Ondas feministas | História e vertentes do feminismo

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https://www.youtube.com/watch?v=zGHdDnKw8Cc

Résumé

TLDRO vídeo aborda as ondas feministas e suas vertentes, desde a primeira onda no século XIX, que lutou por direitos iguais e melhorias no casamento e educação, até a terceira onda contemporânea, que enfatiza diversidade e demandas específicas de diferentes grupos, como mulheres negras e LGBTQ+.

A retenir

  • 📚 A primeira onda feminista buscou igualdade de direitos no século XIX.
  • 🎓 A educação foi uma das principais reivindicações das mulheres na primeira onda.
  • ✊ O feminismo negro reconhece as demandas específicas das mulheres negras.
  • 🔍 Judith Butler questiona a relação entre gênero e biologia.
  • 🚺 A segunda onda enfoca a identidade feminina e o que significa ser mulher.
  • 🔗 "O pessoal é político" conecta experiências pessoais a questões políticas.
  • 🌈 A terceira onda do feminismo traz uma ênfase na diversidade e inclusão.
  • 💪 O feminismo radical busca a origem da opressão das mulheres.
  • 👩‍🎓 Importantes pensadoras incluem Simone de Beauvoir e Betty Friedan.
  • 📅 O Dia Internacional da Mulher foi influenciado por feministas marxistas.

Chronologie

  • 00:00:00 - 00:05:00

    Neste vídeo, discute-se as ondas feministas, começando com a primeira onda no século XIX, que procura por igualdade de direitos entre homens e mulheres. As mulheres acreditavam que a educação e uma relação mais simétrica no casamento eram caminhos para alcançar essa igualdade.

  • 00:05:00 - 00:10:00

    A primeira onda inicia com as ideias do Renascimento e do Iluminismo, gerando um movimento que levou as mulheres a reivindicarem direitos, incluindo a participação na Revolução Francesa. Contudo, após a revolução, os direitos já conquistados eram exclusivos para os homens, levando mulheres como Olamp de Gouges e Mary Wollstonecraft a clamar por inclusão.

  • 00:10:00 - 00:15:00

    As sufragistas surgem, intensificando suas ações após serem ridicularizadas por movimentos pacíficos, optando por uma abordagem mais agressiva que inclui protestos e até atos extremos, como o suicídio simbólico de Emily Davison, o que amplia a visibilidade do movimento e a discussão sobre os direitos das mulheres.

  • 00:15:00 - 00:20:00

    Nos Estados Unidos, a luta pelo direito ao voto é destacada, onde as mulheres se unem a homens abolicionistas. O discurso de Sojourner Truth desafia a percepção de fragilidade das mulheres, ressaltando a força e a resiliência das mulheres negras ante a opressão, trazendo à tona novas reivindicações.

  • 00:20:00 - 00:29:23

    Com a chegada da segunda onda na década de 1960, as mulheres percebem que, mesmo com direitos formais, a igualdade prática não se concretiza. Figuras como Simone de Beauvoir e Betty Friedan questionam a essência feminina e a mística que restringe as mulheres a papéis domésticos, introduzindo a ideia de que o pessoal é político. A terceira onda, a partir de 1990, diversifica o movimento com focos específicos para questões raciais e LGBT.

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Vidéo Q&R

  • Quais são as três ondas feministas?

    As três ondas são: a primeira (século XIX) focada na igualdade de direitos, a segunda (década de 1960) sobre a identidade feminina, e a terceira (a partir de 1990) que enfatiza a diversidade e demandas específicas.

  • O que caracteriza a primeira onda do feminismo?

    A primeira onda busca direitos iguais para as mulheres, especialmente em relação ao direito ao voto, educação e um casamento mais equilibrado.

  • Quem foram algumas pensadoras importantes da primeira onda?

    Duas pensadoras importantes foram Olympe de Gouges e Mary Wollstonecraft.

  • Qual foi o foco da segunda onda feminista?

    A segunda onda se concentrou em entender a identidade feminina e questionar o que significa ser mulher.

  • Quais pensadoras influenciaram a segunda onda?

    Simone de Beauvoir, Betty Friedan e Carol Hanisch foram pensadoras influentes nesse período.

  • O que é o feminismo negro?

    O feminismo negro destaca as demandas específicas das mulheres negras, reconhecendo que suas experiências são diferentes das das mulheres brancas.

  • Quem é Judith Butler?

    Judith Butler é uma filósofa que contribuiu para a teoria queer, argumentando que gênero e biologia são construções sociais.

  • Qual é o objetivo do feminismo radical?

    O feminismo radical busca entender as origens da opressão das mulheres e lutar contra essas estruturas.

  • O que significa a frase "O pessoal é político" no feminismo?

    A frase significa que as experiências pessoais de opressão estão ligadas a questões políticas mais amplas.

  • Que vertentes do feminismo foram discutidas no vídeo?

    O vídeo aborda o feminismo liberal, marxista, radical e negro.

