Precisamos falar sobre transexualidade - #Conta Mais

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https://www.youtube.com/watch?v=_GQ9Ac1Z994

Resumo

TLDRO vídeo apresenta o relato de uma mulher transexual que compartilha sua experiência de vida e as lutas da comunidade LGBT. Ela fala sobre a luta por direitos iguais, a marginalização enfrentada e a importância do respeito à individualidade. A narradora descreve momentos de rejeição e discriminação que viveu, incluindo uma agressão violenta que a motivou a se engajar em atividades de acolhimento e inclusão social através do CRD. Ela ressalta que a verdadeira identidade de uma pessoa vai além da sua sexualidade e que a sociedade precisa mudar sua perspectiva para permitir uma convivência mais harmoniosa e respeitosa.

Conclusões

  • ✊ A luta da comunidade LGBT é por igualdade e respeito.
  • 💔 A marginalização da comunidade LGBT é uma realidade histórica.
  • 🌈 A diversidade de identidade deve ser respeitada.
  • 🚫 O preconceito e a violência são gerados pela sociedade.
  • 🗣 O CRD oferece apoio e formação a pessoas excluídas.
  • 💪 A capacidade e dignidade de uma pessoa não são determinadas pela sua sexualidade.
  • 😊 Cada um tem o direito de viver sua verdade sem medo.
  • 🧩 A sociedade deve ser mais inclusiva e acolhedora.
  • 👥 É importante ver o ser humano além do sexo.
  • 🌼 A mudança social é essencial para uma convivência melhor.

Linha do tempo

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    A luta da comunidade LGBT é histórica devido à marginalização enfrentada e ainda existem muitas conquistas a serem feitas. O respeito e a liberdade são fundamentais, e todos devem ter a mente aberta. A narrativa pessoal de Renata revela uma infância e adolescência repletas de desafios relacionados à sua identidade de gênero, incluindo a rejeição familiar, mas também viagens e experiências que ajudaram a moldar sua visão de mundo. Renata se identifica como transexual, enfatizando a importância de ser reconhecida como um ser humano, e não apenas pela sua sexualidade. Ela compartilha experiências de violência sofridas em razão de sua identidade, o que a motivou a trabalhar em uma associação para apoiar outras pessoas. Renata apresenta o CRD, que busca incluir e capacitar indivíduos marginalizados, mas enfrenta barreiras na aceitação dessas pessoas no mercado de trabalho. A sociedade precisa mudar sua percepção para valorizar cada indivíduo, gerando respeito e inclusão em vez de violência e exclusão.

Mapa mental

Vídeo de perguntas e respostas

  • O que a comunidade LGBT busca?

    A comunidade LGBT luta por igualdade, respeito e o fim da discriminação e violência.

  • Qual é a experiência da pessoa no vídeo com sua identidade de gênero?

    A pessoa se identifica como transexual e compartilha suas dificuldades e lutas ao longo da vida.

  • Como a sociedade pode ajudar a inclusão da comunidade LGBT?

    A sociedade deve parar de observar as pessoas apenas como suas sexualidades e reconhecer seu potencial como seres humanos.

  • O que é o CRD?

    O CRD é o Centro de Referência e Defesa da Diversidade, que trabalha para acolher e incluir pessoas LGBT.

  • Qual foi uma experiência marcante da narradora?

    A narradora sofreu uma agressão violenta em 2007, que a motivou a se tornar ativista.

  • O que a narradora pensa sobre cirurgias de readequação?

    Ela respeita quem deseja fazer cirurgias, mas afirma que se sente bem com seu corpo e identidade.

  • Que oportunidades são oferecidas no CRD?

    O CRD oferece diversas atividades educativas e profissionais, como idiomas e artesanato.

  • Qual é a visão da narradora sobre a sociedade atual?

    Ela acredita que os preconceitos e violências são gerados pela própria sociedade e que mudanças são necessárias.

