Educação e Multiculturalismo na Educação Básica

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https://www.youtube.com/watch?v=J_hXIcbcxAo

Resumo

TLDRO professor Michel Vicentine aborda a importância do multiculturalismo na educação brasileira, enfatizando a diversidade cultural e a identidade dos povos originários, africanos e europeus. Ele discute a necessidade de desconstruir hierarquias culturais e promover a equidade no ensino, respeitando as diferentes influências étnicas e raciais. Vicentine compartilha experiências práticas de ensino que incorporam a cultura local e a música, ressaltando a importância de um currículo inclusivo que reflita a rica tapeçaria cultural do Brasil. A palestra destaca a relevância de um olhar crítico sobre a história e a necessidade de um ensino que valorize todas as culturas presentes no país.

Conclusões

  • 🎓 A educação deve refletir a diversidade cultural do Brasil.
  • 🌍 O multiculturalismo é essencial para a formação da identidade dos alunos.
  • 📚 É necessário desconstruir hierarquias culturais no currículo escolar.
  • 🎶 A música é uma ferramenta poderosa para expressar a cultura.
  • 🤝 A aprendizagem vicariante enriquece o ambiente escolar.
  • 📜 O projeto político pedagógico deve considerar o território e a comunidade.
  • ✊ Combater o racismo estrutural é fundamental na educação.
  • 🌱 A inclusão deve abranger todas as dimensões da diversidade.
  • 🏫 Experiências práticas ajudam a integrar a cultura no ensino.
  • 💡 A educação deve promover a justiça social e a valorização das culturas.

Linha do tempo

  • 00:00:00 - 00:05:00

    O professor Michel Vicentine introduz o tema da educação e multiculturalismo, destacando a importância da diversidade cultural na formação da identidade brasileira e sua relação com a educação. Ele menciona a necessidade de compreender a identidade individual e coletiva no contexto escolar, enfatizando que a educação deve refletir a rica tapeçaria cultural do Brasil, que inclui influências indígenas, africanas e europeias.

  • 00:05:00 - 00:10:00

    Vicentine discute a hierarquização do conhecimento e da cultura nas escolas, ressaltando que a educação deve ir além de datas comemorativas e integrar a diversidade cultural no currículo escolar. Ele propõe uma prática pedagógica que respeite e valorize as diferentes culturas presentes no Brasil, promovendo um entendimento mais amplo da identidade nacional.

  • 00:10:00 - 00:15:00

    O professor menciona a importância do projeto político pedagógico (PPP) como ferramenta para compreender o território escolar e a diversidade cultural. Ele compartilha sua experiência em Araçariguama, onde atua em diversas escolas, destacando a necessidade de adaptar o ensino às particularidades de cada comunidade e respeitar a identidade coletiva e individual dos alunos.

  • 00:15:00 - 00:20:00

    Vicentine fala sobre a desconstrução da hierarquia cultural e do racismo estrutural presente na educação. Ele critica a forma como a história é ensinada, enfatizando a necessidade de reconhecer as violências cometidas contra os povos indígenas e africanos, e a importância de promover uma educação que valorize todas as culturas de forma equitativa.

  • 00:20:00 - 00:25:00

    O professor destaca a importância de combater as violências institucionais na educação e promover uma visão inclusiva que reflita a diversidade brasileira. Ele menciona a necessidade de uma abordagem crítica que desafie estereótipos e promova a equidade, reconhecendo a riqueza cultural dos diferentes grupos étnicos presentes no Brasil.

  • 00:25:00 - 00:30:00

    Vicentine compartilha experiências práticas de educação multicultural em escolas públicas e privadas, como projetos que integram a cultura local e a história dos povos originários. Ele destaca a importância de envolver os alunos em atividades que promovam a troca de saberes e a valorização da cultura local, como o samba paulista e a arte indígena.

  • 00:30:00 - 00:38:54

    Por fim, o professor conclui que a adoção de uma abordagem decolonial no multiculturalismo pode fortalecer a identidade cultural e promover a justiça social no Brasil. Ele incentiva a construção de um ambiente educacional que respeite e valorize as diversas contribuições étnico-raciais, visando um Brasil melhor através da educação.

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Vídeo de perguntas e respostas

  • Qual é o tema principal da palestra?

    O tema principal é a educação e multiculturalismo na formação da escola brasileira.

  • Quem é o palestrante?

    O palestrante é Michel Vicentine, professor com formação em educação musical e pedagogia.

  • Qual a importância do multiculturalismo na educação?

    O multiculturalismo é importante para refletir a diversidade cultural e promover a equidade no ensino.

  • Como a cultura indígena é abordada na educação?

    A cultura indígena deve ser incorporada de forma contínua no currículo, não apenas em datas comemorativas.

  • O que é um projeto político pedagógico (PPP)?

    O PPP é um documento que orienta a prática pedagógica e deve considerar o território e a identidade da comunidade escolar.

  • Como a música é utilizada na educação multicultural?

    A música é uma ferramenta para expressar e respeitar a diversidade cultural presente nas salas de aula.

  • Qual é a relação entre educação e identidade?

    A educação deve ajudar os alunos a compreenderem sua identidade cultural e a se posicionarem no mundo.

  • O que é a aprendizagem vicariante?

    Aprendizagem vicariante é o aprendizado que ocorre através da convivência e troca de experiências com outros.

  • Como combater o racismo estrutural na educação?

    É necessário promover a equidade e reconhecer as contribuições de todas as culturas no currículo escolar.

  • Quais são algumas experiências práticas mencionadas?

    Experiências incluem projetos sobre samba paulista e a arte e cultura dos povos originários.

