Caminhos da Reportagem | Ecos da Escravidão

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https://www.youtube.com/watch?v=xR549adx5Go

摘要

TLDRO vídeo explora a história da escravidão no Brasil, desde a chegada dos africanos até a abolição em 1888. Destaca as condições desumanas enfrentadas pelos escravos, a resistência através de fugas e quilombos, e as lutas por liberdade. A narrativa também aborda as consequências da abolição, como a pobreza e a desigualdade social que persistem até hoje. Além disso, discute as políticas de reparação e a importância da educação na luta por igualdade racial, enfatizando a necessidade de reconhecer e reparar os danos históricos causados pela escravidão.

心得

  • 📜 A escravidão no Brasil trouxe milhões de africanos, resultando em um legado de dor e resistência.
  • ⛓️ As condições a que os escravos eram submetidos eram desumanas, com viagens longas e precárias.
  • 🏴‍☠️ Quilombos foram comunidades de resistência formadas por escravos fugitivos em busca de liberdade.
  • ✊ A abolição da escravidão ocorreu em 1888, mas as consequências sociais ainda persistem.
  • 📚 A educação é uma ferramenta crucial na luta por igualdade e reparação histórica.
  • ⚖️ Políticas de reparação, como cotas, visam corrigir desigualdades históricas.
  • 🗣️ A luta abolicionista contou com figuras importantes como Joaquim Nabuco e José do Patrocínio.
  • 🎨 A cultura afro-brasileira é uma forma de resistência e expressão da identidade negra.
  • 🌍 O racismo e a desigualdade social continuam a ser desafios enfrentados pela população negra no Brasil.
  • 💔 A abolição não garantiu direitos ou condições dignas para os negros libertos.

时间轴

  • 00:00:00 - 00:05:00

    O vídeo aborda a história da escravidão no Brasil, destacando o sofrimento dos escravos que foram arrancados de suas famílias e submetidos a condições desumanas durante a travessia no navio negreiro. A narrativa enfatiza a brutalidade do tráfico de escravos, que trouxe quase 5 milhões de africanos ao Brasil, representando 46% do comércio de escravos nas Américas.

  • 00:05:00 - 00:10:00

    A história de um africano que chegou ao Brasil e enfrentou a dura realidade da escravidão é contada. Ele foi vendido como escravo e trabalhou em condições extremamente difíceis, incluindo tentativas de suicídio. O vídeo menciona o Cais do Valongo, onde muitos escravos desembarcaram, e a descoberta de um cemitério de escravos na área, revelando a tragédia da vida e morte dos recém-chegados.

  • 00:10:00 - 00:15:00

    O ciclo do ouro no Brasil trouxe uma demanda crescente por mão de obra escrava, especialmente na região das Minas Gerais. A narrativa destaca a exploração dos escravos nas minas e a riqueza que eles geraram para a coroa portuguesa, além de mencionar a lenda de Chico Rei, um escravo que teria se tornado rico e libertado sua tribo.

  • 00:15:00 - 00:20:00

    As irmandades negras surgiram como um espaço de apoio e proteção para os negros, onde podiam se reunir e celebrar sua cultura. O vídeo menciona a construção de igrejas por escravos alforriados e a importância dessas instituições na vida da comunidade negra, apesar das dificuldades enfrentadas.

  • 00:20:00 - 00:25:00

    A narrativa aborda a resistência dos escravos, incluindo fugas e a formação de quilombos, onde buscavam liberdade. A Revolta dos Malês na Bahia é destacada como um exemplo de rebelião urbana, mostrando a luta dos escravos por liberdade e a repressão violenta que enfrentaram.

  • 00:25:00 - 00:30:00

    Após a abolição, muitos negros libertos enfrentaram dificuldades, como a falta de moradia e emprego. O vídeo discute a indenização dos senhores de escravos e a falta de políticas efetivas para garantir direitos aos libertos, resultando em uma precariedade social persistente.

  • 00:30:00 - 00:35:00

    O movimento abolicionista ganhou força no Brasil, com figuras como Joaquim Nabuco e José do Patrocínio lutando pela liberdade dos escravos. O vídeo menciona a pressão internacional para abolir a escravidão e as leis que foram implementadas, embora muitas vezes de forma ineficaz.

  • 00:35:00 - 00:40:00

    A abolição da escravidão no Brasil ocorreu em 1888, mas a liberdade não trouxe melhorias significativas para a população negra, que continuou a enfrentar desigualdade e discriminação. O vídeo destaca a falta de políticas públicas para integrar os libertos na sociedade.

  • 00:40:00 - 00:45:00

    O debate sobre reparações para os descendentes de escravos é abordado, com a discussão sobre políticas afirmativas e cotas como formas de tentar corrigir as injustiças históricas. O vídeo enfatiza a necessidade de reconhecer a dívida histórica com a população negra.

  • 00:45:00 - 00:54:30

    O vídeo conclui com a importância da educação e da memória da escravidão na construção de uma sociedade mais justa. A resistência cultural e a luta por direitos continuam a ser temas centrais na vida dos descendentes de escravos no Brasil.

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视频问答

  • Qual foi a principal forma de resistência dos escravos?

    Os escravos resistiram principalmente por meio de fugas e formação de quilombos.

  • Quando a escravidão foi abolida no Brasil?

    A escravidão foi abolida no Brasil em 13 de maio de 1888 com a assinatura da Lei Áurea.

  • Quantos africanos foram trazidos para o Brasil durante o tráfico negreiro?

    Quase 5 milhões de africanos foram trazidos para o Brasil durante o tráfico negreiro.

  • O que são quilombos?

    Quilombos eram comunidades formadas por escravos fugitivos que buscavam liberdade.

  • Quais foram as consequências da abolição para os negros no Brasil?

    Após a abolição, muitos negros enfrentaram pobreza, falta de terra e direitos, resultando em desigualdade social.

  • O que são políticas de reparação?

    Políticas de reparação são medidas para compensar os danos causados pela escravidão, como cotas para educação.

  • Quem foram alguns dos principais abolicionistas no Brasil?

    Alguns dos principais abolicionistas foram Joaquim Nabuco, José do Patrocínio e Luiz Gama.

  • Como a escravidão impactou a sociedade brasileira atual?

    A escravidão deixou um legado de desigualdade racial e social que ainda persiste na sociedade brasileira.

  • Qual é a importância da educação na luta por igualdade racial?

    A educação é fundamental para empoderar a população negra e promover igualdade de oportunidades.

  • Como a cultura afro-brasileira se manifesta hoje?

    A cultura afro-brasileira se manifesta na arte, música, dança e na resistência cultural dos descendentes.

