Arte e Colonialismo | Arte Decolonial #exposições

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https://www.youtube.com/watch?v=cEF2hcAnjsM

Summary

TLDRA apresentação explora a relação entre arte e colonialismo, questionando se as obras do século X foram capazes de denunciar o colonialismo ou se estivemos cegos para suas mensagens. Utilizando uma exposição no Museu Tisen, são discutidas a apropriação colonial de bens materiais e culturais, a objetificação dos colonizados, e a representação do corpo feminino na arte colonial. Artistas contemporâneos, como Noemy Perz e Paulo Nazaré, são apresentados como vozes críticas na discussão da colonialidade e suas implicações na arte, ao passo que se reconhece a necessidade de uma nova narrativa que valorize a resistência.

Takeaways

  • 🎨 A arte pode refletir e ocultar as violências do colonialismo.
  • 🌍 A apropriação colonial incluiu tanto bens materiais quanto culturais.
  • 🖼️ Artistas contemporâneos estão questionando narrativas históricas.
  • 📜 A representação de corpos colonizados é frequentemente distorcida.
  • 💬 A perspectiva eurocêntrica impacta a nossa visão sobre arte de outros povos.
  • 🐦 Noemy Perz critica a destruição ambiental causada pelo colonialismo.
  • 📸 Paulo Nazaré utiliza a arte para criticar a objetificação dos colonizados.
  • 🏛️ Os museus podem perpetuar narrativas coloniais em suas exposições.
  • 🌿 As questões de identidade são fundamentais na arte contemporânea.
  • 📆 A exposição no museu Tisen está disponível até 20 de outubro.

Timeline

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    O vídeo discute a relação entre arte e colonialismo, abordando como as obras de arte de diferentes épocas refletem e denunciam as dinâmicas coloniais. A apresentação destaca uma exposição no Museu Thyssen, onde se analisam obras que evidenciam a apropriação de recursos e bens culturais, enfatizando a escravidão e o extrativismo. A narrativa sugere que o olhar eurocêntrico distorce a representação cultural dos povos colonizados, transformando-os em objetos de curiosidade para um público europeu.

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    Em sequência, o vídeo examina como a arte também perpetuou estereótipos raciais e sociais, retratando os colonizados como inferiores. Artistas contemporâneos, como Maxwell Alexandre e a artista turca, desafiam essas narrativas, utilizando suas obras para explorar e resistir às ideologias coloniais. A apresentação termina convidando os espectadores a refletirem sobre o impacto duradouro do colonialismo na arte e a fazerem parte dessa discussão.

Mind Map

Video Q&A

  • Quais são os principais temas discutidos na apresentação?

    Os principais temas incluem a apropriação colonial de bens, a representação de culturas indígenas e a crítica à narrativa eurocêntrica na arte.

  • Quem é Noemy Perz e o que sua obra representa?

    Noemy Perz é uma artista colombiana que retrata a devastação da selva de Catumbo, simbolizando a destruição ambiental relacionada ao colonialismo.

  • Como a arte colonial esconde a violência da colonização?

    A arte colonial frequentemente retrata paisagens idílicas que omitiram a realidade da exploração e opressão dos povos colonizados.

  • O que Paulo Nazaré critica em sua obra?

    Paulo Nazaré critica a objetificação dos colonizados e a história distorcida apresentada pela perspectiva eurocêntrica.

  • Quais artistas contemporâneos trabalham a temática da colonização?

    Artistas como Maxwell Alexandre e In EV abordam questões de empoderamento e resistência contra a narrativa colonial.