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    feministas a gente faz um recorte sobre
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    a reivindicação das mulheres Então esse
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    recorte se dá a partir do século XIX e a
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    gente fala sobretudo da Europa e dos
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    Estados Unidos Isso não quer dizer que
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    não existiram reivindicações de mulheres
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    antes desse período e em outros lugares
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    As reivindicações sempre existiram Aliás
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    não só de mulheres mas de todo o povo
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    que se sente oprimido em algum momento
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    ele faz algum tipo de reivindicação No
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    entanto é o tempo é o pensamento que
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    existe naquele local naquele momento é a
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    conjuntura que vai definir como que vai
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    ser esse tipo de reivindicação Então
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    esse das ondas feministas é uma
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    reivindicação que vem a partir do século
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    XIX e aí abrange tanto a Europa quanto
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    os Estados Unidos Vamos lá então pra
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    primeira onda
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    Então vamos lá pra primeira onda Essa
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    primeira onda ocorre durante o século
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    XIX e ela tem como pauta principal as
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    mulheres buscarem direitos para alcançar
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    uma igualdade com os homens Além dos
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    direitos as mulheres acreditam também
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    que irão alcançar essa igualdade por
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    meio da educação e por meio de uma
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    relação mais simétrica dentro do
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    casamento Mas é importante pensar que
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    esse tipo de direito essas
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    reivindicações elas já começam a se
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    preparar esse esse cenário para as
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    reivindicações eles começam a se
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    preparar já no renascimento Então assim
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    que começa a modernidade já começa a se
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    configurar um cenário para que as
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    mulheres façam esse tipo de
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    reivindicação Então no renascimento
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    houve uma mudança de paradigma de
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    pensamento As pessoas começaram a pensar
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    diferente Houve uma mudança na esfera
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    social na esfera política na esfera da
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    educação e as mulheres foram
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    acompanhando essas mudanças Assim lá já
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    no século X já é possível ver algumas
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    mulheres escritoras reivindicando uma
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    certa igualdade com os homens mas foi
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    sobretudo durante o Iluminismo que
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    abriu-se um espaço para a reivindicação
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    do século XIX Porque durante o
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    Iluminismo é que se formou um pensamento
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    burguês em que trazia um discurso de
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    igualdade um tipo de discurso que era
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    contra aquele discurso da nobreza de
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    superioridade Então foi a partir desse
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    discurso que as mulheres também
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    começaram a se pensar como sujeitos
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    iguais Então foram aqueles ideais da
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    Revolução Francesa que estavam sendo
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    preparado pelos filósofos ideais de
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    igualdade de liberdade de fraternidade
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    que inspiraram as mulheres a refletirem
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    sobre a sua própria condição dentro da
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    sociedade Assim elas participaram
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    ativamente da Revolução Francesa Tanto
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    teoricamente elas também contribuíram
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    pro pensamento iluminista quanto
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    ativamente mesmo dentro da própria
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    revolução na linha de frente Mas depois
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    que a Revolução Francesa se conclui os
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    direitos são conquistados pelos homens
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    Então o que o que existe ali naquele
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    momento é uma mudança de status do