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    é um carrinho que os escravos
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    percorreram do cativeiro a liberdade
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    quem foram os negros escravos livros que
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    lutaram pelo escravidão e como é
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    possível reparar a desvantagem social do
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    negro no brasil é o que você vai ver
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    agora no caminho da reportagem
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    a escravidão marcou na forma de maliki
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    na história do brasil
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    o processo histórico é muito complexo a
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    escravidão não escapa isso eu vejo uma
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    história de um crime contra a humanidade
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    imagine ser arrancado de sua família
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    acorrentado trancafiado privado de luz
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    água e comida
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    imagine ser negociado jogado no porão
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    quente úmido e superlotado por semanas
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    sem ter a mínima noção do seu destino e
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    chegou à conclusão de que a pior
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    invenção da humanidade foi foi navio
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    negreiro uma viagem durava há cerca de
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    dois meses com alimentação extremamente
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    precária várias doenças
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    você não conseguia se levantar você
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    passava dois meses sentado vários mortos
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    na violência sexual violência física
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    ao mesmo tempo que se sabe que isso
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    houve sabe se também que houve
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    preocupação por parte dos traficantes
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    dos comerciantes em perder - a carga
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    durante todo o período do tráfico
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    negreiro brasil recebeu quase 5 milhões
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    de africanos o que representa 46 por
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    cento de todo o comércio de escravos das
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    américas
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    estamos a quase um terço da população
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    africana a força do tráfico no oceano
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    atlântico
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    nem precisava entrar no continente
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    africano para capturar os escravizadas
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    as constantes guerras entre as diversas
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    tribos fazia um número alto de
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    prisioneiros que eram logo levados para
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    a costa
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    começa aqui já existia um tipo de
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    escravidão na áfrica entre tribos que
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    lutavam que aprisionava mas isso era uma
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    coisa que era feita lá e tinha seus
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    mecanismos de contenção a na costa da
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    áfrica na ilha de cabo verde funcionavam
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    dos postos de receptação desses
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    prisioneiros que vinham do interior do
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    continente velha europa
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    [Música]
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    o brasil começou em pernambuco e essa
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    província de pernambuco tem vergonha de
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    ser um dos pouquíssimos lugares do mundo
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    que recebeu gente da áfrica
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    permanentemente sem interrupção desde o
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    século 16
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    6 até o século 19 a escravidão africana
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    no brasil começou aqui a turística ilha
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    de itamaracá em pernambuco servia de
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    porto clandestino para desembarque de
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    cativos foi ali por volta de 1845 um
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    africano muito especial desembarcou na
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    roma a 4 bilhão único o único dos 12
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    milhões e meio do fpm que deixam um
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    livro de memórias o único
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    comprovadamente é ele ele embarcou na
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    qual sabia ler escrever e contar que
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    deixou um livro publicado em 1854 no
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    haiti contando tudo que sofreu desde a
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    captura em benin até a liberdade
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    [Música]
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    chega aqui no norte de pernambuco e é
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    vendido para um padeiro provavelmente em
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    olinda ele trabalhava inicialmente como
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    o carregador de pedras era um trabalho
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    muito duro ele coloca que em certa
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    ocasião ele tenta suicídio mais uma vez
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    inclusive e antes que ele conseguisse se
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    matar como colocar assim o seu senhor
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    vende para um comerciante da praça do
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    rio de janeiro o rio de janeiro foi a
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    cidade que mais recebeu navios negreiros
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    no mundo 2 milhões de escravos africanos
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    podem ter desembarcado nessas pedras que
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    hoje fazem parte das ruínas do antigo
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    cais do valongo na área portuária
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    o animal tinha os casos de engorda se
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    você chegava muito magrinho doente
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    se você não era jogado na vala para
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    morrer de fome e acaba de morrer de
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    doença do que fosse já tivesse trazido
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    nave de engorda né
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    é como um animal teria matado fim do ano
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    não existiu respeito de ser humano para
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    ser humano né
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    nas proximidades do cais do valongo
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    encontrou um sítio arqueológico quando
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    comprou a casa em 1996 foi uma surpresa
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    muito grande
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    as primeiras escavações apareceu ossadas
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    humanas é inclusive ossada de criança
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    aquilo me deixou muito apreensiva porque
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    a princípio imaginava que alguém matou a
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    família daquela cada mas havia lhe bem
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    mais que a ossada de uma família e um
