quem tem razão em Anatomia de Uma Queda?

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https://www.youtube.com/watch?v=339aoGYi1Z4

Resumen

TLDRO vídeo traz uma análise detalhada de 'A Anatomia de Uma Queda', focando em uma cena específica que retrata uma discussão intensa entre o casal principal. A partir desse conflito, são exploradas as complexidades das relações humanas, ressaltando como ressentimentos e a incapacidade de comunicação afetam a intimidade e a continuidade do vínculo. A análise destaca a diretora Justine Triet pela habilidade de transcender gêneros e convida os espectadores a refletirem sobre a necessária transformação nas relações para permitir a entrada do novo. Conclui-se que o casal no filme está em queda livre devido às feridas do passado que não conseguem superar.

Para llevar

  • 🎬 Filme 'A Anatomia de Uma Queda' examina a complexidade das relações.
  • 🗣️ Destaca a importância da comunicação nas relações.
  • ❌ Mostra como o ressentimento pode destruir a intimidade.
  • 🔍 A cena central é explorada como um estudo de caso de vínculo de casal.
  • 🤯 Intensa briga revela questões profundas não discutidas.
  • ❗ A relação é vista como incapaz de se regenerar.
  • ⚖️ Discussão sobre moralidade e responsabilidade pessoal.
  • 😭 O sofrimento nas relações é um tema central.
  • 🔄 Necessidade de transformar para permitir a continuidade do vínculo.
  • 🚫 Barreiras emocionais impedem a reconciliação.

Cronología

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    O vídeo começa com André Alves introduzindo o filme 'Anatomia de uma Queda', destacando sua complexidade e originalidade na representação das relações íntimas de um casal. A diretora Justine Triet é elogiada por transcender gêneros ao explorar uma briga intensa, comparada a uma sessão de clínica de casais. A discussão é vista como um espetáculo de agressividade onde o casal se ataca para evitar conversas necessárias. O filme se afasta da pergunta "quem matou Samuel" e investiga o fracasso das relações, onde a luta mostra a desconexão emocional. André enfatiza que a disputa não é sobre as brigas, mas sobre a ausência de comunicação real, onde ambos querem ser ouvidos, mas não ouvem o outro.

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    À medida que a discussão avança, André Alves aponta que a relação dos personagens está repleta de ressentimento. Samuel e Sandra se atacam continuamente, cada um se colocando como vítima. A conversa revela uma dança de acusações e transferências de responsabilidade, mostrando uma incapacidade de ouvir ou ajudar o outro. A briga destaca o ressentimento como uma recusa de perdoar ou esquecer, enquanto ambos acumulam frustrações sobre o que o outro deve a eles. A diferença entre a covardia moral e a coragem é discutida, sugerindo que ambos os personagens resistem a assumir responsabilidade por suas escolhas. A relação é descrita como uma perda de tempo, com André sugerindo que eles já ultrapassaram a possibilidade de reparação, transformando o vínculo em um ciclo de vingança e dor que não se recuperará.

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Preguntas frecuentes

  • Sobre o que é o filme 'A Anatomia de Uma Queda'?

    O filme explora os conflitos e a intimidade da relação de um casal.

  • Como o filme apresenta os problemas de relacionamento?

    Mostra como conflitos intensos podem revelar problemas profundos em uma relação.

  • A análise contém spoilers?

    Sim, o narrador alerta que há revelações importantes sobre a trama.

  • O assassinato de Samuel é o foco principal da análise?

    Ele é discutido mais como um ponto de partida para analisar a relação do casal.

  • Quais são os principais temas abordados na análise?

    Os sentimentos de ressentimento e a incapacidade de comunicar verdadeiramente os problemas.