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    cidadão Ele passa a ser um sujeito de
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    direitos tendo direito sobretudo à
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    propriedade que é uma ideia do
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    liberalismo principalmente de um
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    filósofo chamado John Lock que seria
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    justamente o ideal de igualdade de
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    liberdade o direito ao próprio corpo e o
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    direito à própria vida Mas para a
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    surpresa das mulheres aquelas que
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    participaram ativamente que estavam lado
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    a lado dos homens na revolução francesa
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    elas não está elas não eram consideradas
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    sujeito de direito Então após a
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    Revolução Francesa sai um documento
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    denominado Direitos do Homem e do
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    Cidadão na qual simplesmente as mulheres
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    não estão inclusas Então ali contém
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    esses direitos que a Revolução Francesa
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    traz mas eles servem somente para os
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    homens E algumas mulheres que
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    participaram intelectualmente e
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    ativamente da revolução passam a também
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    reivindicar direitos passam a querer
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    também participar desses direitos
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    igualmente lado a lado com os homens
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    Dentro desse contexto é válido aqui
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    citar dois nomes de duas importantes
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    pensadores pensadoras desse período que
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    participaram intelectualmente da
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    revolução que seria na França a Olamp
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    the G e na Inglaterra a Mary Stony Craft
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    A Olimp lá na França ela escreve um
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    documento denominado os direitos das
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    mulheres e das cidadãs em oposição a
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    esse documento dos homens Aí ela tenta
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    argumentar com eh de várias formas
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    tentando convencer as pessoas que as
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    mulheres também deveriam participar
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    desse direito Ora se os homens começaram
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    a falar de igualdade de liberdade então
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    por que que eles não estavam incluindo
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    as mulheres por que que essa ideia
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    abarcava todos mas as mulheres não
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    estavam incluída nesse todos e a Mary
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    Stony Craft escreve também mais ou menos
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    nessa época o reivindicação dos direitos
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    da mulher No entanto a escrita dessas
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    duas brilhantes pensadoras não serve
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    quase que para nada não é muito levado a
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    sério Elas não conquistam nenhum tipo de
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    direito a partir dessas escritas Somente
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    no século seguinte é que elas resolveram
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    se organizar e fazer um movimento
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    feminista mesmo Esse movimento ficou
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    famoso como movimento das sufrages ou
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    então das sufragistas porque sufragete é
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    meio que um nome
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    pejorativo Aí elas começam a se
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    organizar a pensar várias estratégias
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    para ganhar alguma visibilidade No
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    início as movimentações são bem
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    pacíficas e normalmente elas não têm
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    muito resultado O máximo que elas
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    conseguem é ser ridicularizadas pelos
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    homens Então vai existir inclusive
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    várias propagandas nos jornais Elas são
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    o tempo todo ridicularizadas pelos
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    homens que não compreendem o porquê
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    daquela manifestação E aí elas tomam uma
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    decisão de fazer com que o movimento
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    tome uma certa violência violência não
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    porque ela ataque nenhuma pessoa mas
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    porque elas passam a fazer um barulho
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    maior inclusive a quebrar propriedades e