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    morador sabia que existe um cemitério de
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    escravos aqui né e ver a prefeitura veio
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    pesquisadores e aí eles chegaram à
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    conclusão que aqui era o cemitério dos
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    pretos novos
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    os recém chegados de áfrica o cemitério
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    dos pretos novos recebeu esse nome
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    porque nessa área foram enterrados
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    milhares de escravos que não resistiram
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    à longa jornada da áfrica até o brasil
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    eles saíram forçado de sua terra para
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    trabalhar mas nem chegaram a ser
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    vendidos por que encerraram sua viagem
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    jogado numa vala comum
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    as valas ficarão abertas entre 1779 e
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    1830 e é provável que embaixo da casa de
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    dona mês e tem sido jogadas bem mais que
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    50 mil corpos
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    isso aqui é o holocausto carioca no
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    local xto negro carioca
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    [Música]
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    quem morria era exposto no mercado e
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    logo vendido para algum senhor no século
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    18 com a descoberta do ouro nas regiões
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    das minas gerais houve uma verdadeira
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    corrida por mão de obra escrava
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    especializada e onde eles vão buscar
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    essa mão de obra especializada eles vão
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    para a áfrica para a região da costa da
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    mina são escravos que já tem uma
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    tradição de saber minerar é que
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    geralmente são utilizados nas áreas de
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    mineração e se escravo evidentemente
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    especializado custa muito mais ouro
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    preto a capital das minas gerais na
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    época chamava-se vila rica chegou a ter
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    no auge da mineração uma população de 50
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    mil pessoas a maioria negra foi com a
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    mão de obra escrava que vila rica
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    prosperou eles escavaram minas extraíram
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    riquezas naturais enriqueceram ainda
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    mais a coroa portuguesa sua mina de
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    chico rei produziu 25 mil quilos de ouro
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    recorrer do congo belga do norte da
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    capital foi comprado na mão de joão de
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    deus pelos portugueses exatamente o que
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    ele já tinha o normal de exploração de
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    ouro e diamante
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    ele jurou preço de três deles se você
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    permanecer centena mesma obediência que
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    tinha o meu pai lá no congo chegando
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    nesse país desconhecido e vou lutar pela
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    nossa liberdade
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    toninho é hoje o dono da antiga mina de
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    chico rei não encontrar pepitas mas
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    explora o turismo graças a essa história
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    que mistura a lenda com realidade do
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    escravo que enriqueceu libertou sua
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    tribo e foi coroado em plena vila rica
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    o próprio dono da mina para concorrer
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    você não merece escravo eu vou te
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    alforriar apoiou francisco e daí para
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    frente o francês foi pagando uma jogos e
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    pois ocorriam na tribo dele por
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    hierarquia até por uma comunidade negra
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    totalmente independente no brasil
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    e aí entra a parte fictícia né que é a
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    lenda sem comprovação documental que
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    descobre uma quantidade muito grande de
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    ouro dentro dessa mina mas ele não conta
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    ele vai tirando um pouquinho vai pagando
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    assim quando consegue pagar a seu favor
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    ele propõe a compra da mina para o seu
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    senhor
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    apaixonado ele compra a mina ele vai
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    também comprando a liberdade de seus
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    escravos com o ouro que ele traz lá era
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    interessante para o governo ter um
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    representante negro aqui em ouro preto
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    ou em minas gerais porque a maioria
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    negra
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    se eles se revoltassem ele essa é uma
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    tragédia
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    os brancos então o chico rei libertar os
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    escravos com essa garantia não têem
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    baderna se revolta e também proteger os
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    negros documentalmente falando nada se
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    conhece que comprove a existência desse
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    chico rei ou de qualquer outro escravo
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    nesse perfil que tenha detido essa
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    história polêmico chico rei com toda a
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    riqueza extraída da mina que ele teria
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    construído a igreja de santa efigênia e
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    dançado com gado em frente a ela no dia
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    6 de janeiro justamente o dia de rede
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    mas se ele não existiu quem teria aqui
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    do tempo certamente uma irmandade
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    inteira de homens negros alforriados o
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    que já nasceram livres muito grande
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    então o que você teve que você não teve
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    explosão de terrenos que você teve na
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    bahia teve a constituição de irmandades
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    negras aqui hoje por exemplo está na
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    igreja de santa efigênia rosária da cruz
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    que é uma igreja que a irmandade foi
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    essencialmente negra
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    a igreja de santa efigênia não era a
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    única dos negros de vila rica mais
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    imponente ainda era a igreja de nossa