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    [Música]
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    fala pessoal tudo bem eu sou o professor
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    Michel Vicentine professor da faculdade
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    senso Peg eh tem formação em educação
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    musical artes plásticas visuais em
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    pedagogia também sou neuro pedagogo
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    Clínico pela faculdade de sants Peg e
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    tem o mestrado em educação o papo de
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    hoje é um papo muito legal que fala
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    sobre a abrangência da cultura
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    brasileira na formação e Constituição da
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    escola então o tema é educação e
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    multiculturalismo troca de experiências
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    diversidade de influências ética raciais
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    e implementação disso na educação básica
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    então pra gente começar eu penso numa
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    perspectiva muito simples lá o
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    antropólogo Darc Ribeiro falava assim
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    quantos brasis cabem no meu Brasil
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    quando a gente analisa o Brasil a gente
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    tem uma um costume de analisar sobre o
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    nosso território isso é muito muito
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    legal qual o território eu estou aonde
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    eu estou de que forma como eu me traduzo
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    na perspectiva de instituição do meu ser
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    da minha identidade então quando fala
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    assim qual que é sua identidade você tem
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    lá seu RG então a me RG é tal 32 tal tal
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    tal número mas você não é isso você é um
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    pouco do seu pai da sua mãe do espaço
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    onde você está e tudo isso numa
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    perspectiva longeva de gerações a gente
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    busca as referências que constituem o
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    meu país que constitui quem eu sou a
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    minha identidade agora que isso tem de
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    impacto na educação muito porque a
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    educação é uma uma somatória de pessoas
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    a gente entende que a perspectiva da
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    escola é uma relação coletiva e entender
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    o meu território é entender quem sou e
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    perante o meu território e quem sou pro
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    mundo então esse olhar do Brasil é muito
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    interessante o Brasil ele foi descoberto
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    hum Alguns falam o Brasil foi invadido
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    outros falam Brasil foi descoberto não
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    cabe a esse discurso entrar nesse viés
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    de discussão o que cabe nesse discurso é
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    entrar aqui em 1500 tinha gente aqui os
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    povos originários então a gente é um
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    pouco disso muito daquilo que a gente é
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    hoje enquanto ser é originária dos povos
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    originários dos indígenas vem sa bem não
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    fala a gente não fala mais o índio né
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    isso virou uma relação pejorativa o
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    termo correto é os indígenas porque a
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    gente tem de uma perspectiva Ampla e
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    multicultural dentro da relação dos os
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    povos originários Então os indígenas ou
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    povos originários já estavam aqui nesse
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    período e a constituição histórica
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    também é deles tem a constituição
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    histórica da chegada dos portugueses tem
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    a constituição histórica da chegada dos
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    povos escravizados africanos isso foi
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    muito triste pra história brasileira tem
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    a chegada de outros eh eh outros povos
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    europeus por exemplo como italianos como
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    alemães e essa mistura essa Melânia foi
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    um pouco daquilo que a gente é
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    infelizmente quando a gente analisa a
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    escola alguns elementos ficam num
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    segundo plano Então existe uma relação
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    de
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    hierarquização do conhecimento e
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    hierarquização da Cultura
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    [Música]
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    Então dentro do meu brasil eu preciso
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    compreender que a relação da cultura
