Minha história: Julie Dorrico

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https://www.youtube.com/watch?v=28QY2jxc3ZE

Résumé

TLDRThe speaker, a recent PhD graduate in literature theory and a member of the Mapuche indigenous people, shares her journey of self-discovery and advocacy for indigenous literature. She discusses her early reading experiences, her academic journey, and the importance of making indigenous literature accessible. Through social media, she promotes indigenous authors and collaborates with others to create a supportive community for sharing indigenous narratives. The speaker emphasizes the need for representation and the challenges faced by indigenous authors in Brazil, advocating for a more inclusive literary landscape.

A retenir

  • 📚 The speaker is a PhD graduate in literature theory.
  • 🌍 She belongs to the Mapuche indigenous people.
  • 📖 Early reading experiences shaped her literary journey.
  • 💻 She promotes indigenous literature through social media.
  • 🤝 Collaboration is key in her advocacy efforts.
  • 📢 The importance of representation in literature is emphasized.
  • 📚 Indigenous authors face challenges in visibility.
  • 🌱 She aims to make indigenous literature more accessible.
  • 🗣️ Critiques traditional literature's portrayal of indigenous people.
  • 🌟 Envisions a future where indigenous literature is valued.

Chronologie

  • 00:00:00 - 00:05:00

    The speaker introduces herself as a doctor in literature theory and a researcher of indigenous literature, belonging to the Mapuche people. She discusses her journey in raising awareness about indigenous literature and authors through social media, aiming to make these works more accessible in Brazil.

  • 00:05:00 - 00:10:00

    She shares her early experiences with reading, starting with comic books and later moving on to novels, highlighting her emotional connection to literature and the impact of her childhood environment on her reading habits.

  • 00:10:00 - 00:15:00

    The speaker reflects on her upbringing in Rondônia, dealing with issues of identity and the negative perceptions of being indigenous. She describes her academic journey and the challenges she faced in embracing her identity as an indigenous person.

  • 00:15:00 - 00:20:00

    She recounts her experiences in graduate school, where she felt different from her peers and began to explore her indigenous identity more deeply, influenced by encounters with prominent indigenous figures and literature.

  • 00:20:00 - 00:25:00

    The speaker discusses her quest to connect with her indigenous roots, including conversations with her mother about their ancestry and discovering her grandfather's Macuxi heritage, which led her to explore her cultural identity further.

  • 00:25:00 - 00:30:00

    She describes her efforts to promote indigenous literature through social media, creating a platform to share works by indigenous authors and collaborating with others to raise awareness about indigenous narratives and issues.

  • 00:30:00 - 00:35:08

    The speaker emphasizes the importance of integrating indigenous literature into education, advocating for a balanced representation of indigenous voices in literature to combat stereotypes and promote understanding of indigenous cultures.

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Vidéo Q&R

  • Who is the speaker?

    The speaker is a recent PhD graduate in literature theory and a member of the Mapuche indigenous people.

  • What is the focus of the speaker's research?

    The speaker researches indigenous literature and aims to make it more accessible in Brazil.

  • What early influences did the speaker have in reading?

    The speaker began reading with comic books and later read classic literature, which shaped her understanding of narratives.

  • How does the speaker promote indigenous literature?

    The speaker uses social media to share and promote indigenous authors and their works.

  • What challenges do indigenous authors face in Brazil?

    Indigenous authors often struggle with visibility and representation in the literary landscape.

  • What is the significance of the speaker's identity?

    The speaker's identity as an indigenous person informs her work and advocacy for indigenous literature.

  • What initiatives has the speaker been involved in?

    The speaker has created platforms to share indigenous literature and foster community among indigenous authors.

  • What is the importance of literature in the speaker's life?

    Literature has been a crucial part of the speaker's identity and a means to connect with her culture.

  • How does the speaker view traditional literature?

    The speaker critiques traditional literature for its often negative portrayal of indigenous people.

  • What is the speaker's vision for the future of indigenous literature?

    The speaker envisions a future where indigenous literature is recognized and valued in the broader literary community.