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    senhora do rosário dos homens pretos
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    dentro dela estão os quatro santos
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    negros do catolicismo são elesbão santo
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    antónio de cartagena zona são benedito
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    ea própria santa efigênia tem um santo
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    negro a igreja quer dizer que eles não
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    estavam tanto perdida assim eles tinham
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    um ponto de apoio
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    ele não era uma raça amaldiçoado como
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    muito dizia durante a construção os
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    escravos conseguiram auxílio financeiro
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    os seus próprios senhores nos livros da
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    irmandade nós encontramos muito todas as
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    pessoas eminentes da capitania inclusive
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    os governadores do andu dinheiro para a
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    festa do rosário alguns como protetores
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    foi esse senhor precisava da irmandade
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    que na hora que o negro ficava pobre
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    doente quando ele não dava mais conta de
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    trabalhar que encampar a ele no serviço
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    da irmandade há lá visitar o doente
  • 00:12:19
    quando ele morria era irmandade que
  • 00:12:21
    encerrava se na antiga vila rica ouro
  • 00:12:24
    ocorreu o fato para a construção e
  • 00:12:26
    ornamentação da igreja de nossa senhora
  • 00:12:28
    do rosário o mesmo não se pode dizer de
  • 00:12:31
    outra cidade mineira de sabará
  • 00:12:34
    durante 120 anos escravos alforriados da
  • 00:12:38
    irmandade nossa senhora do rosário dos
  • 00:12:40
    pretos da barra de sabará trabalharam na
  • 00:12:43
    construção desta que seria a maior
  • 00:12:45
    igreja da cidade
  • 00:12:47
    como se pode ver a obra nunca foi
  • 00:12:49
    concluída
  • 00:12:50
    seja pelo fim do ciclo do ouro seja pela
  • 00:12:52
    falta de dinheiro seja até mesmo pela
  • 00:12:54
    falta de mão de obra o fato é que a
  • 00:12:57
    construção foi definitivamente
  • 00:12:59
    interrompida em 1888 com a chegada por
  • 00:13:02
    aqui da notícia da abolição da
  • 00:13:04
    escravatura construir uma igreja era
  • 00:13:07
    fundamental para cada irmandade
  • 00:13:09
    além da proteção ela era o único espaço
  • 00:13:12
    de convivência que os negros escravos ou
  • 00:13:14
    libertos tinham naqueles tempos por
  • 00:13:17
    negro não era considerado gente não
  • 00:13:20
    tenha considerado que tinha alma uma vez
  • 00:13:23
    que era escravo
  • 00:13:24
    diante disto ele não podia freqüentar a
  • 00:13:27
    mesma o mesmo lugar que o seu patrão
  • 00:13:29
    com o passar do tempo ea quantidade de
  • 00:13:31
    negros aumentando no brasil então foi os
  • 00:13:36
    brancos perceber que era preciso colocar
  • 00:13:38
    algo para eles o negro ea missa mas
  • 00:13:41
    mantinha fenos rituais que trazia da
  • 00:13:43
    áfrica ele não guarda nada de toda essa
  • 00:13:45
    crença dele e ele faz um faz de conta
  • 00:13:48
    ele ia para a igreja ele prestava o
  • 00:13:50
    culto mas da forma dele
  • 00:13:54
    batizada de receber nome nome cristão é
  • 00:13:57
    trocado o nome de like o nome que ele
  • 00:13:59
    tinha na áfrica por um nome adquirido
  • 00:14:02
    aqui para os senhores a religiosidade
  • 00:14:05
    perdoar os pecados para os escravos
  • 00:14:08
    a igreja é um refúgio numa época em que
  • 00:14:10
    muitas atrocidades eram cometidas contra
  • 00:14:13
    os cativos
  • 00:14:14
    a pior delas o martírio em praça pública
  • 00:14:18
    todos os dias entre 9 e 10 horas da
  • 00:14:21
    manhã era possível ver a fila de
  • 00:14:23
    escravos que iriam ser castigados tenham
  • 00:14:26
    eles de dois em dois amarrados pelo
  • 00:14:28
    braço e sob escolta da polícia até o
  • 00:14:30
    local determinado pois era muito comum
  • 00:14:33
    que nas praças principais de cada cidade
  • 00:14:35
    existissem pelo ourinhos com o intuito
  • 00:14:38
    de mostrar para a população os escravos
  • 00:14:40
    que vão ser castigados
  • 00:14:42
    é o pelourinho é uma punição às pessoas
  • 00:14:44
    levavam chibatadas quem conhece as
  • 00:14:47
    punições da inquisição então é uma
  • 00:14:49
    sociedade que está funcionando numa
  • 00:14:51
    outra lógica ética que o castigo
  • 00:14:54
    exemplar era bem visto o placar ficou no
  • 00:14:56
    excessivo que não poderia trocar de dono
  • 00:14:59
    desde que você sofresse castigos
  • 00:15:01
    abusivos e ajustes de relatar o fato que
  • 00:15:05
    era averiguado mas você teria que ter um
  • 00:15:07
    interlocutor
  • 00:15:09
    o ciclo do ouro acabou
  • 00:15:12
    as meninas já não produziam mais vila
  • 00:15:14
    rica começou a esvaziar
  • 00:15:16
    mas a escravidão estava longe do fim o
  • 00:15:19
    novo ciclo do pau-brasil ciclo da cana
  • 00:15:21
    de açúcar o ciclo do ouro ciclo do café
  • 00:15:24
    todos esses ciclos estavam dentro do
  • 00:15:26
    ciclo da escravidão
  • 00:15:27
    os comerciantes as pessoas mais ricas do
  • 00:15:29
    país eram traficantes de escravos a
  • 00:15:32
    partir de 1828 o brasil descobre outra
  • 00:15:36
    fonte de riqueza passa a ser o maior
  • 00:15:38
    produtor e exportador mundial de café
  • 00:15:41
    as terras altas o clima do vale do
  • 00:15:44
    paraíba favoreceram a produção de café
  • 00:15:46
    no século 19
  • 00:15:47
    e foi nas grandes propriedades com mão
  • 00:15:49
    de obra escrava que as lavouras se
  • 00:15:51
    desenvolveram
  • 00:15:52
    neste momento exatamente é que está
  • 00:15:55
    havendo a ascensão do café transformando
  • 00:15:58
    uma uma nova classe dominante de
  • 00:16:03
    lavradores envolvidos no café gente
  • 00:16:07
    muito poderosa
  • 00:16:09
    os barões do vale do paraíba entendeu
  • 00:16:12
    barões como comendador manuel antónio
  • 00:16:15
    esteves que tinha em torno de 700
  • 00:16:17
    escravos todos eles registrados em um
  • 00:16:20
    livro guardado na fazenda santo antônio
  • 00:16:23
    do paiol em valença no rio de janeiro
  • 00:16:25
    para o trabalho
  • 00:16:26
    a profissão escravo trabalhava que
  • 00:16:30
    trabalhava na lavoura
  • 00:16:32
    dos 42 anos geralmente ele não passava
  • 00:16:35
    era muito judiado 8 sugado mesmo mafu
  • 00:16:39
    que poderia dar trabalho
  • 00:16:42
    não é um produto barato exatamente por
  • 00:16:44
    isso não era um pouco um produto tão
  • 00:16:45
    descartável quanto às vezes a gente lê e
  • 00:16:48
    escuta não é alguns dizendo nem sempre
  • 00:16:52
    um escravo homem jovem e forte custava
  • 00:16:56
    em minas gerais na primeira metade do
  • 00:16:58
    século 18 algo em torno de entre 250 e
  • 00:17:04
    350 mil réis com esses mesmos 250 e 350
  • 00:17:09
    mil réis se poderia comprar talvez dez
  • 00:17:12
    cabeças de de vaca o valor de um sobrado
  • 00:17:17
    de dois andares
  • 00:17:19
    uma das fazendas mais preservadas do
  • 00:17:21
    vale do paraíba
  • 00:17:22
    ela começou a ser construída no século
  • 00:17:24
    18 e ainda mantém boa parte da estrutura
  • 00:17:26
    daquela época mas não é uma fazenda
  • 00:17:28
    qualquer aqui funcionou um grande centro
  • 00:17:31
    clandestino de reprodução de escravos
  • 00:17:34
    além de serem tratados como reprodutores
  • 00:17:38
    ali os negros viveram um dos maiores
  • 00:17:40
    calvário da escravidão era embaixo da
  • 00:17:43
    casa grande que ficava a masmorra para
  • 00:17:45
    onde eram levados os escravos
  • 00:17:47
    considerados desobediente expresar vaduz
  • 00:17:50
    até hoje os troncos de tortura ainda
  • 00:17:53
    guardam as marcas de sangue do período
  • 00:17:55
    mais cruel da história do brasil
  • 00:17:58
    a bela aquelas manchas escuras na
  • 00:18:01
    madeira
  • 00:18:01
    a gente já fez pouco já mandou ver é
  • 00:18:05
    sangue realmente isso aqui nunca ficava
  • 00:18:08
    vazio que sempre tinha preso
  • 00:18:10
    então era uma turma já presa há outra
  • 00:18:13
    que tinha saído daqui muito machucado
  • 00:18:15
    estava do lado de cá curando com sal
  • 00:18:17
    grosso as costas
  • 00:18:18
    o outro já estava chegando aqui para
  • 00:18:21
    quando vagar se ele poderia entrar
  • 00:18:25
    [Música]
  • 00:18:28
    será que haveria uma luz no fim do túnel
  • 00:18:30
    para o sofrimento de tantos escravos
  • 00:18:33
    quando as idéias liberais o ministro se
  • 00:18:36
    ganhar um corpo em todo o mundo
  • 00:18:38
    ocidental o brasil junto com alguns
  • 00:18:42
    outros países foi paulatinamente
  • 00:18:43
    transformando numa espécie de aberração
  • 00:18:45
    em relação ao a comunidade internacional
  • 00:18:48
    é só a partir do século 19 que as
  • 00:18:51
    mentalidades começam a mudar a
  • 00:18:53
    escravidão passa a ser ilegal
  • 00:18:55
    os ideais abolicionista se espalhou mas
  • 00:18:58
