POR QUE A GERAÇÃO Z NÃO QUER MAIS A CLT?

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https://www.youtube.com/watch?v=fmO2h6DI3Fs

Resumen

TLDRO vídeo discute a realidade da geração Z no Brasil, focando na precarização do trabalho e na insatisfação com a CLT. O apresentador critica a forma como o governo apresenta dados sobre emprego, ressaltando que muitos jovens estão em subempregos ou sem emprego formal. Ele destaca a falta de direitos trabalhistas e a percepção da geração Z sobre o trabalho, que muitas vezes busca alternativas ao emprego tradicional. O vídeo enfatiza a importância da organização e conscientização dos jovens sobre suas condições de trabalho, sugerindo que a solução para os problemas enfrentados pela classe trabalhadora está na mobilização e na luta por direitos.

Para llevar

  • 💬 A geração Z enfrenta precarização no trabalho.
  • 📉 Dados de emprego do governo podem ser enganosos.
  • ⚖️ A CLT é vista como insuficiente por muitos jovens.
  • 🔍 A informalidade não significa mais empregos formais.
  • ✊ A organização é crucial para a luta por direitos.

Cronología

  • 00:00:00 - 00:05:00

    O falante expressa sua frustração com a falta de fluência em inglês e como isso afeta sua percepção da realidade, especialmente em relação a tendências de mercado que envolvem a geração Z. Ele menciona a exploração dessa geração e a necessidade de discutir suas dificuldades no mercado de trabalho, especialmente em relação a jornadas exaustivas e a falta de apoio governamental.

  • 00:05:00 - 00:10:00

    O falante critica a forma como o governo apresenta dados sobre a empregabilidade dos jovens, destacando que a ocupação não é sinônimo de emprego estável. Ele aponta que a redução da informalidade não significa necessariamente um aumento na qualidade do emprego, e que muitos jovens estão em situações de subemprego ou sem emprego.

  • 00:10:00 - 00:15:00

    O falante discute a precarização do trabalho e como isso afeta a percepção da geração Z sobre a CLT. Ele argumenta que a geração está ciente da exploração, mas muitas vezes busca soluções que não abordam as raízes do problema, como o empreendedorismo digital, em vez de lutar por melhores condições de trabalho.

  • 00:15:00 - 00:23:14

    O falante conclui enfatizando a importância da organização e da conscientização entre os jovens sobre seus direitos trabalhistas. Ele critica a visão de que a CLT é um obstáculo e defende que a luta por direitos trabalhistas é essencial para melhorar as condições de trabalho e a vida da classe trabalhadora.

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Mapa mental

Vídeo de preguntas y respuestas

  • Qual é a principal crítica feita ao governo no vídeo?

    A crítica principal é que o governo apresenta dados de emprego de forma enganosa, sem considerar a precarização do trabalho.

  • O que é mencionado sobre a geração Z e o trabalho?

    A geração Z enfrenta precarização no trabalho e muitos jovens estão insatisfeitos com a CLT, buscando alternativas como o empreendedorismo.

  • Como o apresentador vê a relação entre informalidade e emprego?

    Ele argumenta que a diminuição da informalidade não significa aumento de empregos formais, mas sim uma precarização do trabalho.

  • Quais são os principais problemas enfrentados pela classe trabalhadora, segundo o vídeo?

    Baixos salários, jornadas exaustivas e falta de direitos trabalhistas.

  • Qual é a solução proposta para os problemas da geração Z?

    A solução envolve organização e conscientização dos jovens sobre suas condições de trabalho.

