00:00:00
salve galera bem-vindos ao se liga eu
00:00:03
sou a professora Renata Esteves de
00:00:05
sociologia vou abordar nessa aula o
00:00:07
caráter de tópico da modernidade líquida
00:00:10
do Bauman distopia é o oposto de Utopia
00:00:14
se Utopia é aquele lugar em que a gente
00:00:16
quer viver a distopia corresponde ao
00:00:19
ideal de um lugar que a gente não quer
00:00:22
viver de jeito nenhum e para o Bauman a
00:00:25
modernidade líquida corresponde sim a
00:00:27
uma distopia ele faz uma contraposição à
00:00:31
modernidade sólida e se muitos
00:00:34
intelectuais já se debruçaram sobre Os
00:00:37
horrores do Pesadelo da modernidade
00:00:39
sólida que seria a opressão e o excesso
00:00:42
de controle do Estado o totalitarismo é
00:00:45
porque talvez ainda não tenha percebido
00:00:48
esse dado conta dos Horrores que a
00:00:51
modernidade líquida também tem é isso
00:00:54
que o bauma propõe na obra um
00:00:56
diagnóstico dos nossos tempos a
00:00:59
modernidade
00:01:00
e para compreender os problemas e a
00:01:03
distopia que é a modernidade líquida é
00:01:05
que eu convido vocês para essa aula bora
00:01:08
se liga a modernidade líquida é uma obra
00:01:13
do sociólogo polonês Digimon Bauman que
00:01:16
nasceu em 1925 e faleceu em 2017 essa
00:01:20
obra foi escrita em 1999 Então é bom
00:01:24
lembrar que é uma obra que já possui
00:01:26
mais de 20 anos no entanto ela ainda nos
00:01:29
auxilia a dar uma dimensão dos problemas
00:01:32
que nós enfrentamos hoje o bauma utiliza
00:01:35
essa expressão líquido como uma metáfora
00:01:38
para a gente compreender os nossos
00:01:39
tempos se contrapondo a modernidade
00:01:42
anterior que ele denomina sólida no
00:01:45
prefácio dá uma afirma os fluidos se
00:01:49
movem facilmente eles fluem escorrem e
00:01:53
vem se respingam transbordam vazam e não
00:01:56
dão borrifam pingam são filtrados
00:01:59
destilados Diferentemente do sólidos não
00:02:03
são facilmente contidos contornam certos
00:02:06
obstáculos dissolvem outros e invadem ou
00:02:10
inundam o seu caminho dos encontros
00:02:12
consoles emergem impactos enquanto os
00:02:15
sólidos que se encontraram se permanecem
00:02:18
sólidos são alterados ficam molhados ou
00:02:21
encharcados então por que que ele
00:02:24
utiliza essa metáfora do líquido se
00:02:26
opondo ao sólido que seria a modernidade
00:02:28
anterior imagina alguns sólido imagina
00:02:31
um recipiente redondo e eu uso argila
00:02:34
para moldar algum artefato com esse
00:02:38
recipiente Redondo esse artefato ele
00:02:40
fica bem consolidado É difícil destruir
00:02:43
é difícil deformar é difícil alterar
00:02:46
imagina se eu faço isso de cimento ou de
00:02:49
algum outro produto Agora imagina um
00:02:52
recipiente Redondo onde eu coloco água
00:02:55
que é líquida ela adquire
00:02:59
imediatamente o do recipiente mas se eu
00:03:03
colocar em outro recipiente num
00:03:05
recipiente quadrado ela já se modifica
00:03:07
mas a principal ideia aqui é que as
00:03:10
moléculas do líquido elas são fluidas
00:03:13
elas são desconectadas praticamente e já
00:03:17
a molécula no sólidos são principalmente
00:03:21
conectadas a questão do bauma é
00:03:24
justamente essa Qual será o impacto de
00:03:27
uma vida que tá dentro dessa fluidez
00:03:30
dessa mobilidade como será que funciona
00:03:33
uma sociedade que tá dentro dessa
00:03:36
dinâmica de fluidez e de liquidez
00:03:38
mudança fluxos e efemeridade são essas
00:03:43
as palavras chaves para a gente
00:03:45
compreender esse nosso período moderno
00:03:48
