais dinâmica, mas a gente
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conseguiu um bom resultado aí, né,
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mostrando, comprovando, né, aquela
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hipótese inicial que todo mundo já fala
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aí, né, de que melhorando o saneamento,
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a gente consequentemente acaba, né, a
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atuando aí na saúde. Parabéns pelo
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trabalho de vocês. Foi, né, um desafio
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grande, mas muito prazeroso, né, ter
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pessoas autodidatas, porque eu eu
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colaborei, eu acho que até muito pouco,
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né, nesse trabalho e teve um resultado
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muito bacana. Aprendi muito com vocês.