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    brasileira ela transcende essa
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    hierarquização então essa Olha isso aqui
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    é da cultura x da cultura Y nesse
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    momento a compreensão multicultural da
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    educação é necessária porque isso faz
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    parte de legislação vigente faz parte de
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    uma compreensão epistemológica da
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    educação científica da educação para
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    falar quem eu sou perante educação quem
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    de fato eu sou frente a esse mundo tão
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    cheio de coisas cheio de pessoas cheio
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    de culturas então como eu me posiciono
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    Sem esquecer a minha origem Então dentro
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    do Brasil eu tenho muitos brasis Eu
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    tenho um Brasil que é muito desenvolvido
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    tenho um Brasil que é pouco desenvolvido
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    na questão Econômica Eu tenho um Brasil
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    tem uma perspectiva cultural dos povos
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    originários africana europeia eu tenho
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    aquela aquilo que a gente nasce que é
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    nosso de fato Então esse buscar a
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    educação é encontrar Será que o
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    currículo escolar contempla todas as as
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    diretrizes isso tá na lei Mas será que
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    eu na minha prática pedagógica consigo
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    eh eh introduzir não apenas no no dia
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    dos indígenas ou na consciência negra
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    não eu não tô falando disso tô falando
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    que além disso são datas importantes
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    porque precisa ter esse Marco Memorial
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    Mas além disso buscar dentro da minha
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    prática pedagógica ações de entendimento
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    e de prática sobre a perspectiva da
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    cultura dos povos originários da cultura
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    dos povos escravizados africanos que
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    vieram pro Brasil da cultura Europeia o
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    que forma esse tal Brasil da cultura
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    asiática que forma esse tal Brasil pelo
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    qual a gente vive dentro disso eu trouxe
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    uma referência que é o nosso Prelúdio
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    aqui nossa introdução que é uma
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    referência lá da educação musical então
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    eu vou usar isso pra gente aplicar na
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    educação básica então eu vou ler para
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    vocês a referência nesse Prelúdio o
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    multiculturalismo na educação musical
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    refere-se à incorporação de uma
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    variedade de tradições musicais estilos
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    e práticas pedagógicas que reflitam uma
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    diversidade cultural presente em salas
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    de aula o multiculturalismo é educação
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    musical no contexto brasileiro deve ser
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    compreendido dentro de uma perspectiva
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    decolonial guardem essa palavra é uma
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    palavra importante pra gente pensar e
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    traduzir nosso pensamento de escola a
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    relação do decolonial reconhecendo as
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    diversas influências éc raciais
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    presentes na rica Tapeçaria cultural do
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    Brasil Então eu acho bonito essa rica
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    Tapeçaria cultural né dessa citação
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    porque traz pra gente o que a gente tá
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    ao mesmo tempo tecendo isso né então
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    quando ele faz uma relação com com
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    música Eu Gosto muito dessa Essa análise
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    eu vou usar isso como exemplo né Porque
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    a música traduz muito isso né então a
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    música das dos povos que moram em
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    periferias por exemplo ou música dos
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    povos eh eh das regiões brasileiras
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    Então existe ali lógico existe gosto
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    musical gosto é é aquilo que eu gosto
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    aquilo que eu não gosto é simples mas a
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    perspectiva do respeito e da compreensão
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    sobre aquilo que se produz naquele
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    território é importante
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    então por exemplo eu moro no interior de
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    São Paulo quando eu vou para São Paulo é