de liquidez Mas afinal a modernidade já
00:03:52
não compreende uma era de muitas
00:03:54
mudanças porque vamos pensar Quando se
00:03:57
inicia a modernidade lá século 15 século
00:04:00
16 em que existe a quebra do antigo
00:04:03
regime em que todas as práticas são
00:04:05
alteradas E aí a modernidade não
00:04:08
significa uma alteração constante então
00:04:11
para o Bauman não Como diria o próprio
00:04:14
Marx tudo que é sólido desmancha no ar
00:04:17
se referindo também a modernidade a
00:04:20
ideia destruir toda aquela sociedade
00:04:23
antiga que se fundamentava Na Autoridade
00:04:26
do Rei e da igreja no entanto era
00:04:29
construir outra estrutura também sólida
00:04:33
Vale lembrar que que o Weber identifica
00:04:36
esse processo de modernidade como um
00:04:38
processo de burocratização então ainda
00:04:41
existe poder e controle do Estado porém
00:04:44
de forma diferente mas ainda assim de
00:04:48
forma estruturada vida mas quando que
00:04:50
começa a transição entre o que a gente
00:04:53
chama de modernidade sólida para
00:04:55
modernidade líquida não existe um
00:04:58
período exato porque isso se refere a um
00:05:01
processo e um processo que ainda está
00:05:03
acontecendo vocês vão ver que ainda é
00:05:06
possível identificar elementos hoje da
00:05:08
modernidade sólida então não ocorre de
00:05:11
um dia para o outro mas a gente pode
00:05:13
pensar que as reestruturações produtivas
00:05:16
foram grandes responsáveis pela
00:05:19
modernidade sólida por essa forma fluida
00:05:21
da gente existir porque exigiram novas
00:05:25
demandas então eu pensaria aqui que a
00:05:27
partir da década de 80 com a
00:05:30
reestruturação produtiva do toyotismo
00:05:32
com a globalização e depois com advento
00:05:36
da internet que também possibilitou
00:05:38
novas reestruturações produtivas o nosso
00:05:41
mundo foi ficando cada vez mais líquido
00:05:43
então teremos elementos de liquidez a
00:05:47
partir da década de 80 mas ainda hoje é
00:05:50
possível identificar alguns elementos
00:05:53
sólidos Mas afinal vamos tentar
00:05:55
compreender o que que é a modernidade
00:05:57
sólida e o que é a modernidade líquida e
00:06:00
quais são os seus elementos para
00:06:03
facilitar isso o bauma Opera com dois
00:06:06
conceitos o conceito de Capitalismo
00:06:08
pesado que estaria presente na
00:06:11
modernidade sólida e o capitalismo leve
00:06:13
que estaria presente na modernidade
00:06:15
líquida para explicar para a gente o que
00:06:18
que é essa modernidade sólida
00:06:21
fundamentada né tendo como paradigma a
00:06:24
organização produtiva do fordismo basta
00:06:27
a gente pensar na fábrica da Ford ela é
00:06:29
pesada porque ela é grande e ela ocupa
00:06:32
bastante espaço ou com bastante
00:06:34
território ela é sólida em sua estrutura
00:06:38
no espaço e no tempo no tempo porque os
00:06:42
trabalhadores têm hora para entrar e
00:06:44
hora para sair existe ali um tempo
00:06:46
rígido de funcionamento
00:06:49
Além disso ela é sólida também no
00:06:52
vínculo empregatício a gente tem uma um
00:06:56
tipo de vínculo empregatício parecido
00:06:59
com o nosso regime de CLT onde o
00:07:01
trabalhador tem os seus direitos bem
00:07:04
determinados e bem rígidos ela é sólida
00:07:07
também na própria relação entre os
00:07:09
trabalhadores assim vai existir também
00:07:12
um fortalecimento do sindicatos o que a
00:07:15
gente pode perceber é que no capitalismo
00:07:17
pesado é importante isso existe muito
00:07:21
investimento imagina uma fábrica grande
00:07:24
uma fábrica que demanda muito tempo para
