00:00:00
[Música]
00:00:14
dispensa né a diversidade humana quando
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a gente pensa o nosso lugar na sociedade
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que eu sou uma perspectiva multicultural
00:00:23
né e nessa perspectiva na sua formação o
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temporal é aí que está o lugar do
00:00:28
histórico etapa incomodar o por quê
00:00:32
exatamente que sair desse senso comum né
00:00:36
é essa a grande riqueza que eu diria que
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o conhecimento histórico ainda essa
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possibilidade de conhecer as diferenças
00:00:42
e as semelhanças e de perceber como é
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que a gente chegou até aqui eu considero
00:00:49
essa essa disciplina na sim acredito que
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oferece uma contribuição muito especial
00:00:55
e muito estratégica porque através dela
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por meio dela a gente pode orientar
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ajudar o aluno a entender esse mundo
00:01:04
entender por que que as coisas se a
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apresentam ou acontecem do jeito que são
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e que nós não estamos portanto
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condenados a um determinado destino e
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que se há problemas a desigualdades como
00:01:24
nós temos no brasil
00:01:26
elas foram é criadas por nossos
00:01:30
antepassados e podem ser compreendidas e
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mudadas transformada no momento atual de
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fortes ataques aos direitos da população
00:01:40
brasileira e do avanço do
00:01:42
conservadorismo o ensino de história
00:01:44
torna-se ainda mais fundamental para
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transformar a realidade a história ela
00:01:50
tem a possibilidade de nos levar a fazer
00:01:52
perguntas e ela com um papel de ciência
00:01:56
que ela tem toda oportunidade que você
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tem de uma determinada ciência se fazer
00:02:00
perguntas você tem a oportunidade de
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aprender muito mais
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então acesse esse que mexe com a gente é
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você se que nos deixa com muito mais
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dúvidas do que certezas e o legal é isso
00:02:11
é uma ciência que traz dúvida e isso a
00:02:14
história faz então é uma ciência que
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produz conhecimento eu acho que a gente
00:02:18
tem um momento crucial
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é que a história deve ser ensinado o 1
00:02:36
[Música]
00:02:38
na realidade o que não pode deixar de
00:02:42
ensinar é o que ele não pode deixar de
00:02:48
fazer que é propor criticamente a
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percepção do mundo em que o aluno vive
00:02:55
em todas as suas dimensões
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então toda essa história tem que ser um
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um questionador
00:03:02
é uma pessoa que traz à tona essa essa
00:03:06
percepção de que o mundo não é dado o
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mundo é construído há uma campanha norma
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hoje em dia para situar o professor na
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sala de aula como alguém que é um mero
00:03:16
burocrata alguém que vai executar
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algumas tarefas e que ele não vai pensar
00:03:21
porque as decisões serão tomadas em
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outros círculos
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eu acho que cada vez mais os professores
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e professoras são convocados a olhar
00:03:31
para as suas classes já nos pensar que
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temos interessam que culturas juvenis eu
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tenho aqui né é como é que eu desenvolvi
00:03:38
uma docência mas de caráter autoral
00:03:40
o desafio de daniel é muito delicado de
00:03:44
enfrentar porque a gente não pode fazer
00:03:47
o conflito é então acho que o maior
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desafio da gente com o professor de
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história hoje é exatamente encarar os
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conflitos encarar as ameaças todas que
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vivemos politicamente e posicionarmos
00:03:59
historicamente com relação a elas
00:04:16
[Música]
00:04:25
[Música]
00:04:47
[Música]
00:04:58
o discurso de um professor de história a
00:05:02
ao problema de usar por exemplo porque
00:05:06
temos tanta pobreza no brasil é é eu já
00:05:12
encontrei alunos que dizem porque porque
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temos por que é assim é que é e não tem
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que não tem porque não tem que perguntar