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    muito comum você encontrar o Islã o que
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    que é o Islã são batalhas de rima de
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    poesia batalhas de rap batalhas que que
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    são muito legais onde os jovens se
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    reúnem naquele espaço naquele território
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    e conversam sobre com rimas né conversam
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    com rimas sobre as suas mazelas suas
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    dores seus sonhos e é um pouco daquilo
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    lá eu Michel posso ter uma compreensão
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    Poxa eu não gosto daquele Manifesto
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    cultural mas eu tenho que entender né eu
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    eu particularmente gosto mas pode vamos
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    supor que eu não goste né Vamos mas
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    vamos compreender que aquilo lá é que eu
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    não gosto daquilo como gosto mesmo
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    pessoal mesmo assim ele faz parte do
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    mecanismo de um grito Cultural de um
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    Manifesto cultural que deve ser muito
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    respeitado porque faz parte do
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    território cultural brasileiro e faz
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    parte do território cultural brasileiro
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    eu preciso aprender e eu como professor
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    preciso respeitar agregar acolher e a
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    partir desse olhar pro meu território ou
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    pros habitantes desse território
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    compreender a minha prática de ensinagem
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    a minha prática de ensino a minha
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    prática pedagógica pensando nesse
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    solilóquio né quando eu falo em
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    solilóquio é aquilo que eu falo para mim
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    mesmo né então como você eu tivesse
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    falando eh sozinho então nesse momento
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    essa gravação é assim síncrono né então
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    É como se eu tô falando aqui pra câmera
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    então É como se eu estivesse falando
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    nesse soloc então eu gosto desse termo
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    Então a primeira pergunta que eu preciso
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    eh fazer enquanto professor para
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    planejar qualquer ação pensando no na
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    ênfase do multiculturalismo é qual
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    Território que habito então eu Michel
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    tenho o privilégio de trabalhar em
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    educação pública em educação privada e
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    em educação não formal né então nesses
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    três elementos eu preciso compreender em
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    qual Território que eu estou eu preciso
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    compreender Qual é a plateia né na
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    neurop pedagogia a gente faz a annese
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    quando é Clínica ou a gente faz a
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    sondagem acadêmica quando é
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    institucional mas o professor precisa de
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    fato traduzir isso num diagnóstico de
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    território esse diagnóstico eu posso
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    traduzir por exemplo as escolas tem o
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    ppp que é o projeto político pedagógico
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    muitas escolas não levam muito a séo
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    esse documento mas ele é fundamental
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    para compreender o quê o território
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    então o projeto político pedagógico ele
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    já faz parte da compreensão de qual
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    território então se eu estou nesse
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    espaço se eu estou dando uma aula ou sou
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    gestor dessa escola eu preciso
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    compreender em qual Território que eu
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    vivo e é engraçado que por exemplo em
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    Araçariguama que é uma cidade que
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    interior de São Paulo eu sou professor a
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    16 anos Porém atuo na gestão escolar
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    maior parte do tempo desse se 14 eu
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    fiquei na gestão escolar e como gestor
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    escolar eu tenho o privilégio de
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    trabalhar nas 19 escolas do município é
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    um município bem pequenininho só que a
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    diversidade de
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    territorialidade desse município é é é
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    grandiosa eu tenho escolas rurais né
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    afastadas eu tenho escolas centrais
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    tenho escolas periféricas e cada um tem