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    Eu não falo inglês, uma grande falha da
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    minha formação, mas quero dar um recado
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    aqui para o mundo popcorn. Eh, chat,
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    vocês tão tendo um bom dia? Da primeira
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    vez que vocês ouviram o Bolsonaro falar
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    isso, vocês acharam que popcorn, vocês
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    acharam que era? Assim, é [ __ ] que mesmo
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    eu que tenho bastante familiaridade com
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    as coisas da internet, tenho questionado
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    a minha própria realidade às vezes. E eu
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    achei que era i por Deus que a única
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    palavra da primeira vez que eu vi, a
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    única palavra que eu entendi foi
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    popcorn. O Sealers me quebra demais,
  • 00:00:32
    sabe? Tipo o Sealers realmente ele tenta
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    falar sellers, o sealers acaba com toda
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    a inteligidade.
  • 00:00:39
    Popcornice cream
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    seers for centet também é [ __ ] Setet é
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    é complicado. E assim, o Bolsonaro não
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    chegou para alguém que fala inglês e
  • 00:00:50
    falou: "Você pode falar essa frase aqui,
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    por favor, só para eu ouvir como é?" Eu
  • 00:00:54
    não achei que era eu tinha certeza,
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    [ __ ] Como que os espelhos são reais
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    se os nossos olhos não são reais, né? O
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    cult. Eu não, como é que ele fala? Eu
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    não falo inglês. Eu não falo inglês.
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    Chat do meu coração. Vocês gostam muito
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    quando eu quando eu não falo inglês, né?
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    Quando eu não falo inglês. Quando eu não
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    falo inglês. Que que eu quero dizer com
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    isso? Quando eu trago pautas a respeito
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    de novas tendências de mercado, né? E o
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    que que essas tendências de mercado tm
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    em comum? Geralmente elas falam da
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    geração Z. Tem uma outra que fala dos
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    millennials, que é a minha geração. A
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    maior parte fala da geração Z. Geração Z
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    tá aderindo ao badcaping, ao Tesking, ao
  • 00:01:35
    quiet queing, ao quiet vacationing, ao
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    enfim, não sei. Só que a gente nunca
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    falou sério da geração Z aqui, né? Não
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    sei se nunca, mas faz tempo que a gente
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    não fala, pelo menos. Hoje a gente vai
  • 00:01:46
    falar a sério da geração Z, né? Vamos
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    falar um pouco sobre a geração que
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    talvez seja a geração mais explorada
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    desde a redemocratização, provavelmente,
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    né? É a que eu acho que é a primeira vez
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    na história do país, que é uma geração
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    que tá mais [ __ ] que os pais, a
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    geração como um todo. Não tenho certeza,
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    tá? Tô falando meio de de cabeça assim,
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    mas a gente sabe que também a geração Z,
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    as gerações mais novas sempre são as
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    primeiras vítimas de uma crise do
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    capital. Então é sobre isso que a gente
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    quer falar agora, gente. Primeiro de
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    maio, semana passada, a gente foi pra
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    rua junto com os nossos grandes
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    camaradas da OP, a gente foi reivindicar
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    o fim da escala 6x1, né? O fim de
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    jornadas exaustivas de trabalho, como é
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    de pra no dia primeiro, porque o dia
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    primeiro existia inclusive por conta de