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    tudo mais Assim elas ganham um pouco
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    mais de visibilidade ainda que de forma
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    negativa Mas de forma negativa as
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    pessoas começam a parar para pensar por
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    que que essas mulheres estão fazendo
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    isso e as próprias mulheres que não
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    tinham muito conhecimento do movimento
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    que não estavam muito por dentro da onda
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    feminista também começam a se questionar
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    porque que elas não possuem direitos E
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    até os homens param pouco para pensar
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    mesmo quando eles falam mal das
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    feministas eles param pouco para pensar
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    se realmente isso não seria necessário
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    Por que que as mulheres estão tão
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    agressivas porque de fato esses direitos
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    devem fazer algum tipo de sentido para
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    elas
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    Infelizmente o que a gente nota ao
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    decorrer da história é que nenhum tipo
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    de movimento conseguiu de fato as suas
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    reivindicações conseguiu com que seus
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    direitos fossem garantidos sem algum
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    tipo de movimento mais forte Nenhum deu
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    certo por meio da conversa por meio do
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    diálogo ou por meio da teoria Então no
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    momento que as mulheres adotam essa
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    estratégia as coisas começam aos poucos
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    ainda assim aos poucos a caminhar pra
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    conquista desses direitos Até que um dia
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    uma delas a Emily Davidon que era uma
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    militante muito forte dentro do
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    movimento ela resolve se atirar diante
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    do cavalo do rei da Inglaterra Dizem que
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    ela tava querendo colocar um broche do
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    movimento Eis que ela é atropelada pelo
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    cavalo e ela morre se tornando então uma
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    mártir Então a partir desse evento o
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    movimento ganha muito mais visibilidade
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    ela termina causando muito mais impacto
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    do que ela imaginava né então o broche
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    ela já acharia que causava um impacto
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    Imagina colocar um broche lá no dia do
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    derby day bem na no cavalo do rei da
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    Inglaterra Mas foi mais do que isso
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    porque ela se atira muita gente entendeu
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    que ela tinha se suicidado e isso ainda
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    não tá muito claro mas muita gente ainda
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    defende que ela se suicidou em nome da
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    causa Isso faz com que as pessoas passem
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    realmente a pensar na importância das
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    mulheres adquirirem direitos
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    Na primeira onda também lá nos Estados
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    Unidos existia um movimento feminista
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    muito forte em busca de direitos iguais
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    sobretudo em busca do direito ao voto
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    Essas mulheres americanas se uniram aos
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    homens que lutavam a favor da abolição
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    dos negros a favor da abolição da
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    escravidão E junto com os homens elas
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    elas passaram a participar do movimento
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    Sim dentro do movimento ao mesmo tempo
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    elas lutavam pela abolição da escravidão
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    e pela conquista de direito das mulheres
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    O movimento esteve lado a lado mas o
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    movimento abolicionista alcançou mais
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    sucesso do que o movimento das mulheres
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    O movimento das mulheres foi um pouco
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    mais devagar as suas conquistas E dentro
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    desse cenário existia uma Convenção
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    Nacional de Mulheres em que elas
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    discutiam a respeito destes direitos E
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    certa vez apareceu uma ex-escrava para