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    personagens diferentes então eu não
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    consigo traduzir eh arassari Guama em
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    apenas um território não eu tenho que
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    pensar no bairro do santa ela são
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    bairros da cidade né no bairro do
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    mombassa do Rio Acima em qual Território
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    que eu estou então o planejamento
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    escolar a minha prática não pode
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    esquecer da legislação vigente mas
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    também entender o território pelo qual
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    eu estou o território pelo qual eu
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    habito o território sonoro da ou o
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    território da educação um segundo ponto
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    é pensar que existe no planejamento
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    escolar um olhar paraa identidade
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    coletiva porque eu preciso pensar no
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    coletivo da minha sala da minha escola
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    mas também a identidade individual que é
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    mais complexo porque o coletivo é a soma
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    dessas individualidades né e as relações
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    coletivas dependem da compreensão da
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    relação individual então o professor eu
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    sei que isso é muito complexo mas o
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    professor ele precisa entender que a sua
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    relação de identidade na sua prática
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    pedagógica parte do pressuposto que eu
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    tenho que olhar para um para um ex exe
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    um programa na Colômbia chamado learning
  • 00:12:01
    on on do Júlio fontan eu tive o prazer
  • 00:12:04
    de participar de conhecer até palestrar
  • 00:12:07
    nesse projeto e em Bogotá e nesse e
  • 00:12:11
    nesse projeto o learning on um que é
  • 00:12:13
    aprendendo um para um eles não dão aula
  • 00:12:15
    dos individuais é aula coletiva mas o
  • 00:12:18
    respeito pela individualidade de cada um
  • 00:12:21
    ela é fundamental e esse respeito tá
  • 00:12:24
    onde onde você traduz esse respeito
  • 00:12:26
    olhando cada singularidade Olha o ser
  • 00:12:29
    humano é complexo ele é bio ele é psico
  • 00:12:32
    e ele também é social ele se traduz
  • 00:12:35
    nesse aspecto da do ser social Então
  • 00:12:38
    isso é compreender a minha identidade
  • 00:12:43
    coletiva e individual pensando nisso
  • 00:12:46
    como ponto como terceiro eh item nesse
  • 00:12:49
    solilóquio eu penso numa
  • 00:12:51
    desconstrução de uma hierarquia cultural
  • 00:12:55
    por que que eu falo de uma desconstrução
  • 00:12:57
    de uma hierarquia cultural porque na
  • 00:13:00
    relação da cultura ou do
  • 00:13:03
    conhecimento existe uma hierarquia e
  • 00:13:05
    essa hierarquia está onde essa aqui está
  • 00:13:08
    dentro de uma base de um racismo
  • 00:13:10
    estrutural presente e vigente na nossa
  • 00:13:12
    Educação na nossa sociedade né Não dá
  • 00:13:16
    para negar isso mais existe assim um
  • 00:13:18
    racismo muito grande estrutural que faz
  • 00:13:22
    isso também é traduzido no nosso
  • 00:13:23
    currículo é traduzido na nossa prática é
  • 00:13:26
    traduzindo em em questões um exemplo
  • 00:13:29
    exemplo muito claro disso é assim
  • 00:13:31
    monções e Bandeirantes quem é professor
  • 00:13:34
    de história sabe da importância dos
  • 00:13:36
    monçoeiros os bandeirantes paraa
  • 00:13:38
    expansão econômica e geográfica né
  • 00:13:42
    brasileira porém durante muito tempo
  • 00:13:45
    enaltecemos esses bravos homens como
  • 00:13:47
    heróis só que existia um ponto que deve
  • 00:13:50
    ser pensado esses bravos homens heróis
  • 00:13:55
    eles matavam os indígenas eles
  • 00:13:58
    escravizavam noos povos e traziam
  • 00:14:00
    mazelas sociais para onde eles colocavam
  • 00:14:03
    Então essa violência não ela foi
  • 00:14:06
    ignorada no currículo escolar né E nós
  • 00:14:09
    fomos moldados assim então Hoje existe
  • 00:14:12
    uma transparência e uma clareza pra
  • 00:14:15
    gente compreender que existiu um
  • 00:14:18
    progresso mas a preço de quê a preço de
  • 00:14:20
    vida foi sangue então Eh sem entrar num
  • 00:14:24
    viés ideológico mas já entrando numa
  • 00:14:27
    perspectiva eh não é política partidária
  • 00:14:29
    mas num numa ração ideológica da ciência
  • 00:14:32
    e da ciência histórica como Marcos
  • 00:14:34
    científicos eu tenho que olhar por os
  • 00:14:38
    dois ângulos da história e não apenas
  • 00:14:40
    contemplar por exemplo um um um um olhar
  • 00:14:44
    dos Bravos heróis brancos europeus que
  • 00:14:47
    estavam aqui subjugando indígenas
  • 00:14:50
    subjugando povos escravizados africanos
  • 00:14:53
    e também povos escravizados indígenas
  • 00:14:55
    então Eh nesse olhar que eu olho que
  • 00:14:58
    assim que eu penso aqui existe uma
  • 00:15:01
    hierarquização cultural do conhecimento
  • 00:15:04
    curricular na no Brasil isso tem caído
  • 00:15:07
    durante o tempo mas ainda faz parte de
  • 00:15:10
    muitas práticas do senso comum e da
  • 00:15:12
    forma geral com qual a população ainda
  • 00:15:15
    enxerga então nesse olhar a a a promoção
  • 00:15:19
    de uma Equidade Então qual que é o senso
  • 00:15:22
    de Equidade o senso de Equidade é de
  • 00:15:24
    Justiça então eu tenho que olhar para
  • 00:15:27
    Esses povos como Justiça
  • 00:15:29
    Porque durante muito tempo não se fez
  • 00:15:32
    nada para que houvesse de fato um olhar
  • 00:15:35
    efetivo e afetivo para a identidade
  • 00:15:38
    deles a respeito da minha identidade eu
  • 00:15:41
    Michel Eu sou branco mas a minha origem
  • 00:15:44
    tem origem africana tem origem indígena
  • 00:15:47
    tem origem sem europeia e eu me orgulho
  • 00:15:50
    das desse hibridismo cultural eu me
  • 00:15:53
    orgulho disso porque isso faz parte do
  • 00:15:55
    meu Brasil e eu gosto de ser brasileiro
  • 00:15:58
    gosto de ser da Brasa né o Brasil a
  • 00:16:00
    referência é da brasa do fogo eu gosto
  • 00:16:03