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    oi oi gente eu me chamo hoje do rico eu
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    sou Doutora em teoria da literatura na
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    PUC do Rio Grande do Sul sou
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    recém-formada não tem um ex eu sou
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    pesquisadora de literatura indígena do
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    também sou indígena eu pertence o povo
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    mapuche que habita no território de
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    Roraima no norte do Brasil e também sou
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    escritora e uma senha um livro e 2019
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    chamado Eu Sou Max e outras histórias
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    que quando um pouco e a minha trajetória
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    em ter consciência que tem indígena e e
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    o ato nas redes sociais divulgando
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    autores e obras da literatura indígena e
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    tentando facilitar o acesso essas
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    produções de autores diante da minha
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    dificuldade nesses quatro anos de
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    doutoramento né como não tiver Sesi
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    pensei em que
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    as estratégias que pudessem tornar na
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    literatura indígena mais acessíveis para
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    o Brasil
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    E aí eu comecei a ler desde muito
  • 00:01:20
    pequena eu comecei com as histórias em
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    quadrinhos da Turma da Mônica
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    O que é de autoria de Mauricio de Sousa
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    e eu me lembro que eu era acho que minha
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    agora mais antiga é de sete anos eu acho
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    de 79 anos assim devorando esses livros
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    em quadrinhos e eu ia tudo E sempre eu
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    sempre faixa e Sempre lhe padrinhos
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    caderno caderneta de contas a minha mãe
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    ela tinha uma ficar desligando o
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    interior mais tarde Ribeirinha e minha
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    mãe tinha um mercadinho daqueles que
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    vendem tudo a granel não sei se você
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    sabe o que que é isso que vendem assim
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    feijão arroz milho sabem aqui então Isso
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    se chama a granel minha mãe tinha um
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    caderninho saber de registro E aí lá Ela
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    escrevia os nomes na da das comidas que
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    ela vende fiado e o preço e a mulher
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    porque eu ficava lendo isso então eu
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    sempre fui uma leitora ruim passiva
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    É mas o livro mesmo né nesse formato que
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    a gente conhece acho que vai entrar na
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    minha vida não em cima e no ensino
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    fundamental ou os exercícios que as que
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    a professora de português dos passavam
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    né e não se podia para ler e eu lembro
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    que o primeiro livro assim que eu tenho
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    consciência de ter lido devia ter uns
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    13 14 anos foi o Guarani e era um livro
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    muito grande O Guarani de José de
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    Alencar e eu lembro que eu chorei muito
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    com final que na minha cabeça de menina
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    teria se sentiam morrido né na minha
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    cabeça e ele desaparece no horizonte e
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    sem aquele final feliz que que a vão que
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    eu volante salvo Eu lembro que eu chorei
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    muito e aí eu tinha uma tia de
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    consideração era minha tia de verdade
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    não é que ela tinha uma coleção de não
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    sei se vocês vão saber também o que que
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    é isso mas é uma coleção de Sabrina de
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    Júlia que só livros de romance hoje hoje
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    vejo eles Como estão em de violentos e
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    abusivos relacionamentos extremamente
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    abusivos não recomendo pelo amor de Deus
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    mas ela tinha assim caixas caixas desses
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    livros
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    a pasta parava a noite assim lendo esses
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    livros e aí eu ficava me lembrando dessa
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    cena do Guarani em que eles morriam e aí
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    eu ficava não gosto mais desse fim
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    desses finais né da Sabrina CeC porque
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    eles eles sempre deixam um casalzinho lá
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    no final juntos e foi eu e a lendo lendo
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    esses livros conforme eu podia porque a
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    gente também não tinha celular nesse
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    aqui no salão de 2003 2004 2005 não é um