    a derrubada definitiva de todo o sistema
  • 00:19:00
    é um processo bastante lento
  • 00:19:03
    é o que você vai ver no próximo bloco
  • 00:19:09
    [Música]
  • 00:19:21
    onde a escravidão a fuga em busca de
  • 00:19:27
    liberdade os escravos cantavam e fugiram
  • 00:19:34
    o sinal vindo do próprio batuque
  • 00:19:37
    era um aviso para os escravos eles
  • 00:19:40
    podiam correr que o capataz estava
  • 00:19:42
    distraído o candongueiro no quilombo é
  • 00:19:45
    usado como dedo duro e o candongueiro
  • 00:19:48
    ele bate um ritmo diferente do tambo e o
  • 00:19:53
    cânon ele era que marcava a hora ea
  • 00:19:56
    posição e quando a pessoa podia sim sair
  • 00:20:00
    na fuga que quando também a fuga fosse
  • 00:20:04
    descoberto o candongueiro licença a
  • 00:20:07
    utilidade de mudar de toca nem de toque
  • 00:20:12
    sem prejudicar o ritmo aí muda o toque
  • 00:20:16
    dele os caras sabia que tinha que
  • 00:20:18
    esconder que tinha sido descoberta fundo
  • 00:20:26
    [Música]
  • 00:20:29
    numa época em que a escravidão estava
  • 00:20:31
    longe de acabar
  • 00:20:33
    a fuga é a forma mais rápida de
  • 00:20:35
    liberdade era um fenômeno muito intenso
  • 00:20:38
    muito intenso mesmo provavelmente poucos
  • 00:20:42
    escravos não tinham no seu currículo uma
  • 00:20:45
    fuga pelo menos seguindo pelas matas ou
  • 00:20:48
    pelos rios os escravos se refugiavam em
  • 00:20:51
    pontos distantes das fazendas e formavam
  • 00:20:54
    os quilombos
  • 00:20:55
    o quilombo de um modo geral é uma
  • 00:20:57
    resistência de trincheira podemos dizer
  • 00:21:01
    uma coisa que as pessoas buscavam uma
  • 00:21:03
    local para se refugiar se proteger na
  • 00:21:08
    serra da beleza interior do estado do
  • 00:21:10
    rio de janeiro está o quilombo são josé
  • 00:21:12
    da serra
  • 00:21:13
    é provável que os primeiros negros
  • 00:21:15
    tenham ido para lá por volta de 1830
  • 00:21:17
    fugindo das fazendas de café
  • 00:21:20
    nós somos a região do clube veio da
  • 00:21:27
    bahia para o rio de janeiro
  • 00:21:32
    [Música]
  • 00:21:38
    meu pai é de lá meu deus
  • 00:21:50
    com o tempo vê rafa liberdade e mel
  • 00:21:56
    seu manoel 96 anos é o patriarca da
  • 00:22:00
    comunidade foi filho de escravo e ouviu
  • 00:22:03
    histórias que o tempo não apaga a
  • 00:22:19
    memória tão marcantes para os negros que
  • 00:22:22
    as gerações passa e ninguém
  • 00:22:27
    para fugir do sistema opressor
  • 00:22:30
    além dos quilombos os escravos
  • 00:22:32
    organizaram rebeliões
  • 00:22:34
    o maior palco de revolta de escravos no
  • 00:22:36
    brasil foi à bahia isso se explica pela
  • 00:22:39
    origem dos escravos aqui os escravos
  • 00:22:41
    vinham da chamada costa da mina que é no
  • 00:22:44
    golfo do benim que atualmente está
  • 00:22:46
    localizado entre togo república do benin
  • 00:22:49
    ea nigéria esses escravos que vinham daí
  • 00:22:52
    não todos eles mas um número muito
  • 00:22:54
    grande eram vítimas de guerra era um
  • 00:22:57
    prisioneiro de guerra então eram
  • 00:22:59
    escravos que saíram da guerra foram
  • 00:23:01
    capturados trazidos para para a venda e
  • 00:23:05
    deportados para paquetá bahia e foi no
  • 00:23:08
    fim da ladeira da praça no centro
  • 00:23:09
    histórico de salvador que teve início a
  • 00:23:11
    maior rebelião urbana de escravos do
  • 00:23:13
    século 19
  • 00:23:15
    a revolta dos malês liderada por
  • 00:23:17
    africanos de origem muçulmana
  • 00:23:19
    o plano de fuga foi registrada em papéis
  • 00:23:22
    árabes cerca de 600 escravos saíram
  • 00:23:25
    pelas ruas de salvador mas foram pegos
  • 00:23:28
    no caminho alguns foram executados na
  • 00:23:30
    área conhecida como campo da pólvora
  • 00:23:33
    [Música]
  • 00:23:35
    fugindo da cidade encontraram pela
  • 00:23:38
    frente à cavalaria e foi aí que houve
  • 00:23:41
    realmente nós
  • 00:23:43
    a batalha campal mas na qual os rebeldes
  • 00:23:46
    estavam absolutamente despreparados que
  • 00:23:49
    eles estavam com armas brancas arco e
  • 00:23:53
    flecha entendeu e os soldados além da
  • 00:23:56
    cavalaria não tinha armas de fogo e se
  • 00:23:59
    calcula em torno de 60 70
  • 00:24:03
    entre os que morreram lá mesmo que foram
  • 00:24:05
    depois morrer diferimento adquirida
  • 00:24:07
    durante o movimento
  • 00:24:13
    a revolta acabou mas o desejo de
  • 00:24:15
    liberdade é a eterna
  • 00:24:17
    tanto que os escravos que viviam nas
  • 00:24:19
    cidades podiam negociar diretamente com
  • 00:24:21
    os seus senhores uma alforria alforria
  • 00:24:25
    significa liberdade
  • 00:24:26
    e essa liberdade podia ser concedida
  • 00:24:29
    gratuitamente pelo senhor de escravos e
  • 00:24:31
    mediante a compra então um patrono
  • 00:24:36
    estabelecia um preço pela liberdade e
  • 00:24:39
    esse escravo tinha que me olhar esse
  • 00:24:41
    dinheiro para que ele pudesse comprar
  • 00:24:42
    essa liberdade que nós conseguimos
  • 00:24:44
    identificar uma forma que foi muito
  • 00:24:47
    comum durante todo 18 do século 18 minas
  • 00:24:50
    gerais é uma espécie de crediário da
  • 00:24:53
    alforria o escravo pagava em parcelas
  • 00:24:56
    durante quatro cinco seis anos ele
  • 00:24:59
    pagava parcelas da sua liberdade
  • 00:25:01
    parcelas da sua alforria e
  • 00:25:03
    principalmente as mulheres recorreram
  • 00:25:05
    muito a essa essa forma de libertar se e
  • 00:25:09
    libertar os seus descendentes seus
  • 00:25:11
    filhos mesmo nos anos finais a
  • 00:25:13
    escravidão não era fácil conseguir a
  • 00:25:15
    ocorria na província de minas gerais a
  • 00:25:17
    que possui o maior número de cativos
  • 00:25:20
    apenas um entre 18 tinha dinheiro
  • 00:25:23
    suficiente para comprar sua liberdade
  • 00:25:25
    para a maioria dos escravos
  • 00:25:27
    a perspectiva de morrer na senzala era
  • 00:25:30
    muito maior do que terminar a vida em
  • 00:25:33
    liberdade
  • 00:25:34
    a negociação direta que se fazem ter
  • 00:25:37
    proprietário escravo é muito mais
  • 00:25:39
    freqüente nas áreas urbanas do que nas
  • 00:25:42
    áreas rurais avião um direito difuso
  • 00:25:45
    informal é costumeiro de que o escravo
  • 00:25:49
    quando tivesse o dinheiro pro foi ao
  • 00:25:51
    senhor foi a vá
  • 00:25:53
    isso realmente existia isso funcionou
  • 00:25:57
    muito bem só que funcionava sob tutela
  • 00:25:59
    do senhor o senhor podia sempre a
  • 00:26:01
    ameaçava não consigo comportou não vai
  • 00:26:04
    se apoiar alforria era um acordo entre
  • 00:26:07
    senhores e cativos
  • 00:26:09
    afinal naquele século 19 era difícil
  • 00:26:12
    esperar do governo imperial alguma
  • 00:26:14
    atitude rápida e definitiva contra o
  • 00:26:17
    tráfico após a independência o brasil
  • 00:26:19
    começou a sofrer forte pressão
  • 00:26:21
    internacional principalmente na
  • 00:26:23
    inglaterra para abolir de vez o tráfico
  • 00:26:25
    negreiro por isso o parlamento
  • 00:26:27
    brasileiro aprovou em 1831 uma lei que
  • 00:26:31
    impedia a compra de novos escravos na
  • 00:26:33
    áfrica a lei como se sabe não saiu do
  • 00:26:36
    papel e ficou conhecida como lei só para
  • 00:26:40
    inglês ver
  • 00:26:41
    há uma tentativa de fazer a lei ser
  • 00:26:42
    cumprida no início mas de fato ela
  • 00:26:45
    começa a ser burlada por todos os lados
  • 00:26:47
    e finalmente os próprios grupos é que
  • 00:26:51
    predominantes na política brasileira vão
  • 00:26:54
    fechar os olhos uma lei para inglês ver
  • 00:26:57
    houve realmente uma corrida ou por parte
  • 00:27:00
    dos dois senhores de escravos 11 pra
  • 00:27:02
    mais dessa mão de obra já que o medo é
  • 00:27:04
    que a possibilidade de trazer gente da
  • 00:27:07
    áfrica para trabalhar como escravos
  • 00:27:08
    acabasse
  • 00:27:10
    os traficantes fizeram abastecer o
  • 00:27:14
    mercado intensamente para poder ficar
  • 00:27:18
    com a mercadoria disponível para o
  • 00:27:23
    momento em que o tráfego terminasse na
  • 00:27:25
    esperança de que os preços iriam para
  • 00:27:27
    cima
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    pelo menos 750 mil escravos africanos
  • 00:27:32
    entraram de forma ilegal no país
  • 00:27:35
    depois dessa lei até o ano chave de 1850
  • 00:27:40
    1950 foi foi criada uma lei foi batizada
  • 00:27:43
    como a lei eusébio de queiroz que
  • 00:27:45
    proibiu também
  • 00:27:46
    além dessa outra anterior que a gente
  • 00:27:48
    falou de 1.131 que proibiu
  • 00:27:50
    definitivamente o tráfico de escravos no
  • 00:27:51
    brasil então a questão é por que é de 31
  • 00:27:54
    foi uma lei para uma lei para inglês ver
  • 00:27:56
    como foi o jogo novamente apelidada e de
  • 00:27:59
    50 a gente considera na fotografia como
  • 00:28:01
    a lei mais eficiente quando termino
  • 00:28:03
    tráfego está o preço dos carros começa a
  • 00:28:05
    crescer
  • 00:28:05
    as cidades estão se organizando e então
  • 00:28:08
    essas pessoas começam a perceber
  • 00:28:10
    você vendeu escreve comprar uma casa por
  • 00:28:12
    exemplo não podia mais trazer escravos
  • 00:28:15
    da áfrica era melhor cuidar daqueles que
  • 00:28:17
    já estavam por aqui como aconteceu nesta
  • 00:28:20
    antiga fazenda de café no vale do
  • 00:28:21
    paraíba
  • 00:28:23
    a farmácia ela vai marcar é uma lei de
  • 00:28:27
    eusébio de queiroz que proíbe o tráfico
  • 00:28:30
    negreiro no brasil então foi uma
  • 00:28:32