    de ser da árvore do Pau Brasil que é do
  • 00:16:04
    fogo gosto de ser da brasa gosto de ser
  • 00:16:07
    brasileiro e isso faz parte da minha
  • 00:16:09
    identidade porém eu não posso negar que
  • 00:16:12
    existe uma relação de uma hierarquia de
  • 00:16:14
    conhecimento uma hierarquia cultural e
  • 00:16:17
    eu preciso desconstruir isso então um
  • 00:16:21
    quarto ponto desse solilóquio é o
  • 00:16:23
    combate a esse racismo estrutural a
  • 00:16:25
    promoção dessa Equidade da Justiça e o
  • 00:16:29
    acesso e reconhecimento a todos os
  • 00:16:32
    conhecimentos seja dos povos originários
  • 00:16:35
    dos povos africanos dos povos europeus
  • 00:16:37
    doos povos asiáticos desse conhecimento
  • 00:16:40
    global mas que não haja uma
  • 00:16:42
    hierarquização Desses desse desse
  • 00:16:45
    conhecimento e sim uma ampliação uma
  • 00:16:48
    amplitude de conhecimento então combater
  • 00:16:50
    o racismo estrutural combater de fato as
  • 00:16:54
    violências institucionais que nós
  • 00:16:56
    promovemos enquanto escola faz parte
  • 00:16:59
    de uma luta que nós cientistas da
  • 00:17:02
    educação então se você é professor você
  • 00:17:04
    é um cientista da educação precisamos
  • 00:17:06
    entender promover Quais são as
  • 00:17:09
    violências ou entender Quais são as
  • 00:17:11
    violências pela pelo qual a escola
  • 00:17:14
    promove ou que a escola repete tem uma
  • 00:17:17
    história que eu vou contar que ela tem a
  • 00:17:19
    ver com a minha família com o meu avô eu
  • 00:17:20
    vou contar uma história que
  • 00:17:24
    eh trabalhava num numa fábrica E aí
  • 00:17:27
    chegava lá um Senhorzinho e esse
  • 00:17:29
    Senhorzinho era motorista de ônibus e
  • 00:17:31
    ele foi aposentar E aí ele teve que
  • 00:17:33
    treinar um novo motorista e durante o
  • 00:17:36
    treinamento desse novo motorista ele
  • 00:17:37
    chamou o novo motorista e falou assim
  • 00:17:39
    olha você tem que fazer botar uma rotina
  • 00:17:41
    diária fazer aqui ligar o ônibus batendo
  • 00:17:44
    no pneu olhar não sei o qu e um dos
  • 00:17:47
    elementos que ele falou é pegar o
  • 00:17:49
    martelo de borracha e bater em todos os
  • 00:17:51
    pneus do ônibus e o motorista novo virou
  • 00:17:54
    e falou assim pro motorista velho tá com
  • 00:17:56
    qual objetivo que eu bato em todos os os
  • 00:17:58
    pneus do ônibus o motorista velho falou
  • 00:18:01
    assim olha eu não sei eu aprendi assim e
  • 00:18:04
    tô te repassando então motorista velho
  • 00:18:07
    ficou durante muitos e muitos anos
  • 00:18:10
    diariamente batendo no pneu do ônibus
  • 00:18:12
    sem saber o que tá fazendo né aqui eles
  • 00:18:15
    batem no pneu do ônibus para ver a
  • 00:18:16
    calibragem do pneu porém eu faço uma
  • 00:18:19
    reflexão modular pra educação na
  • 00:18:22
    educação é a mesma coisa Às vezes a
  • 00:18:24
    gente tem práticas que não tem o menor
  • 00:18:26
    sentido que são práticas que geram
  • 00:18:29
    e eu denomino denomino como violência
  • 00:18:32
    institucional porque hierarquiza e de
  • 00:18:35
    forma eh a colocar de hierarquias de
  • 00:18:39
    conhecimento e isso vai gerar o quê gera
  • 00:18:43
    foco de problemas na identidade cultural
  • 00:18:45
    né Eh eu brinco que se a gente analisar
  • 00:18:49
    citando aí Paulo Freire né a gente
  • 00:18:51
    analisar por exemplo como que eram os
  • 00:18:53
    livros né nos anos 40 e 50 no Brasil né
  • 00:18:57
    então quando lá o corpo o ser humano né
  • 00:19:00
    então era um homem branco loiro e as
  • 00:19:02
    pessoas que eram por exemplo e eh de
  • 00:19:05
    outras relações étnicas não se
  • 00:19:07
    reconheciam no corpo então foi
  • 00:19:09
    necessário esse olhar foi necessário por
  • 00:19:12
    exemplo Paulo Freire ir no Nordeste e
  • 00:19:14
    utilizar como temas geradores o
  • 00:19:16
    vocabulário das pessoas trabalhadoras se
  • 00:19:19
    na cartilha tinha lá Eva e a uva ele foi
  • 00:19:23
    lá e as pessoas não sabiam que era uva
  • 00:19:25
    então foi a partir dos temas geradores
  • 00:19:27
    dele então pá eh inchada e a partir
  • 00:19:31
    disso ele construiu a sua relação e de
  • 00:19:34
    aprendizagem entendendo o
  • 00:19:49
    território desconstrução de estereótipos
  • 00:19:53
    né Essa abordagem crítica aos
  • 00:19:55
    estereótipos que são presentes na
  • 00:19:57
    cultura Bras Ira elas desafiam de fato
  • 00:20:02
    essas eh eh essas narrativas que
  • 00:20:05
    promovem que perpetuam essa desigualdade
  • 00:20:07
    e a marginalização né eu vou dar um
  • 00:20:10
    exemplo nos manifestos religiosos né
  • 00:20:13
    então No Brasil existe ainda uma relação
  • 00:20:15
    muito dura e muito
  • 00:20:17
    preconceituosa sobre a matriz religiosa
  • 00:20:20
    por exemplo dos povos eh africanos então
  • 00:20:23
    religiões de matriz africana né que são
  • 00:20:26
    religiões africanas e brasileiras eh e
  • 00:20:29
    ainda sofrem de fato muita
  • 00:20:31
    descriminalização muito preconceito Olha
  • 00:20:33
    só eu sou Michel Eu sou o filho de
  • 00:20:36
    pastor eu sou protestante né como
  • 00:20:39
    professor eu tenho essa minha crença
  • 00:20:41
    como professor eu abarco e abordo
  • 00:20:44
    elementos de todas as matrizes seja uma
  • 00:20:47
    matriz dos povos islâmicos seja uma
  • 00:20:50
    matriz dos povos africanos seja uma
  • 00:20:52
    matriz dos povos cristãos seja uma
  • 00:20:55
    matriz do dos povos e eh judaicos dos
  • 00:20:58
    povos judaicos então assim é saber
  • 00:21:00
    compreender que o traço religioso dentro
  • 00:21:03
    da escola é Ciência é história são dados
  • 00:21:08
    e não tem que ter uma discriminação um
  • 00:21:11
    estereótipo então eu tô dando o exemplo
  • 00:21:13
    da religião porque eu passei por n
  • 00:21:15
    histórias enquanto Professor onde e você
  • 00:21:18
    tinha um trato sobre uma questão um
  • 00:21:20
    exemplo muito claro iG chá á um ritmo
  • 00:21:23
    brasileiro de origem africana né E
  • 00:21:26
    quando eu falo Ah vamos tocar um ijexá
  • 00:21:28
    né isso trouxe por exemplo nas escolas
  • 00:21:32
    uma dificuldade de compreensão daqui a
  • 00:21:34
    pouquinho vocês vão ver eh alguns eu
  • 00:21:37
    trouxe alguns drops né pequenos vídeos
  • 00:21:40
    de alguns projetos pelos quais nós
  • 00:21:43
    trabalhamos esse esses elementos né de
  • 00:21:45
    identidade de relação multicultural e um
  • 00:21:49
    deles é sobre a arte e cultura dos povos
  • 00:21:51
    originários ou e também do samba
  • 00:21:54
    paulista o samba de São Paulo que tem a
  • 00:21:56
    ver né o samba de São Paulo tem uma
  • 00:21:58
    ligação com ritmos de de das religiões
  • 00:22:01
    de matriz africana E aí isso na questão
  • 00:22:04
    da música né E aí isso trouxe pra para
  • 00:22:07
    para muitas pessoas uma confusão um Ah
  • 00:22:10
    não quero que faça isso só que existe um
  • 00:22:13
    elemento que é sincretista por exemplo a
  • 00:22:16
    maioria dos cantos religiosos