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    celular não era tão acessível Quanto é
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    hoje
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    e antes de dormir depois da escola
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    Sempre buscar valer um desses livros
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    Essas são as minhas memórias mais
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    antigas de como livro entrou então na
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    minha vida
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    E aí
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    e eu sempre Vivi eu nasci e Vivi a maior
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    parte da minha vida no estado de
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    Rondônia como eu falei borra uma vive no
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    estado de Roraima e eu nasci e Vivi
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    Rondônia porque meus pais emigraram na
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    década de 80 um do garimpo né que alguma
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    coisa tchau Que tipo de hoje inclusive
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    escreve sua vida
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    o e vivendo no estado de Rondônia com
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    esse fenótipo esse corpo e sempre foi
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    conduzida né a ter vergonha de sequinho
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    era aí eu acho sábado a escola
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    Universidade ou não trabalha trabalhar
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    em relações étnico-raciais elas acabam
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    reforçando esse apagamento então grande
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    toda essa minha vida como faz uma parte
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    do tempo academia buscar um pouco mais
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    da vida acadêmica durante toda essa
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    minha vida acadêmica sempre foi muito
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    apontada né eu fiz graduação e não sabe
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    aqui foi contada com a índia né com
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    quase todo mundo é que no estado e aí de
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    um jeito muito pejorativo de negativo e
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    bom minha mãe não conversava muito
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    comigo sobre identidade porque talvez
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    ela não soubesse falar diretamente sobre
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    identidade nesse para identidade
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    identidade povo identificação
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    bom E então eu preciso essas referências
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    e com muitos dedos assim abordando como
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    a Índia que a gente foi ensinar nesse
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    percurso eu fui muito ensinada não
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    gostar de mim né com a gente não devesse
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    gostar de si mesmos aqui e valorizar
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    muito as pessoas brancas que vinham para
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    o nosso estável
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    Oi e aí está falando de mim até de si
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    mesmo 15 mais ou menos quando eu entrei
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    no doutorado fiz uma seleção para
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    doutorado na PUC do Rio Grande do Sul
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    Essa parte é muito legal porque eu
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    passei esses a primeira seleção e a
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    gente muito preparado muito bem aí eu
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    fiquei mesmo lugar
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    Oi e eu passei né mas não ganhei bolsa e
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    então eu vou descansar e aí eu fiz uma
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    outra seleção ao seguinte eu passei
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    primeiro lugar
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    e ninguém me bloqueio de Rondônia então
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    alterado lá na PUC e você passado em
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    primeiro lugar os meus colegas devorado
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    eles se aproximavam de mim para saber se
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    estratégias ou mesmo porque existe uma
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    certa aura Natal a pessoa que passou em
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    primeiro lugar uma seleção tal e ele
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    sempre também enviam perguntar o seu era
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    índia né já que minha pesquisa era eu
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    não vou dar aquele ter aprendido era
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    voltado para o teoria indígena obra é
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    lição edáfico canal e e foi muito
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    interessante que foi foi diferente eu
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    sem ter pelada se eu era um
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    não-indígenas Rio Grande do Sul porque
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    ali eu me eu me via com mais diferente
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    daquelas pessoas tá você tem a melhor
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    coisa da minha vida me visto assim como
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    diferente mesmo porque o como o outro
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    como eu
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    em qualquer palavra certa porque eu era
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    Arrojado de Corpos brancos
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    e e e aí eu me vi naquele lugar de tá
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    todo mundo de novo e perguntando se eu
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    era Índia a senhora não é de índias eu