    iniciativa dos dos fazendeiros para
  • 00:28:35
    poder cuidar melhor dos escravos que
  • 00:28:37
    eles tinham porque não podia trazer
  • 00:28:40
    outros escravos
  • 00:28:41
    outra lei para escravos só veio em 1871
  • 00:28:45
    a lei do ventre livre assinada pela
  • 00:28:47
    princesa isabel libertava todo filho de
  • 00:28:50
    escrava nascido a partir daquela data
  • 00:28:53
    a chamada lei do ventre livre que não
  • 00:28:55
    apenas aboliu o ventre da escrava e que
  • 00:28:59
    mesmo assim aboliu meia boca porque a
  • 00:29:02
    criança escrava serviria ao senhor até
  • 00:29:05
    21 anos de idade portanto em termos
  • 00:29:08
    práticos ele podia ser usado como
  • 00:29:10
    escravo é uma tentativa dele acabar com
  • 00:29:13
    a escravidão de forma gradativa de uma
  • 00:29:15
    forma suave enfim sem um enfrentamento
  • 00:29:19
    da questão na verdade eram forma de
  • 00:29:23
    justificativa para a pressão
  • 00:29:26
    abolicionista que já estava acontecendo
  • 00:29:27
    nas grandes potências mundiais da época
  • 00:29:31
    em 1871 quando se faz o censo entre a
  • 00:29:36
    população negra 70 entre 65% e 70% já
  • 00:29:41
    vivia legalmente na liberdade
  • 00:29:44
    formalmente na liberdade mais de 15 anos
  • 00:29:48
    antes da escravidão acabar pressões de
  • 00:29:51
    todos os lados fizeram o império do
  • 00:29:53
    brasil libertar todos os escravos que já
  • 00:29:55
    tinham mais de 65 anos em 1885 era lei
  • 00:30:00
    do sexo cenário a lei do sexagenário ela
  • 00:30:02
    vai liberar a classe oreal de tomar
  • 00:30:06
    cuidado de cuidar do idoso do escravo e
  • 00:30:08
    do uso não é como ele iria sobreviver
  • 00:30:10
    era muito pequeno número de ativos que
  • 00:30:14
    conseguiam é chegar a essa idade 65 anos
  • 00:30:17
    a grande maioria morria bem antes por
  • 00:30:19
    conta do trabalho estafante é nesse
  • 00:30:22
    cenário que o movimento abolicionista
  • 00:30:23
    ganha
  • 00:30:23
    força entre os principais ativistas
  • 00:30:26
    estavam advogado luiz gama
  • 00:30:28
    o engenheiro andré rebouças o escritor
  • 00:30:30
    machado de assis e jornalista josé do
  • 00:30:33
    patrocínio todos homens de cor como se
  • 00:30:36
    dizia na época todos com enorme projeção
  • 00:30:39
    na sociedade
  • 00:30:41
    o fato dias desses abolicionista terem
  • 00:30:44
    conquistado a adesão de uma ampla
  • 00:30:47
    parcela da população me dá garantia de
  • 00:30:51
    que sem a atuação de sujeitos à
  • 00:30:54
    escravidão poderia ter durado por muito
  • 00:30:58
    mais tempo para a posteridade no entanto
  • 00:31:01
    a luta dos vários abolicionista os
  • 00:31:02
    negros acabou reduzida a um só nome
  • 00:31:05
    a dedicação que o que o josé do
  • 00:31:07
    patrocínio deu a luta abolicionista dava
  • 00:31:10
    a ele uma visibilidade sobretudo também
  • 00:31:12
    porque ele era proprietário de um jornal
  • 00:31:14
    ele formava um grupo que inclusive era
  • 00:31:19
    constituído por vários outros
  • 00:31:21
    abolicionista os negros que com o passar
  • 00:31:24
    do tempo foram sendo apagados e
  • 00:31:28
    favorecendo assim o mito do josé do
  • 00:31:31
    patrocínio como o maior e talvez o único
  • 00:31:33
    negro abolicionista
  • 00:31:35
    coincidentemente era nesta igreja de
  • 00:31:38
    irmandade de homens negros no centro do
  • 00:31:40
    rio que o abolicionista se reuniam
  • 00:31:42
    muitas decisões foram tomadas daqui por
  • 00:31:45
    pessoas importantes como joaquim nabuco
  • 00:31:48
    joaquim nabuco era um dos jovens brancos
  • 00:31:50
    que lutavam pela abolição passou sua
  • 00:31:52
    infância este génio de cana-de-açúcar em
  • 00:31:54
    pernambuco uma propriedade que tinha
  • 00:31:56
    pelo menos 50 cativos e logo entendeu a
  • 00:32:01
    escravidão não podia continuar na boca
  • 00:32:04
    estava sentado na frente da casa na
  • 00:32:06
    escadaria da tam entre sete e oito anos
  • 00:32:09
    enxergou estava muito machucado e
  • 00:32:12
    pedindo ajuda para que joaquim nabuco
  • 00:32:14
    convencesse a madrinha dele é comprá lo
  • 00:32:16
    porque sabe que é que os escravos eram
  • 00:32:18
    bem tratadas
  • 00:32:19
    já adulto nabo foi advogado de um
  • 00:32:21
    escravo condenado à morte por matar seu
  • 00:32:24
    senhor e conseguiu algo inimaginável
  • 00:32:26
    para aquela época
  • 00:32:28
    ele realmente é um grande orador
  • 00:32:31
    impressiona na época ele consegue evitar
  • 00:32:35
    o a coordenação a morte
  • 00:32:36
    claro que o escravo é condenado a
  • 00:32:38
    trabalhos forçados nos navios necas é um
  • 00:32:41
    trabalho árduo mas naquele cenário era
  • 00:32:44
    uma uma pena muito mais suave é
  • 00:32:47
    comparada a própria morte em partir daí
  • 00:32:49
    ele vai se consolidando como é ser líder
  • 00:32:52
    abolicionista movimento abolicionista se
  • 00:32:56
    espalhou pelo brasil
  • 00:32:58
    as províncias do norte foram os
  • 00:32:59
    primeiros a aderirem à causa
  • 00:33:01
    se bem que por um motivo tem particular
  • 00:33:04
    houve um verdadeiro tráfico interno e
  • 00:33:07
    várias províncias do norte e nordeste do
  • 00:33:09
    brasil vendendo seus escravos para são
  • 00:33:11
    paulo houve uma um decréscimo de
  • 00:33:13
    escravos do piauí de pernambuco da
  • 00:33:15
    paraíba é inclusive da bahia também eram
  • 00:33:18
    vendidos a altos preços para são paulo e
  • 00:33:21
    região cafeeira do rio de janeiro que
  • 00:33:22
    era dono de escravos em 1848 e 870 ele
  • 00:33:26
    já não é mais dono de escravos também
  • 00:33:28
    deu né então todo mundo vira
  • 00:33:30
    abolicionista a propriedade escrava
  • 00:33:32
    deixa de ser pulverizado e passa a ser
  • 00:33:33
    mais concentrada inclusive regionalmente
  • 00:33:36
    então fica mais fácil aquelas bancadas
  • 00:33:37
    do nordeste escravagistas racista nem
  • 00:33:42
    enfim tudo que a gente pode imaginar ser
  • 00:33:45
    a favor da abolição redenção pequeno
  • 00:33:48
    município do ceará a 55 quilômetros de
  • 00:33:52
    fortaleza se orgulha de ter sido o
  • 00:33:54
    primeiro local no brasil a libertar
  • 00:33:56
    todos os seus escravos ainda em 1884 e
  • 00:34:01
    para onde se olhe a uma referência ao
  • 00:34:04
    pioneirismo na cidade à falta de
  • 00:34:07
    romantismo a abolição do brasil no rio
  • 00:34:09
    nessa época uma mudança de mentalidade é
  • 00:34:12
    a mudança de mentalidade acompanhou a
  • 00:34:13
    questão demográfica momento que o valor
  • 00:34:15
    do escarro cresce muito esse pequeno
  • 00:34:18
    proprietário de escravos passo a mais e
  • 00:34:20
    mais negócio para vender as pessoas
  • 00:34:23
    foram deixando de ser dono de escravos
  • 00:34:24
    até que chegou um ponto que pode não
  • 00:34:26
    haver dona escala no ceará um atraso
  • 00:34:30
    monumental em relação ao resto do mundo
  • 00:34:32
    o brasil finalmente libertou todos
  • 00:34:35
    os escravos no dia 13 de maio de 1888 na
  • 00:34:40
    famosa lei áurea assinada pela princesa
  • 00:34:42
    isabel brasil foi o último país a abolir
  • 00:34:45
    a escravidão
  • 00:34:46
    os caras assim lamentando como é que
  • 00:34:48
    esses escravos ingratos nesses negros
  • 00:34:51
    que eu tratei também abandonou a minha
  • 00:34:53
    fazenda nem àquela altura a escravidão
  • 00:34:56
    como um projecto estava totalmente
  • 00:34:59
    desmoralizada
  • 00:35:00
    mas quando vi a abolição existiam 17 em
  • 00:35:05
    torno de 700 a 750 mil escravos no
  • 00:35:10
    brasil é muita gente
  • 00:35:13
    a demografia da época ainda era muita
  • 00:35:16
    gente é machado de assis que nos dá
  • 00:35:18
    idéia da festa que aconteceu na cidade
  • 00:35:19
    após a assinatura da lei áurea houve sol
  • 00:35:22
    e grande sol naquele domingo de 1888 em
  • 00:35:26
    que o senado aprovou a lei que a regente
  • 00:35:28
    sancionou e todos saímos às ruas sem eu
  • 00:35:31
    também saí às ruas
  • 00:35:32
    eu também entrei no préstito em
  • 00:35:34
    carruagem aberta todos respiraram
  • 00:35:36
    felicidade tudo era delírio leão machado
  • 00:35:40
    de assis que você vai perceber que ele
  • 00:35:41
    falou sobre as mazelas da escravidão
  • 00:35:43
    sobre os impasses gerados pela
  • 00:35:47
    escravidão sobre as possibilidades de de
  • 00:35:49
    ação de pessoas negras livres libertas
  • 00:35:53
    escravizados em vários momentos da obra
  • 00:35:56
    dele
  • 00:35:56
    o funcionário público do ministério
  • 00:35:58
    responsável pela aplicação da legislação
  • 00:36:01
    abolicionista é provável que machado de
  • 00:36:03
    assis tem andado rápido encaminhamento
  • 00:36:05
    para essas questões dentro da burocracia
  • 00:36:08
    o governo imperial quando você chega em
  • 00:36:12
    1888 que os jornais passam a homenagear
  • 00:36:16
    a quem contribuiu para o fim da
  • 00:36:19
    escravidão o machado de assis é um dos
  • 00:36:21
    primeiros nomes para quem se agradece a
  • 00:36:26
    atuação realizada a partir do ministério
  • 00:36:29
    da agricultura
  • 00:36:30
    as homenagens e as festas causadas pela
  • 00:36:34
    lei áurea acabaram muito rápido
  • 00:36:36
    então quando a abolição da escravatura
  • 00:36:38
    acontece eles não pensarem da moradia
  • 00:36:41
    eles não pensarem da educação eles vão
  • 00:36:45
    pensar em nada para este povo que estava
  • 00:36:47
    ganhando a liberdade a partir da chegada
  • 00:36:49
    da notícia nas mais distantes fazemos no
  • 00:36:52
    brasil todos os negros estavam livres