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    fazer um discurso que ficou muito famoso
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    um belíssimo discurso que começa a fazer
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    toda a diferença dentro das reflexões do
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    movimento feminista da primeira onda
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    Essa mulher extraordinária é a Soul
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    Journe Trut e ela traz o seguinte
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    discurso Então ela tá lá no meio da
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    conferência e ela diz assim: "Os homens
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    aqueles homens ali eles falam que as
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    mulheres são frágeis"
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    Aqueles homens ali eles falam que as
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    mulheres precisam de ajuda para subir
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    nas carruagens para atravessar as ruas e
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    que elas precisam elas merecem os
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    melhores lugares em todas as
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    partes Mas a mim ninguém me ajuda a
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    subir na carruagem A mim ninguém dá
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    esses melhores lugares Ninguém me cede
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    os melhores lugares Eu por acaso não sou
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    uma mulher eu com esses braços aqui arei
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    plantei colhi e nenhum homem foi melhor
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    do que eu nessa tarefa E por acaso eu
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    não seria uma mulher eu tive 13 filhos e
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    eu vi cada um deles serem vendidos como
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    escravos e eu chorei muito E na minha
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    dor de mãe ninguém além de Jesus ouviu o
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    meu choro E por acaso eu não sou uma
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    mulher então por meio desse discurso da
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    Soul Journey Trut as mulheres passam a
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    questionar primeiro os paradoxos
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    masculinos de entender que a mulher é o
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    sexo frágil mas quando se trata da
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    mulher negra ela deixa de ser o sexo
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    frágil Então como falar de uma essência
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    feminina a partir daí e mais importante
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    ainda do que isso a partir do discurso
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    discurso da Sou Journey Truck as
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    mulheres negra passam a compreender que
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    elas possuem demandas diferente das
  • 00:11:32
    demandas das mulheres brancas que a
  • 00:11:34
    forma como elas são tratadas na
  • 00:11:36
    sociedade são diferentes Então elas luta
  • 00:11:39
    a causa dela teriam outras demandas
  • 00:11:43
    Assim isso começa a inspirar o que mais
  • 00:11:46
    tarde vai ser o movimento negro Esse
  • 00:11:49
    movimento da qual eu tô falando da
  • 00:11:51
    primeira onda ele se dava sobretudo com
  • 00:11:54
    as mulheres brancas porque a necessidade
  • 00:11:56
    dessas mulheres era acima de tudo
  • 00:11:58
    conquistar direito para conseguir serem
  • 00:12:01
    iguais aos homens Assim além disso elas
  • 00:12:04
    também reivindicavam uma educação porque
  • 00:12:06
    elas compreendiam que a sua suposta
  • 00:12:09
    inferioridade era devido a uma educação
  • 00:12:12
    diferente das dos homens E elas também
  • 00:12:14
    refutavam o casamento maioria era contra
  • 00:12:17
    o casamento porque compreendia que
  • 00:12:20
    dentro do casamento as relações eram
  • 00:12:22
    muito assimétricas e às vezes até
  • 00:12:25
    algumas acusavam que o casamento era
  • 00:12:28
    quase que uma forma de prostituição
  • 00:12:30
    legal ou ainda de escravidão que a
  • 00:12:33
    mulher era uma escrava sexual e escrava
  • 00:12:36
    de todas as formas conveniente que para
  • 00:12:39
    o homem valia a pena casar com alguém
  • 00:12:41
    porque era como que se ele tivesse ali
  • 00:12:43
    alguém à sua disposição para fazer as
  • 00:12:46
    coisas para ele e ainda para servir-lhe
  • 00:12:48
    sexualmente Então são sobretudo essas
  • 00:12:51
    três reivindicações dessas mulheres:
  • 00:12:54
    educação casamento e direitos iguais ser
  • 00:12:58
    igual perante a lei Mas se de um lado
  • 00:13:01
    essas demandas representavam problemas
  • 00:13:04
    né para as mulheres da classe média e da
  • 00:13:07
    elite por outro lado existiam as
  • 00:13:09
    mulheres trabalhadoras as mulheres
  • 00:13:11
    proletárias que também possuíam outras
  • 00:13:13
    demandas sobretudo em relação às
  • 00:13:17
    desigualdades salariais que ocorriam
  • 00:13:19
    normalmente dentro das indústrias Essas
  • 00:13:22
    mulheres então formaram um outro tipo de
  • 00:13:24
    movimento que é um movimento relacionado
  • 00:13:27
    ao socialismo ou ao movimento operário
  • 00:13:30
    Assim vale aqui alguns nomes como por
  • 00:13:32
    exemplo como da flora Tristan que tá
  • 00:13:35
    relacionada ao socialismo sobretudo ao
  • 00:13:37
    socialismo tópico E como feministas
  • 00:13:41
    marxistas temos a Clara Zetkin e a
  • 00:13:43
    Alexandra Colontai que foram de extrema
  • 00:13:46
    importância pra formação intelectual do
  • 00:13:48
    movimento operário e feminista Inclusive
  • 00:13:52
    essas duas é que deram a ideia de
  • 00:13:54
    existir um Dia Internacional da Mulher E
  • 00:13:57
    por fim do no movimento anarquista um
  • 00:14:00
    grande nome que vale a pena ser lembrado
  • 00:14:02
    é o da Ema
  • 00:14:04
    Goldman Segunda onda feminista Essa
  • 00:14:08
    ocorre em 1960 e vai mais ou menos até
  • 00:14:11
    1980
  • 00:14:13