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    era descendente de índio deu ela sabia
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    bem como responder embora já estivesse
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    estudando já tivesse entrando em contato
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    sim com essa identidade e aí um divisor
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    de águas para mim no ano de 2017 foi ter
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    reconhecido o Daniel no grupo e vai
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    palestrar no mesmo ano eu conheci o Kaká
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    werá e também dele palestrar e no meio
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    do ano o gosto eu conheci alguém que eu
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    te para e vi ela palestrar e aquilo foi
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    totalmente diferente né do que eu já te
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    amo vivido e termos de experiência de
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    identidade
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    bom então na minha vida e vem aqueles
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    corpos indígenas estando em lugares de
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    prestígio sabe de poder que é esse lugar
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    acadêmico é esse lugar desse
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    conferencista e não disseram diencia foi
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    muito poderoso para mim E aí eu comecei
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    nesse meio tempo a comprar mais obras de
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    literatura indígena que eu te conhecia e
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    comecei a escutar mais músicas indígenas
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    eu escuto eu comecei a conhecer o cinema
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    indígena também que eu conhecia e foi um
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    outro mundo que desabrochou para mim não
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    foi fácil né identidade É sempre algo
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    muito complexo e dolorido mas é de no
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    máximo de muitos conflitos internos foi
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    um ano muito difícil para mim também mas
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    depois eu fui entendendo e abraçando né
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    então quando eu tinha mais ou menos
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    consciência assim de que eu era indígena
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    e eu senti que precisava perguntar da
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    minha mãe se nós temos referência de
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    povo né senão já tinha uns perdido como
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    muita gente que eu então já começa tinha
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    começado a conversar não tinha né era
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    melhoria que não tem festivo mas esses
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    não tinha que saber se eu também não
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    tinha referência ou se eu já tinha
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    alguma referência E aí eu lembro que eu
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    mandei uma mensagem para minha mãe que
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    minha mãe mora em Roraima mãe a gente
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    defende de algum povo aí minha mãe foi
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    espelho direta só a falar teu avô e
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    macuxi só isso E aí eu sabia então é
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    para onde voltar o que procurar com a
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    referência E aí quando ela falou com ela
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    agora Mach quis dizer que o meu avô
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    falava língua macuxi tinha crescido na
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    cultura makushi mas agora a gente já
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    tava na cidade e que não não viver uma
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    comunidade e
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    tô comendo sem queridos pelo Estado mas
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    ela foi muito direta e aí então desde
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    então eu comecei um caminho de entender
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    te conhecer a cultura de entender o dura
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    de renda conectar com os meus parentes e
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    foi mais ou menos aí nesse contexto de
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    2017/2018 e sai 2019 por exemplo que a
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    gente encontrou encontrei uma prima do
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    meu avô que ela é Pajé e eu sinto assim
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    que foi esse segundo momento divisor de
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    águas né nem que eu sabia do meu que
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    então unido é claro indígena sem do meu
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    povo de pertencimento e agora tenho essa
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    conexão direta sanguínea e de território
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    com essa família para fortalecer esses
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    laços das identidade então basicamente
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    assim Foi eles essa trajetória e
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    o cinto de vendo ela já que eu não
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    cresci na paz do senhor não precisa
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    falando a língua tem buscado estudar
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    desde então tem que estuda a língua uma
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    vez por semana mas acho que é isso
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    e quando eu tinha nove anos os meus pais
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    se separaram e eu me mudei para ver com
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    a minha mãe para Roraima demorei um
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    tempo lá então os meus tios e eu lembro
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    que nessa época de ensinou né sentir
