Terapia Ocupacional e Arteterapia | Dra. Maria Cristina Anauate (Palestra completa)

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https://www.youtube.com/watch?v=eu_uBj4YPEE

Résumé

TLDRA palestrante compartilha sua trajetória de 39 anos, destacando a importância da arte e da terapia ocupacional em sua vida. Desde a infância, ela se envolveu com a dança, a pintura e a natureza, o que moldou sua essência como terapeuta. Após perder a mãe aos 15 anos, ela buscou entender as doenças e a morte, o que a levou a estudar terapia ocupacional e neuropsicologia. A palestrante enfatiza a integração da arte na reabilitação de pacientes, especialmente idosos com demência, e como a expressão artística pode promover a comunicação e a autoestima. Ela também menciona a criação de um espaço onde a arte e a natureza se encontram, proporcionando um ambiente terapêutico e acolhedor.

A retenir

  • 🎨 A arte é um veículo essencial na terapia ocupacional.
  • 🌱 A natureza desempenha um papel importante na reabilitação.
  • 👵 O foco principal é o trabalho com idosos, especialmente com demência.
  • 💔 A perda da mãe influenciou a trajetória profissional da palestrante.
  • 🧠 A neuropsicologia é integrada à terapia ocupacional.
  • 🎶 A música promove comunicação e expressão emocional.
  • 🌼 O espaço terapêutico combina arte e natureza.
  • 💡 A beleza pode transformar a tristeza em alegria.
  • 🤝 A arte ajuda a manter a identidade e autoestima dos pacientes.
  • 📚 A palestrante deseja que a arte em neuropsicologia seja valorizada.

Chronologie

  • 00:00:00 - 00:05:00

    A oradora comparte a súa historia persoal e profesional, destacando a importancia das experiencias da infancia na súa elección de carreira como terapeuta ocupacional. Menciona a súa conexión coa arte e a natureza desde pequena, así como a influencia da perda da súa nai na súa decisión de entender as enfermidades e a morte.

  • 00:05:00 - 00:10:00

    A oradora fala sobre a súa transición de estudar bioloxía a terapia ocupacional, enfatizando a súa curiosidade científica e o seu amor pola arte. Describe a súa experiencia inicial traballando con nenos con discapacidades graves e como isto a levou a explorar diferentes áreas da terapia ocupacional, incluíndo a neuropsicoloxía.

  • 00:10:00 - 00:15:00

    A oradora narra a súa formación en neuropsicoloxía e a súa experiencia en hospitais, onde se deu conta da importancia da arte na rehabilitación. Menciona a súa visita a un hospital en Inglaterra onde observou o impacto positivo da arte e a música nos pacientes, o que a levou a crear un espazo dedicado á arte na súa práctica.

  • 00:15:00 - 00:20:00

    A oradora describe o seu espazo de traballo, que combina arte, natureza e terapia ocupacional. Fala sobre a importancia de crear un ambiente que promova a liberdade e a expresión, e como isto beneficia aos pacientes, especialmente aqueles con demencia. Menciona a creación de grupos de arte e música para estimular a memoria e a creatividade.

  • 00:20:00 - 00:26:57

    Finalmente, a oradora reflexiona sobre o poder da arte e a música na vida dos pacientes, destacando os resultados positivos que observa no seu traballo. Agradece a súa familia, a natureza e a arte por influír na súa vida e na súa práctica profesional, subliñando a importancia de integrar a arte na terapia ocupacional para mellorar a calidade de vida dos pacientes.

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Vidéo Q&R

  • Qual é a formação da palestrante?

    Ela é formada em terapia ocupacional e neuropsicologia.

  • Como a arte é utilizada na terapia ocupacional?

    A arte é usada como um veículo de trabalho para promover a expressão e a reabilitação dos pacientes.

  • Qual é o foco principal do trabalho da palestrante?

    O foco principal é trabalhar com idosos, especialmente aqueles com demência.

  • O que a palestrante acredita sobre a essência humana?

