Nilma Lino Gomes na #Clacso2018

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https://www.youtube.com/watch?v=Ru2T2p0SiwE

Summary

TLDRLa charla aborda la identidad racial y el racismo, centrándose en la experiencia de las personas negras en Brasil. Se destaca la necesidad de que las personas blancas reconozcan su privilegio y la importancia de ser antirracistas. La oradora comparte experiencias personales que ilustran cómo el racismo se manifiesta en la vida cotidiana y en espacios de poder. Se enfatiza que superar el racismo implica descolonizar las mentes y construir una democracia que sea verdaderamente igualitaria, reconociendo y dando visibilidad a los cuerpos negros en todos los ámbitos.

Takeaways

  • 🤔 La branquitud se considera universal y otorga privilegios.
  • 🗣️ Ser negro en un contexto racista es ser un cuerpo extraño.
  • 💪 La lucha contra el racismo debe ser antirracista.
  • 📚 Superar el racismo requiere descolonizar nuestras mentes.
  • 👩‍🎓 Las nuevas generaciones pueden cuestionar estructuras de poder.
  • 🏛️ El racismo se manifiesta en espacios de poder y decisiones.
  • ✊ La democracia debe ser igualitaria en raza y género.
  • 🔍 La experiencia personal revela la estructura del racismo.
  • 🌍 La lucha contra el racismo es una lucha por la dignidad.
  • 💬 La visibilidad de los cuerpos negros es crucial.

Timeline

  • 00:00:00 - 00:05:00

    La oradora reflexiona sobre la identidad racial de las personas blancas y su relación con el racismo, cuestionando si son conscientes de los privilegios que poseen. Se plantea la importancia de reconocer el racismo cotidiano y no solo el institucional, y cómo esto afecta a las personas negras en su vida diaria. La oradora comparte su experiencia personal como mujer negra en un país con una población mayoritariamente negra, enfatizando que ser negra en un contexto racista significa ser un 'cuerpo extraño' en espacios de poder y que la lucha debe ser por una redistribución del poder que incluya a todos los grupos marginados.

  • 00:05:00 - 00:10:16

    Se destaca la necesidad de descolonizar las mentes y las estructuras de poder, y cómo el racismo deshumaniza a las personas. La oradora comparte anécdotas sobre su experiencia como ministra negra, enfrentando situaciones de invisibilidad y discriminación en espacios de poder. Se hace un llamado a las izquierdas para que reconozcan el racismo como un problema estructural y no solo personal, y se enfatiza que la lucha por la democracia debe incluir la superación del racismo y la construcción de una sociedad más igualitaria y antirracista.

Mind Map

Video Q&A

  • ¿Qué significa ser negro en un contexto de racismo?

    Ser negro en un contexto de racismo significa ser un cuerpo extraño, enfrentando dudas sobre su lugar en la sociedad y en espacios de poder.

  • ¿Cuál es la importancia de ser antirracista?

    Ser antirracista implica construir una postura política que reconozca y combata el racismo en todas sus formas.

  • ¿Cómo se manifiesta el racismo en la vida cotidiana?

    El racismo se manifiesta en las relaciones interpersonales y en la forma en que las personas ven y tratan a los demás.

  • ¿Qué papel juegan las nuevas generaciones en la lucha contra el racismo?

    Las nuevas generaciones tienen la capacidad de cuestionar y cambiar las estructuras de poder racistas.

  • ¿Qué se necesita para superar el racismo?

    Superar el racismo requiere descolonizar nuestras mentes y adoptar una postura de resistencia contra todas las formas de dominación.