00:07:27
você contratar um funcionário você
00:07:30
precisa assinar uma carteira
00:07:32
assinaram um contrato Então eu preciso
00:07:35
investir naquele funcionário por outro
00:07:38
lado o funcionário também vai investir
00:07:41
naquela carreira era muito comum que
00:07:43
alguém que entrasse na fábrica da Ford
00:07:46
ou dentro dessa organização produtiva às
00:07:49
vezes ficava a vida inteira trabalhando
00:07:52
nisso então há um investimento tanto por
00:07:54
parte do empregador quanto por parte do
00:07:58
empregado assim investimento é a palavra
00:08:00
chave para a gente compreender essa
00:08:03
modernidade sólida agora imagine que eu
00:08:06
tô falando de um processo produtivo mas
00:08:09
que esse capitalismo pesado ele se
00:08:13
reflete em todas as outras ordens da
00:08:16
sociedade ele se reflete também além do
00:08:18
campo econômico também no campo político
00:08:21
no campo cultural também no campo
00:08:24
afetivo e até mesmo no campo da educação
00:08:27
assim também vai ser com a modernidade
00:08:29
líquida esse processo produtivo do
00:08:33
capitalismo leve vai se estender para
00:08:35
todas as outras esferas da sociedade
00:08:37
para compreender isso dá uma dó tá aqui
00:08:40
como paradigma a Microsoft porque ela
00:08:43
está relacionada aos novos processos
00:08:45
produtivos e também ao advento da
00:08:49
internet então a gente vai perceber que
00:08:51
aqui existe uma fluidez no tempo no
00:08:54
espaço e no vínculo empregatício
00:08:56
encontra a posição com a modernidade
00:08:58
sólida o que a gente vai notar aqui é
00:09:01
que não há praticamente investimento o
00:09:03
trabalhador muitas vezes está lá na sua
00:09:06
casa trabalhando com celular olha como
00:09:08
isso é leve um pequeno celular ou às
00:09:11
vezes um pequeno computador ele sequer
00:09:14
precisa ir para fábrica então não
00:09:16
demanda tanto investimento quanto
00:09:19
demanda a modernidade sólida o vínculo
00:09:22
empregatício também é leve fluido muitas
00:09:25
vezes ele é contratado em regime
00:09:28
temporário então aqui também há pouco
00:09:30
investimento por parte do trabalhador
00:09:33
que provavelmente não vai ficar tanto
00:09:36
tempo na empresa como ele costumava
00:09:38
ficar ali no período do fordismo então o
00:09:41
que que a gente pode perceber que na
00:09:43
modernidade líquida tem menos
00:09:45
investimento ela é mais fluida ela é
00:09:47
mais leve
00:09:49
Calma caracterizava a modernidade sólida
00:09:52
como uma sociedade produção enquanto a
00:09:56
modernidade líquida ele caracterizava
00:09:58
como uma sociedade de consumo Mas qual
00:10:01
que é a diferença entre uma sociedade de
00:10:03
consumo e uma sociedade de produção
00:10:06
imagina a fábrica da Ford sociedade de
00:10:10
produção ué mas ele não fazia carro para
00:10:13
ser consumido sim mas esse consumo ele
00:10:16
tava fundamentado nas necessidades Então
00:10:19
a gente vai ver que esse produto tendia
00:10:22
a durar mais eu tô falando da Ford mas
00:10:25
pensar em todos os produtos que a sua
00:10:28
avó a sua bisavó consumia eles duravam
00:10:31
Muito provavelmente a geladeira da sua
00:10:34
bisavó viveu com ela a vida inteira e
00:10:38
outros produtos também já na modernidade
00:10:41
leve né no capitalismo leve na
00:10:43
modernidade líquida a gente tem uma
00:10:45
sociedade de consumo em que está Funda
00:10:49
nada sobre o desejo e o desejo é algo
00:10:52
passageiro o produto dura menos às vezes
00:10:55
pela obsolescência programada ele tá
00:10:58
programado para parar de existir a