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    manifestações paraa redução da jornada
  • 00:02:32
    de trabalho, certo? E é importante a
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    gente entender quais são os principais
  • 00:02:37
    problemas que a classe trabalhadora tá
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    enfrentando, tá? não só do ponto de
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    vista individual, quais são os meus
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    problemas, mas quais são os principais
  • 00:02:43
    problemas da classe trabalhadora. A
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    gente sabe que depois do desmonte feito
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    pelo Temer, continuado pelo Bolsonaro e
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    agora não questionado pelo governo Lula,
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    a gente não tá tendo um governo que
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    atende as demandas da classe
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    trabalhadora, tá? Eu quero dizer isso
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    por conta de uma pesquisa do site GOV
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    aqui, ó, que está apresentada no site
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    GOV. Deixa eu mostrar. Jovens ganham
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    espaço no mercado de trabalho e
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    impulsionam queda no desemprego e na
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    informalidade. Estudos do MTE, do
  • 00:03:10
    Ministério do Trabalho, né, revela
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    crescimento da ocupação entre jovens de
  • 00:03:14
    14 a 24 anos e redução histórica dos
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    Nem. Maioria dos empregados ainda
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    enfrenta baixos salários e funções
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    repetitivas. Vamos lá. Eu vou começar
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    com uma coisa que é bastante perigosa,
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    mas eu acho que vale a pena falar nesse
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    caso. Vocês aí que são na maioria de
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    esquerda aí do meu chat, quando vem o
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    governo se vangloriar de estar
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    aumentando a empregabilidade e
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    aumentando a massa salarial e tal, já se
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    questionaram onde? Tipo onde? Porque
  • 00:03:40
    olhando ao nosso redor, tá todo mundo
  • 00:03:41
    muito [ __ ] Pessoal, assim, anedota,
  • 00:03:44
    meus amigos que cresceram comigo, não
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    tem um que tá estável. Todo mundo ou tá
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    com subemprego, ou tá sem emprego, ou tá
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    com emprego muito volátil. Então, a
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    impressão que dá, e novamente, anedota
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    não é dado, tá? Mas a gente vai trazer
  • 00:03:56
    os dados para corroborar com isso. A
  • 00:03:57
    impressão é que dá é que a gente vê as
  • 00:03:58
    notícias falando: "Nossa, a
  • 00:04:00
    empregabilidade está melhorando muito,
  • 00:04:02
    nossa, como o desemprego está baixo". A
  • 00:04:03
    gente olha ao nosso redor e tá todo
  • 00:04:05
    mundo [ __ ] velho. Todo mundo. Então
  • 00:04:08
    eu quero, para além das nossas
  • 00:04:10
    impressões, eu quero analisar essa
  • 00:04:12
    questão. O que [ __ ] que o governo tá
  • 00:04:15
    falando e o que que tá acontecendo. Por
  • 00:04:16
    que que o governo tá falando do jeito
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    que tá falando e o que que tá
  • 00:04:20
    acontecendo na real? Por que que dá essa
  • 00:04:21
    impressão de que a gente tem dados que
  • 00:04:23
    dizem uma coisa e a gente olha pra
  • 00:04:24
    realidade e vê outra coisa? Vamos lá.
  • 00:04:26
    Ministério do Trabalho divulgou esse
  • 00:04:27
    estudo que apontou um crescimento
  • 00:04:29
    expressivo no número de jovens de 14 a
  • 00:04:31
    24 anos ocupados no Brasil no último
  • 00:04:33
    trimestre de 2024, o que contribui pra
  • 00:04:35
    redução das taxas de desemprego e
  • 00:04:38
    informalidade. Então, antes de
  • 00:04:39
    continuar, dois pontos muito
  • 00:04:41
    importantes. O primeiro, pessoa ocupada
  • 00:04:44
    e pessoa empregada são coisas
  • 00:04:46
    diferentes. Oupação e emprego são coisas
  • 00:04:48
    diferentes. Como diz o Ricardo Antunes,
  • 00:04:50
    no capitalismo tardio, o trabalhador não
  • 00:04:52
    tem emprego. Ele tem trabalho, tem muito
  • 00:04:54
    trabalho, mas não tem emprego. Quando a
  • 00:04:56
    pesquisa fala de ocupação de jovens, ela
  • 00:04:59
    tá incluindo nisso muitas coisas,
  • 00:05:01
    inclusive aquele PJ num [ __ ] de um
  • 00:05:04
    subemprego. Então assim, todo mundo é
  • 00:05:06
    trabalhador, nem todo mundo tem emprego.
  • 00:05:08
    O segundo ponto é um desenlace do
  • 00:05:09
    primeiro. Diminuição de informalidade
  • 00:05:13
    não significa mais gente com carteira
  • 00:05:15
    assinada, chat. Eu sei que parece um
  • 00:05:16
    contrassenso. Diminuição de
  • 00:05:17
    informalidade não significa mais gente
  • 00:05:19
    com carteira assinada. não significa
  • 00:05:21