00:05:19
por que então é a gente precisa fazer um
00:05:23
processo de de desestabilização o que
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não é confortável pra muita gente e
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muitas vezes encontra a a posição
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contrária das próprias famílias como tem
00:05:36
acontecido recentemente um cara é demais
00:05:38
lembrar às pessoas
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o brasil sempre está entre as seis e as
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oito maiores economias do mundo ou seja
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isso aqui é um lugar que tem dinheiro
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o brasil sempre está infelizmente entre
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os cinco mais desiguais do mundo
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então o nosso problema não é falta de
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dinheiro nosso problema é um problema de
00:05:58
uma repartição justa dessa riqueza né
00:06:02
[Música]
00:06:07
desenvolvido desenvolvido desenvolvido
00:06:11
do bonde do zumbi i love songs envolve
00:06:18
ipê florido
00:06:21
[Música]
00:06:24
o aee abril de 1962
00:06:29
estas imagens foram filmadas durante um
00:06:31
único volante
00:06:32
uma caravana da união nacional dos
00:06:34
estudantes que percorrer o país para
00:06:36
promover a discussão da reforma
00:06:37
universitária com os estudantes viajavam
00:06:41
membros do cpc centro popular de cultura
00:06:43
da une que pretende estimular a formação
00:06:46
de outros centros de cultura nos estados
00:06:50
a imagem da miséria contrastada com a
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presença do imperialismo
00:06:54
essa era uma tendência típica na cultura
00:06:56
naquele tempo eu diria assim o ensino de
00:06:58
história com a democratização e depois
00:07:01
do marco da constituição de 88 com o
00:07:05
pluralismo democrático que se instaurou
00:07:07
nos últimos anos no brasil a democracia
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é um bem raro na história brasileira
00:07:12
a gente viveu vive ainda mais agora um
00:07:14
pouco menos um período de pluralismo
00:07:16
democrático isso contaminou
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positivamente o ensino de história
00:07:20
quando eu estudei no tempo da ditadura
00:07:22
militar se contava uma história no
00:07:24
singular
00:07:25
é uma história de homens brancos de
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alguns lugares do brasil hoje em dia dá
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aula de ensino de história eu percebo
00:07:32
que a gente tem uma pluralidade de
00:07:34
histórias
00:07:35
a história ela cresceu muito na pesquisa
00:07:38
é nós podemos hoje em dia contar aos
00:07:41
alunos
00:07:42
histórias de pessoas comuns de pessoas
00:07:44
simples que enfrentarão às vezes em
00:07:48
acidentes remoções que votaram de
00:07:51
maneira anônima em algum lugar que
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levaram vidas e mulheres que levaram
00:07:55
vidas assim é tentado resistir uma
00:07:57
sociedade mais machista essas pessoas
00:08:00
hoje em dia habitam os livros didáticos
00:08:02
inclusive elas não habitam somente a
00:08:04
pesquisa
00:08:06
na minha época para encontrar um
00:08:08
um indígena que tivesse nome uma mulher
00:08:10
negra que tivesse nome era extremamente
00:08:12
rádio
00:08:13
então essa história eu não tenho nenhuma
00:08:15
dúvida ela estabelece um ligeiro pânico
00:08:19
em alguns grupos sociais no brasil
00:08:21
[Música]
00:08:40
tem a classes grupos pessoas no brasil
00:08:44
que é perceptível que acho um tanto
00:08:47
insuportável entende a que negros e
00:08:50
negras indígenas de todos os tipos
00:08:53
homens e mulheres de todas as classes
00:08:55
sociais é gays lésbicas travestis
00:08:59
transsexuais migrantes que para cá
00:09:01
vieram em que não são esses digamos mais
00:09:03
conhecidos por pessoas de profissões que
00:09:06
não são digamos assim nobres que todas
00:09:08
essas pessoas tenham histórias suas
00:09:10
histórias contadas né
00:09:12
então assim pra arredondar essa questão
00:09:15
eu acho que assim a história foi indo
00:09:18
assim de modo muito digamos assim
00:09:20
tranqüilo na escola enquanto ela não
00:09:24
ameaçou
00:09:26
esse status vivente assim é a história
00:09:29
que eu tive assim é
00:09:31
eu quase não estudei ninguém que não
00:09:33
tivesse pertencido não sou de porto
00:09:35
alegre rio grande do sul que não tivesse
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pertencido a uma certa tradição dos
00:09:39
nomes de ruas das grandes famílias dos
00:09:41
grandes feitos entende a podia
00:09:44
reconhecer a todos pelos nomes das
00:09:46
avenidas e das famílias
00:09:48
agora aqui nessa volta pra casa com
00:09:50
narrativas de pessoas grupos sociais
00:09:53
reivindicações que não são exatamente
00:09:55
essas dessa tradição então agora
00:09:58
história tornou-se incômoda no currículo
00:10:00
eu não posso deixar de mencionar aqui né
00:10:02
que uma mudança no ensino de história no
00:10:05
brasil que hoje aparece eu falei pouco
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não foi a promulgação da lei 2006 10.639
00:10:15
em 2003 o governo do presidente lula que
00:10:20
tornou obrigatório o ensino da história
00:10:21
da áfrica e dos afrodescendentes no
00:10:23
brasil e essa lei foi é modificada em