  • 00:36:54
    que eles iam fazer a partir de então
  • 00:36:57
    parecia não ter mais responsabilidade do
  • 00:36:59
    estado brasileiro
  • 00:37:01
    por mais que em 1888 tem toda essa
  • 00:37:05
    questão da liberdade do fim da
  • 00:37:08
    escravidão mas esses casos aonde eles
  • 00:37:11
    não têm terra e não tem casa sem
  • 00:37:13
    trabalho você ter comida precisa de
  • 00:37:16
    alguma forma produzir
  • 00:37:19
    se você vai analisar o que foi a
  • 00:37:21
    experiência da liberdade entre pessoas
  • 00:37:24
    negras ao longo do século 19
  • 00:37:28
    você vai ter o que uma história da
  • 00:37:31
    precariedade da cidadania no brasil dos
  • 00:37:34
    dias de hoje será que é possível reparar
  • 00:37:36
    os males deixados pela escravidão
  • 00:37:38
    políticas afirmativas e sistemas de
  • 00:37:41
    cotas atende às reivindicações da
  • 00:37:43
    população negra brasileira
  • 00:37:45
    é o que você vai ver no próximo bloco
  • 00:37:50
    [Música]
  • 00:37:56
    [Música]
  • 00:38:04
    nos primeiros anos após a abolição não
  • 00:38:07
    havia uma fronteira clara entre
  • 00:38:09
    escravidão e liberdade porque como você
  • 00:38:12
    falar de direitos se mantinha escravidão
  • 00:38:16
    e depois da escravidão nós passamos
  • 00:38:19
    muita fome
  • 00:38:20
    ainda na na fazenda abolição veio manu
  • 00:38:25
    libertou nenê
  • 00:38:26
    sem ter para onde ir era comum que o
  • 00:38:29
    negro liberto voltasse a trabalhar para
  • 00:38:31
    o seu senhor quando fala libertação foi
  • 00:38:35
    pior momento do negro que na nossa
  • 00:38:37
    região porque o que aconteceu eles
  • 00:38:39
    pegaram um negro e colocado na estrada
  • 00:38:41
    onde não tinha comida onde não tinha a
  • 00:38:45
    bebida né então ele ficava o dia todo na
  • 00:38:50
    porta de novo tá porteira da fazenda
  • 00:38:53
    tentando voltar
  • 00:38:54
    o que é que faz um negro não vai andar
  • 00:38:56
    do senhor eo senhor me mandou embora
  • 00:38:58
    porque cônego voltou-se 11 mandou embora
  • 00:39:02
    voltou dentro da fazenda o castigo quero
  • 00:39:06
    couro era senzala' ela açoitado ea
  • 00:39:11
    estrada era fome ea sede com algumas
  • 00:39:18
    poucas exceções patrocínio também que
  • 00:39:25
    falava em alguma forma de indenização
  • 00:39:26
    por último e escravizadas em terra
  • 00:39:30
    a grande discussão na hora da abolição
  • 00:39:32
    foi a indenização dos senhores porque os
  • 00:39:38
    senhores foram indenizados na inglaterra
  • 00:39:40
    foram organizados na rússia no brasil a
  • 00:39:44
    chamada lei de terras em vigor no
  • 00:39:46
    momento da abolição dificultava o acesso
  • 00:39:48
    dos escravos a terra onde moravam e
  • 00:39:51
    trabalhavam uma mudança na legislação
  • 00:39:53
    eram o que defendiam alguns
  • 00:39:55
    abolicionista como joaquim nabuco para
  • 00:39:58
    nabuco não bastava somente a abolição
  • 00:40:00
    liberdade
  • 00:40:02
    simplesmente verdade simplesmente a
  • 00:40:03
    liberdade não era precisa uma visita foi
  • 00:40:05
    à sede da unidade para as pessoas e essa
  • 00:40:07
    dignidade passava pela terra que seu
  • 00:40:09
    país poderia crescer se a lei agrária
  • 00:40:11
    fosse efetivada ainda hoje as
  • 00:40:14
    comunidades quilombolas e lutam pelo
  • 00:40:16
    direito de permanecer na terra onde
  • 00:40:18
    construíram a sua história
  • 00:40:20
    hoje graças a deus e hoje nós estamos no
  • 00:40:23
    processo de titulação da terra é parte
  • 00:40:26
    da terra já é da comunidade está nós só
  • 00:40:30
    tomo com a partir de um pequeno pedaço
  • 00:40:32
    aqui tá tá em questão isso que se deu
  • 00:40:36
    assim a liberdade por pilon mais de 120
  • 00:40:41
    anos após a abolição o brasil é marcado
  • 00:40:43
    pelo racismo e pela desigualdade social
  • 00:40:47
    uma pesquisa das nações unidas mostra
  • 00:40:49
    que o índice de desenvolvimento humano
  • 00:40:51
    aquele que mede o nível de renda e
  • 00:40:53
    acesso à saúde educação entre outras
  • 00:40:55
    políticas é menor entre os negros do que
  • 00:40:58
    entre os brancos podiam sair da lavoura
  • 00:41:00
    do café flor pra favela mas não sendo
  • 00:41:03
    massacrada ter o dia de hoje então é
  • 00:41:05
    óbvio que essa questão da cidadania da
  • 00:41:07
    população afrodescendente era um
  • 00:41:09
    problema no século 19 com todas as
  • 00:41:13
    evoluções que vieram percorrendo ao
  • 00:41:15
    longo do século 20 continuam sendo um
  • 00:41:17
    problema também no século 21 o racismo e
  • 00:41:22
    infelizmente continua a ser uma surgido
  • 00:41:34
    comparado ao período da escravidão vivem
  • 00:41:36
    hoje os jovens negros brasileiros
  • 00:41:37
    morrendo na mão do estado o tempo todo
  • 00:41:40
    comparado o período da escravidão vive
  • 00:41:43
    hoje domésticas sem seus 100% dos seus
  • 00:41:46
    direitos garantidos não temos condições
  • 00:41:48
    sociais econômicas políticas e comparado
  • 00:41:53
    o período da escravidão somos nós que
  • 00:41:55
    ainda não temos um ótimo congresso
  • 00:41:57
    nacional
  • 00:41:58
    a desvantagem social do negro na
  • 00:42:00
    sociedade brasileira levantou o polêmico
  • 00:42:02
    debate sobre a possibilidade de
  • 00:42:04
    reparação aos descendentes de escravos
  • 00:42:07
    o estado brasileiro não está dando nada
  • 00:42:11
    a ver os brasileiros
  • 00:42:14
    o estado brasileiro
  • 00:42:16
    devolvendo tardiamente e muito pouco da
  • 00:42:22
    dívida que ele tem com o povo negro
  • 00:42:25
    então não é esmola entende é muito pouco
  • 00:42:30
    é uma dívida de checo luz
  • 00:42:32
    o estado brasileiro tem uma dívida com a
  • 00:42:35
    população negra no estado fundado na
  • 00:42:39
    escravidão e constituído a partir da
  • 00:42:42
    exploração do trabalho não pago de
  • 00:42:46
    gerações e gerações de pessoas e que não
  • 00:42:48
    criou medidas para que reparasse esse
  • 00:42:52
    histórico de desvantagens
  • 00:42:54
    ele precisa ser questionada ainda bate
  • 00:42:57
    complexo se for relacionado uma relação
  • 00:42:59
    direta de causa e efeito reparação com
  • 00:43:02
    algum benefício pecuniário nos dias
  • 00:43:04
    atuais a particularmente acho que essa
  • 00:43:05
    conta é impossível de ser feita por um
  • 00:43:07
    dos macs tecnicamente contabilmente
  • 00:43:10
    politicamente acho que não há muito como
  • 00:43:12
    é impossível é impossível certo de
  • 00:43:15
    países ou certas nações pagarem a dívida
  • 00:43:18
    que tem para o continente africano
  • 00:43:19
    porque isso numa perspectiva demográfica
  • 00:43:23
    estamos a falar de um de um continente
  • 00:43:25
    que tem menos dois séculos foi
  • 00:43:27
    completamente desanimado porque a gente
  • 00:43:29
    está querendo dizer com a reparação rtp
  • 00:43:32
    reparar memória história a presença dos
  • 00:43:37
    símbolos das personalidades dc dessa
  • 00:43:40
    vivência negra que vem até hoje para
  • 00:43:43
    discutir as possíveis formas de
  • 00:43:45
    reparação a ordem dos advogados do
  • 00:43:47
    brasil a oab criou recentemente a
  • 00:43:50
    comissão da verdade sobre a escravidão
  • 00:43:52
    negra
  • 00:43:53
    vamos discutir a reparação e vamos
  • 00:43:55
    discutir a verdade da escravidão da
  • 00:43:58
    mesma forma como foi feita na comissão
  • 00:44:01
    da verdade sobre a ditadura qual é o
  • 00:44:04
    crime é quem cometeu o crime e quem
  • 00:44:08
    trabalhou para construir esse brasil sem
  • 00:44:11
    receber um tostão em troca é a sociedade
  • 00:44:14
    como um todo que tem que reparar no
  • 00:44:17
    sentido de que o estado tem que
  • 00:44:19
    coordenar uma reparação e isso está
  • 00:44:22
    acontecendo de certa maneira através das
  • 00:44:24
    cotas para a educação das cotas para o
  • 00:44:27
    funcionário público programa
  • 00:44:29
    de saúde especificamente dirigidos pra
  • 00:44:32
    população afro-brasileira
  • 00:44:35
    qual seria o preço a pagar pelos pelos
  • 00:44:39
    escravos africanos que morreram na
  • 00:44:42
    travessia do atlântico enquanto carga
  • 00:44:43
    nunca teríamos o preço justo desta
  • 00:44:46
    competição
  • 00:44:47
    na verdade o retorno devia ser pagar em
  • 00:44:50
    dinheiro esses anos trabalhados por esse
  • 00:44:54
    grupo
  • 00:44:55
    mas nós sabemos que isso não vai
  • 00:44:56
    acontecer para isso acontecer é
  • 00:44:58
    necessário reconhecer que a escravidão
  • 00:45:00
    foi um crime
  • 00:45:02
    reconhecer simbolicamente é muito
  • 00:45:04
    simples faça uma das formas de reparação
  • 00:45:06
    aos danos causados pelo longo período de
  • 00:45:09
    escravidão é a lei de cotas criado em
  • 00:45:11
    2003 incentivar o ingresso de estudantes
  • 00:45:14
    negros nas universidades públicas do
  • 00:45:16
    país
  • 00:45:17
    nós consideramos a política de cotas
  • 00:45:18
    como uma das possibilidades de uma das
  • 00:45:21
    estratégias de tentar recuperar o
  • 00:45:23
    prejuízo foi ocasionado este segmento
  • 00:45:25
    social
  • 00:45:26
    mas jamais ela dá conta de ser o
  • 00:45:29
    pagamento dessa dívida como um todo
  • 00:45:31
    adilson realizou uma pesquisa sobre o
  • 00:45:33
    desempenho de alunos cotistas nos cursos
  • 00:45:35
    de medicina direito engenharia civil e
  • 00:45:38
    serviço social da universidade federal
  • 00:45:41
    de ouro preto em minas gerais
  • 00:45:43
    os estudantes que ingressaram nesses
  • 00:45:45
    três cursos eles não teriam
  • 00:45:47