    Direitos conquistados na maior parte dos
  • 00:14:15
    países as mulheres eram iguais aos
  • 00:14:17
    homens perante a lei só que elas
  • 00:14:19
    começaram a notar que na prática essa
  • 00:14:22
    igualdade não ocorria Então esse
  • 00:14:25
    movimento se preocupa sobretudo em
  • 00:14:28
    compreender por que ainda existe
  • 00:14:30
    submissão das mulheres Será que elas
  • 00:14:32
    seriam naturalmente inferiores aos
  • 00:14:35
    homens por isso que elas não alcançavam
  • 00:14:37
    na prática essa igualdade então várias
  • 00:14:39
    feministas passam a se questionar a
  • 00:14:42
    respeito da ideia de mulher de
  • 00:14:45
    feminilidade Ou seja o que vai reger
  • 00:14:47
    este movimento é o ideal é a pergunta: o
  • 00:14:51
    que é ser mulher o que significa ser
  • 00:14:53
    mulher e para compreender esse movimento
  • 00:14:56
    eu vou trazer aqui três pensadoras que
  • 00:15:00
    eh ajudaram bastante colaboraram
  • 00:15:02
    bastante para pensar essa questão do que
  • 00:15:04
    é ser mulher que é a Simone de Bevoá
  • 00:15:09
    a Carol Hanich e a Bet Freedom Vamos lá
  • 00:15:12
    falar de cada uma
  • 00:15:14
    delas Simone de Bevoá foi uma filósofa
  • 00:15:17
    francesa que escreveu uma grande obra
  • 00:15:20
    que trouxe várias reflexões para o
  • 00:15:22
    movimento feminista que é a obra segundo
  • 00:15:24
    sexo que traz justamente esse
  • 00:15:26
    questionamento O que que é ser mulher
  • 00:15:28
    existiria uma essência feminina e por
  • 00:15:31
    que que o mundo se constitui pelo
  • 00:15:34
    androcentrismo ou seja por meio da
  • 00:15:36
    perspectiva masculina E essa obra vai
  • 00:15:39
    fazer muito sucesso vai repercutir até
  • 00:15:42
    hoje dentro do movimento trazendo vários
  • 00:15:44
    questionamentos A outra pensadora
  • 00:15:46
    importante foi a Bet Freedoman que é uma
  • 00:15:49
    americana e que vivia nos Estados Unidos
  • 00:15:51
    lá na década de 60 70 aonde era possível
  • 00:15:56
    perceber que o americano estava
  • 00:15:59
    desenhando uma figura de mulher que era
  • 00:16:01
    aquela mulher dona de casa aquela que
  • 00:16:03
    iria consumir os produtos da indústria
  • 00:16:06
    de massa E a Bet Freedoman a partir
  • 00:16:09
    dessas vivências que ela tem como dona
  • 00:16:11
    de casa inclusive ela passa a se
  • 00:16:14
    questionar o que seria esse tipo de
  • 00:16:17
    mulher que os Estados Unidos estava
  • 00:16:19
    pintando como essência feminina como
  • 00:16:22
    mulher americana E isso ela passou a
  • 00:16:24
    denominar mística feminina Assim a obra
  • 00:16:27
    dela é denominada A mí Mística Feminina
  • 00:16:29
    em que ela vai investigar justamente
  • 00:16:32
    isso Então por que que as mulheres são
  • 00:16:35
    colocadas como aqueles seres misteriosos
  • 00:16:39
    intuitivos que estão muito mais próximo
  • 00:16:41
    da natureza do que os homens que não
  • 00:16:44
    conseguem transceder para a cultura por
  • 00:16:47
    que que as mulheres teriam esse instinto
  • 00:16:49
    submisso então era toda essa visão de
  • 00:16:52
    mulher que os Estados Unidos trazia
  • 00:16:55
    naquele momento muito também em busca de
  • 00:16:57
    vender lá os seus eletrosdomésticos
  • 00:17:00
    paraas donas de casa e também como uma
  • 00:17:02
    reação patriarcal tentando trazer as
  • 00:17:05
    mulheres de volta pra vida privada tirar
  • 00:17:08
    elas da vida pública a partir da
  • 00:17:10
    conquista de direitos retornando pra
  • 00:17:13
    vida privada depois principalmente da
  • 00:17:16
    Segunda Guerra Assim a Bet Freedom passa
  • 00:17:19
    a questionar essa mística feminina e
  • 00:17:21
    chega à conclusão que por causa dessa
  • 00:17:24
    mística as mulheres estariam adoecendo
  • 00:17:26
    Então várias mulheres com muita
  • 00:17:28
    ansiedade depressão diversos problemas
  • 00:17:31
    psíquicos que entende a Bet Freed que
  • 00:17:33
    tem a ver com essa mística que
  • 00:17:35
    inventaram a respeito da mulher deixando
  • 00:17:38
    ela reservando para ela reduzindo o
  • 00:17:40
    mundo dela à vida
  • 00:17:42
    doméstica
  • 00:17:44
    Outra importante ativista do movimento
  • 00:17:46
    feminista que também trouxe aí várias
  • 00:17:48
    questões pras mulheres refletirem foi a
  • 00:17:51
    Carol Hanich também americana vivendo aí
  • 00:17:54
    no período de 60 e 70 que lá nos Estados
  • 00:17:57
    Unidos é um movimento de contracultura
  • 00:17:59
    lembra movimento RIP eh movimento contra
  • 00:18:03
    a guerra do Vietnã movimento pacifista E
  • 00:18:06
    elas se envolvem em vários desses
  • 00:18:07
    movimentos e junto com outras mulheres
  • 00:18:10
    elas tentam trazer a demanda das
  • 00:18:12
    mulheres para esse movimento Ou seja
  • 00:18:15
    passam a discutir também as questões eh
  • 00:18:18
    femininas as questões que estão
  • 00:18:19
    relacionadas à vida das mulheres lá nos
  • 00:18:22
    Estados Unidos para o movimento Só que
  • 00:18:24
    ela começa a perceber que para os homens
  • 00:18:26
    que participam desses movimentos essas
  • 00:18:29
    questões são sempre secundárias Eles
  • 00:18:31
    consideram essas questões secundárias
  • 00:18:34
    Assim a Carol Hanich desiste de
  • 00:18:36
    participar das reuniões com os homens e
  • 00:18:39
    passa a formar um movimento só de
  • 00:18:41
    mulheres porque ela passa a compreender
  • 00:18:44
    que todos os homens se beneficiam desse
  • 00:18:46
    sistema patriarcal de modo que eles não
  • 00:18:49
    conseguem enxergar o problema que as
  • 00:18:52
    mulheres passam Assim ela funda um
  • 00:18:54
    movimento de mulheres que vai ser o
  • 00:18:56
    feminismo radical E é por isso que não
  • 00:18:59
    se aceitam homens por isso que eles não
  • 00:19:01
    são bem-vindos porque ela passou por
  • 00:19:04
    esse processo e compreendeu que isso é
  • 00:19:06
    um problema peculiar singular das
  • 00:19:10
    mulheres Outros nomes importantes junto
  • 00:19:13
    com a Carol Hanish é a Kate Milit e a
  • 00:19:15
    Sulamid Fireestone que faz parte também
  • 00:19:17
    do movimento do feminismo radical mas
  • 00:19:20
    vai ser uma frase ditada pela Carol que
  • 00:19:23
    vai fazer toda a diferença nas
  • 00:19:25
    conclusões e nas reflexões que a o
  • 00:19:27
    feminismo radical vai trazer que é a
  • 00:19:30
    frase: "O pessoal também é político" Por
  • 00:19:33
    essas mulheres elas se reúnem e passam
  • 00:19:36
    às vezes até a falar sobre a vida delas
  • 00:19:38
    a desabafar falar quais são as opressões
  • 00:19:41
    que elas sofrem fora e dentro de casa E
  • 00:19:44
