Documentário «A Revolução da Energia Limpa»

A transição energética é um desafio monumental, envolvendo não apenas a substituição de infraestruturas, mas também uma mudança cultural e social. A velocidade de implementação de energias renováveis nunca foi tão alta, com empresas do setor superando até mesmo a economia de alguns países. O capital humano é considerado a maior riqueza nesse processo.

A história da humanidade avança com revoluções energéticas, e pela primeira vez, o investimento em energia solar e eólica supera o de combustíveis fósseis. A Europa está repensando seu uso de energia para desacelerar as mudanças climáticas e garantir energia verde para uma população crescente. A participação cidadã é crucial nessa mudança de paradigma.

A busca por economia na conta de eletricidade levou à adoção de painéis solares, resultando em uma redução significativa nas faturas. A estrutura de custos da eletricidade, com impostos elevados, impacta diretamente o consumo. A possibilidade de produzir eletricidade própria é vista como uma oportunidade para os cidadãos se tornarem agentes de mudança.

A capacidade solar em Portugal já superou a de gás natural, marcando um momento histórico. A transição energética é necessária para reduzir a dependência de combustíveis fósseis, e a produção de eletricidade renovável está crescendo, com Portugal se destacando mundialmente nesse aspecto.

A implementação da transição energética pode levar à independência energética e estabilidade de preços, reduzindo a vulnerabilidade a conflitos e flutuações do mercado. Portugal já alcançou 61% de eletricidade renovável, combinando solar, eólica e hidroelétrica de forma inovadora.

As comunidades de energia renovável estão surgindo como uma solução para a transição energética, permitindo que cidadãos compartilhem eletricidade gerada localmente. A instalação de painéis solares em locais como quartéis de bombeiros exemplifica como a energia pode ser compartilhada e utilizada de forma eficiente.

As comunidades de energia renovável promovem coesão social e reduzem custos de energia. A descentralização da produção de eletricidade traz benefícios, como menos perdas e mais empregos. A legislação em vigor desde 2019 já permitiu a formação de mais de 200 grupos de vizinhos gerando e compartilhando eletricidade.

A burocracia ainda é um obstáculo para a implementação de comunidades de energia. A demora em processos de licenciamento impede que muitas famílias se beneficiem da energia renovável. Portugal se comprometeu a ser neutro em carbono até 2045, exigindo uma adaptação significativa do sistema eletroprodutor.

Portugal possui recursos naturais suficientes para descarbonizar sua produção de eletricidade, mas a transição requer um esforço conjunto. A eletrificação e a adoção de energias renováveis são essenciais para alcançar as metas de redução de emissões de gases de efeito estufa.

A produção de hidrogênio verde é uma aposta para a transição energética, mas enfrenta desafios de custo e viabilidade. A indústria química, por exemplo, pode se beneficiar da substituição do gás natural por hidrogênio, mas a produção ainda é cara e complexa.