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    Ensino Fundamental eu morei com a tia
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    porque tinha uma escola minha mãe perto
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    de nós e nessa escola nessa escola tava
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    tava uma febre de pegar e fazer uma
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    coleção de álbuns de pontos turísticos e
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    cultura do país do ovo estado de Boa
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    Vista Roraima e a gente então criança
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    era fascinado em fazer álbum sabe tipo
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    fazer essas colagens né comprar tal
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    coisa para ganhar algo de figurinhas e
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    completar a coleção
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    o e numa dessa tinha uma tinha uma
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    figura do Marco do livro Macunaíma né
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    ainda era muito celebrado lá nasceu
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    sabendo isso e estudando e a gente
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    precisou é esse livro para apresentar na
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    sala de aula de português também de um
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    professor e eu li esse livro não entendi
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    nada desse livro mas eu gostei bastante
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    e aí assim a minha memória mais antiga
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    então eu voltei para Rondônia né com a
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    minha mãe depois morei com ela e vivendo
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    aqui Natal e como falei pra vocês eu vou
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    dar para Porto Alegre
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    e quando eu cheguei em Porto Alegre e eu
  • 00:13:56
    comecei a ter contato com a identidade
  • 00:13:58
    eu descobri que o Macunaíma na língua
  • 00:14:03
    materna seria má com meu irmão ele não é
  • 00:14:06
    o personagem ele é um Deus e aí aquilo
  • 00:14:11
    eu lembro que aquilo me chocou Então
  • 00:14:13
    esse Deus esse demiurgo a Vivo na
  • 00:14:17
    memória do povo lá do círculo braima lá
  • 00:14:19
    ele só para ressaltar aqui você morar em
  • 00:14:23
    uma região seco raiva né que congrega
  • 00:14:26
    vários povos não tem só o povo mapuche
  • 00:14:29
    então lá tem falei pano tem uma opção
  • 00:14:31
    naquele até a Mona e tem outros bem usar
  • 00:14:37
    Icó por exemplo que tem o Macunaíma uma
  • 00:14:41
    pela irmão presente na memória e eles
  • 00:14:45
    que achando aquilo um disparate
  • 00:14:48
    É porque no Brasil as pessoas conheciam
  • 00:14:52
    o Macunaíma de Mário de Andrade mas não
  • 00:14:54
    sabiam sequer que ele era um Deus assim
  • 00:14:58
    como eu acho um disparate as pessoas
  • 00:15:00
    acharem a festa da quadrilha é uma festa
  • 00:15:03
    de São João no evento católico assim
  • 00:15:06
    como eu acho um disparate as pessoas
  • 00:15:08
    acharem que a gente só tem um tipo de
  • 00:15:11
    milho que é o amarelo no mundo assim
  • 00:15:14
    como eu acho um disparate as pessoas
  • 00:15:16
    ainda acreditar em acreditar em
  • 00:15:19
    descobrimento do Brasil sabe como sim
  • 00:15:22
    eu sei lá eles tinham entre oito e 100
  • 00:15:26
    milhões de pessoas não fossem ninguém
  • 00:15:28
    sabe Para habitar esse território e E aí
  • 00:15:32
    eu fiquei muito chateado em Busca aí
  • 00:15:34
    nessa buscall o livro de novo foi buscar
  • 00:15:38
    a Lu Comprei o livro na imagem foi relé
  • 00:15:42
    e nas essa releitura foi muito
  • 00:15:44
    interessante assim para mim porque fazer
  • 00:15:47
    um tempão linha né não tinha mais
  • 00:15:49
    memória das leitura e enquanto as
  • 00:15:53
    narrativas indígenas estão presentes ali
  • 00:15:57
    e como eu consigo ver na sala de uma
  • 00:16:00
    apropriação cultural como o Brasil é
  • 00:16:04
    como muitas no Brasil né que
  • 00:16:06
    eu pego as inativas indígenas porque
  • 00:16:10
    acham que condenam ela usa oralidade de
  • 00:16:14
    condenam os indígenas a esse contexto
  • 00:16:17
    isolado não podemos publicar não podemos
  • 00:16:20
    contar suas próprias narrativas e se tem
  • 00:16:22
    a ver também com a pesquisa que eu faço
  • 00:16:24
    com a história da autoria do Brasil e
  • 00:16:27
    como amizade não é que a narrativa de
  • 00:16:30
    jantar gratuito ali para ser utilizado
  • 00:16:32
    que se de alguma forma é uma homenagem
  • 00:16:33
    para os indígenas
  • 00:16:36
    bom E então eu fiz essa releitura né que
  • 00:16:41
    maturando que a gente na discimo Não
  • 00:16:43
    entendi ainda dimensões da apropriação
  • 00:16:45
    cultural em aprenderem São decentemente
  • 00:16:49
    o e esquentando não vou fazer alguma
  • 00:16:54
    coisa com isso né vou ironizar essa
  • 00:16:56
    relação E aí foi também nesse contexto
  • 00:16:58
    de 2019 que eu escrevi esse livro aí eu
  • 00:17:01
    até abusa do processo criativo e fica
  • 00:17:08
    falando aqui que eu o teus brancos
  • 00:17:11
    animados ele é egocêntrico que eu acho
  • 00:17:16
    que não vai me trazer muitos problemas
  • 00:17:17
    na vida mas eu tô pronta sabe porque o
  • 00:17:20
    Brasil em termos históricos de teve
  • 00:17:22
    pronto para abusar distâncias indígenas
  • 00:17:25
    das matrizes religiosas indígenas das
  • 00:17:28
    espiritualidades indígenas e a gente vai
  • 00:17:31
    discutir sobre isso nas escolas e a
  • 00:17:33
    gente não fala dessa intolerância
  • 00:17:34
    religiosa e pelo contrário da até o nome
  • 00:17:37
    cria um nome é para tornar Isso natural
  • 00:17:41
    e legítimo folclore quem nunca ouviu
  • 00:17:44
    falar da lenda da Iara quem nunca ouviu
  • 00:17:47
    falar da lenda do Boto
  • 00:17:49
    a falar Mega lenda da cobra grande do
  • 00:17:53
    folclore da Iara cobra grande mais em as
  • 00:17:58
    pessoas no paz nunca conhecem as outras
  • 00:18:01
    narrativas e esses Encantados esses
  • 00:18:04
    seres como parte legítimas mesmo dessas
  • 00:18:08
    outras culturas povo maraguá sateré maué
  • 00:18:11
    régua e por causa de uma cochilada na
  • 00:18:14
    ima né Então é eu faço essa discussão
  • 00:18:20
    não é uma discussão inédita porque o
  • 00:18:22
    regras Belo que é um artista visual ele
  • 00:18:25
    faz isso e faz com muita propriedade do
  • 00:18:29
    Senhor admiro muito e Respeito trabalho
  • 00:18:32
    dele
  • 00:18:33
    e ele ia trago isso então somar então
  • 00:18:37
    nessa nessa tentativa de visibilizar
  • 00:18:40
    essas narrativas essas religiosas que
  • 00:18:43
    agora estão sendo demonizados na
  • 00:18:46
    primeira pela igreja católica e agora
  • 00:18:49
    todos os protestantes nos territórios