  • 00:22:18
    eh tradicionais eh e também os
  • 00:22:22
    brasileiros atuais T relações culturais
  • 00:22:25
    e musicais muito próximas a isso né
  • 00:22:28
    então Vamos pensar o iG chá é presente
  • 00:22:31
    em diversas músicas cristãs só que as
  • 00:22:33
    pessoas por o nome iG chá causavam
  • 00:22:36
    Pânico Isso faz parte do quê de uma
  • 00:22:38
    narrativa de descriminalização então é
  • 00:22:42
    de uma forma a discriminar eh de deixar
  • 00:22:45
    isso uma forma hierárquica menor né a
  • 00:22:49
    religião afro-brasileira por exemplo E
  • 00:22:51
    isso não é legal E isso acontece ainda
  • 00:22:54
    nas escolas brasileiras né tô dando um
  • 00:22:56
    exemplo né eu como por por exemplo
  • 00:22:59
    Cristão protestante sofri discriminação
  • 00:23:02
    de uma cidade onde onde eu morava né
  • 00:23:05
    então existia e existe isso né então são
  • 00:23:08
    violências que a escola promove e
  • 00:23:11
    algumas violências estão dentro do
  • 00:23:12
    currículo escolar e elas têm que ser ou
  • 00:23:15
    melhor elas não estão dentro currículo
  • 00:23:18
    escolar mas nós ainda culturalmente
  • 00:23:22
    falamos e traduzimos de forma
  • 00:23:24
    hierárquica né então dentro disso
  • 00:23:27
    segundo ponto dessa construção de
  • 00:23:29
    estereótipos é uma promoção de uma visão
  • 00:23:31
    mais inclusiva e representativa que vai
  • 00:23:34
    refletir a verdadeira diversidade
  • 00:23:37
    brasileira então volto na primeira fala
  • 00:23:40
    quantos brasis cabem no meu Brasil então
  • 00:23:43
    cabem muitos brasis do meu Brasil e eu
  • 00:23:45
    tenho que pensar numa visão inclusiva
  • 00:23:47
    quando a fala inclusão eu não me refiro
  • 00:23:50
    apenas a pessoas com deficiência eu falo
  • 00:23:53
    sobre um universo de coisas tem as
  • 00:23:55
    exclusões né então a exclusão religiosa
  • 00:23:57
    a exclusão de de gênero a exclusão eh
  • 00:24:01
    financeira social então O Brasil precisa
  • 00:24:03
    ser inclusivo no aspecto da cultura para
  • 00:24:06
    que o currículo escolar seja construído
  • 00:24:08
    abrindo espaço paraa compreensão de
  • 00:24:11
    todas as histórias que são a grande
  • 00:24:13
    beleza dos povos do do povo brasileiro é
  • 00:24:17
    a riqueza e a diversidade Então esse
  • 00:24:20
    enfoque
  • 00:24:22
    intercultural ele incentiva a troca de
  • 00:24:25
    saber ele incentiva as diferentes Man
  • 00:24:28
    infestações culturais brasileiras né e
  • 00:24:31
    eu quero nesse momento mudar um pouco
  • 00:24:34
    então fiz uma fala teórica nesse começo
  • 00:24:36
    e agora eu quero falar um pouquinho das
  • 00:24:38
    experiências eu trouxe aqui três
  • 00:24:41
    experiências uma experiência em escola
  • 00:24:42
    pública uma experiência em escola
  • 00:24:45
    eh particular privada e uma uma
  • 00:24:47
    experiência em educação não não formal
  • 00:24:50
    né A primeira é a experiência em
  • 00:24:52
    Araçariguama Araçariguama é uma cidade
  • 00:24:55
    no interior de São Paulo e nós temos lá
  • 00:24:57
    todo o semestre um tema integrador Então
  • 00:25:00
    vou mostrar aqui dois dois temas
  • 00:25:02
    integradores né então o que significa o
  • 00:25:03
    tema integrador o tema integrador é
  • 00:25:05
    aquilo que vai gerar as práticas
  • 00:25:07
    pedagógicas dos professores eh a partir
  • 00:25:11
    desse tema de forma interdisciplinar
  • 00:25:13
    transversal eá transdisciplinar então lá
  • 00:25:17
    em Araçariguama nós temos eh como
  • 00:25:20
    prática isso há bastante tempo né eu tô
  • 00:25:22
    lá 16 anos pelo menos 12 anos a gente
  • 00:25:25
    insere essa educação por projetos e
  • 00:25:27
    temáticos lá então eu vou trazer aqui um
  • 00:25:31
    recorte bem curtinho de minutos sobre
  • 00:25:33
    dois temas primeiro tema é o Sama
  • 00:25:35
    paulista então são recortes de Manifesto
  • 00:25:39
    do S paulista onde as crianças
  • 00:25:41
    participaram de forma brilhante porque
  • 00:25:43
    ar sarig fica ao lado de Pirapora do Bom
  • 00:25:46
    Jesus que é considerada pelos
  • 00:25:48
    etnomusicólogos como o berço do samba de
  • 00:25:50
    São Paulo então arara faz parte disso e
  • 00:25:54
    ninguém sabia então traduzir esse
  • 00:25:57
    elemento do Paulista traduziu a
  • 00:26:00
    identidade daqueles habitantes de lá
  • 00:26:02
    então a gente fez um projeto de uma
  • 00:26:04
    adução a Paulista de Pirapora ar sargon
  • 00:26:06
    no batuque então todos os elementos da
  • 00:26:09
    matriz curricular matemática história
  • 00:26:12
    geografia ciências naturais ciências
  • 00:26:14
    ciências biológicas foram traduzidos
  • 00:26:17
    buscando continuaram com currículo
  • 00:26:19
    normal mas buscando relações e Conexões
  • 00:26:22
    com o território a partir do Samba e um
  • 00:26:25
    segundo foi também a arte e cultura dos
  • 00:26:28
    povos originários que foi maravilhoso
  • 00:26:31
    porque trouxe um resgate da identidade
  • 00:26:34
    por exemplo o que que significa o Ibaté
  • 00:26:36
    que é um bairro da cidade mombassa ess
  • 00:26:39
    são nomes indígenas né de origem
  • 00:26:41
    indígena a próprio ar sariguama Então as
  • 00:26:44
    pessoas começaram a entender o quanto de
  • 00:26:46
    coisas que faz parte da cultura dos
  • 00:26:48
    povos originários e que é Nossa como
  • 00:26:50
    exemplo tomar banho todos os dias isso
  • 00:26:53
    nós herdamos dos indígenas bora ver
  • 00:26:57
    [Música]
  • 00:27:07
    V aqui para sar
  • 00:27:23
    [Música]
  • 00:27:30
    J
  • 00:27:32
    tuare G tuare
  • 00:27:41
    [Música]
  • 00:28:01
    [Música]
  • 00:28:05
    o muito antes de vocês pisarem por aqui
  • 00:28:10
    eu já era vero eu já era Mat eu já era
  • 00:28:15
    corpo eu já era espaço eu já tinha a
  • 00:28:19
    minha moradia eu vi os primeiros de
  • 00:28:22
    vocês sim muito antes de vocês rasgarem
  • 00:28:26
    a mãe terra com as suas caixas de fé
  • 00:28:30
    andando para lá e para cá existiam
  • 00:28:34
    outros de vocês quida
  • 00:28:38
    você o segundo elemento que eu vou
  • 00:28:41
    trazer para vocês é de uma escola
  • 00:28:42
    privada né chama Colégio aliança fica no
  • 00:28:45
    município de mairim em São Paulo é um
  • 00:28:47
    colégio muito muito legal que tem uma
  • 00:28:50
    abertura eu trabalho nesse Colégio H 20
  • 00:28:52
    anos e tem uma abertura muito legal para
  • 00:28:55
    educação de projetos educação dos
  • 00:28:56
    Sentidos né que faz que traduz a vida em
  • 00:29:00
    sentido e nós fizemos lá um projeto é no
  • 00:29:03
    ano de 2022 chamado raiz de nossa terra
  • 00:29:06
    sobre o Kiko e Chico Kiko e Chico são
  • 00:29:09
    dois compositores musicais de marink que
  • 00:29:11
    infelizmente faleceram nos anos 80 E
  • 00:29:14
    trouxeram um legado de tradução da
  • 00:29:17
    cidade em música né então raiz da nossa
  • 00:29:20
    terra foi uma pesquisa que desde a
  • 00:29:22
    educação infantil até o ensino médio Os
  • 00:29:25