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    tenho muito gosto de estar cá e vou haar
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    português
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    despacito
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    ok a minha
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    pergunta nesse momento
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    é será que as pessoas brancas pensam que
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    também constróem uma identidade racial
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    [Música]
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    no racismo Nós pensamos sempre no outro
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    o negro o indígena o
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    diferente será que nós não indagamos uma
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    branquitude que se pensa Universal e uma
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    série de privilégios que as pessoas
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    brancas têm no mundo nas
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    Américas e que precisam rever o seu
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    racismo E que esse racismo não é só
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    aquele institucional das estruturas mas
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    é também o racismo cotidiano as relações
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    da forma como se relaciona e como vê o
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    outro eu anotei uma pergunta para mim
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    mesma e para vocês nessa tarde o que que
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    é ser negro negra e viver o
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    racismo eu poderia fazer aqui uma fala
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    teórica sobre o tema Mas eu não quero
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    falar sobre isso a teoria vocês buscam
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    nos livros Talvez o que eu queira falar
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    aqui é o que uma amiga me disse fala do
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    que você sente fala do que tá no seu
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    coração
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    e eu diria para vocês que o que é ser
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    uma negra e um negro e viver o racismo
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    no Brasil Sobretudo o país que eu vivo
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    mas também em outros lugares do mundo e
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    no Brasil com
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    54% da população negra eu diria que é
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    ser um corpo
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    estranho ser negro e ser negra no
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    contexto do racismo é ser um corpo
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    estranho é ser um corpo que as pessoas
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    sempre duvidam dele ou é um ser um corpo
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    que chega pela primeira vez em lugares
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    de poder primeira reitora negra de uma
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    universidade
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    federal primeira professora titular
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    primeiro livro da não sei o qu da
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    Educação Infantil a receber o prêmio tal
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    ser uma exceção como muitas vezes a
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    minha trajetória é só significa
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    confirmação de quão racistas são as
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    nossas sociedades e as nossas estruturas
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    não vale a pena ser a única a primeira
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    uma das três eu quero que muitos lá
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    estejam e que as relações de poder nós
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    possamos lutar contra elas e
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    democratizar porque quando chegamos ao
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    poder a minha pergunta queremos
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    redistribuir poder por gênero por raça
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    queremos fazer isso nós estamos vivendo
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    um mundo de neofascismo nas Américas em
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    outros lugares do Mundo no Brasil
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    sobretudo mas a minha pergunta é nesse
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    momento que nós estamos construindo
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    resistência e existência que as
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    esquerdas e o campo Progressista quer
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    rever caminhar e retomar a democracia
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    nós temos considerado que temos que não
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    só ser contra o racismo e os racistas
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    Mas temos que ser antirracistas como dis
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    antiracista significa construir uma
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    postura política
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    epistemológica que compreenda esse outro
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    o diferente e que entenda que quando nós
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    negros e negras falamos que sofremos o
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    racismo não duvidem de nós não duvidem
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    de
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    nós eu penso que esse espaço aqui as
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    discussões que nós teremos essa mesa as
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    relações de poder o campo da esquerda
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    nós precisamos rever até que ponto somos
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    antirracistas e até que ponto essa
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    democracia que nós lutamos por ela que
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    queremos reconstruí-la e queremos
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    derrubar o neofascismo essa democracia
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    vai ser igualitária do ponto de vista da
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    raça do ponto de vista do gênero homens
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    nos lugares de poder homens brancos nos
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    lugares de poder mesas com maioria
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    branca uma única mulher falando mesmo
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    quando nós
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    avançar e sermos emancipatório mesmo
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    assim tem uma estrutura de poder racista
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    que nos prende e eu penso que as novas
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    gerações sobretudo tem a capacidade de
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    rever isso porque quando o racismo olha
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    para nós e quando o racismo incide seja
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    sobre negros indígenas palestinos sobre
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    outros grupos o que que o racismo faz
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    ele nos
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    desumaniza ele nos retira do lugar da
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    humanidade ele nos inferioriza
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    Ele olha para nós e sempre acha que nós
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    somos incapazes ou de estarmos naquele
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    lugar ou não merecedores de estar
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    naquele lugar e isso tá aqui não só nas
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    estruturas mas está nas mentes então