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Legendas
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    A gente luta porque a comunidade LGBT já foi muito marginalizada ao longo da história.
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    Por mais que a gente já tenha conseguido bastante coisa, tem muita coisa pra conquistar.
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    E não podemos ser discriminados, cerceados ou violentados no nosso dia a dia.
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    A gente tem caminhado, a gente ainda tem muito a construir, muito ainda a ... muitos passos
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    a ser dado nessa caminhada. É uma trilha.
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    A gente não quer mais e não quer menos. A gente quer simplesmente ser igual.
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    Eu acho que as pessoas tinha que ter a mente mais aberta.
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    O mais importante é a gente poder respeitar o nosso próprio sentimento e ter a libertadade de viver
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    da forma que a gente achar melhor.
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    A partir dos 10 anos eu já me percebia diferente na questão da sexualidade, mas não entendia o que era.
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    Sempre brinquei de boneca, sempre brinquei com coisas relacionadas à menina.
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    Nunca me identifiquei enquanto menino.
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    Quer dizer, às vezes eu virei travesti? Acho que eu nasci travesti, porque quando eu era criança as
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    pessoas me confundiam com menina. E na minha adolescência a mesma coisa. Então
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    não teve essa coisa de ... ninguém se espantou quando meu cabelo tava lá na cintura, que eu tava de peito.
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    Meu irmão não me quis por entender que eu era gay. Me deixou debaixo de uma árvore, com a mala,
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    porque disse que não poderia ficar perto da família porque eu envergonhava a família.
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    Houve momentos difíceis, assim, de separação de família por essa questão. Mas quando eu olho
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    hoje elas foram muito importantes pra mim. Eu vivi na Alemanha, vivi na Itália, vivi na França. Viajei muito,
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    conheci o mundo. Se eu tivesse ali, apegada à minha família, eu não teria tido essa experiência.
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    Nunca quis fazer a cirurgia de readequação. Eu nasci mulher num corpo masculino e eu fui adequando
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    enquanto dava. Meu nome é Renata e pra mim basta. Pra mim basta. Eu respeito e jamais vou falar
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    contra quem quer fazer, que não se sente bem vendo seu peito e seu pênis.
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    Se sente mal vendo os dois.
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    Eu não sou infeliz com meu sexo. As pessoas é que às vezes são, querem me transformar numa coisa
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    que elas seriam felizes.
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    Eu não sou mulher, eu não sou homem. Eu sou transexual.
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    Eu vim tentando justamente mostrar pra sociedade que você pode ser uma trans, mas você pode
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    ter várias profissões, você pode ser uma pessoa digna enquanto qualquer outra. Não é a sexualidade
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    que determina o seu caráter. É a sociedade que impõe isso.
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    As pessoas precisam parar de olhar pra mim enquanto sexo.
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    E olhar pra mim enquanto ser. O que é que eu posso dar?
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    Em 2007 eu sofri uma agressão, aqui em São Paulo, violentíssima por nove pessoas, na praça da República.
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    Eu tomei um chute e eu perdi um rim.
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    Sou representante da Associação, da CAIS. E ela justamente, a Associação surgiu depois dessa
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    minha agressão.
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    Olha, sem medo de errar eu falo pra você: eu não conheço ninguém que não tenha sido agredido.
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    Você morre porque você é gay. Você morre porque você é travesti. Você morre porque você é gay.
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    Você morre porque você é transexual. É por isso que você morre.
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    O CRD, que é o Centro de Referência e Defesa da Diversidade, é um braço social do Grupo Pela Vida.
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    E eu trabalho acolhendo essas pessoas. A gente faz mil situações ali de esclarecimento.
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    Eu como falo muito, trago muito texto, a gente discute muito.
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    Ninguém respondeu pra eles nem explicou pra eles por quê. Porque eu tô com 66 anos e
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    eu não sei por que que eu sou travesti.
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    Eu não sei por que que eu sou homossexual.
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    Eu trabalho inclusão social com excluídos. Por que que eles são excluídos?
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    Simplesmente porque eles não são heterossexuais.
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    E aí como é que você trabalha? Por exemplo, eu tenho uma travesti que é inteligentíssima
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    Aí eu vou incluir essa travesti aonde, em qual sociedade? Se vou pras empresas, as empresas não
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    querem. Então o CRD ensina ela a falar francês, inglês, italiano. Ensina ela a costurar, ensina ela a
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    fazer yoga, ensina ela a fazer DJ, ensina ela a bordar, a costurar, a fazer artesanato, que a gente
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    tem sempre essas coisas no CRD, e... depois ela, com todas essas qualidades, ela vai pra onde?
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    Ah, eu tenho um emprego de faxineira lá no metrô, qualquer coisa.
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    Então aí, ela com 18 anos ela descobre que ela só vai ser faxineira.
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    Tem que ser uma reviravolta no mundo, na humanidade, na sociedade, pras coisas darem certo.
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    Não há elemento na sociedade a ser rejeitado.
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    Aquilo que espanta, aquilo que dá asco é gerado por nós, né?
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    Toda sorte de violência é gerado por nós.
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    Então por que que a gente gera espinhos se a gente pode gerar flores, né? É tão mais simples.
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    Seria tão mais fácil.
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