    mais gente trabalhando com emprego
  • 00:05:23
    estável, com direito trabalhista. E é
  • 00:05:26
    por isso que me incomoda muito quando o
  • 00:05:28
    governo faz um certo malabarismo para
  • 00:05:31
    dar uma maquiada nesses dados de
  • 00:05:33
    empregabilidade. E é uma crítica à
  • 00:05:36
    maneira como o governo aborda a
  • 00:05:37
    situação, mas é uma crítica ao
  • 00:05:38
    capitalismo, tá gente? A gente vive no
  • 00:05:39
    capitalismo. Isso aqui é um desenlace do
  • 00:05:41
    capitalismo, beleza? De forma bem
  • 00:05:44
    resumida, assim, não é porque diminuiu a
  • 00:05:46
    informalidade que o trabalho formal
  • 00:05:47
    aumentou necessariamente. Eu eu vou
  • 00:05:50
    falar de novo, não é porque diminuiu a
  • 00:05:52
    informalidade que aumentou a
  • 00:05:53
    formalidade. Aan, você tá maluco, você
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    tá chapando, você cheirou líquido de
  • 00:05:58
    limpar a lente de câmera e tá muito
  • 00:06:00
    louco. Então vamos lá, né? É aqui que
  • 00:06:02
    acontece a confusão. O Ministério do
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    Trabalho tem critérios. Para ser
  • 00:06:07
    considerado o trabalho formal, tem que
  • 00:06:08
    ter um vínculo empregatício com carteira
  • 00:06:10
    assinada. Dois, direito trabalhista
  • 00:06:12
    garantido, férias, 13º, INSS, etc.
  • 00:06:15
    Terceiro, registro no sistema do governo
  • 00:06:17
    ou eocial, por exemplo, né? Ao mesmo
  • 00:06:19
    tempo, o Ministério do Trabalho
  • 00:06:21
    considera que trabalhador informal é
  • 00:06:23
    aquele que atua sem registro, ou seja,
  • 00:06:26
    sem carteira assinada. CLT, prestem
  • 00:06:29
    atenção nisso, sem
  • 00:06:31
    CNPJ, sem contribuição pro INSS e sem
  • 00:06:35
    nota fiscal. Ou seja, um trabalhador ao
  • 00:06:38
    mesmo tempo pode ser formal e informal
  • 00:06:40
    ao mesmo tempo. Vocês estão entendendo?
  • 00:06:42
    Porque um trabalhador que tem CNPJ e
  • 00:06:44
    emite nota não entra na estatística de
  • 00:06:47
    informalidade, mas ele não é um
  • 00:06:49
    trabalhador CLT, ele não tem direitos
  • 00:06:51
    garantidos, ele não tem estabilidade,
  • 00:06:53
    ele não tem vínculo. Vocês estão
  • 00:06:55
    entendendo qual é o problema aqui? E
  • 00:06:58
    vocês estão entendendo que a impressão
  • 00:06:59
    de vocês não era não fundamentada?
  • 00:07:01
    Calma, meu CNPJo. Vamos voltar pra
  • 00:07:03
    pesquisa. Abre aspas aqui. O
  • 00:07:05
    levantamento também revalou que o número
  • 00:07:07
    de jovens que não estudam nem trabalham,
  • 00:07:08
    os chamados neném, caiu pro menor nível
  • 00:07:11
    dos últimos 12 anos, no segundo semestre
  • 00:07:13
    de 2024. De novo, eles estão
  • 00:07:15
    considerando qualquer tipo de trabalho.
  • 00:07:17
    E tá falando aqui 12 anos, porque 12
  • 00:07:19
    anos atrás a gente teve uma [ __ ] de uma
  • 00:07:20
    crise, além do gigantesco desmonte do
  • 00:07:23
    governo Temer, que aumentou o desemprego
  • 00:07:25
    para caramba. Não há emprego estável
  • 00:07:26
    mesmo no CLT. Vamos chegar lá. Calma, eu
  • 00:07:28
    vou falar sobre isso. Então, de novo,
  • 00:07:30
    pro dado, eles estão considerando
  • 00:07:31
    qualquer tipo de trabalho, não estão
  • 00:07:32
    considerando emprego. Abre aspa, segundo
  • 00:07:34
    levantamento, no último trimestre de
  • 00:07:35
    2024, o Brasil registrou 14,5 milhões de
  • 00:07:38
    jovens ocupados, superando 14,2 milhões
  • 00:07:42
    observados no mesmo período de 2019,
  • 00:07:44
    antes da pandemia. Foi de 14,2 para
  • 00:07:46
    14,5. Aumentou? Aumentou, mas assim, e
  • 00:07:51
    não é negócio a caixa pant, tá? Taxa de
  • 00:07:54
    desemprego entre jovens caiu de
  • 00:07:57
    25,2% para
  • 00:07:59
    14,3%. Enquanto a informalidade passou
  • 00:08:02
    de 48% para 44. Prestem atenção nesses
  • 00:08:05
    dados. A taxa de desemprego caiu bem
  • 00:08:07
    mais do que a taxa de informalidade.
  • 00:08:08
    Isso aqui é só entre jovens, tá? Então
  • 00:08:10
    vocês estão entendendo? A
  • 00:08:11
    empregabilidade tá aumentando por conta
  • 00:08:13
    da informalidade, tá aumentando através
  • 00:08:15
    de meios neoliberais de precarização. E
  • 00:08:19
    tem um recorte aqui, só para deixar bem
  • 00:08:21
    claro, que eu não tô levando a classe
  • 00:08:23
    trabalhadora toda como uma mesma coisa.
  • 00:08:24
    Abre aspas aqui. Paula Montagner
  • 00:08:26
    destacou, Montanheir deve ser, destacou
  • 00:08:29
    que a redução no número de jovens de 18
  • 00:08:30
    a 24 anos que não estudam nem trabalham
  • 00:08:33
    representa um avanço importante. No
  • 00:08:35
    entanto, observou que as mulheres ainda
  • 00:08:37
    são a maioria nessa condição. No último
  • 00:08:39
    trimestre de 2012, o país registrava 2,1
  • 00:08:42
    milhões de meninos e 4,2 milhões de
  • 00:08:45
    meninas nessa situação. É exatamente o
  • 00:08:47
    dobro de mulheres, tá? Já no mesmo
  • 00:08:49
    período de 2024, os números caíram para
  • 00:08:51
    1,9 milhão e 3,3 milhões,
  • 00:08:54
    respectivamente. Gente, por que por que
  • 00:08:57
    as mulheres compõem a maior parte dos,
  • 00:09:00
    entre aspas, nem? Por quê? Porque as
  • 00:09:02
    mulheres fazem a maior parte do trabalho
  • 00:09:05
    não remunerado da sociedade capitalista.
  • 00:09:07
    O trabalho de cuidado. O trabalho de
  • 00:09:10
    cuidado, que é o trabalho de cuidar do
  • 00:09:13
    irmão, cuidar do avô, cuidar dos pais e
  • 00:09:16
    cuidar dos filhos. Beleza? Então esse
  • 00:09:19
    recorte é muito importante também. E
  • 00:09:21
    isso a gente tem que lembrar que não
  • 00:09:22
    existe política pública de apoio para
  • 00:09:25