00:11:01
qualidade dele é claramente menor mas às
00:11:03
vezes também porque ele sai de moda
00:11:05
porque não me interessa mais então
00:11:07
existe uma demanda muito grande nessa
00:11:10
modalidade líquida pelo consumo só que
00:11:14
isso vai se estender também para as
00:11:17
outras esferas da sociedade e sobretudo
00:11:20
para as relações humanas as nossas
00:11:23
amizades deixaram de ser amizade de
00:11:26
produção para virarem amizades de
00:11:28
consumo O que que é uma amizade de
00:11:30
produção é uma amizade que exige
00:11:33
investimento exige tempo mas a gente não
00:11:37
demanda mais todo esse tempo a gente não
00:11:39
quer passar tanto tempo investindo nas
00:11:42
amizades a gente quer muita amizade mas
00:11:45
Amizades que sejam fáceis de desconectar
00:11:50
que na época dele ele tinha poucos
00:11:53
amigos e até hoje ele conta nos dedos
00:11:55
das mãos o tanto de amigo que eles têm
00:11:57
só que seria uma amizade sólidas bem
00:12:00
construídas E aí ele diz o menino outro
00:12:03
dia me disse que fez não sei quantos
00:12:05
amigos no Facebook São muitos amigos mas
00:12:08
é uma amizade fluida às vezes eles nem
00:12:11
se conhecem pessoalmente só que a graça
00:12:14
disso está na desconexão quando dá
00:12:18
qualquer tipo de problema na amizade ele
00:12:20
vai lá e tira o amigo do Facebook com
00:12:23
apenas um clique é muito fácil de
00:12:26
desconectar Então a gente tem
00:12:28
dificuldade de construir amizades porque
00:12:31
a gente não tem mais tempo para investir
00:12:34
nessas amizades isso acontece também nas
00:12:37
nossas relações amorosas que se tornam
00:12:40
cada vez mais fluidas basta a gente
00:12:43
pensar nos aplicativos de namoro que
00:12:46
transformam as próprias pessoas
00:12:49
consumo quando a gente está usando o
00:12:51
aplicativo de namoro aquilo parece mais
00:12:53
um cardápio aonde você tem várias opções
00:12:57
e basta você clicar para escolher e sair
00:13:00
com alguém e depois também é fácil de se
00:13:04
conectar já antigamente as relações
00:13:07
amorosas elas exigiam muito investimento
00:13:10
pensa de novo na sua avó ou na sua
00:13:13
bisavó depende aí da sua idade
00:13:14
provavelmente ela teve um relacionamento
00:13:17
só ela só conheceu o seu vô ela morreu
00:13:21
junto com seu vô Então imagina o
00:13:24
investimento afetivo que ela teve pelo
00:13:27
seu vô e hoje a gente não tem mais tanto
00:13:30
esse investimento na verdade nós mesmos
00:13:33
nos colocamos como produto neste
00:13:36
aplicativo a gente escolhe as melhores
00:13:38
frases e as melhores fotos estamos lá
00:13:41
prontos para ser consumidos da mesma
00:13:44
maneira que a gente também consome o
00:13:47
outro então a gente vai perceber uma
00:13:49
fluidez que termina fragilizando os
00:13:53
laços humanos de uma forma geral
00:13:57
estilo de vida aí a gente busca auto
00:14:00
ajuda coaching neurocientista nos
00:14:03
explicando práticas de como que a gente
00:14:06
deve viver a gente pode comprar o estilo
00:14:08
hippie o estilo skatista roqueiro
00:14:11
tatuado enfim
00:14:13
isso porque na modernidade líquida nós
00:14:17
somos aquilo que nós consumimos também
00:14:20
porque nós estamos muito marcado por um
00:14:24
forte individualismo isso porque a
00:14:26
modernidade líquida é consequência
00:14:28
sobretudo de um neoliberalismo e a gente
00:14:31
vai perdendo a dimensão do coletivo as
00:14:34
duas formas de modalidade a sólida é
00:14:37
líquida podem ser encaradas de uma forma
00:14:39
negativa e crítica isso porque para o
00:14:42