00:10:27
2008 pela lei 11.645 que incluiu o
00:10:32
incêndio da história indígena e que
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foram duas leis que tiveram tem uma
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importância muito grande em relação ao
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que se ensina de história do brasil eu
00:10:43
existo
00:10:44
i ching exigir exigir quero ver meu pai
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era antigamente era um quilombos hoje
00:11:09
somos periferia não só o pior é que a
00:11:16
gente está se identificando como negro
00:11:19
agora a está resgatando a última tirada
00:11:21
de nossa ligado porque a nossa
00:11:23
identidade negra que a nossa estética
00:11:25
negra que a nossa música negra é isso a
00:11:28
gente vai resgatar tudo que é nosso
00:11:29
porque sempre fui eu tenho participado
00:11:31
de debate que as pessoas dizem a
00:11:32
história introduzir o racismo na sala de
00:11:35
aula porque ela começou a falar de
00:11:37
negros e negras jogo negros contra
00:11:39
brancos né
00:11:40
é assim na verdade parece então que
00:11:42
anteriormente quando não se falava nada
00:11:44
disso
00:11:45
o racismo não existe uma idéia um pouco
00:11:47
mais rica quando não infantil de que se
00:11:50
eu não falar nada a respeito das
00:11:52
mulheres que sofrem violência doméstica
00:11:54
na sala de aula para que elas não
00:11:56
existirão parece que nas famílias
00:11:58
daqueles alunos isso não acontecerá
00:12:01
[Música]
00:12:21
a violência por todo mundo a todo minuto
00:12:24
por todas nós
00:12:26
por essa voz que só quer paz por todo
00:12:29
luto
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nunca é demais desrespeitado ignorada
00:12:33
sediada explorado mutilada de tratar da
00:12:35
reprimida isso nada mais a luz que não
00:12:38
se apaga
00:12:39
digo que sinto ninguém me cala
00:12:42
no estudo da história se tem uma coisa
00:12:44
com o qual a gente deve se preocupar é o
00:12:48
silêncio na história
00:12:49
então se o meu livro não fala do papel
00:12:52
protagonista da mulher na história
00:12:54
se o meu livro não fala do papel do
00:12:56
negro na história e do da contribuição
00:12:59
do índio na história eu devo me
00:13:01
preocupar exatamente com esse silêncio
00:13:03
que traz o livro de história então são
00:13:06
esses silêncios que devem nos provocar
00:13:08
mais dúvidas mais perguntas para que a
00:13:11
gente consiga chegar no ensino de
00:13:13
história que vai ser perfeito mas vai
00:13:15
ser um ensino de história crítico vai
00:13:17
ser um ensino de história com o
00:13:19
pensamento na diversidade
00:13:21
vai ser um ensino que vai conseguir
00:13:23
promover nas pessoas o interesse pelo
00:13:25
conhecimento e pelo saber
00:13:28
[Música]
00:13:45
[Música]
00:13:56
[Música]
00:14:10
a proposta de escola sem partido
00:14:13
defendida por setores conservadores da
00:14:15
sociedade ea reforma do ensino médio
00:14:18
colocam em risco ensino de história e
00:14:21
ameaça o trabalho dos professores em
00:14:23
sala de aula
00:14:25
essa reação conservadora geral a ela
00:14:28
veio muito forte com esse movimento aí e
00:14:31
que eu digo que é preocupante porque é
00:14:36
não só denuncia o professor coloca o
00:14:40
professor substituto feita desperta uma
00:14:43
segurança junto às famílias
00:14:45
esse movimento é inconstitucional né a
00:14:47
pessoa já lutando pra não não permite já
00:14:53
houve parecendo no supremo dizendo que
00:14:55
isso é inconstitucional porque pessoas
00:14:57
têm liberdade de cátedra
00:14:59
agora é preciso ter diálogo e tentar
00:15:05
impedir essas práticas violentas e
00:15:13
impedir a de 10 livremente que quer
00:15:20
necessário que o professor desenvolve
00:15:22
essa discussão tem que ser muito aberto
00:15:24
até mesmo porque o que as pessoas
00:15:26
consigam entender o conteúdo é esse
00:15:29
projeto escola sem partido
00:15:31
neco que trazem se toda a ideologia do
00:15:34
que significa que sem partido significa
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ao contrário uma escola conservador é
00:15:39
uma escola ligada determinados vertentes
00:15:42
tradicionais de ensino que se coloca
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partidária para evitar exatamente os
00:15:47
espaços de debate sobre o que significam
00:15:50
esses centros de poder nessa que
00:15:52
significa essa condição posta na
00:15:55
sociedade
00:15:56
[Música]
00:16:16
nós temos uma ideia que a história ainda
00:16:18
uma disciplina pra se decorar muito
00:16:21
antes pelo contrário a história ela tem
00:16:22
essa função de compreensão do presente
00:16:24
hoje tive um momento muito difícil né
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a escola sem partido é o movimento que
00:16:29
de alguma forma tá perseguindo um pouco
00:16:32
o professor está limitando a liberdade
00:16:34
em sala de aula está de alguma forma
00:16:36
fazem o professor parecer 11 o treinador
00:16:41
e não é essa a nossa emoção a gente não
00:16:43
não haja assim muito pelo contrário
00:16:44
ainda de alguma forma das ferramentas
00:16:47
próprios alunos viver em interpretar em
00:16:49
seu mundo e perder a riqueza de se saber
00:16:52
em sala de aula é produzir um estudante
00:16:55
menos crítico estudante que um pouco
00:16:58
ingênua que ele não terá a capacidade de
00:17:00
compreender a sua condição atual tanto
00:17:03
social quanto política e se pra mim é um
00:17:06
dos grandes problemas dessas dessas
00:17:08
novas reformas
00:17:19
[Música]
00:17:23