  • 00:18:50
    indígenas
  • 00:18:57
    e quando comecei a do Drago eu comecei a
  • 00:19:01
    publicar bastante e comecei a publicar
  • 00:19:04
    numa tentativa de levar para academia
  • 00:19:07
    esses autores que eu não encontrei antes
  • 00:19:08
    e que eu não via também nessa nessa
  • 00:19:13
    produção de conhecimento
  • 00:19:15
    é só que o artigo acadêmico ele tem um
  • 00:19:19
    ele tem um direcionamento né Desse
  • 00:19:22
    espaço ele circula os acadêmicos dos
  • 00:19:26
    pesquisadores às vezes para os
  • 00:19:29
    professores dessas universidades mas
  • 00:19:32
    muito raramente esses artigos chegam-nos
  • 00:19:35
    na rede básica aí na cultura Às vezes
  • 00:19:39
    sim às mas a norma não chegar
  • 00:19:43
    e eu já vinha fazendo esse trabalho
  • 00:19:44
    desde 2017 na desde 2017 uma opção
  • 00:19:48
    intensa observando a invisibilidade da
  • 00:19:52
    literatura indígena desses autor desse
  • 00:19:54
    dessas obras
  • 00:19:55
    bom E então quando chegar em 2019 pensei
  • 00:20:01
    tava eu tava mudando de Porto Alegre a
  • 00:20:04
    Porto Velho de novo e se você vai fazer
  • 00:20:06
    alguma coisa para manter isso acessível
  • 00:20:10
    nas redes e foi aí que eu creio comecei
  • 00:20:14
    a divulgar esses autores e obras assim
  • 00:20:16
    no meu perfil só que o perfil pessoal
  • 00:20:20
    ele entende a até uma uma proposta tende
  • 00:20:28
    a não deixar em destaque essas obras né
  • 00:20:30
    ou também porque quando eu comecei não
  • 00:20:32
    sabia muito mexer não sei de algumas
  • 00:20:34
    estratégias de pesquisa sabia usar o
  • 00:20:36
    Instagram a Poxa Stories por exemplo e E
  • 00:20:41
    aí eu então compartilhar fazer os
  • 00:20:43
    autores e obras mas depois Surgiu uma
  • 00:20:45
    postagem pessoal minha E aí você ficando
  • 00:20:48
    apagado eu pensei assim não vou fazer um
  • 00:20:50
    perfil pessoal é inspirada no projeto
  • 00:20:53
    das meninas aqui
  • 00:20:55
    e também que elas são para já chamado
  • 00:20:57
    Leia lendo olhares pretas indígenas eu
  • 00:21:00
    falei bom contra aplicar o ter indígena
  • 00:21:02
    advogar as mulheres indígenas então eu
  • 00:21:06
    creio Leia mulheres indígenas e comecei
  • 00:21:08
    a divulgar 2019 em 2019
  • 00:21:14
    o perdão 2020 Eu tenho um pouco WhatsApp
  • 00:21:17
    de minha Cold e não Abril indígena a
  • 00:21:22
    Maíra se igual de camadas né
  • 00:21:25
    administradoras de perfil ler também ela
  • 00:21:28
    fez o especial de Abril indígena aí o
  • 00:21:30
    proposto para ela o marido não faz os
  • 00:21:32
    recortes desses vídeos e posta lá no
  • 00:21:34
    Leonardo e se classifica como
  • 00:21:37
    administradora também para gente fazer
  • 00:21:38
    esse trabalho coletivo eu sozinho não
  • 00:21:40
    consigo e eu não sei fazer esses vídeos
  • 00:21:42
    que você faz a mãe dela trabalha com
  • 00:21:45
    literatura anos então nós já sabe gravar
  • 00:21:49
    ali sabe falar com mais desenvoltura
  • 00:21:51
    Então ela é formada em cinema então ela
  • 00:21:55
    já sabia fazer tudo isso e ela tocou e
  • 00:21:57
    ela fez isso que deu é o que chamou
  • 00:21:59
    bastante gente assim de público dela
  • 00:22:01
    para lá para a página
  • 00:22:03
    ah e também é a gente diz entrou o
  • 00:22:08
    trabalho estavam em mim e logo em
  • 00:22:11
    seguida Lola também que do canal lá
  • 00:22:14
    Depois dos 30 no Instagram ela começou a
  • 00:22:17
    fazer vídeo divulgando a obras de
  • 00:22:19
    mulheres indígenas EA falei convidei ela
  • 00:22:21
    também nesse mesmo modelo que aconteceu
  • 00:22:23
    com armário e aí ficamos nós 3
  • 00:22:25
    trabalhando na página um tempo depois a
  • 00:22:28
    gente percebeu a necessidade de ter uma
  • 00:22:30
    identidade visual então a gente
  • 00:22:31
    contratou uma artista que é Trans e ela
  • 00:22:37
    ele e ela fez um trabalho muito assim
  • 00:22:40
    muito bonito e a partir da identidade
  • 00:22:43
    visual estudam Impacto positivo assim as
  • 00:22:46
    pessoas conversaram compartilhar
  • 00:22:48
    identidade dorme conversaram
  • 00:22:49
    compartilhar os as autoras também eu a
  • 00:22:54
    Lula EA magis tem na eles toda a gente
  • 00:22:57
    trabalha a gente tem uma vida bem
  • 00:22:59
    agitada
  • 00:23:00
    bom então a gente tenta equilibrar mais
  • 00:23:02
    ou menos isso é teve um momento em
  • 00:23:06
    quando a gente começou que teve um bom
  • 00:23:08
    né as pessoas procuravam muito projeto
  • 00:23:10
    aí depois deu uma parada e agora sim né
  • 00:23:14
    Não sei se por conta do mês de abril que
  • 00:23:19
    as relações étnico-raciais mais
  • 00:23:21
    tendência as pessoas têm buscado seguir
  • 00:23:23
    a página isso é muito legal mesmo a
  • 00:23:26
    gente não atualizando com frequência por
  • 00:23:28
    conta Tava terminando o doutorado
  • 00:23:30
    Amarante o grave mais sério a luva tá no
  • 00:23:33
    corpo ruim também conseguiu atualizar
  • 00:23:36
    atualizar mais a página mesmo assim as
  • 00:23:39
    pessoas estão compartilhando porque já
  • 00:23:41
    tenho a ser bastante grande de autor de
  • 00:23:44
    escritora CD artistas também
  • 00:23:47
    e não é porque eu tava querendo a gente
  • 00:23:50
    também queria divulgar os homens né daí
  • 00:23:53
    tinha esse perfil que você falou tudo aí
  • 00:23:56
    autores indígenas que era para jogar
  • 00:23:58
    homens e mulheres dado né o número baixo
  • 00:24:02
    escritores que existe no Brasil se são
  • 00:24:04
    60 para todo território brasileiro um
  • 00:24:07
    pouco ainda número razoável para quem
  • 00:24:10
    não conhece nada de literatura indígena
  • 00:24:12
    mas é o número um pouco para cobrir todo
  • 00:24:14
    o território nacional hoje se lei
  • 00:24:16
    autores indígenas virou literatura
  • 00:24:19
    indígena YouTube que é uma tentativa de
  • 00:24:24
    unificar canal né então tem esse canal
  • 00:24:26
    do YouTube onde eu faço entrevistas
  • 00:24:29
    escritores indígenas começou durante a
  • 00:24:31
    pandemia também tem bastante
  • 00:24:34
    Principalmente agora é depois que a
  • 00:24:37
    gente criou uma identidade visual também
  • 00:24:39
    como levar um artista indígena que é o
  • 00:24:43
    gene Everson trocar
  • 00:24:47
    Oi e aí a gente está tentando verificar
  • 00:24:49
    se tem um lugar para divulgar essas
  • 00:24:51
    Produções o que mostrou a necessidade de
  • 00:24:54
    ter um um treinamento sabe nas redes
  • 00:24:58
    sociais que eram que a gente não tinha a
  • 00:25:00
    gente quer da curso por exemplo a gente
  • 00:25:02
    não tem esse treinamento né a gente
  • 00:25:05
    queria ruim você para dar certificado
  • 00:25:08
    que muitos bem é muito bem por interesse
  • 00:25:10
    porque senão pesquisadores e quer
  • 00:25:12
    estudar mais outras pessoas ficaram
  • 00:25:13
    certificado eles nos dentes e aí nas
  • 00:25:17
    redes atualmente é esse é o Esses são os
  • 00:25:20
    meus projetos
  • 00:25:21
    Olá tudo literatura indígena YouTube na
  • 00:25:24
    ele tem uma uma história assim que
  • 00:25:27
    quando eu comecei a divulgar os outros
  • 00:25:30
    indígenas e na verdade eu percebi isso