    Ela acredita que existe uma essência pura e curativa em cada ser humano que pode ser despertada através de processos expressivos.

  • Como a natureza é incorporada no trabalho terapêutico?

    A natureza é utilizada como um meio de reabilitação e expressão, com jardins e atividades ao ar livre.

  • Qual é a importância da música na terapia?

    A música promove expressões emocionais e é fundamental para a comunicação não-verbal dos pacientes.

  • O que a palestrante deseja para o futuro da terapia ocupacional?

    Ela deseja que a arte em neuropsicologia seja reconhecida e valorizada como um recurso importante na reabilitação.

  • Como a arte ajuda na reabilitação de pacientes com demência?

    A arte ativa sistemas motivacionais e gera prazer, ajudando na memória e na qualidade de vida dos pacientes.

  • Qual é a abordagem da palestrante em relação à dor e à tristeza?

    Ela não nega a dor, mas acredita que focar na beleza e na arte pode ajudar a transformar a tristeza.

  • Onde a palestrante realiza suas atividades?

    Ela realiza suas atividades em um espaço em São Paulo e em um jardim que criou.

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    e aí
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    oi bom dia acho que eu conheço muitos de
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    vocês aí né somos amigos há muito tempo
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    né então eu fui convidado a falar da
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    minha trajetória em 30 minutos e são 39
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    anos então é cada slide fica por conta
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    de um ano e meio mais ou menos né um ano
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    e dois a gente vai tentar fazer um assim
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    né mas eu gostaria de começar a falar
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    com vocês por conta de eu acho que cada
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    profissional cada um de nós aqui tem
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    antes de sermos terapeutas ocupacionais
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    a sua própria história que vem dos
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    nossos pais daquilo que a gente viveu da
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    nossa genética daquilo que a gente traz
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    né como dons e na terapia
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    a ser veio muitos alunos também que
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    passaram por mim que cada pessoa exerce
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    a terapia ocupacional utilizando aquela
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    essência que tá lá atrás né então eu
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    gostaria de contar um pouco para vocês
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    sobre isso né eu fui convidada para
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    falar da arte eu fiz um caminho é grande
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    na ciência né na ciência tanto da
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    neurologia da neuropsicologia como
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    também das artes mas o que vem tá lá
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    atrás de quando eu era pequenininha né
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    que eu adorava dançar pintava paredes e
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    aí minha mãe me comprou um estojo grande
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    de de tintas e me deixava pintando os
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    azulejos porque aí depois ela brancos
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    que aí depois ela limpava né então eu
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    sou artista
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    e desde que nasci e adora dança também
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    desde que nasci para a música
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    principalmente a música né nunca tive
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    paciência para estudar música mas eu
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    tenho ouvido muito sensível para a
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    música né meu corpo responde muito e a
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    natureza também porque eu não saía da
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    terra e eu ficava mexi comendo tatu-bola
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    de beber e plantando tomates queria que
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    minha mãe comprasse sementinhas para mim
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    e assim eu vivia no jardim então hoje
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    depois de toda a trajetória de 39 anos
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    eu consegui chegar na união da minha
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    essência qual a terapia ocupacional