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Subtítulos
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Desplazamiento automático:
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    enigmático surpreendente hipnotizante
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    visceral a anatomia de uma queda vem
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    sendo dito por muitos como um dos filmes
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    mais originais dos últimos tempos e esse
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    caos nos Alpes nos ajuda a pensar na
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    complexidade das relações para quem não
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    me conhece eu sou André Alves eu sou
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    psicanalista escritor e pesquisador de
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    cultura e comportamento um aviso tem
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    spoiler pela frente o que você quer
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    saber essa é a primeira fala de anatomia
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    de uma queda e a partir desse ponto a
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    gente vai saber muito mais do que
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    qualquer um desses sujeitos gostaria de
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    revelar a questão é que a gente tá nas
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    arenosas e movediças terras da
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    intimidade de um casal a diretora
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    Justine trier foi muito elogiada pela
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    sua capacidade de transcender gêneros
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    então eu resolvi fazer uma análise um
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    pouco diferente a nossa elaboração vai
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    ser toda feita em cima de uma única cena
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    a grande briga eu decidi pensar nessa
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    cena como uma espécie de sessão de uma
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    clínica de casais como se a gente
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    tivesse tendo acesso a um conflito tão
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    forte tão intenso que revela pra gente
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    os nós de uma análise ou as razões pelas
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    quais um vínculo não tá conseguindo se
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    manter até porque muito mais do que quem
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    matou o Samuel esse filme me fez pensar
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    numa espécie de investigação da
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    desvinculação quase uma anatomia do
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    fracasso de uma relação nessa sessão a
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    gente tem acesso às vísceras de um
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    casamento que parece ter perdido
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    completamente o seu senso de intimidade
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    e esse desentendimento vai ser a chave
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    pra gente compreender a anatomia dessa
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    queda A questão não é porque eles estão
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    brigando mas para que eles estão
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    brigando Qual é a conversa que eles não
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    estão conseguindo ter a a ponto de ter
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    que montar esse espetáculo tão grande em
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    que eles se agridem com tanta
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    intensidade exatamente para não
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    conseguir chegar numa conversa que
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    talvez seja fraturante demais os dois
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    querem ser ouvidos mas os dois não
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    conseguem escutar e aí a gente vai
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    entrando inclusive num estgio dessa
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    discussão que eles não conseguem sequer
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    falar Eles só conseguem gritar e atacar
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    E aí nesse contexto é como se a
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    agressividade e até a raiva funcionassem
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    como disfarces pra dor formas da gente
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    não acessar os pontos de dor formas da
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    gente proteger as conversas que eles não
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    estão conseguindo ter muitas vezes a
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    gente constrói essa ideia de relações em
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    que a gente tem que dizer tudo existem
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    que não CONSEG DIT e outas que não podem
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    até porque o em que elas são ditas ou
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    mesmo signicos que elg são frates demais
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    são convers tão fundas e tão doloridas
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    das quais a gente não consegue se
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    recuperar
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    I love you também me chama atenção como
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    nesse vínculo muita coisa se confunde
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    principalmente nessa Tríade Samuel
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    Sandra e Daniel parece que o filho em
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    alguns momentos dessa conversa pelo
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    menos serve como um pivô ou um disfarce
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    para encobrir algumas dessas conversas
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    para impedir que eles consigam se olhar
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    Olho no olho e se questionar Afinal o
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    que Que Sobrou de Nós Afinal o que que
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    ainda existe dessa relação ou será que
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    tudo que a gente um dia achou que a
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    gente construiria na verdade caiu e a
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    gente não vai se recuperar dessa queda
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    mas existe muita dor aqui por um lado
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    Samuel se queixa que as coisas estão
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    muito desbalanceadas nessa relação e ela
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    devolve dizendo que a ideia de
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    reciprocidade numa relação é totalmente
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    ridícula a gente tá naquele ponto em que
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    nenhum dos dois parece se sentir mais
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    amado mas sim tolerado quando Samuel diz