    essas mulheres. Por isso que o trabalho
  • 00:09:28
    fica relegado a elas ainda com aquele
  • 00:09:30
    argumento ridículo de é da natureza
  • 00:09:32
    feminina cuidar dos outros. E apesar de
  • 00:09:35
    não ter sido um ponto de destaque do
  • 00:09:36
    Ministério do Trabalho, a pesquisa
  • 00:09:38
    aponta sim uma queda na qualidade das
  • 00:09:41
    ocupações assumidas, que é a parte que a
  • 00:09:42
    gente vê do porém, né? O porém abre
  • 00:09:45
    aspas. De acordo com dados do novo
  • 00:09:46
    Cajed, metade dos 7,7 milhões de jovens
  • 00:09:49
    com carteira assinada está concentrada
  • 00:09:51
    em apenas 15 ocupações caracterizadas
  • 00:09:53
    por tarefas repetitivas e com alto
  • 00:09:55
    potencial de automação. Além disso,
  • 00:09:57
    67,1% desses trabalhadores recebem
  • 00:10:00
    salários abaixo da média nacional, que
  • 00:10:02
    foi de 1854 e 1 centavo. E aí, qual que
  • 00:10:05
    é o ponto? Não adianta aumentar a
  • 00:10:07
    empregabilidade com trabalho merda. A
  • 00:10:09
    gente não quer só o aumento dos dados de
  • 00:10:11
    empregabilidade. A gente quer que a a
  • 00:10:13
    classe trabalhadora não tenha emprego
  • 00:10:15
    merda. Isso não é pedir muito. Por isso
  • 00:10:17
    que esses dados do governo incomodam
  • 00:10:19
    tanto, porque não adianta ter emprego
  • 00:10:21
    merda, isso não resolve o problema.
  • 00:10:23
    Direitos ou precariedade, o que está por
  • 00:10:24
    trás da crítica da geração Z a CLT, que
  • 00:10:27
    é o que faz a gente ver matéria de quiet
  • 00:10:28
    quitting, de bad rotting, de tesking da
  • 00:10:31
    [ __ ] que o pariu, falando sobre a
  • 00:10:33
    geração Z ser preguiçosa e não gostar de
  • 00:10:35
    trabalhar. Se vocês estão ligados na
  • 00:10:37
    linguagem dos jovens, vocês devem ter
  • 00:10:40
    percebido que a CLT virou piada entre
  • 00:10:41
    eles, né? Vocês já devem ter ouvido:
  • 00:10:43
    "Ah, o jovem não quer CLT, não. O jovem
  • 00:10:44
    quer dinheiro, o jovem raça CLT, ninguém
  • 00:10:47
    mais quer CLT. Eu não nasci para
  • 00:10:48
    trabalhar como CLT, aquela musiquinha,
  • 00:10:50
    né? vocês sabem disso. Então vamos
  • 00:10:52
    debater um pouco quais são as causas
  • 00:10:54
    reais disso para além do do discurso da
  • 00:10:56
    direita que enfim acho que tardou muito
  • 00:10:58
    pra gente da esquerda começar a falar um
  • 00:11:00
    pouco sobre isso, né? Primeiro de tudo,
  • 00:11:01
    os jovens repararam bem rápido que o
  • 00:11:04
    Brasil paga salários de fome
  • 00:11:05
    simplesmente. Mas não só isso, que além
  • 00:11:08
    do Brasil pagar salário de fome, os
  • 00:11:09
    direitos supostamente garantidos pela
  • 00:11:11
    CLT não são suficientes. Saúde,
  • 00:11:14
    alimentação, transporte, essas coisas
  • 00:11:16
    assim, não são garantidos. E a gente tem
  • 00:11:19
    críticas à CLT, muitas, só que a gente
  • 00:11:21
    não pode esquecer que a CLT de agora é
  • 00:11:24
    resultado da precarização dos direitos
  • 00:11:26
    trabalhistas depois do governo Temer. Se
  • 00:11:29
    vocês forem ver a CLT, ela tá toda
  • 00:11:31
    riscada agora. Então, primeiro de tudo,
  • 00:11:33
    a CLT de agora é uma CLT muito muito
  • 00:11:37
    precarizada. Já aí daí que vem, ah, a
  • 00:11:39
    geração Z não gosta de trabalhar, quem
  • 00:11:41
    primeiro, quem que gosta, né? Ruim é ter
  • 00:11:43
    que trabalhar. Não existe trabalho ruim.
  • 00:11:45
    Ruim é ter que trabalhar. Mas assim,
  • 00:11:46
    segundo é o que a gente sempre brinca
  • 00:11:48
    quando a gente lê essas matérias em
  • 00:11:49
    inglês. Gente, na boa, o salário é
  • 00:11:52
    horrível e o salário costuma ser pior
  • 00:11:54
    para quem é mais novo. Então, em outras
  • 00:11:56
    palavras, a geração Z tá criando
  • 00:11:58
    consciência da exploração, que sofre
  • 00:11:59
    muito rápido. E aí que fique claro que é
  • 00:12:01
    uma consciência da exploração, não é
  • 00:12:04
    consciência de classe. Não achem que
  • 00:12:06
    automaticamente, porque a geração Z tá
  • 00:12:08
    percebendo a exploração que ela cria
  • 00:12:10
    consciência de classe, tá? é uma
  • 00:12:11
    consciência de que as condições de
  • 00:12:14
    trabalho oferecidas são desumanas. E por
  • 00:12:16
    que que eu tô dizendo que isso não é
  • 00:12:17
    consciência de classe? Porque a solução
  • 00:12:20
    que muitas vezes esses jovens acreditam
  • 00:12:22
    é uma solução muito complicada, muito
  • 00:12:24
    problemática. Para eles, por exemplo, a
  • 00:12:27
    solução não é lutar por uma CLT, digamos
  • 00:12:29
    assim, né? Pode ser outro nome, mas
  • 00:12:30
    enfim, que garanta mais direitos, que
  • 00:12:32
    valorize o salário mínimo e que a CLT
  • 00:12:34
    seja respeitada com mais direitos. A
  • 00:12:37
    solução foi demonizar a CLT e dizer que
  • 00:12:40
    a saída é o empreendedorismo, sobretudo
  • 00:12:42
    empreendedorismo digital, eh aprender a
  • 00:12:45
    aprender com ferramentas digitais e
  • 00:12:47
    fazer o teu e enfim, isso aqui cai como
  • 00:12:49
    uma luva paraa agenda econômica
  • 00:12:52
    neoliberal que a gente conhece muito
  • 00:12:53
    bem. Então vocês entendem que o discurso
  • 00:12:55
    dos jovens tá partindo de um problema
  • 00:12:56
    real, tá partindo de um problema real,
  • 00:12:59
    mas às vezes desemboca numa solução
  • 00:13:01
    falsa. Porque se antes a gente tinha
  • 00:13:03
    precarização do trabalho informal, agora
  • 00:13:05
    a gente tá tendo precarização do
  • 00:13:06
    trabalho formal. Gente, isso dá a
  • 00:13:09
    impressão para quem trabalha de CLT que
  • 00:13:10
    CLT é pior do que ser autônomo. Porque
  • 00:13:12
    trabalhar com registro sendo mal
  • 00:13:15
    remunerado e perdendo direito, a pessoa