  • 00:25:33
    desde muito cedo né lá desde 2017 A
  • 00:25:36
    ideia era descentralizar né Essa
  • 00:25:39
    produção por quê Porque quanto mais de
  • 00:25:43
    Centralizado mais maiores se alcance
  • 00:25:47
    então eu montei um grupo mas não tem um
  • 00:25:50
    grupo coletivo assim um voluntário e
  • 00:25:53
    pediu para esses parentes são todos os
  • 00:25:55
    indígenas tá E pediu para seus parentes
  • 00:25:58
    eles abrirem perfis de literatura
  • 00:26:01
    indígena o seu estado correspondente
  • 00:26:03
    para divulgar e trabalhar com a
  • 00:26:05
    literatura indígena
  • 00:26:07
    Oi e aí muitos muitos parentes topar
  • 00:26:10
    então a gente criou desde então
  • 00:26:12
    literatura indígena parar tenho
  • 00:26:14
    literatura indígena Minas Gerais tem
  • 00:26:17
    literatura indígena Rio de Janeiro tem
  • 00:26:19
    literatura indígena Brasil que ela da
  • 00:26:21
    Karina que ela quer uma da Dori também
  • 00:26:23
    já também divulga indígena tem uma
  • 00:26:27
    literatura indígena Amazonas então a
  • 00:26:29
    ideia era até marcar na no Instagram os
  • 00:26:33
    estados e mostrar que havia produção
  • 00:26:36
    literária indígena nesses respectivos
  • 00:26:38
    estados né Aí é agora a gente tá no
  • 00:26:45
    processo assim de divulgar essas obras e
  • 00:26:48
    informação também porque a gente se
  • 00:26:50
    encontra uma vez por semana para estudar
  • 00:26:52
    uma obra sobretudo a uma obra que traz
  • 00:26:55
    tirando racismo um bocado os indígenas
  • 00:26:59
    e a gente inserir os indígenas dessa
  • 00:27:02
    falta de racista e divulgar mais as suas
  • 00:27:06
    obras nesses eventos e essas obras em
  • 00:27:09
    hoje que a gente tem esse projeto Não
  • 00:27:12
    não sou eu quem coordena é tudo muito
  • 00:27:15
    coletivo né então nosso nosso perfil do
  • 00:27:19
    WhatsApp todo mundo administrador se
  • 00:27:22
    eles estão precisando de alguém assim
  • 00:27:24
    para ajudar a somar nessa página que
  • 00:27:26
    eles não podem eles vão lá chama outro
  • 00:27:29
    parente e eles adiciona eles trazem
  • 00:27:32
    pautas no meu particípio e as da
  • 00:27:36
    literatura indígena Bahia da firma ela
  • 00:27:38
    propôs uma terapia coletiva para a gente
  • 00:27:41
    então é um lugar de trabalho mas é um
  • 00:27:44
    lugar é também de acolhimento né gente
  • 00:27:47
    troca afeto troca relato de experiência
  • 00:27:53
    troca
  • 00:27:54
    as estratégias de defesas por meio de
  • 00:27:57
    argumentos esse nas redes sociais já que
  • 00:28:00
    a gente sempre tá sofrendo muito botar
  • 00:28:02
    aqui na identidade a humanidade a
  • 00:28:05
    cidadania enfim e aí eu gosto tudo muito
  • 00:28:10
    de muito assim de coletivo a página para
  • 00:28:13
    lembrar os indígenas Então vai coletivo
  • 00:28:15
    né administração coletiva pode se tornar
  • 00:28:17
    um as administradoras tem a senha Cê tem
  • 00:28:20
    autonomia para publicar lá mesma forma
  • 00:28:23
    no canal do YouTube Eu entendo a sentir
  • 00:28:26
    as vezes as outras pessoas não apareçam
  • 00:28:29
    mas por conta do trabalho EA intenção é
  • 00:28:33
    fazer elas quererem estar lá para
  • 00:28:37
    emprestar outros autores também no
  • 00:28:39
    momento eu tenho a da frente do canal do
  • 00:28:42
    YouTube nas entrevistas porque os
  • 00:28:44
    parentes não tem tido tempo tem tempo
  • 00:28:47
    vídeo outros projetos e pela cabo
  • 00:28:49
    e não sendo a pessoa que mais aparece lá
  • 00:28:52
    mas aí tá eu não é que seja saiu a ideia
  • 00:28:55
    que seja sempre nós e que seja sempre
  • 00:29:00
    continuar para as pessoas não acharem
  • 00:29:02
    que a vão falar de literatura indígena
  • 00:29:05
    só em abril inalado em agosto falar de a
  • 00:29:08
    pensar em um dado momento do ano pelo
  • 00:29:11
    contrário e daí de todos esses projetos
  • 00:29:13
    inclusive fazer com que a cidade da
  • 00:29:17
    minorante as letras por meio das
  • 00:29:19
    Universidades de outras instituições por
  • 00:29:21
    ser vão que a gente tá tem que tá
  • 00:29:24
    falando das condições de vida das
  • 00:29:27
    pessoas indígenas das flautas indígenas
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    o ano todo e no ano seguinte uns 20 anos
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    seguintes só assim para a gente
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    engrossar sabe as políticas públicas e
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    os direitos indígenas
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    E aí
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    e a nossa como falei a gente é se reúne
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    pra vo falar de coisas sérias de se
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    defender mesmo né mas a gente se reúne
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    também para ir para rir um pouco aí
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    lembra Okay muito recentemente a gente
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    pegou o livro da
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    Oi Oi Pati mingling é uma palavra que
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    fazer um uma uma coleta de narrativas e
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    publicou nessa narrativas de contos
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    eróticos de vários Vários vários povos
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    indígenas depois a gente discute muito
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    na a relação da teoria da autoria e da
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    tela que a gente não concorda a gente
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    acha que a propriedade intelectual
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    dessas nativas tem que ser indígena tem
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    que ser os indígenas mal e depois de ter
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    discutido vários a gente começou a ler e
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    foi muito engraçado ler esse colo que é
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    um ponto uma chineli da sobre as
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    mulheres do arco-íris a gente começou a
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    lei a gente ficou muito muito presa
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    porque tem coisa mais bonita né do que
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    essa metáfora das mulheres do arco-íris
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    e eram essa narrativa falar então do
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    povo do arco-íris e te como as mulheres
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    do arco-íris se apaixonam por um homem
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    das águas que eu em
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    É que na verdade lá no final vai se
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    mostre revelar muito feio e enquanto