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    realmente e é isso que eu vou apresentar
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    para vocês tá bom próximo
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    ah ah esqueci que sou eu né ai eu
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    próximo aquela folgada né quem que virou
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    para mim alguém então então antes da
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    teoria eu fiz faculdade de biologia mas
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    parei porque não me identifiquei com o
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    tipo de trabalho que eu iria seguir né e
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    fiz e já estudava arte há muito tempo eu
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    tive então esse amor à natureza e as
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    artes aconteceu antes mesmo da terapia
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    ocupacional mas eu tive um fato na vida
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    que também norteou a terapia ocupacional
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    eu perdi minha mãe com 15 anos e eu
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    tinha essa ânsia de entender as doenças
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    o mistério a morte né então o meu
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    trabalho ele tem todo um caminho
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    científico mas ele tem um fundo da
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    espiritualidade
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    e eu trabalho muito como eixo central
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    nesse caminho de todas as áreas que
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    suscitam mais a essência de cada pessoa
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    e eu acho que vai de encontro ao
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    objetivo da terapia ocupacional que a
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    despertar ações verdadeiras e felizes em
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    cada ser humano não é verdade eu acho
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    que isso tem um pilar do que você veio
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    fazer no mundo tá bom então é para cá
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    que eu faço aqui então assim né eu
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    escolhi eu mudei da biologia para
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    terapia ocupacional porque eu escolhi a
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    terapia ocupacional porque eu sabia que
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    ela ia me trazer a arte como um veículo
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    de trabalho né além disso eu sempre fui
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    muito curiosa na questão científica por
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    conta da
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    bom dia né e aí também poderia estudar o
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    ser humano dentro dos seus mistérios das
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    suas doenças né minha mãe me levava
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    visitar pessoas idosas quando eu era
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    criança então hoje eu trabalho com
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    pessoas idosas né meu meu trabalho maior
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    são com pessoas idosas e sempre me
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    encantei pelas mãos sempre eu ficava
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    procurando entender como que essas mãos
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    fazem coisas tão lindas né que incrível
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    né adora tecnologia aliás eu uso muito
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    que é a mão também que vai lá né nos
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    dedinhos e tudo mas o fazer das mãos me
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    encantava então poxa reabilitar também
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    as mãos dentro tanto de uma questão
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    cerebral como uma questão mais
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    músculo-esquelética né me encantava
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    tremendamente até quase eu fui terapeuta
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    da mão também
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    um por um tempo aí né que eu nem citei
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    aqui
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    oi e aí tentei trabalhar nessas áreas
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    mais o meu trabalho terminou mais na
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    área dos excepcionais o meu primeiro
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    trabalho foi muito difícil era uma casa