  • 00:13:16
    pensa: "Eu vou trabalhar sem registro,
  • 00:13:18
    então [ __ ] vou ganhar mais dinheiro
  • 00:13:19
    trabalhando sem registro. para trabalhar
  • 00:13:21
    com região bosta isso aqui. E aí a
  • 00:13:23
    direita captura isso com um discurso
  • 00:13:25
    discurso muito bem propagado para dizer
  • 00:13:27
    que trabalho formal é coisa
  • 00:13:29
    ultrapassada, para dizer que é uma coisa
  • 00:13:31
    do passado, para dizer que os jovens não
  • 00:13:33
    se adequam mais a o formato de trabalho
  • 00:13:36
    formalizado, principalmente com discurso
  • 00:13:38
    de modernização, que você sabe que cta
  • 00:13:39
    muito jovem, né, dizendo que o
  • 00:13:41
    capitalismo contemporâneo tem a saída
  • 00:13:44
    para o sucesso individual. E que fique
  • 00:13:46
    claro que é sempre sobre uma ótica
  • 00:13:47
    individual, não de classe. E a gente não
  • 00:13:50
    pode cair na armadilha de achar que a
  • 00:13:52
    direita tá vencendo isso porque ela sabe
  • 00:13:54
    se comunicar melhor. Vamos deixar isso
  • 00:13:56
    muito claro. Eu falei sobre comunicação
  • 00:13:57
    aqui, mas a questão não é essa. Esse
  • 00:13:59
    discurso da direita só cola porque
  • 00:14:02
    existe uma realidade material real o
  • 00:14:06
    trabalho formal consegue ser precarizado
  • 00:14:09
    tanto quanto um frila qualquer. Então
  • 00:14:11
    vou repetir, se não houvesse a situação
  • 00:14:13
    real da precarização real do trabalho
  • 00:14:15
    formal, o discurso da direita de que o
  • 00:14:18
    capitalismo moderno vai resolver esse
  • 00:14:19
    problema não colava. Existe sim agitação
  • 00:14:22
    e propaganda por parte da direita. Ela
  • 00:14:24
    captura isso e se comunica com essas
  • 00:14:26
    pessoas desvirtuando. Mas existe o
  • 00:14:28
    problema real que faz com que os jovens
  • 00:14:31
    absorvam esse discurso, tá bom? Não é só
  • 00:14:34
    currículo escolar, não é pastor, não é a
  • 00:14:36
    [ __ ] do primo rico só que vai convencer
  • 00:14:39
    as pessoas disso, é a dor real que elas
  • 00:14:41
    sentem no mundo do trabalho real, tá? Eu
  • 00:14:43
    quero reiterar isso muitas vezes. Vamos
  • 00:14:45
    abrir aspas aqui pra matéria do Brasil.
  • 00:14:47
    De fato, o peso da precarização do
  • 00:14:48
    trabalho formal na assimilação do
  • 00:14:50
    discurso de desprezo pela CLT já se
  • 00:14:52
    expressa em dados. A mesma pesquisa
  • 00:14:54
    apontou os principais motivos que levam
  • 00:14:56
    jovens de 14 a 24 anos a pedir
  • 00:14:58
    desligamento voluntário no emprego
  • 00:14:59
    formal. Vamos aos dados aqui.
  • 00:15:01
    Adolescentes de 14 a 17 anos, os baixos
  • 00:15:04
    salários foram citados 29% das vezes.
  • 00:15:06
    Entre quem tem 18 e 24 anos, salário
  • 00:15:09
    baixo foi motivo de demissão em 36% das
  • 00:15:11
    vezes. Falta de flexibilidade na jornada
  • 00:15:14
    foi motivo para 20% entre idades de 18 e
  • 00:15:17
    24. E aí você fala: "Tá vendo, tá vendo,
  • 00:15:20
    seu comunistinha de merda? O jovem não
  • 00:15:22
    se adapta à CLT porque a CLT é muito
  • 00:15:25
    fechada, ela não dá liberdade para você
  • 00:15:27
    empreender. Talvez, talvez seja só o
  • 00:15:31
    fato de que no Brasil a jornada 6 por um
  • 00:15:35
    é legalizada e que talvez essas pessoas
  • 00:15:37
    quando falam de falta de flexibilidade é
  • 00:15:40
    porque elas falam de escravidão moderna
  • 00:15:42
    no McDonald's que faz trabalhar seis
  • 00:15:45
    dias por semana e de folgar só um.
  • 00:15:47
    Talvez seja isso. Só talvez seja isso.
  • 00:15:50
    Então não vem com esse papo de que é a
  • 00:15:52
    CLT. Além disso, adoecimento mental por
  • 00:15:56
    estress no trabalho afetou 21% dos
  • 00:15:57
    jovens de 14 a 17 e 26% dos 18 a 24.
  • 00:16:01
    Paraa surpresa de absolutamente ninguém,
  • 00:16:02
    abre aspas, na lista de respostas
  • 00:16:04
    entraram também as dificuldades de
  • 00:16:05
    mobilidade entre casa e trabalho. Hora,
  • 00:16:08
    hora, meu chat do meu coração. Quem
  • 00:16:10
    diria que existe um atrativo para home
  • 00:16:13
    office quando você tem que pegar 2 horas
  • 00:16:15
    de via mobilidade para chegar no seu
  • 00:16:18
    trampo? Quem diria que o transporte
  • 00:16:20
    público ser
  • 00:16:22
    insuportável nas grandes metrópoles ia
  • 00:16:24
    fazer os jovens não quererem mais esse
  • 00:16:26
    tipo de trabalho? Abre aspas, também
  • 00:16:28
    foram apontadas outras questões como
  • 00:16:29
    falta de reconhecimento, questões éticas
  • 00:16:31
    com a forma de trabalho das empresas e o
  • 00:16:33
    problema com a chefia imediata. São
  • 00:16:35
    problemas de sempre esses aqui, né?
  • 00:16:36
    Enfim, isso tudo faz com que tentar
  • 00:16:38
    arriscar um home office autônomo, PJ,
  • 00:16:41
    frila, fique mais atrativo pros jovens.
  • 00:16:44
    E aí, imagina chat, que louco seria se a
  • 00:16:47
    CLT garantisse salário justo, jornada
  • 00:16:49
    razoável, se tivesse transporte que
  • 00:16:52
    garantisse acesso às pessoas, se tivesse
  • 00:16:54
    política de moradia perto do trabalho
  • 00:16:57
    das pessoas. Então assim, a CLT pode ser
  • 00:16:59
    objeto de crítica, mas tem que ser
  • 00:17:00
    crítica certa, né? Tem que ser crítica
  • 00:17:02
    certa e não crítica do a CLT impede o
  • 00:17:05
    empreendedor de gerar emprego porque tem
  • 00:17:07
    muita carga. Sabe o que que as cargas
  • 00:17:09
    afetam, gente? Lucro. É isso que as
  • 00:17:11
    cargas afetam. Tudo que o empreendedor,
  • 00:17:14
    vamos colocar na palavra deles, tem que
  • 00:17:15
    pagar por conta da CLT, afeta uma coisa
  • 00:17:18
    e apenas uma coisa: lucro. Ou você acha
  • 00:17:22