Bauman a grande vontade do ser humano é
00:14:45
de unir duas coisas que são
00:14:47
inconciliáveis a liberdade e a segurança
00:14:51
a liberdade mais é ruim a segurança de
00:14:54
mais é ruim por que que a liberdade mais
00:14:56
é ruim pense em alguém que não tem onde
00:14:59
morar que não que está desempregado o
00:15:01
que que ele tem liberdade porque ele não
00:15:04
possui nenhum tipo de vínculo mas a
00:15:07
segurança em excesso também é ruim
00:15:09
porque alguém tem segurança em excesso é
00:15:12
muito controle e pouca mobilidade assim
00:15:15
se a modernidade sólida peca pelo
00:15:18
excesso de segurança porque existe muito
00:15:21
controle do Estado a modernidade líquida
00:15:24
peca pelo excesso de liquidez porque não
00:15:28
existe nenhuma perspectiva de vida então
00:15:31
a distopia da modernidade sólida
00:15:35
correspondia ao excesso de Estado ao
00:15:38
excesso de controle isso cai expresso
00:15:41
por exemplo nas obras do aldaus hucksley
00:15:44
que é o admirava o mundo novo ou 1984 do
00:15:49
George Way ou até mesmo no conceito de
00:15:51
panóptico do Foucault A ideia é que o
00:15:55
controle burocrático do
00:15:57
retirava a liberdade do indivíduo na
00:16:00
medida que massificava e padronizava
00:16:03
tudo então a luta era contra o excesso
00:16:06
de estado o medo era contra o controle o
00:16:10
medo era contra esse excesso de
00:16:12
segurança mas baumanus adverte que a
00:16:15
distopia da modernidade líquida consiste
00:16:18
justamente no esvaziamento do espaço
00:16:21
público o indivíduo na modernidade
00:16:23
líquida ele não se reconhece no coletivo
00:16:26
ele é Solitário ele não investe ele não
00:16:30
consegue sequer pensar em imaginar um
00:16:34
outro mundo possível ao qual ele é capaz
00:16:37
de construir juntamente com o coletivo é
00:16:41
um indivíduo que ainda possui crítica
00:16:43
Mas é uma crítica mais superficial
00:16:46
aquilo que o Bau manda denomina padrão
00:16:49
de crítica do Acampamento Imagine que
00:16:52
você vai acampar E aí você encontra
00:16:54
vários problemas ali no acampamento
00:16:57
problemas relacionado à água ou algum
00:17:00
tipo de conforto Como que você resolve
00:17:02
isso como acampamento é um lugar que
00:17:05
você vai ficar pouco tempo Provavelmente
00:17:07
você vai lá e reclama para o
00:17:10
administrador você não resolve Aquilo em
00:17:13
conjunto E nem você se coloca como
00:17:16
responsável daquele tipo de problema
00:17:18
então ele funciona de forma solitária de
00:17:23
forma individualista ele não consegue se
00:17:26
Enxergar como coletivo e pensar em
00:17:29
transformações sólidas é uma
00:17:31
transformação momentânea resolveu na
00:17:34
hora tudo bem mesmo porque não é ali que
00:17:37
eu quero ficar isso tem relação com a
00:17:40
efemeridade e com a fluidez que a gente
00:17:42
encontra na modernidade líquida essa é a
00:17:46
distopia da modernidade líquida não há
00:17:49
projeto não há investimento a
00:17:51
emancipação para o indivíduo da
00:17:53
modernidade líquida corresponde a
00:17:55
simples capacidade de poder agir por si
00:17:58
mesmo para ele o consumo Libertador
00:18:01
apenas a possibilidade dele ter escolhas
00:18:04
e de ele poder consumir escolher estilos
00:18:07
de vida já representa uma emancipação
00:18:10
Agora imagina uma sociedade assim para
00:18:15
onde nós iremos caminhar com uma
00:18:18
sociedade que não tem absolutamente
00:18:20
nenhum projeto uma sociedade que passa a
00:18:24
compreender as grandes questões da vida
00:18:26
como questões particulares próprias
00:18:30