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    que a terapia ocupacional ela tava se
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    instalando e eram crianças muito graves
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    com deformidades absurdas e deficiência
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    intelectual gravíssima eu sofria
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    agressões mesmo naquela época né era um
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    ambiente completamente hostil eu chorava
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    todos os dias para ir trabalhar e a
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    gente dá a volta por cima né montamos
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    oficinas e do que que eu montei
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    marcenaria jardinagem né artes porque
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    tava lá né vinha de lá de trás quero que
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    eu acreditava daí não podendo mais ir
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    até tão longe porque era bem distante da
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    minha casa eu consegui trabalhar no de
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    mr lá foi uma aula né assim de
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    possibilidade
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    e de tanto patologias ortopédicas quanto
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    neurológicas e entrei numa clínica
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    particular onde eu tive muito contato
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    com pessoas com acidentes vasculares
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    cerebrais e estudando com o pessoal que
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    fazer o bobath né as fisios que fazem o
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    vovô ti elas foram minhas colegas de
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    faculdade trabalharam lá com a sônia
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    gusman né eu entendi um pouco mais o
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    método e atuava sobre ele mas ele não
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    tinha certos resultados em alguns casos
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    eu fui procurar saber como ontem até o
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    sérgio falou né na abertura né que
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    primeiro só se via o movimento e depois
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    foram fomos entendendo que existe um
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    outras instâncias né e que são do
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    cérebro e a hoje a gente integra até o
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    campo sutil no nosso trabalho né das
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    outras áreas energéticas também né
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    e a medicina chinesa enfim e aí eu fui
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    vendo que o cérebro não era só movimento
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    ele era um monte de funções que estavam
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    acima desse movimento e daí que eu fui
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    estudar a neuropsicologia no hospital
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    são paulo e lá fiquei me formei junto
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    com neurologistas e por isso que eu
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    tenho esse tra queijo tranquilo porque
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    eu fui fundo mesmo nesses estudos né de
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    neurofisiologia neuroanatomia e tentando
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    me colocar na terapia ocupacional com o
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    patinho feio porque quem é essa daí tá
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    fazendo no meio dos médicos né estudando
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    aqui e foi muito legal essa experiência
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    e daí eu fiz um tempo de pesquisa e
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    depois eu migrei para o hospital das
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    clínicas para o grupo do dr ricardo
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    nitrini de funções cognitivas e do
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    comportamento passei um tempo
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    e aí fazendo um estudo de memória e ele
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    me disse o seu conhecimento está
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    insuficiente cafezi né aí eu fui para a
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    inglaterra estudar no centro referência
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    da bárbara o wilson é de reabilitação