    que se não tivesse os direitos da CLT
  • 00:17:25
    garantidos, você ia est recebendo mais
  • 00:17:27
    salário? Você acha mesmo isso? Você acha
  • 00:17:30
    mesmo que o o capitalista ia pegar toda
  • 00:17:32
    a grana que ele gasta pagando os
  • 00:17:34
    direitos obrigatórios, ia passar pro seu
  • 00:17:36
    salário? Você acha mesmo isso? Você acha
  • 00:17:38
    que ele não ia embolsar? Você acha que
  • 00:17:39
    ele não ia lucrar com esse valor? Não,
  • 00:17:41
    né? Você não acha que ele ia investir em
  • 00:17:42
    me expandir o negócio dele? Não. Ia pro
  • 00:17:43
    seu salário? Sim. Ia sim. É. Enfim. O
  • 00:17:46
    grande problema disso é que o reflexo
  • 00:17:48
    real material junto com a comunicação da
  • 00:17:51
    extrema direita fez com que toda uma
  • 00:17:52
    geração crescesse enxergando a CLT como
  • 00:17:55
    algo problemático, como se fosse a causa
  • 00:17:57
    de algum problema. E pior ainda, como se
  • 00:18:00
    a CLT no começo tivesse sido um presente
  • 00:18:03
    da classe política pra classe
  • 00:18:04
    trabalhadora. O grande problema disso é
  • 00:18:06
    que a classe trabalhadora mais jovem não
  • 00:18:09
    enxerga direito trabalhista como
  • 00:18:11
    conquista de luta. É uma geração inteira
  • 00:18:14
    que não aprendeu que férias, que
  • 00:18:15
    aposentadoria, que qualquer direito
  • 00:18:17
    trabalhista, assim, foi resultado de
  • 00:18:19
    luta. Nunca foi dado de mão beijada, nem
  • 00:18:22
    por político, nem por capitalista
  • 00:18:24
    nenhum. É uma geração que cresceu desde
  • 00:18:27
    da mais temra infância já com discurso
  • 00:18:29
    neoliberal bombardeado por todos os
  • 00:18:30
    lados. Então essa é uma das razões pelas
  • 00:18:33
    quais essa geração enxerga o problema,
  • 00:18:35
    mas não enxerga a solução, entende? E
  • 00:18:38
    pior de tudo, acaba no final das contas
  • 00:18:40
    achando que o insucesso no trabalho é
  • 00:18:42
    culpa individual, que você só é um
  • 00:18:45
    fracassado no trabalho porque você não
  • 00:18:47
    empreendeu o suficiente, você não foi
  • 00:18:49
    criativo que nem o seu amigo que fez uma
  • 00:18:51
    [ __ ] dança da hora no TikTok, agora tá
  • 00:18:52
    ganhando AdSense lá. Então assim, gente,
  • 00:18:54
    comunicação é importante. Comunicação é
  • 00:18:56
    importante. Eu falei que tem raízes
  • 00:18:57
    reais, mas a gente tem que começar a
  • 00:19:00
    disputar a consciência dessa juventude.
  • 00:19:01
    Como que a gente faz isso? Organização,
  • 00:19:03
    movimento secundarista, movimento
  • 00:19:05
    estudantil. A gente inclusive aqui na
  • 00:19:07
    soberana tem o CESPEN, que é uma frente
  • 00:19:08
    de massas de professores. Se você é
  • 00:19:09
    professor ou professora, inclusive
  • 00:19:11
    procure o CPEN, organize-se conosco.
  • 00:19:13
    Inclusive tá aqui, ó, o nosso
  • 00:19:14
    panfletinho, tá aqui que a gente
  • 00:19:16
    distribui nas ruas, porque é importante
  • 00:19:17
    pra gente conscientizar essa galera
  • 00:19:20
    jovem que tá entrando no mercado de
  • 00:19:22
    trabalho agora a entender as não só as
  • 00:19:24
    raízes do seu problema, mas as soluções,
  • 00:19:25
    né? Como organizar trabalhadores
  • 00:19:27
    informais muito mais difícil. É isso que
  • 00:19:28
    a gente tá fazendo. Muitos dos
  • 00:19:30
    professores que a gente organiza, por
  • 00:19:31
    exemplo, no CESPEN são trabalhadores
  • 00:19:32
    informais, são PJ. a gente tem disputado
  • 00:19:35
    esse tipo de forma organizativa
  • 00:19:37
    utilizando as ferramentas contemporâneas
  • 00:19:39
    que são as ferramentas digitais, certo?
  • 00:19:42
    É um desafio que a gente tá disposto a
  • 00:19:43
    enfrentar e construir. A gente não
  • 00:19:45
    constrói frente de massa sozinho, tá?
  • 00:19:46
    Não é não é uma coisa que só para deixar
  • 00:19:48
    claro para vocês, esse tipo de
  • 00:19:50
    organização não partiu da nossa cabeça
  • 00:19:51
    genial da soberana e a gente aplicou na
  • 00:19:53
    realidade. A demanda veio ao contrário,
  • 00:19:55
    tá gente? foi gente que começou a se
  • 00:19:57
    organizar na internet por conta dos
  • 00:19:59
    espaços que a gente estava criando e
  • 00:20:01
    começou a nos perguntar a respeito de
  • 00:20:03
    organização. Então, os profissionais
  • 00:20:05
    começaram a se todas as frentes de
  • 00:20:07
    massas foram assim: os profissionais
  • 00:20:08
    começaram a se organizar sozinhos e
  • 00:20:10
    pediram ajuda pra gente contribuir com
  • 00:20:13
    essa organização, porque a gente milita
  • 00:20:15
    há anos fazendo esse tipo de coisa e
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    inclusive utilizando ferramentas
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    digitais. Então assim, a gente acredita
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    de verdade que as soluções estão no seio
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    da classe trabalhadora. As soluções vem
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    dos trabalhadores. O que a gente precisa
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    é de centralizar essas soluções, é de
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    fazer com que essas soluções sejam
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    exequíveis. Todo marxista acredita
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    nisso, tá gente? É do povo ao povo
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    sempre, como ensina o Mausedong pra
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    gente. Todas as nossas frentes de massas
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    estão sendo e serão porque a gente tá