    aí elas começam a perceber que as
  • 00:19:46
    opressões que elas sofrem dentro de casa
  • 00:19:49
    são muito parecidas entre si Ou seja não
  • 00:19:52
    é mera coincidência Provavelmente o que
  • 00:19:56
    elas sofrem dentro de casa deriva do
  • 00:19:59
    problema que existe na vida pública
  • 00:20:01
    Então a vida privada e a vida pública
  • 00:20:03
    estão intimamente relacionadas embora as
  • 00:20:06
    pessoas queiram separar Até hoje tem uma
  • 00:20:09
    frase de de que as pessoas falam que em
  • 00:20:11
    briga de marido mulher não se mete a
  • 00:20:13
    colher que é uma forma de entender que
  • 00:20:15
    aquilo lá é um problema privado por
  • 00:20:17
    exemplo que a violência doméstica seria
  • 00:20:19
    um problema privado Mas a Carol vai
  • 00:20:21
    dizer que não isso não é um problema
  • 00:20:23
    privado O problema privado também é um
  • 00:20:26
    problema público Ou seja nós precisamos
  • 00:20:29
    mudar a estrutura pública para que a
  • 00:20:32
    estrutura privada as relações que as
  • 00:20:34
    mulheres sofrem em sua vida privada
  • 00:20:36
    também sejam
  • 00:20:38
    transformadas Terceira onda feminista
  • 00:20:41
    Essa terceira onda ocorre a partir de
  • 00:20:45
    1990 e ela vem a partir da ideia de que
  • 00:20:48
    as mulheres são diversas e que
  • 00:20:50
    necessitam de demandas específicas Então
  • 00:20:53
    vai existir um recorte muito maior na
  • 00:20:56
    terceira onda É aí que nasce na verdade
  • 00:20:59
    que se desenvolve com maior força um
  • 00:21:01
    movimento negro e também um movimento
  • 00:21:03
    paraas mulheres lésbicas pras mulheres
  • 00:21:06
    trans pros homens trans E a gente vai
  • 00:21:08
    ter um monte de movimento que tá traz um
  • 00:21:12
    recorte seja de classe seja de raça ou
  • 00:21:16
    seja de sexualidade É nessa onda também
  • 00:21:19
    que muitas das teorias feministas passam
  • 00:21:22
    a receber uma leitura
  • 00:21:24
    pós-estruturalistas ou seja
  • 00:21:25
    fundamentadas nas ideias lá daqueles
  • 00:21:27
    franceses do Foucault do Derrida e do
  • 00:21:30
    Del Leuse Então espero que vocês tenham
  • 00:21:32
    entendido aí as três ondas A primeira
  • 00:21:34
    onda buscava igualdade com os homens
  • 00:21:37
    Elas buscavam ser iguais sobretudo em
  • 00:21:39
    relação a direitos casamento e educação
  • 00:21:43
    Nessa onda também temos um movimento
  • 00:21:45
    operário lutando sobretudo por direitos
  • 00:21:48
    trabalhistas com as mulheres dentro do
  • 00:21:50
    próprio movimento operário Na segunda
  • 00:21:53
    onda temos uma reflexão acerca do que é
  • 00:21:56
    ser mulher do que constitui a suposta
  • 00:22:00
    essência feminina E na terceira onda nós
  • 00:22:02
    temos esses recortes trazendo aí o
  • 00:22:05
    feminismo negro um feminismo também
  • 00:22:08
    voltado para as mulheres lésbicas pras
  • 00:22:10
    mulheres trans e pros homens trans
  • 00:22:12
    também Então é isso agora vamos estudar
  • 00:22:16
    um pouquinho das vertentes feministas a
  • 00:22:18
    partir dessas ondas Vamos lá
  • 00:22:21
    Então a partir dessas três ondas que a
  • 00:22:24
    gente estudou é possível já identificar
  • 00:22:26
    algumas vertentes do feminismo Feminismo
  • 00:22:29
    existem várias vertentes mas aqui a
  • 00:22:32
    gente vai identificar essas que derivam
  • 00:22:34
    das três ondas porque daí fica mais
  • 00:22:36
    fácil da gente compreender já que a
  • 00:22:37
    gente já estudou aqui um pouquinho das
  • 00:22:39
    ondas Então em relação à primeira onda
  • 00:22:42
    que era uma onda que buscava por
  • 00:22:43
    igualdade com os homens é que surge o
  • 00:22:47
    feminismo liberal Lembrando que foi uma
  • 00:22:50
    onda que surgiu na Revolução Francesa
  • 00:22:52
    que trazia os ideais liberais também
  • 00:22:55
    Essa onda até hoje ela busca apenas se
  • 00:22:58
    tornar igual ao homem ter as mesmas
  • 00:23:00
    condições com os homens Aliás às vezes
  • 00:23:03
    as feministas liberais lutam inclusive
  • 00:23:06
    para andar sem blusa igual os homens É o
  • 00:23:08
    que elas querem alcançar Assim elas não
  • 00:23:11
    querem mudar a estrutura elas querem
  • 00:23:13
    apenas trazer condições parecidas com as
  • 00:23:16
    dos homens Também dentro dessa primeira
  • 00:23:19
    onda a gente já consegue identificar o
  • 00:23:22
    movimento feminista marxista que também
  • 00:23:25
    tem a sua origem aí na primeira onda Na
  • 00:23:28
    segunda onda a gente consegue
  • 00:23:30
    identificar o feminismo radical E o
  • 00:23:33
    feminismo radical aliás a palavra
  • 00:23:36
    radical não significa extremismo
  • 00:23:38
    significa origem E é exatamente isso que
  • 00:23:41
    o feminismo radical busca compreender
  • 00:23:44
    qual é a origem da opressão que se dá
  • 00:23:47
    contra as mulheres e a partir disso
  • 00:23:49
    lutar contra esta origem Ou seja
  • 00:23:52
    enquanto no feminismo liberal existe uma
  • 00:23:55
    mudança mais superficial no feminismo
  • 00:23:58
    radical elas lutam por uma mudança da
  • 00:24:00
    estrutura para que as mulheres não
  • 00:24:03
    alcance exatamente igualdade mas para
  • 00:24:05
    que as mulheres possam escrever a
  • 00:24:07
    própria história possam se constituir
  • 00:24:09
    como sujeito ao lado dos homens mas não
  • 00:24:12
    necessariamente serem iguais aos homens
  • 00:24:15
    E na terceira onda a gente consegue
  • 00:24:18
    identificar os movimentos relacionados
  • 00:24:21
    aos recortes Então o importante
  • 00:24:23
    movimento que vai surgir aí com muita
  • 00:24:26
    força é o feminismo negro que vem muito
  • 00:24:29
    a partir daquela reflexão feita pela Sou
  • 00:24:32
    Journey que as mulheres negras vão tomar
  • 00:24:34
    consciência que a demanda delas em
  • 00:24:36
    muitos casos será diferente da demanda
  • 00:24:39
    das mulheres brancas Feminismo negro Eu
  • 00:24:42
    tenho dois nomes claro existem vários
  • 00:24:44
    nomes mas eu tenho dois aí para sugerir
  • 00:24:47
    muito bons de mulheres brilhantes e
  • 00:24:49
    excelentes que é a filósofa americana e
  • 00:24:53
    militante também do Pantera Negra foi
  • 00:24:55
    militante do Pantera Negra que é Angela
  • 00:24:57
    Davis que vai trazer reflexões
  • 00:25:00
    importantíssimas a respeito da de gênero
  • 00:25:02
    de classe e de raça Então ela vai fazer
  • 00:25:05
    esses três recordes E junto com a Angela
  • 00:25:08
    Davis também temos a Bel Hooks que traz
  • 00:25:10
    reflexões importantíssimas pra gente
  • 00:25:12
    pensar nas demandas das mulheres negras