individuais para compreender ainda
00:18:33
melhor essa questão o bauma Opera com
00:18:35
dois conceitos de liberdade existe uma
00:18:38
liberdade que a gente pode pensar como
00:18:39
uma liberdade negativa que significa a
00:18:43
remoção dos obstáculos Isso tá muito
00:18:46
relacionado com uma liberdade mercado
00:18:48
que é com a ausência do Estado aonde os
00:18:51
produtos podem fluir livremente sem os
00:18:55
obstáculos que às vezes o estado traz
00:18:57
mas também existe uma outra forma de
00:19:00
pensar e a liberdade que a liberdade
00:19:02
positiva que é pensar nas possibilidades
00:19:05
de transformação e na capacidade que eu
00:19:09
tenho de modificar Essa sociedade
00:19:11
conforme as minhas necessidades para que
00:19:15
a gente consiga pelo menos ter uma
00:19:17
sensação de liberdade de duas uma ou a
00:19:22
gente amplia a nossa capacidade de
00:19:24
transformação E aí nós precisaremos nos
00:19:28
unir e precisaremos de estado ou nós
00:19:32
reduzimos a nossa capacidade de desejo e
00:19:36
de imaginação assim a gente tem uma
00:19:39
sensação de liberdade para o bauma a
00:19:43
modernidade líquida e o problema da
00:19:45
líquida é que ela corresponde Justamente
00:19:48
a isso ela diminui os nossos anseios os
00:19:52
nossos desejos e principalmente a nossa
00:19:55
imaginação como a gente está muito
00:19:57
concentrado no consumo nós não
00:19:59
conseguimos pensar em outro mundo
00:20:02
possível em outras formas de vida então
00:20:05
a gente tem uma sensação de que somos
00:20:08
livres porque os obstáculos são
00:20:10
removidos isso principalmente
00:20:13
no capitalismo mais desenvolvido né nos
00:20:16
países de Capitalismo desenvolvido Onde
00:20:19
eu posso consumir muito onde eu tenho
00:20:21
escolhas então isso me traz uma falsa
00:20:24
sensação de liberdade mas na realidade
00:20:27
como eu não posso escapar
00:20:30
imaginar um outro mundo possível então
00:20:33
eu também não penso em transformar esse
00:20:36
é nessa medida que o balão sugere como
00:20:39
uma possível diminuição dos impactos e
00:20:42
efeitos dessa modernidade líquida a
00:20:44
volta
00:20:45
sabe a Ágora a democracia antiga da
00:20:48
Grécia aquela ideia do homem como um
00:20:52
animal político colocado por Aristóteles
00:20:55
o homem como um animal da polis então
00:20:58
aqui ele sugere mais estados mas não
00:21:00
naquele modelo presente na modernidade
00:21:03
sólida a ideia aqui não é o
00:21:05
totalitarismo mas sim os ideais já
00:21:08
trazidos pela própria modernidade de
00:21:10
democracia pensar que existe um espaço
00:21:14
coletivo e que esse espaço coletivo ele
00:21:17
deve ser utilizado sobretudo para
00:21:20
garantir as liberdades individuais é
00:21:23
assim que o bauma entende que dá para a
00:21:26
gente equilibrar um pouco de liberdade
00:21:28
com segurança nós precisamos nos
00:21:31
reconhecer como coletivo e debater
00:21:34
ideias com base nas necessidades
00:21:36
coletivas Para que assim a gente consiga
00:21:40
garantir também as liberdades
00:21:42
individuais e de alguma forma conciliar
00:21:46
a liberdade e a segurança finalizo por
00:21:50
aqui com essa sugestão do Baumann para
00:21:52
que a gente se reconheça dentro do
00:21:54
coletivo para que a gente comece a se
00:21:56
repensar como um animal da polis como um
00:21:59
animal político e assim visse garantir
00:22:02
tantos os nossos direitos coletivos como
00:22:04
os nossos direitos individuais se restou
00:22:07
alguma dúvida deixa aí nos comentários
00:22:09
eu vou ficando por aqui beijos e até a
00:22:13
próxima aula