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    neuropsicológica foi aí que tudo começou
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    a cada vez me tornar mais especialista
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    na área da neuropsicologia então eu fui
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    uma das primeiras terapeutas
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    ocupacionais que estavam nos eventos de
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    neuropsicologia do brasil né e a partir
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    disso eu desenvolvi conhecimento e
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    muitas terapeutas ocupacionais acho que
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    foi uma porta de de caminhos mesmo para
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    essa área tão bonita que hoje tá tão
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    fundamentada através de avaliações de
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    testes por grandes profissionais que
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    estiveram comigo antes e eu fico muito
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    feliz e orgulhosa de ver tanto
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    o que tá acontecendo hoje na nossa nesta
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    área especificamente mas isso não me
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    bastava porque faltava arte e lá na
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    inglaterra eu vi uma eu vi trabalhos no
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    corredor porque eu tava no centro super
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    científico né de reabilitação não tinha
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    nenhuma figurinha nenhuma obra de arte
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    mas nos corredores tinha eu fui procurar
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    saber de onde vinham essas e era de um
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    hospital dia de pessoas com demências
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    que produziam a arte e lá dentro tinha a
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    arteterapia e musicoterapia pedir para
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    conhecer fui visitar um hospital e
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    cheguei nesse hospital quer em outra
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    cidade em cambridge e vi um espaço que
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    era completamente avesso a a olhar do
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    hospital hospital era uma coisa fria eu
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    estava no inverno e tira uma casinha de
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    tijolinho
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    e esse lugar que eu fui visitar e
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    latinha salas de arte abajur livro os
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    móveis antigos plantas sementes eu
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    fiquei encantada né e eu eles chegavam
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    os pacientes do hospital totalmente
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    apáticos e começava a música começava a
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    arte eles se transformavam e foi aí que
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    eu falei não é isso que eu quero para
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    mim e aí eu montei o espaço viver com
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    arte voltando da inglaterra lutando por
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    esse espaço né e então enquanto eu
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    estudava tudo isso eu fazia cursos de
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    arte de história da arte e também fiz
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    jardinagem paisagismo porque eu não
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    vivia sem as plantas mas eu também não
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    entendia o quanto isso iria ser um um
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    dos pilares do meu trabalho tá a a
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    i i a natureza elas foram meios pelos
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    quais irá música pelos quais eu me
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    reabilitei com uma pessoa diante da
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    morte da minha mãe e eu vi esse poder eu
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    era uma pessoa extremamente triste né é
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    fechado em mim mesma e a alegria veio
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    para minha vida e uma vez uma paciente
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    me perguntou com demência com alzheimer
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    ela me perguntou como que você criou