  • 00:25:15
    hoje das diferenças que existe entre as
  • 00:25:18
    demandas de mulheres brancas e as e a de
  • 00:25:21
    mulheres negras E por fim nós temos aí
  • 00:25:24
    também uma leitura
  • 00:25:27
    pós-estruturalista que vai se concentrar
  • 00:25:30
    sobretudo na na comunidade LGBT ou seja
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    sobretudo na questão das mulheres
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    lésbicas e da dos homens trans e das
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    mulheres trans Um nome importante pra
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    gente pensar nisso é a Judit Butler que
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    traz a teoria queir Então segundo a
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    Judit Butler a o gênero é uma construção
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    social e esse ideal já está presente no
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    feminismo radical da segunda onda Só que
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    ela traz uma novidade Ela passa a dizer
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    que a biologia também é uma construção
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    social Não que ela negue uma natureza
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    Obviamente que ela não nega uma natureza
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    mas ela compreende que a biologia também
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    é um discurso que foi traçado em
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    determinada época e com determinados
  • 00:26:16
    interesses Assim o discurso da biologia
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    tenta conformar a ideia de gênero com a
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    sexualidade ou seja com o sexo biológico
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    e com o desejo sexual Então dentro desse
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    novo discurso da biologia o sexo
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    feminino por exemplo tem que se
  • 00:26:35
    conformar ao gênero feminino ou seja a
  • 00:26:39
    genitária feminina se comporta com a
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    forma como a mulher supostamente se
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    comportaria né com o ser mulher e se
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    comportaria com o desejo pelo sexo
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    oposto que seria o homem e no homem o
  • 00:26:52
    contrário De modo que tudo aquilo que
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    sair dessa normalidade vai ser
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    considerado aberração vai ser
  • 00:27:00
    considerado anormal É daí que ela
  • 00:27:02
    fundamenta a teoria quir e por isso que
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    chama quirk que quer dizer eh tem um
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    sentido pejorativo quer dizer meio que
  • 00:27:09
    aberração enfim não dá para
  • 00:27:11
    fazer a tradução correta aqui pro
  • 00:27:13
    português mas tá relacionado a isso
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    Então a Judit Butler passa além de
  • 00:27:19
    questionar o gênero passa também a
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    questionar esses discursos de
  • 00:27:25
    normalidade de anormalidade pensando
  • 00:27:27
    todos aqueles que não se encaixam nessa
  • 00:27:30
    sexualidade colocando produzindo esses
  • 00:27:32
    que não se encaixam nessa normalidade
  • 00:27:35
    como seres eh doentes ou como seres
  • 00:27:39
    anormais Então termina aí essas três
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    vertentes Tem muito mais vertentes né a
  • 00:27:44
    gente poderia trazer mais aqui mas é
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    porque essa é possível identificar a
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    partir das ondas por isso que elas foram
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    escolhidas Então espero que vocês tenham
  • 00:27:54
    gostado da aula A gente viu então um
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    pouquinho de cada onda Eu sugeria aí
  • 00:27:58
    alguns nomes talvez eu tenha falado em
  • 00:28:00
    tantos nomes que vocês ficaram confusos
  • 00:28:03
    mas o importante é que se vocês gostaram
  • 00:28:05
    de alguma teoria gostaram de alguma
  • 00:28:07
    ideia vocês possam ir atrás e aprofundar
  • 00:28:10
    mais o tema caso vocês ainda não
  • 00:28:13
    conheçam E falei um pouquinho então do
  • 00:28:15
    das vertentes e das ideias né dei só uma
  • 00:28:18
    uma ideia básica uma ideia geral sobre
  • 00:28:21
    cada uma das vertentes que é o feminismo
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    liberal feminismo marxista que faz um
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    recorte de classe o feminismo negro que
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    faz sobretudo um recorte de raça e o
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    feminismo fundamentado na no
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    pós-estruturalismo na leitura
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    pós-estruturalista que é o feminismo
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    LGBT
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    Então fico por aqui Espero então que
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    vocês aprofundem mais esse tema que
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    vocês eh façam perguntas aí enfim e que
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    vocês apertem aqui no link aqui embaixo
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    nesse nesse nominho que tem aqui embaixo
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    porque daí vocês vão encontrar um
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    material extra que a gente preparou com
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    todo o carinho para que vocês pudessem
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    aprofundar nesse tema tão interessante e
  • 00:29:03
    tão cobrado nos
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    vestibulares Beijo para vocês e até o
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    próximo vídeo
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    [Música]
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