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    formando mais. Da mesma forma, geração Z
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    dá mais valor pro TikTok que pro livro
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    de de história. Beleza, eu vou
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    destrinchar esse comentário que parece
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    que saiu diretamente da boca do meu tio
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    mais fraco, tá? Primeiro de tudo, isso é
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    a mesma coisa que comparar manifestação
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    política com o show da Lady Gaga. Ah,
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    não. Brasileiro gosta muito mais de
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    carnaval do que manifestar pelos seus
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    direitos. Talvez porque um seja uma
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    manifestação política e a outra seja
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    entretenimento. Então, comparar
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    entretenimento com alguma coisa
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    política, alguma forma de trabalho,
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    mesmo que seja trabalho intelectual, é
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    uma comparação descabida. Beleza? Se for
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    comparar as coisas, comparem coisas
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    parecidas, pelo menos. Compare o TikTok
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    com Instagram, compare o show da Lady
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    Gaga com show do Wesley Safadão. Isso
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    são coisas comparáveis. Agora, por que
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    que o jovem não dá valor pra história?
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    Deve ser por causa da cabeça do jovem,
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    né? Deve ser porque o jovem hoje em dia
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    tá impossível. Ou deve ser porque o
  • 00:21:39
    jovem não tem a menor perspectiva de
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    estudar para ter algum espaço no mercado
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    de trabalho. E ele vê muito mais valor
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    em dominar ferramentas digitais para ter
  • 00:21:49
    alguma garantia de sobrevivência no
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    capitalismo do que fazer o ensino
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    superior, fazer uma trajetória acadêmica
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    para ter o mesmo destino de ter que
  • 00:21:58
    trabalhar com as redes sociais. Então,
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    talvez e só talvez o jovem que tá [ __ ]
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    e sofre uma pressão desgraçada da
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    família para trazer renda para casa, não
  • 00:22:07
    veja valor numa escola precarizada, com
  • 00:22:10
    os professores super explorados e ainda
  • 00:22:12
    morando em regiões que são violentas e
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    não tem infraestrutura. Mas talvez o
  • 00:22:16
    problema seja o funk [ __ ] na cabeça
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    desse jovem, né? Talvez seja o
  • 00:22:19
    tralaleiro tralalá no TikTok que tá
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    fazendo ele dar mais valor para isso do
  • 00:22:24
    que pro livro de história. Então assim,
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    parem com esse discurso de nossa, o
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    jovem hoje em dia não tem como, o jovem
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    não quer trabalhar, o jovem não valoriza
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    a o estudo, o jovem a culpa é do jovem,
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    nossa, o jeito, as coisas estão do jeito
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    que estão, porque o jovem hoje em dia,
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    nossa, tá impossível. Ele só quer saber
  • 00:22:40
    de [ __ ] e bailão. Muito fácil colocar
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    culpa no indivíduo, principalmente o
  • 00:22:45
    indivíduo que tá o mais [ __ ] de todos,
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    tá? O jovem no Brasil não é levado a
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    sério, como diria Alexandre Magnorão,
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    quando ele já tinha 40 anos. Eu largando
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    o diploma de biologia e tentando fazer
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    vídeo pro TikTok e pro Instagram para
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    quem e sabe virar editor. Olha só, o
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    jovem hoje em dia quer saber muito mais
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    do Instagram e do TikTok do que do livro
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    de biologia, né? Bom, é isso. A minha
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    dica de hoje, né? É, não sejam liberais.
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    Essa é é a minha dica para sempre.
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