[Aplausos]
00:17:31
muita gente a gente vê é ameaçado
00:17:50
inclusive a possibilidade dos estudantes
00:17:53
terem história no ensino médio é uma das
00:17:55
questões que está em xeque
00:17:58
hoje com essa proposta de reforma do
00:18:00
ensino médio ficou pensando como é que a
00:18:03
gente vai operar com o outro
00:18:07
as grandes possibilidades que o ensino
00:18:10
de história traz para a formação do
00:18:12
sujeito é tirá-los dessa ilusão
00:18:17
presentes esta que o mundo hoje vive de
00:18:20
que a square enix naturalismo uma série
00:18:21
de experiências que as coisas sempre
00:18:22
foram assim o jogo não pode imaginar o
00:18:25
ensino médio
00:18:26
nessa essa prius em dar prioridade a
00:18:29
essa formação humana porque essa
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formação humana que vai dar esse
00:18:33
sustentáculo do futuro desses é de
00:18:36
cidadãos né o futuro da sociedade como
00:18:40
um todo temos que bater nessa tecla a
00:18:42
formação humana é fundamental é
00:18:44
necessária a qualquer indivíduo
00:18:47
[Música]
00:19:13
acho que a história é ela nos ajuda a
00:19:17
pensar por nós mesmos é elas saibam
00:19:20
entender do mundo é e ela mostra que o
00:19:23
as relações humanas elas são como um
00:19:25
ciclo elas repetem nós temos diversas
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crises ao longo da história diversas
00:19:29
revoluções diversos regimes ditatoriais
00:19:32
e ela nos ajuda a entender como esses
00:19:34
movimentos ocorrem inclusive eles focam
00:19:36
muito nas histórias eurocêntricas da
00:19:39
europa e não contam direito o que
00:19:42
aconteceu no brasil o brasil começou na
00:19:44
colonização começou que já viu pessoas o
00:19:46
que aconteceu aqui antes disso pode ser
00:19:48
porque também não tiver informações pode
00:19:50
mas eu também acho que não é só por isso
00:19:54
e também a partir do momento que ser
00:19:56
humano com essa isso a sua própria
00:19:57
história ele tem capacidade de
00:19:59
modificá-lo
00:20:00
a mulher teve um papel muito importante
00:20:02
na história e também tem um caminho
00:20:06
muito grandes em seguida ainda tem muita
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desigualdade então a história ajuda a
00:20:12
ver um pouco o papel da mulher
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o quanto ela ajudou mas também nos
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desagrada ver que ela não tem tanta
00:20:20
importância ainda a história das
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mulheres é o papel da mulher na
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sociedade ainda é muito muito é
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desconsiderado
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nós sabemos que o patriarcado nos oprime
00:20:39
capitalismo nos explora e um modelo
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energético hídrico que sustenta essas
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barragens 'desmantelo' a nossa vida mas
00:20:46
nós resistimos existimos porque é isso
00:20:50
que fazemos desde quando vemos ao mundo
00:20:53
existimos porque dentro de nós existem
00:20:55
vocês nós somos as plêiades meias e alas
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e gestão fátimas de ana rosa sellanes
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marcas somos simonis matriz adriano niz
00:21:15
marinas e margaridas e é por sermos
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coletivo que na luta triunfaremos somos
00:21:24
fortes
00:21:26
não somente pela força mas pela
00:21:28
esperança direito de amar cuidar e
00:21:33
acreditar eu acho que a questão mais
00:21:35
preocupante para certos grupos sociais
00:21:37
hoje em dia especialmente a grande mídia
00:21:39
que tem movido uma espécie de batalha
00:21:42
sem quartel contra história mas também
00:21:44
as outras unidades a sociologia
00:21:46
filosofia que tem presença assegurada no
00:21:48
currículo
00:21:49
parece que a grande questão é que o
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indivíduo aprenda na aula de história
00:21:55
que ele próprio tem história e que
00:21:58
pessoas iguais a eles me fizeram
00:21:59
história
00:22:01
é uma tradição certamente autoritária da
00:22:03
sociedade brasileira de pessoas que
00:22:06
gostariam de ensinar para as crianças
00:22:08
que apenas alguns fazem história que
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esse brasil construído apenas por alguns
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outros sofrem a história ou se acomoda
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ela né
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agora cada vez mais não é isso assim
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então essa questão de se reconhecer na
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história me parece uma grande ameaça o
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que ao contrário de merecer uma grande
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alegria
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acho que a gente é tem que que assumir
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essa profissão como uma profissão de de
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enfrentamento
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a mensagem que eu beijo é de que a gente
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não deve desistir de que apesar desses