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    tudo isso com o motivo qual o objetivo
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    disso tudo aí eu contei aqui eu perdi
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    minha mãe só que aí a arte terá a então
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    você usou a beleza para transformar a
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    tristeza né então isso para mim foi
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    assim incrível ela ter me falado isso se
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    tornou o lema um lema da minha vida
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    porque realmente a beleza é equilibra
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    ela da estética ela daqui ela dá
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    realmente uma
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    e aí
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    e eu não tô negando a dor tá gente eu
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    não tô negando a tristeza mas focar só
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    na tristeza não vai construir né a gente
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    tem que transformar tá então eu fui
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    fazer o curso de arte-terapia tive
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    muitos conflitos não vou dizer que não
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    porque a arte ela está incluída na
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    terapia ocupacional e o que seria
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    arteterapia eu terapeuta ocupacional já
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    usando a arte e arteterapia como eu iria
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    incluir isso realmente abriu meu olhar
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    para um olhar mais sensível ainda a
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    partir deste recurso né e eu comecei a
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    ter a possibilidade de atender pessoas
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    que eram artistas antes ou que se
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    identificavam com arte e que tinham
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    alzheimer porque eu trabalhei um tempo
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    com doenças não progressivas com arte e
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    depois com muitas doenças pro
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    o nemo e eu comecei a observar dentro do
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    meu conhecimento já para ingresso na
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    área da neuropsicologia quais as funções
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    do cérebro kim suscitavam possibilidades
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    na arte e eu comecei a observar o quanto
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    essas atividades eram também bastante
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    estimulantes só que a arte e além ela ia
  • 00:14:29
    além porque muitas vezes com a perda já
  • 00:14:34
    considerável de funções cognitivas
  • 00:14:37
    trança em dia um trabalho que o paciente
  • 00:14:40
    se sentia feliz de na ordem do abstrato
  • 00:14:45
    já porque eles já tinham perdido
  • 00:14:46
    figuração eles já tinham pedir já
  • 00:14:49
    estavam apraxicos agnósticos muitas
  • 00:14:52
    vezes e a ou trabalho era edificante era
  • 00:14:57
    algo que marcava na memória deles né
  • 00:15:00
    então eu criei ao longo desses estudos
  • 00:15:03
    esse curso
  • 00:15:04
    e da arte em neuropsicologia que existe
  • 00:15:07
    até hoje ele tem 14 módulos no ano e é
  • 00:15:11
    esse percurso o curso ele passa por tudo
  • 00:15:14
    isso passa por todas as funções
  • 00:15:16
    cognitivas então vocês serão sempre
  • 00:15:18
    bem-vindos ele acontece aqui em são
  • 00:15:21
    paulo no meu espaço e me desenvolvi
  • 00:15:24
    muito no estudo das mandalas e fui
  • 00:15:28
    desenvolvendo paralelamente jardins e
  • 00:15:30
    observando os efeitos da natureza em mim
  • 00:15:34
    e nas pessoas com as quais eu convidava
  • 00:15:36
    para irem ao jardim né então falando um
  • 00:15:42
    pouquinho do espaço eu tô no tempo tá
  • 00:15:45
    tudo em ordem tá ótimo acho que vai dar
  • 00:15:47
    certinho eu resumi bem falando um
  • 00:15:52
    pouquinho do espaço né eu tenho esse
  • 00:15:55
    longa né que eu acho bonito que é um
  • 00:15:58
    espaço onde a vida é trazida pela
  • 00:16:01
    potência da arte as pessoas que entram
  • 00:16:03
    lá elas sentem ar
  • 00:16:04
    um dos poros ali né eles e eu tenho
  • 00:16:08
    muito o modelo da nise da silveira né o
  • 00:16:10
    meu modelo é humanista é íntimo é
  • 00:16:15
    familiar muitas vezes tem animais também
  • 00:16:19
    conosco é descontraído é livre e os
  • 00:16:24
    pacientes se sentem livres lá e eu
  • 00:16:27
    observei que eu fiz o caminho da
  • 00:16:31
    neuropsicologia avaliações tudo
  • 00:16:33
    bonitinho steven hospitais desenvolver