    possibilidade de ingressar na
  • 00:45:48
    universidade
  • 00:45:49
    naquele ano o ano de 2009 caso eles não
  • 00:45:52
    fossem beneficiados por uma política de
  • 00:45:54
    acesso diferenciada e passado um ano de
  • 00:45:57
    permanência no curso
  • 00:45:59
    examinei os históricos nos currículos
  • 00:46:01
    escolares deles e conseguir perceber que
  • 00:46:03
    o nosso estudante desses cursos existe
  • 00:46:05
    um desempenho acadêmico igual ou
  • 00:46:07
    semelhante aos dos seus colegas que não
  • 00:46:10
    entraram por essa política de cotas
  • 00:46:12
    então as políticas de inclusão às
  • 00:46:14
    políticas de reparação elas são
  • 00:46:16
    extremamente necessárias as pessoas
  • 00:46:17
    precisam se dar conta disso porque todo
  • 00:46:19
    mundo vai viver melhor
  • 00:46:21
    se nós tivermos a sociedade mais igual
  • 00:46:22
    no conjunto das políticas que vêm sendo
  • 00:46:24
    empreendidos neste sentido a outras como
  • 00:46:27
    a a lei que traz para dentro da escola a
  • 00:46:31
    obrigatoriedade do ensino de história e
  • 00:46:33
    cultura africana e seria muito
  • 00:46:34
    importantes que essa história fosse
  • 00:46:37
    realmente ensinado em sala de aula da
  • 00:46:39
    sua verdadeira história porque eu acho
  • 00:46:41
    que será a partir daí
  • 00:46:43
    queremos conseguir sanar um pouco desse
  • 00:46:46
    racismo que está
  • 00:46:49
    e foi em sala de aula que victor começou
  • 00:46:52
    a mudar sua história
  • 00:46:54
    ele é o primeiro membro da família que
  • 00:46:56
    chegou ao ensino superior
  • 00:46:58
    o pai do meu amor não te dou o meu avô
  • 00:47:00
    não estudou a minha mãe não estudou qual
  • 00:47:02
    é a geração que está conseguido estudar
  • 00:47:04
    é minha geração a então quer dizer que
  • 00:47:06
    são quatro gerações
  • 00:47:08
    agora você procura um jovem branco com a
  • 00:47:12
    família toda branca e pede para ele dar
  • 00:47:14
    uma olhada para quatro gerações atrás e
  • 00:47:16
    ver como está
  • 00:47:17
    precisa é produzir políticas públicas
  • 00:47:21
    para que esse cara aqui que já está
  • 00:47:22
    sofrendo esse processo há quatro
  • 00:47:24
    gerações possa ter acesso aquilo que já
  • 00:47:26
    tem gente tendo a muito tempo então tá
  • 00:47:30
    ciências sociais em uma universidade
  • 00:47:31
    privada e se mantém o curso com bolsa de
  • 00:47:34
    estudo a educação ela mudou minha vida
  • 00:47:37
    no sentido de que primeiro ela me
  • 00:47:39
    mostrou que eu tenho direito
  • 00:47:40
    me tira um patamar de de alguém que está
  • 00:47:44
    alienado em relação ao contexto
  • 00:47:46
    sobretudo aquilo que eu passei que me
  • 00:47:48
    mostra quem eu sou e me conta minha
  • 00:47:50
    história e me projeta para o futuro para
  • 00:47:52
    que eu possa me defender me
  • 00:47:55
    salvaguardados os direitos visto como
  • 00:47:57
    igual e tratado com igualdade
  • 00:48:00
    [Música]
  • 00:48:04
    a educação também marcou a história de
  • 00:48:07
    dona zica
  • 00:48:08
    ela foi empregada doméstica dos 8 aos 65
  • 00:48:12
    anos de idade
  • 00:48:13
    seu primeiro trabalho foi para os
  • 00:48:15
    descendentes da família para quem sua
  • 00:48:16
    avó trabalhou nos tempos da escravidão
  • 00:48:18
    primeiro momento os nove anos
  • 00:48:21
    eu cuidava de duas crianças
  • 00:48:25
    cozinhava a fazer todo serviço da casa
  • 00:48:29
    eu estudava ela fez questão eu fui a
  • 00:48:31
    primeira pessoa da família a entrar no
  • 00:48:33
    grupo escolar quando o tempo passa parte
  • 00:48:36
    toma consciência que vejo que eu percebo
  • 00:48:38
    eu fazia um trabalho ainda criança
  • 00:48:41
    quando os patrões atrasar o pagamento
  • 00:48:43
    dona zica fez a sua primeira
  • 00:48:45
    reivindicação por direitos trabalhistas
  • 00:48:48
    a bagagem que eu fui para casa e não vou
  • 00:48:51
    trabalhar mais
  • 00:48:52
    dois dias depois ele foi atrás de mim e
  • 00:48:55
    minha mãe é assim que você fosse
  • 00:48:57
    propriedade deles né
  • 00:48:58
    eu vim buscar física conversar e
  • 00:49:00
    conversar
  • 00:49:01
    a minha mãe desse e chamou seus
  • 00:49:04
    realmente buscar diz mas eu não vou sou
  • 00:49:08
    muito criança de 11 anos
  • 00:49:11
    esse entendimento você não vai não volta
  • 00:49:14
    mas de uma forma muito muito complicado
  • 00:49:20
    o trabalho de receber e eu coloquei na
  • 00:49:25
    minha cabeça ele vai me pagar de
  • 00:49:26
    qualquer jeito eu não vou deixar que eu
  • 00:49:31
    cheguei e falei hoje
  • 00:49:40
    vai cumprir tudo tudo tudo que eu
  • 00:49:43
    precisava caderno lápis de cor borracha
  • 00:49:45
    lindo que os lápis de cor grande pilha
  • 00:49:47
    possui não tinha então tudo aquilo que
  • 00:49:49
    eu sei eu comprei só de material de
  • 00:49:50
    escola
  • 00:49:54
    quando a pagar a dívida ele está
  • 00:49:57
    crescendo e deve investigar quem
  • 00:50:00
    investiga da lista descobriu que tinha
  • 00:50:02
    sido eu tinha feito essa conta foi na
  • 00:50:06
    minha casa e eu negando como criança
  • 00:50:09
    chorava muito legal eu não fui eu não
  • 00:50:10
    fui eu quem olhe me impressionou tanto
  • 00:50:12
    diz fui eu sim mas só gastei dinheiro 30
  • 00:50:16
    mil rege que o filme deve foi isso mesmo
  • 00:50:18
    faltava para conter a os 30 reais hoje
  • 00:50:22
    30 reais para treinar no corpo a corpo
  • 00:50:27
    [Música]
  • 00:50:31
    diante disso a minha mãe disse pra mim
  • 00:50:33
    pra ele foi além disso passou de
  • 00:50:36
    cedência dessa quantia era linguagem
  • 00:50:38
    dela né
  • 00:50:38
    este não foi 30 mil reais que ela gastou
  • 00:50:40
    no entanto elas por elas e não deve nada
  • 00:50:42
    ela a coragem da infância gerou frutos
  • 00:50:45
    para o futuro
  • 00:50:46
    dona zica foi uma das fundadoras do
  • 00:50:48
    sindicato de trabalhadores domésticos no
  • 00:50:50
    rio de janeiro e ajudou a fazer a
  • 00:50:52
    chamada pec das domésticas e até virou
  • 00:50:55
    personagem de documentário pelo seu
  • 00:50:58
    exemplo de vida
  • 00:51:00
    [Música]
  • 00:51:06
    hoje aos 80 anos de idade dona zica é
  • 00:51:10
    pedagoga e está fazendo a segunda
  • 00:51:12
    faculdade e trabalha em um centro de
  • 00:51:14
    cidadania
  • 00:51:15
    tenho de porque objetivo uma vez formada
  • 00:51:19
    o meu conhecimento ele vai ser aplicado
  • 00:51:21
    nos indicadores domésticos ou serviço
  • 00:51:24
    doméstico no brasil está diretamente
  • 00:51:27
    ligado a essa tradição adições cronista
  • 00:51:32
    um problema de ser empregada doméstica
  • 00:51:34
    se profissão nobilíssima o problema
  • 00:51:37
    passa a ser que é uma ocupação que não
  • 00:51:39
    têm os mesmos direitos sociais dos
  • 00:51:40
    demais trabalhadores
  • 00:51:42
    é uma ocupação na qual a pessoa se vê
  • 00:51:44
    diante de menores remunerações né uma
  • 00:51:47
    ocupação da costa é uma profissão uma
  • 00:51:49
    ocupação pouco prestigiada socialmente
  • 00:51:52
    que envolve inclusive muitas vezes de
  • 00:51:54
    posição a situações de humilhações e
  • 00:51:56
    riscos
  • 00:51:57
    dado o ambiente onde a atividade
  • 00:51:59
    exercida homens e mulheres foram
  • 00:52:03
    igualmente escravizadas mas os danos
  • 00:52:06
    para a população negra feminina ainda
  • 00:52:08
    ressoam no presente
  • 00:52:10
    a gente já vive a princípio uma dupla
  • 00:52:12
    discriminação que é o fato de sermos
  • 00:52:16
    mulheres numa sociedade machista e
  • 00:52:19
    mulheres negras numa sociedade racista
  • 00:52:21
    desde que a gente acorda liga a
  • 00:52:23
    televisão já não se vê representada
  • 00:52:25
    desde que a gente saia à rua escuta
  • 00:52:27
    piadinhas por conta do nosso cabelo
  • 00:52:29
    desde que a gente vê as nossas crianças
  • 00:52:31
    querendo ser brancas porque esse é um
  • 00:52:33
    referencial de beleza de civilidade até
  • 00:52:36
    ouvir crianças dizendo isso que pessoas
  • 00:52:39
    brancas são mais inteligentes enfim isso
  • 00:52:41
    é uma questão que mina a nossa
  • 00:52:42
    autoestima 3d pequena são as próprias
  • 00:52:46
    mulheres negras que estão resistindo
  • 00:52:47
    para mudar o estigma da escravidão como
  • 00:52:50
    as bailarinas do grupo ballet da via
  • 00:52:52
    barra por meio da arte elas querem
  • 00:52:55
    construir uma nova imagem da mulher
  • 00:52:57
    negra e garantir os seus direitos
  • 00:53:00
    [Música]
  • 00:53:15
    a memória da escravidão vai além da dor
  • 00:53:18
    das marcas nas senzalas e dos monumentos
  • 00:53:20
    construídos pelas mãos dos que foram
  • 00:53:23
    escravizados está cada vez mais presente
  • 00:53:25
    na cultura e costumes na beleza e na
  • 00:53:29
    resistência e seus descendentes
  • 00:53:32
    ela é tão fortalecido e entrou tanto no
  • 00:53:36
    inconsciente coletivo que existe um
  • 00:53:39
    certo apartamento dela na memória o
  • 00:53:43
    dinheiro fundaram a liberdade no brasil
  • 00:53:45
    a fundar a escravidão da escravidão
  • 00:53:47
    foram os escravizadores estão querendo
  • 00:53:50
    nada de ninguém está querendo o que é de
  • 00:53:51
    fato dele quero nem de trabalho muitas
  • 00:53:54
    construção desse país
  • 00:53:59
    nossa campanha
  • 00:54:01
    [Música]
  • 00:54:03
    ae
  • 00:54:11
    ai ai
  • 00:54:13
    ae
  • 00:54:14
    eu
  • 00:54:17
    ah
  • 00:54:23
    [Música]
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  • escravidão
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