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tempos estranhos nos quais a gente vive
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é preciso que a gente alimente as
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esperanças alimente a possibilidade de
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construir efetivamente uma sociedade
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democrática
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aqui bem aqui no meio aqui aqui dentro
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eu tenho um abacaxi explosivo um abacaxi
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explosivo com um abacaxi exclusivo ou
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uma granada terra
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a idéia é isso que você tem que fazer
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por aqui dentro eu tenho orado as
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esposas formigueiro é o mais profundo
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traçar uma linha reta na terra e guardar
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energia buraco da vida é o único e dói
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ao apertar mas dá prazer em ser apertado
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e é impossível de parar a vida
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eu acho que a noção de resistência nós
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em geral contávamos uma história
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daqueles que tinham feito construído né
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esse saído de uma certa modo vencedores
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em todos os períodos históricos na e com
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isso a gente apagar os rastros daquelas
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pessoas que por um motivo ou por outro
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né é tenham tido suas idéias colocadas
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de canto
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hoje nós temos enorme pesquisa histórica
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para poder mostrar que aqueles que
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tinham uma certa ideia lutaram por uma
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certa coisa e não conseguiram implantar
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aquilo do modo como gostariam mas a
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gente também tem história não é só
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porque outros venceram em tem um time de
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futebol vez que o outro deixa de existir
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é que o time segue existindo e poderá
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inclusive vencer mais adiante né
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então essa abertura para várias
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narrativas inclusive volta a dizer sim
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queria sublinhar isso essa é a história
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de uma sociedade democrática a história
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numa sociedade autocrático de tutorial
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ela vai ser sempre a história de uma
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meia dúzia que é um dos que estão lá em
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cima né
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então assim é eu não tenho nenhuma
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dúvida que nós temos que defender esse
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patrimônio que é de uma história que
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cada vez mais incluir narrativas de
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todos é a aula de história apesar de ela
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ser uma experiência de tomar consciência
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santos sobre o seu tempo como seu
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presente né
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o seu passado e seu presente é uma
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oportunidade também de as pessoas
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poderem se perguntar se existe uma luz
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no fim do túnel e eu acho que a resposta
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pelo menos pra mim é muito forte aqui
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existe sim a gente tem consciência de
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uma realidade
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esse é o primeiro passo para a gente
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transformá-la
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fillon
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me faz me rir brincar pode cantar junto
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andará meu quilombo e paz meu a vossa
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está lo
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vamos juntos