  • 00:16:36
    um protocolo de arte no hospital das
  • 00:16:38
    clínicas né é que que vai tá publicado
  • 00:16:43
    no livro agora que vai ser lançado em
  • 00:16:45
    fevereiro felipe aqui então a gente tem
  • 00:16:49
    um caminho bacana aí da neuropsicologia
  • 00:16:51
    em demências e que é extremamente
  • 00:16:54
    importante mas eu não conseguia muitas
  • 00:16:58
    vezes eu ficava bastante frustrada
  • 00:17:00
    porque chega um ponto que a gente não
  • 00:17:02
    consegue reabilitar porque eu me
  • 00:17:04
    e essas progressivas e a gente adapta e
  • 00:17:08
    a gente orienta cuidadores mas existe na
  • 00:17:11
    casa do paciente e dos familiares uma
  • 00:17:14
    tristeza profunda por conta da perda da
  • 00:17:18
    perda que essa família teve daquele ente
  • 00:17:21
    querido né do que ele não é mais então
  • 00:17:26
    essa tristeza ela toma conta de
  • 00:17:29
    possibilidades que poderiam acontecer
  • 00:17:31
    naquela casa e eu observei se eles
  • 00:17:35
    tivessem um lugar que ele se fossem mais
  • 00:17:38
    felizes eles voltariam para casa com
  • 00:17:41
    outra qualidade e isso tem acontecido eu
  • 00:17:45
    quando tratava sem arte eu tinha
  • 00:17:48
    processos muito mais rápidos de piora e
  • 00:17:52
    hoje eles estão comigo há cinco anos bem
  • 00:17:55
    são pessoas que convivem lá e tão
  • 00:17:58
    produzindo vocês vão ver algumas fotos
  • 00:18:00
    não pude trazer vídeos porque senão ia
  • 00:18:02
    tomar muito tempo tá
  • 00:18:04
    e lá a gente não desenvolve só a parte
  • 00:18:08
    artística né a esse de expressão visual
  • 00:18:11
    a gente também desenvolve a expressão
  • 00:18:13
    das emoções e de conteúdos cognitivos
  • 00:18:16
    também a partir da música da dança da
  • 00:18:19
    poesia de outras formas de convivência
  • 00:18:22
    mas eu tenho dois grupos de oficina da
  • 00:18:25
    memória no espaço para pessoas que se
  • 00:18:28
    interessam mais pela parte cognitiva e
  • 00:18:31
    esse trabalho também eu tô com essas
  • 00:18:33
    pessoas há muitos anos eles elas estão
  • 00:18:35
    bem muitas com diagnóstico e morando tem
  • 00:18:40
    duas que moram sozinhas ainda com
  • 00:18:42
    acompanhamento das filhas né então eu
  • 00:18:45
    fico realmente olha eu sou a prova
  • 00:18:47
    escrita gente que vale a pena vale a
  • 00:18:51
    pena trabalhar e investir no idoso com
  • 00:18:53
    demência vale a pena gente ele só a
  • 00:18:56
    gente é que sabe né o quanto vale a pena
  • 00:18:59
  • 00:19:01
    e aqui eu vou ler que é o que eu
  • 00:19:04
    acredito como eixo principal acreditamos
  • 00:19:08
    na existência de uma essência pura
  • 00:19:10
    curativa reorganizadora que vem da
  • 00:19:12
    verdade mais profunda de cada ser humano
  • 00:19:14
    e que pode ser libertada despertada
  • 00:19:18
    através de processos expressivos e
  • 00:19:20
    criativos de múltiplas formas apesar das
  • 00:19:24
    desvantagens e desequilíbrio sakura que
  • 00:19:26
    nem sempre é física ou neurológica pode
  • 00:19:30
    ser alcançado em outros níveis funcional
  • 00:19:33
    emocional espiritual e de qualidade de
  • 00:19:35
    vida
  • 00:19:38
    oi e aí a arte nas demências né ela
  • 00:19:41
    sustenta as bases da personalidade e
  • 00:19:44
    identidade e autoestima promove uma
  • 00:19:46
    comunicação não-verbal muitos às vezes
  • 00:19:49
    nem falam mais pela arte eles conseguem
  • 00:19:51
    se comunicar né oferece suporte e
  • 00:19:54
    manutenção e prevenção como eu já falei
  • 00:19:56
    agorinha né
  • 00:19:58
    oi e ela em si como recurso da
  • 00:20:02
    reabilitação neuropsicológica que vai
  • 00:20:05
    trabalhar muitas funções cognitivas e
  • 00:20:07
    comportamentais ela é muito interessante
  • 00:20:11
    porque ela ativa sistemas motivacionais
  • 00:20:13
    de alta intensidade e o prazer dos
  • 00:20:19
    estímulos que são gerados é muito forte
  • 00:20:23
    e isso fica na memória mais do que
  • 00:20:26
    outras atividades tá em fases assim eu
  • 00:20:31
    acho que numa fase inicial das demências
  • 00:20:33
    o seu trabalho cognitivo é fundamental
  • 00:20:37
    né a estimulação cognitiva mais para
  • 00:20:40
    frente eu já vou entrando com a arte já
  • 00:20:42
    nessa fase e mais para frente aí é a
  • 00:20:47
    arte sustenta por algo por alguns anos
  • 00:20:50
    ou mais não são alguns às vezes mais
  • 00:20:53
    anos né e chega um ponto que não dá mais
  • 00:20:57
    a arte a música
  • 00:20:58
    tu tá desde o início também e ela que
  • 00:21:01
    vai sustentar o final é impressionante o
  • 00:21:05
    que a música promove no ser humano
  • 00:21:08
    expressões que você nunca imaginava a
  • 00:21:11
    ver né em pessoas tão comprometidas
  • 00:21:14
    cognitivamente tá
  • 00:21:19
    e os resultados dos trabalhos me
  • 00:21:22
    fascinam a cada dia refletindo em
  • 00:21:24
    desenvolvimento cognitivo e motivacional
  • 00:21:25
    produtivo e social inclusive com
  • 00:21:28
    exposições valorização e participação
  • 00:21:30
    dos familiares envolvendo intensamente
  • 00:21:32
    prazer e alegria me fazem crer que esse
  • 00:21:36
    é o caminho que quero e queremos né
  • 00:21:40
    seguir e lutar para que os meios
  • 00:21:43
    acadêmicos e clínicos possam
  • 00:21:45
    reconhecê-lo e valorizaram isto é a arte