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    elas estão Encantadas lá pelo homem e
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    seus maridos se Encantam pelas mulheres
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    do arco-íris nexon mulheres que vão
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    fazer ficha e o final das contas ele é
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    muito engraçado né porque quando as
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    mulheres percebem que o homem é feio e
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    elas querem voltar para seus maridos os
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    seus maridos já estão Encantados e
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    descer identificar com as mulheres as
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    mulheres do arco-íris debaixo da água e
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    aí a gente esperando um final assim né
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    das mulheres tentarem reconquistar seus
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    maridos E aí as mulheres estão se vão
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    embora se casar com pessoas mas então
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    mas só se fosse assim né E esse conta
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    ele é muito maravilhoso Ele é muito
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    divertido e a gente ficou comentando
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    assim horas dele por dias e foi muito
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    legal consiga recomendo tá dentro de si
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    e fez muito bem para não só que eu dormi
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    tá em língua materna o nome do livro é
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    moqueca de marido moqueca de maridos em
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    uma relação de contos eróticos né da
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    Britney organizado pela Regina e
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    e eu não indico aos leitores indígenas
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    que ganham esses livros canônicos por
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    quê Porque esses livros eles são muito
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    perigosos né eu tenho que citar
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    ultimamente abrir a linda te he Will
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    Smith que é uma social lugar que
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    pertence ao povo maori da Nova Zelândia
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    em que ela fala em traz uma citação de
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    uma poeta e estende tão para os livros
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    né dizendo que os livros são muito
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    perigosos para os leitores indígenas
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    Eles são muito perigosos
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    E se eles são etnocidas se eles não
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    reforçam nossos valores que eles falam
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    de nós de uma forma pejorativa e vai se
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    eles são desonestos em relação a nós a
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    ponto de nos fazer acreditar que somos
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    inferiores Então para mim José de
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    Alencar é muito desonesto Gonçalves Dias
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    há muitos e honesto e tá Mário de
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    Andrade adicionar esta uma vez que eles
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    usam narrativas indígenas para reforçar
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    o ideal de uma nação né desconsiderando
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    todas as nações que existem no
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    território brasileiro o que eu recomendo
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    então eu recomendo que os mediadores de
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    leitura e os educadores passam leituras
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    comparadas né Porque eu também não sou
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    contra a censura Vamos estudar José de
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    Alencar Vamos estudar mas
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    Obrigatoriamente a gente tem que ser um
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    livro de literatura indígena que mostre
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    a versão da história indígena para esse
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    leitor porque senão você vai estar
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    plantando as sementes colou
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    e naquela naquela pessoa naquela criança
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    ou naquele leitor né que que vou
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    aguentar o espírito dessa pessoa e vão
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    atravessar toda a vida dela a ponto de
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    ela chegar na idade adulta Ou nem isso e
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    achar que ela é superior a um sujeito
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    indígena ou que a vida indígena não tem
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    valor então é mais que urgente as
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    bibliotecas adotar em livros de
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    literatura indígena é mais que urgente é
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    as é mais por gente os educadores dar em
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    relações étnico-raciais preparar em
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    excluir e corroborar em pode ser ativa
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    genocídio em curso que vivem os
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    indígenas atualmente na gente está
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    falando de um processo de educação a
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    leitura como um processo de educação
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    Então a gente tem que Obrigatoriamente
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    falar dessas relações étnico-raciais
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    Olá
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    E aí
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