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    que a Sandra lhe deve tempo a gente tem
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    um dos dilemas mais Clássicos Dos
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    relacionamentos Será que o meu parceiro
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    vai ser é capaz de compensar todas as
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    perdas que eu sofri todas as concessões
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    que eu fiz para estar em relação que é
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    uma pressão insuportável para qualquer
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    relação é uma conta que nunca vai fechar
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    se o nosso analisando é o vínculo tem
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    uma outra operação que não tá sendo
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    possível de desempenhar que é desmontar
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    todo o ressentimento que parece ter se
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    tornado espesso demais e aí os
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    solavancos e as agressões não estão
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    sendo capazes de retirar esses sujeitos
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    da posição de vítima ela grita com ele
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    você não não é uma vítima mas para mim
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    ele resiste bravamente porque pro
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    ressentido a posição de vítima é tudo
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    que ele tem o ressentido Não É alguém
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    capaz de perdoar ou de esquecer mas sim
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    alguém que quer não perdoar que quer não
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    esquecer Exatamente porque a ligação com
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    esse conteúdo com essa experiência que o
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    tornou vítima é forte demais até porque
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    o ressentido ressignifica a falta como
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    prejuízo E aí esse vazio interno que
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    todos nós carregamos não é uma condição
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    humana mas sim algo que te foi retirado
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    e que o outro tem que trazer de volta e
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    o Samuel quer de
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    volta não é à toa que o Samuel tá sem
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    criatividade Parece que todo esse
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    psiquismo tá muito envolvido em
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    desenvolver narrativas de como ela é
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    manipuladora egoísta sua grande algos a
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    responsável por pagar a conta de todo o
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    prejuízo que ele sofreu na vida à medida
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    que a discussão avança a gente vê que a
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    Sandra também carrega seus
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    ressentimentos e ela tenta fazer uma
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    espécie de PX psíquico para o Samuel eu
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    adorava a vida em Londres a gente veio
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    morar no meio do nada por sua causa Você
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    quis renovar a casa tudo isso é culpa
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    sua qual que é um dos Nós centrais na
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    análise desse vínculo a covardia moral
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    versus a coragem de se responsabilizar
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    pelos seus desejos ou por topar o desejo
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    do outro porque é difícil demais de
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    abrir mão da imagem que eu acho que o
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    outro tem de mim e quando eu paro de
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    topar o desejo do outro eu vou ter que
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    abrir mão também desse lugar de
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    queridinho not at all o ressentimento
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    expressa precisamente a tentativa do eu
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    de encontrar algum tipo de conforto ou
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    de solução de compromisso com a própria
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    covardia e também com os prejuízos que
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    ela lhe causou um outro aspecto bem
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    interessante dessa discussão é como a
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    gente tá numa espécie de labirinto das
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    identificações projetivas um tenta
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    transferir pro outro aquilo que não
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    consegue bancar em si vamos lá o amor só
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    se apresenta se a gente for capaz de se
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    apaixonar pela imagem que a gente acha
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    que o outro tem de nós mas é nessa
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    operação psíquica que a gente também é
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    capaz de escorregar e achar que o outro
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    é exatamente aquilo que nos impede de
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    ser aquilo que a gente gostaria de ser
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    porque a gente entra numa espécie de
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    fantasia paranoica de que o outro tá
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    disposto a tudo para nos aprisionar numa
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    imagem do que o outro acredita que a
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    gente tem que ser e o que que a gente tá
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    fazendo nessa dança meio maluca
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    entregando nas mãos do outro ou tentando
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    transferir pro outro a responsabilidade
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    sobre a nossa subjetividade por isso que
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    é muito bom quando a Sandra diz eu não
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    tenho nada a ver com isso como se ela
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    pudesse se desimp licar totalmente dessa
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    situação Claro tem algumas frustrações
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    que dizem respeito a Samuel mas também
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    tem algumas frustrações das quais ele tá
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    se queixando que dizem respeito a esse
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    vínculo a esse modo de vida que esse
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    casal conseguiu encontrar e talvez ela