    estudantes fizeram e produziram por
  • 00:29:28
    pelas mãos deles um espetáculo de
  • 00:29:30
    comunidade então chamando as pessoas
  • 00:29:33
    Então foi feito um musical infantil foi
  • 00:29:35
    feito lá um saral cultural feito uma
  • 00:29:38
    exposição de artes plásticos visuais foi
  • 00:29:40
    feito lá uma coletania de histórias
  • 00:29:43
    escreveram livros então pensando no
  • 00:29:45
    território então é raiz é onde eu estou
  • 00:29:49
    bora ver a experiência então no colégio
  • 00:29:53
    aliança
  • 00:29:54
    estação é o amigo
  • 00:29:58
    é o Sotero é o nigerino é a
  • 00:30:05
    gente esperando
  • 00:30:09
    de que fo girar o
  • 00:30:14
    mundo B
  • 00:30:17
    bem que porar o
  • 00:30:22
    mundo mas já vem
  • 00:30:26
    [Música]
  • 00:30:32
    tem Já
  • 00:30:35
    ve pro cinema e faltava a música da
  • 00:30:40
    estação que é o nosso grande símbolo a
  • 00:30:43
    Maria Falou às vezes atrapalha não para
  • 00:30:45
    nós não para
  • 00:30:47
    nós tá lá maravilhosa e tal
  • 00:30:52
    e de onde está está no da Floresta
  • 00:30:58
    pois do Pr atravessar é o que
  • 00:31:02
    resta temem disparo de
  • 00:31:06
    [Música]
  • 00:31:14
    cão Homens de Aço que nos com passam a
  • 00:31:18
    caminhar
  • 00:31:19
    encanados um tanto forçados e me
  • 00:31:22
    procurar com a geleia não vha traqueia
  • 00:31:25
    para comunicar
  • 00:31:28
    monto de se h a guerra vão
  • 00:31:30
    nosar bichos de ferra soltando seus
  • 00:31:33
    veros a nos
  • 00:31:34
    assustar serantes com elefantes luz
  • 00:31:38
    vigia coisas bem vivas comas
  • 00:31:42
    ativas e a terceira experiência que eu
  • 00:31:44
    trago para vocês ela é de um um projeto
  • 00:31:48
    cultural aqui do Estado de São Paulo que
  • 00:31:50
    é o maior projeto Brasileiro né de arte
  • 00:31:52
    e cultura que é o Projeto Guri eu
  • 00:31:55
    trabalhei durante 12 anos no guri como
  • 00:31:56
    supervisor E durante esses 12 anos eu
  • 00:31:59
    criei alguns projetos né e um desses
  • 00:32:02
    projetos eh falava ver três desses
  • 00:32:05
    projetos né Falavam sobre identidade e
  • 00:32:07
    multiculturalismo né o primeiro era o
  • 00:32:09
    território paulista como o guri ele é do
  • 00:32:11
    estado de São Paulo então falava sobre
  • 00:32:13
    aonde eu estou no meu território Então
  • 00:32:16
    essa ideia de situar de compreender quem
  • 00:32:20
    eu sou saber as músicas que meus avós
  • 00:32:22
    cantavam as músicas que falam da cidade
  • 00:32:24
    né eu lembro que o pessoal de Piras cal
  • 00:32:27
    por exemplo ex resgatou a umbigada e o
  • 00:32:30
    pessoal aqui das perto de Minas ali
  • 00:32:33
    Espírito Santo do Pinhal resgatou a
  • 00:32:34
    Congada am marujada então foi elementos
  • 00:32:38
    que são da identidade cultural que são
  • 00:32:40
    repertório e que foram esquecidos por
  • 00:32:42
    uma hierarquização do conhecimento ou
  • 00:32:45
    uma hierarquização de Cultura então foi
  • 00:32:47
    esse o primeiro depois foi os sons da
  • 00:32:49
    nossa terra então o território Paulista
  • 00:32:51
    do Estado o Sona terra da cidade e o
  • 00:32:54
    cant do Rio Paulista para celebrar a
  • 00:32:56
    ideia dos rios os rios que cortam a
  • 00:32:58
    minha cidade os rios que cortam o meu
  • 00:33:00
    estado Então essa foi a experiência no
  • 00:33:03
    projeto
  • 00:33:04
    [Música]
  • 00:33:13
    guria
  • 00:33:17
    madrugada assim pelada
  • 00:33:23
    nesse das
  • 00:33:29
    está a cidade que
  • 00:33:34
    descu o
  • 00:33:37
    [Aplausos]
  • 00:33:39
    céu
  • 00:33:42
    quea
  • 00:33:44
    salaa
  • 00:33:47
    rha EA
  • 00:33:51
    aa
  • 00:33:53
    via sal Lu
  • 00:33:56
    deo
  • 00:33:59
    tuo
  • 00:34:01
    frente
  • 00:34:07
    paraa Santa
  • 00:34:10
    parci é a nossa
  • 00:34:15
    parelha um preso
  • 00:34:25
    para e
  • 00:34:28
    [Música]
  • 00:34:36
    [Música]
  • 00:34:54
    amore amore n
  • 00:34:58
    seus
  • 00:35:00
    ces
  • 00:35:02
    15
  • 00:35:05
    15 barata que
  • 00:35:08
    [Aplausos]
  • 00:35:11
    deira
  • 00:35:16
    qu se
  • 00:35:20
    [Música]
  • 00:35:23
    eu sear
  • 00:35:27
    [Música]
  • 00:35:35
    [Música]
  • 00:35:36
    [Aplausos]
  • 00:35:40
    Bia vasa
  • 00:35:45
    [Aplausos]
  • 00:35:59
    quando chegar a áa os olos tamb
  • 00:36:07
    chora
  • 00:36:08
    quando chegar a
  • 00:36:13
    áa existe um conceito chamado
  • 00:36:16
    aprendizagem vicariante né O que que é
  • 00:36:19
    vicariante Nós aprendemos a ser humanos
  • 00:36:22
    a partir do contato e convivência com
  • 00:36:24
    outros humanos então a promoção uma
  • 00:36:27
    aprendizagem vicariante em sala de aula
  • 00:36:29
    é importante então tem uma citação que é
  • 00:36:31
    assim ó a promoção de trocas
  • 00:36:33
    experiências na educação é essencial
  • 00:36:35
    para a criar um ambiente de aprendizado
  • 00:36:37
    enriquecedor isso pode ser alcançado por
  • 00:36:40
    meio de integração de atividades que
  • 00:36:41
    incentive os alunos a compartilhar suas
  • 00:36:44
    experiências pessoais criando uma
  • 00:36:47
    atmosfera colaborativa inclusiva o que
  • 00:36:49
    significa isso que todos todos os atores
  • 00:36:53
    da escola merendeira inspetor tio daav
  • 00:36:57
    Professor diretor O estudante devem ser
  • 00:37:01
    respeitados como atores fundamentais
  • 00:37:04
    sobre o aspecto de uma construção
  • 00:37:06
    coletiva Então o que ele traz de bagagem
  • 00:37:08
    o que ele traz na sua costa deve ser
  • 00:37:11
    muito respeitado porque isso faz parte
  • 00:37:14
    de quem ele é o nome a história a origem
  • 00:37:18
    muitas vezes eles nem sabem o nome a
  • 00:37:20
    história origem mas relembrá-los
  • 00:37:23
    respeitá-los acolhê-los faz parte de uma
  • 00:37:26
    relação de uma troca colaborativa e de
  • 00:37:29
    fato inclusiva na escola né então a
  • 00:37:31
    gente traz isso e traduz isso combatendo
  • 00:37:34
    ali a ideia de racismo estrutural das
  • 00:37:38
    violências sobre questão de gênero das
  • 00:37:40
    violências das questões da pobreza né
  • 00:37:42
    das violências da questão da religião
  • 00:37:45
    então é combater as violências que são
  • 00:37:47
    produzidas lá dentro mesmo da escola
  • 00:37:49
    então pra gente pensar eu vou traduzir o
  • 00:37:52
    seguinte adotar uma abordagem decolonial
  • 00:37:55
    no multiculturalismo
  • 00:37:57
    pode dentro do Brasil pode fortalecer a
  • 00:38:01
    identidade cultural pode promover a
  • 00:38:04
    justiça social e valorização das
  • 00:38:07
    diversas contribuições étnico-raciais
  • 00:38:09
    isso fará uma construção de uma riqueza
  • 00:38:14
    cultural no
  • 00:38:16
    Brasil Valeu pessoal esse foi o meu
  • 00:38:19
    recado de hoje espero que vocês gostem e
  • 00:38:22
    curtam essa fala e bora fazer um Brasil
  • 00:38:26
    melhor através da Educação s
  • 00:38:29
    [Música]
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