  • 00:21:48
    em neuropsicologia podendo a arte trazer
  • 00:21:51
    um alcance de recuperação e adaptação à
  • 00:21:54
    vida de pessoas com prejuízos tão
  • 00:21:56
    grandes e que deseja um novo significado
  • 00:21:58
    em suas vidas
  • 00:22:00
    e essa moça ela é ela tem uma demência
  • 00:22:06
    pré-senil de alzheimer com 50 e 55 anos
  • 00:22:09
    começou comigo e ela tá super bem
  • 00:22:12
    deveria estar muito pior porque é um
  • 00:22:14
    quadro mais grave né quando é pré-senil
  • 00:22:17
    e a gente tem conseguido ela tem muita
  • 00:22:20
    consciência eu não sei como mas ela tem
  • 00:22:23
    até me perguntou o que que eu vinha
  • 00:22:25
    fazer aqui hoje e me contou sobre um
  • 00:22:28
    programa da globo que falaram sobre
  • 00:22:32
    demência e ela com dificuldade de falar
  • 00:22:35
    então já tô com ela há cinco anos gente
  • 00:22:38
    então vocês vem né que parece new não
  • 00:22:42
    era esperado isso não era
  • 00:22:46
    bom então basicamente é isso né a gente
  • 00:22:50
    tem grupos de arte música dança né o
  • 00:22:53
    quanto a música vai além ela toca a alma
  • 00:22:56
    e a dança expressa alma é lindo o
  • 00:22:59
    trabalho com dança prevenção da memória
  • 00:23:02
    atividades cognitivas visitas a museus
  • 00:23:05
    né atividades literárias e poesia e
  • 00:23:09
    grupos reflexivos em arteterapia e eu
  • 00:23:12
    pensava que seria difícil né eles
  • 00:23:14
    poderem pensar sobre a vida mas a gente
  • 00:23:17
    traz por exemplo uma música que fala da
  • 00:23:19
    janela aí eles desenham a própria janela
  • 00:23:23
    e o que eles veem atrás da janela e aí
  • 00:23:26
    trazem tantos conteúdos que vocês né
  • 00:23:28
    então por exemplo eu dei um exemplo né
  • 00:23:30
    então a gente trabalha às vezes
  • 00:23:32
    conteúdos também um pouco mais profundos
  • 00:23:35
    com eles e é possível não não sai dali é
  • 00:23:38
    no momento eles entendem vivem e levam
  • 00:23:42
    no coração essa experiência mas isso não
  • 00:23:45
    propaga para lembrar o quê
  • 00:23:46
    e na casa então os familiares têm só que
  • 00:23:50
    que ela fica fazendo lá né eles não
  • 00:23:52
    lembram de nada ela não fez nada mas
  • 00:23:54
    alguns familiares me falam que eles
  • 00:23:56
    voltam muito melhores do que saíram né
  • 00:24:00
    que eles ficam muito bem à noite então é
  • 00:24:03
    implícito abordagem né o efeito do
  • 00:24:08
    trabalho tá
  • 00:24:11
    oi e aí nesse tempo eu consegui trazer o
  • 00:24:15
    jardim para minha vida né então ele já
  • 00:24:17
    existe esse jardim existe há oito anos
  • 00:24:21
    já e eu incluir nele muitos trabalhos de
  • 00:24:26
    arte né ele tem mandalas ele tem senso e
  • 00:24:31
    ele tem mosaicos ele tem distribuição
  • 00:24:37
    energética eu estudei muito para criar e
  • 00:24:40
    eu levo a pessoas para lá nas estações
  • 00:24:43
    do ano refletindo sobre os efeitos da do
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    clima dos ciclos da vida e dos elementos
  • 00:24:51
    sobre a nossa biologia né é isso que eu
  • 00:24:54
    faço no jardim e os já levei os
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    pacientes e eles pareciam que lá eles
  • 00:25:01
    não tinham demência era uma sensação
  • 00:25:02
    muito interessante né como eles
  • 00:25:06
    exploraram como eles interesse já tô
  • 00:25:09
    acabando então aqui ó
  • 00:25:11
    me fala mais ou menos eu acho que as
  • 00:25:13
    aulas vão ser disponibilizadas também
  • 00:25:15
    não é pelo prefeito então aí já tem
  • 00:25:18
    alguns contatos alguns caminhos né aqui
  • 00:25:22
    em são algumas fotos e aqui é o meu
  • 00:25:25
    trabalho pessoal porque eu pinto lenços
  • 00:25:29
    das flores que eu planto e que eu
  • 00:25:31
    fotografo e é minha arte pessoal que eu
  • 00:25:35
    também sou artista não podia negar lá da
  • 00:25:38
    criança né então eu quero que vocês
  • 00:25:41
    sejam muito bem vindos tá tanto ao
  • 00:25:44
    espaço em são paulo quanto ao jardim que
  • 00:25:46
    não é em são paulo mas serão muito
  • 00:25:49
    bem-vindos para conhecer o nosso
  • 00:25:51
    trabalho
  • 00:25:54
    e agradeço então aos meus pais a todos
  • 00:25:57
    os meus antepassados e os meus filhos
  • 00:26:00
    meu marido a natureza por me darem a
  • 00:26:03
    arte e a capacidade do olhar sensível
  • 00:26:05
    agradeço em especial ao poder da música
  • 00:26:08
    e dos sons da natureza que estiveram
  • 00:26:11
    presentes em todos os meus processos de
  • 00:26:13
    crescimento intuição e criação e a
  • 00:26:16
    matemática da vida que integra todas
  • 00:26:19
    essas formas de energia com perfeição e
  • 00:26:22
    aí que está a cura né que nem sempre é
  • 00:26:25
    visível no campo físico mas ela está em
  • 00:26:29
    outros níveis né e ela integra a música
  • 00:26:31
    a arte ea natureza na criação divina que
  • 00:26:34
    somos nós como partes também da natureza
  • 00:26:38
    mas o único ser vivo que produza arte é
  • 00:26:43
    o homem
  • 00:26:44
    bom obrigada gente ó
  • 00:26:51
    oi oi
  • 00:26:54
    e aí
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  • terapia ocupacional
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  • neuropsicologia
  • idosos
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