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    também esteja dizendo eu não queria ter
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    nada a ver com isso eu não queria ter
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    topado essas escolhas ou eu não queria
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    talvez ser coautora dessas escolhas eu
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    não queria a ter trazido o nosso vínculo
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    para cá então quando eles estão tendo
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    aquela discussão sobre Quem roubou a
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    ideia de quem eu penso que na verdade é
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    uma conversa que eles não estão
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    conseguindo ter sobre quem se sente mais
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    prejudicado sobre as decisões que foram
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    tomadas em nome desse vínculo não é a
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    toa que essa conversa tem um tom muito
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    mais agressivo e de muito mais
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    julgamento do que o julgamento da Sandra
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    em si no final das contas o que a gente
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    tá vendo aqui é uma dificuldade ou uma
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    perda da capacidade desse vínculo de
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    convocar a dupla nenhum dos dois
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    consegue pensar numa solução conjunta só
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    consegue apontar um pro outro e dizer
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    isso é teu então ninguém consegue
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    abaixar a guarda para escutar a dor do
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    outro e vai piorando porque os dois não
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    vão conseguindo instituir nenhum tipo de
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    remorço ou desejo de reparação é só uma
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    negociação muito nervosa de quem vai
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    assumir a culpa quando os sujeitos
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    envolvidos numa relação tão muito
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    implicados em clamar por justiça é muito
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    difícil a gente desconstruir a as
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    histórias ou as narrativas que estão tão
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    sólidas que acabam funcionando como uma
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    pedra no caminho da construção de novos
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    sentidos para uma
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    relação mas de novo Tem muito sofrimento
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    aqui não é à toa que eles estão aos
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    berros ele grita eu quero que as coisas
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    mudem e ela responde então vai lá e muda
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    quando talvez na verdade ele pudesse
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    pedir me ajuda a mudar da mesma forma
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    forma que ela tá defendida numa posição
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    de não vem tentar me acusar de ter feito
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    o estrago ou pedir para que eu mude
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    quando você também é corresponsável por
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    tudo isso de novo a falência da
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    capacidade desses dois de convocar a
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    dupla Qual é a grande queda aqui eles
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    perderam a capacidade de atravessar
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    alguma coisa juntos e a não ser que eles
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    estejam muito dedicados a recuperar essa
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    capacidade daí a Sandra tem razão é uma
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    grande perda de tempo eu diria mais eu
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    diria que eles já passaram desse ponto
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    de possível reparação ou restituição
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    dessa capacidade é como se agora só
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    restar se mesmo um pacto perverso em que
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    um não consegue abrir mão de deixar o
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    outro na pior posição possível
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    exatamente por causa de um desejo de
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    Vingança muito mal elaborado a gente sai
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    dessa cena sem saber de fato o que o
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    Samuel acha dessas interpretações tão
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    Selvagens da Sandra a gente sabe muito
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    menos qual é o peso que ela sente de ser
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    chamada de monstro ou mesmo colocada
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    nessa posição de algs que fez tanto mal
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    para ele pro vínculo pra família o que a
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    gente sabe é que eles partem pra
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    violência Porque a gente já tá num ponto
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    tão massacrante que nem a linguagem
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    consegue mais se sustentar parece que a
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    nossa única certeza é que esse
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    relacionamento chegou ao fim uma queda
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    da qual esse vínculo não vai se
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    recuperar os dois estão muito presos nas
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    feridas do passado e nos fardos do
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    presente aponto de não ter mais espaço
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    pro novo entrar uma relação acaba quando
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    um vínculo perde a capacidade de se
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    trans
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    quando não tem mais a habilidade de
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    deixar o futuro entrar e aí como dois
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    paraquedistas no alto dos Alpes só que
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    sem paraquedas esses dois estão em queda
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    livre mas eu acho que a gente pode
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    deixar por aqui seguir pensando no que a
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    gente está disposto a abrir mão para
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    reintegrar a capacidade de transformação
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    de um vínculo até mais
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  • psicanálise
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