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    superar o racismo é descolonizar as
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    nossas mentes nós precisamos sim
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    descolonizar as nossas mentes E que esse
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    fórum seja um fórum que nós saiamos
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    daqui com mentes mais descol
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    em relação às questões de poder eu me
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    lembro quando eu estudava com Boaventura
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    e que ele falou uma coisa que me deixou
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    muito pensativa ele falava o seguinte
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    não adianta lutar contra as
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    desigualdades
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    socioeconômicas lá fora e quando chega
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    nos Espaços privados ou nas relações
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    profissionais ou nos lugares de poder
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    você reproduzir a opressão de raça e a e
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    a repressão de gênero não
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    adianta Então o que eu diria para vocês
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    nessa manhã ou nessa tarde e nesse fórum
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    é que superar o racismo
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    significa uma postura que vai contra
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    toda e qualquer forma de dominação de
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    pessoas de grupos de subjetividades E
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    para isso tem que ser muito corajoso uma
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    pessoa que é acovarda não é aquela que
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    luta contra o rac
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    e eu espero que a nossa coragem de lutar
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    pela resistência democrática também seja
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    uma coragem de incluir nessa luta e
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    nessa resistência democrática a luta
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    contra o racismo a luta contra o sexismo
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    a luta contra a discriminação da
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    diversidade
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    sexual e eu queria fechar contando para
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    vocês uma história o que é ser uma
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    mulher negra ministra O que é ser uma
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    mulher negra numa numa sociedade com 4%
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    da população negra e que vive a maioria
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    em situação de desigualdade e que essa
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    desigualdade não é só Econômica ela é
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    racial também significa viver situações
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    como uma posse de uma colega ministra
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    feita em Brasília ao ar livre eu como
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    ministra vou a posse Honrar prestigiar
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    essa colega e os meus assessores falam
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    ministra a senhora não pode ir sozinha
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    eu falo tudo bem eu vou com motor não
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    tem que ir o chefe de gabinete o
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    assessor com a senhora eu chego nesse
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    espaço na hora de entrar todos os
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    colegas entram ministros e ministras e
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    quando eu chego a pessoa da portaria
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    barra minha entrada e o assessor vira e
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    fala está aqui a ministra nma da
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    Igualdade racial que precisa entrar e a
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    pessoa que estava na porta olha para mim
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    e pergunta onde está a
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    ministra isso signica Umo o que fica
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    invisibilizado e é isso que o racismo
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    faz conosco então se nós queremos
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    superar o racismo nós temos que dar
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    visibilidade aos corpos negros em
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    espaços de reconhecimento e de forma de
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    reconhecimento e de forma digna uma
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    segunda experiência Palácio do Planalto
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    uma cerimônia presidenta ministros
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    Chegamos eu e um outro colega Ministro
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    branco sem o botton de
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    identificação meu colega chega ele passa
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    ele entra no recinto quando eu chego
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    para entrar no recinto me barram e falam
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    Cadê o botam e o assessor vira e fala
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    essa aqui é a ministra Nilma e a
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    ministra Nilma precisa de entrar e esse
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    segurança que começa a ter uma certo
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    certo tumulto da hora e as pessoas
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    sempre vêm me desculpa não é isso não é
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    isso e o assessor fala ela é a única
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    mulher negra ministra no conjunto dos
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    outros Ministérios como você não não a
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    reconhece isso é você chegar nas
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    relações de poder em lugares de poder e
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    decisão sendo uma mulher negra e sendo
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    um corpo que ainda é considerado
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    estranho e um corpo que ainda é
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    considerado que não deveria estar nesse
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    lugar Isso é o que o racismo faz então
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    essa ideia de superiores e inferiores
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    ela se concretiza dessa forma e nessa
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    materialidade e eu digo isso porque o
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    campo das esquerdas precisa avançar No
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    que diz respeito à Superação do racismo
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    e deixar de considerar que isso é algo
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    da experiência pessoal da Nilma que fala
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    para vocês e entender que isso é algo
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    estrutural estruturante e que se nós
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    queremos avançar na nossa democracia ela
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    tem que ser uma democracia que faça uma
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    revisão e uma Superação do racismo ela
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    tem que ser uma democracia anti
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    e esse pensamento crítico que nós
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    construímos ele tem que ser decolonial
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    descolonizador e ele tem que ser também
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    antirracista obrigada
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