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    será que as obras de arte daquele século
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    X nunca denunciaram o
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    colonialismo ou será que éramos nós que
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    nunca enxergamos o Evidente
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    [Música]
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    hum eu acho que é um pouco das duas
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    coisas teve uma exposição que eu acabei
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    de visitar no museu tisen que explora
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    essas duas facetas através da sua
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    coleção da coleção do próprio Museu e de
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    uma outra chamada tba21 com obras
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    contemporâneas vem aqui vem visitar
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    comigo vem primeiro objetivo do
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    colonialismo se apropriar de coisas que
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    não são suas que pertencem ao outro e
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    pagando uma miséria ou melhor ainda não
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    pagando nada através da escravidão Então
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    nós vamos ter pessoas extraindo produtos
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    da sua própria Terra grátis se a gente
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    estiver falando de indígenas de povos
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    nativos ou de terras alheias dentro de
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    um sistema de um sistema Mercantil
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    nefasto aí do século
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    16 integrado por pessoas
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    escravizadas África recursos naturais
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    América e produtos manufaturados Europa
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    e nesse século XV nessa ânsia louca de
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    se apropriar do que é do outro nós vamos
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    ter o desenvolvimento de uma logística
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    brutal constituída por navios mas não só
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    os navios não bastava né só ter os
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    navios Então nós vamos ter instrumentos
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    de navegação sendo desenvolvidos bem
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    como ciência a gente pode falar por
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    exemplo da cartografia e é interessante
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    a gente ver isso tudo refletido nas
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    obras de arte como aqui então se percebe
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    que os mapas os globos eram objetos
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    desejados tanto que aparecem naturezas
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    mortas como essa de Van Der heiden de
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    1711 a apropriação ela não vai se
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    restringir aos recursos naturais também
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    vão ser apropriados bens culturais que
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    vão ser não só apropriados Mas
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    ressignificados como é o caso dessa
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    natureza morta de um dos maiores
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    artistas do gênero aonde nós temos essa
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    tigela chinesa que Originalmente tinha
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    uma função Sagrada e aqui para que que
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    ela serve ela serve como açucareiro e
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    açúcar aliás que era outro produto
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    levado das colônias aqui no lado a gente
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    tem uma taça nautilo super na moda a
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    partir da segunda metade do século X
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    entre as pessoas claro né com muito
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    dinheiro porque era objeto de luxo
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    estavam constituídas essas taças por uma
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    concha de náutilo que era um Molusco que
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    vinha da Indonésia ou do Caribe E essa
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    concha ela tava incrustada num suporte
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    de prata dourada e ainda decorada com
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    pérolas raras e exóticas principalmente
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    das colônias caribenhas essa obra
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    contemporânea também fala do
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    extrativismo que infelizmente perdura
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    até os nossos
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    dias esteticamente é muito maravilhosa e
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    ela foi criada pela artista Colombiana
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    noemy perz em
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    1964 que desenha com carvão essa
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    frondosa selva de catumbo e que na
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    atualidade está bastante destruída pelos
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    incêndios florestais E aí nós temos
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    esses lindos urubus bordados gente era
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    lindo demais eram lindos
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    demais outro ponto importante a
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    construção racial do outro sendo
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    inferior vai receber uma categoria de
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    seu ser
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    selvagem então eu vou ter o quê o eu não
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    né o colonizador vai ter o dever moral
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    de civilizá-lo para que ele possa
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    avançar e se você pensar bem o
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    cristianismo ajudou a fortalecer essa
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    narrativa porque de entrada se esse
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    outro não fosse Cristão já entrava na
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    categoria de ser primitivo e esse ser
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    primitivo selvagem vai ser pintado
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    desenhado convertido em gravura para um
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    público europeu ávido por conhecer essa
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    novidade E aqui nós estamos diante do
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    primeiro artista brasileiro Paulo Paulo
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    ia falar P Paulo Nazaré que nessa série
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    intitulada etnografia Branca trabalha o
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    afã do colonizador em conhecer o
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    colonizado para poder melhor dominá-lo
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    então ele vai na internet e pega essas
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    imagens de povoados africanos e imprime
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    essas imagens em papel algodão E aí o
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    primeiro Insight por ele vai remeter há
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    milhares de Africanos escravizados que
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    foram levados pra América do Norte para
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    trabalhar onde no cultivo do algodão mas
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    essas imagens elas não são nítidas
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    parecem como desfocadas porque o que o
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    colonizador pensa saber sobre outro
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    inclusive exibem seus museus
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    etnográficos também carece de
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    Transparência de nitide
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    é um recorte realizado com as lentes
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    eurocêntricas para que essa imagem seja
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    ainda menos Clara ele introduz esse
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    círculos de Giz branco e fum usado
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    habitualmente pela comunidade hokum da
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    Nigéria e que para mim também me remetia
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    aquela imagem né do novelo de algodão os
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    colonizadores vão levar esses seres que
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    eles consideravam inferiores primitivos
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    selvagens também para os seus
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    territórios mas de forma diferente por
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    quê Por exemplo nos países baixos no
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    século 1 que era né a grande potência
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    comercial europeia a escravidão era
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    legal nas colônias eles usavam essa mão
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    de obra escravizada mas no seu
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    território era ilegal Mas então como que
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    aparece esse jovem nesse quadro
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    ambientado na Holanda no norte da Europa
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    os africanos costumavam servir de
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    companhia as classes mais altas quase um
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    produto de luxo portanto um símbolo de
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    estatus social não eram escravos no
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    sentido mais estrito do termo porque
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    eles podiam casar formar família mas
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    mesmo assim eram considerados inferiores
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    de forma crua podemos dizer que eram
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    vistos como objetos o Fran House faz com
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    que esse jovem negro nos olhos
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    Estabeleça contato com a gente e assim
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    parece o personagem mais natural da cena
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    diante de toda essa artificialidade
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    coreografada desse matrimônio por outro
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    lado em vários países europeus a mão de
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    obra escravizada não era ilegal ou seja
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    você ter escravos como um dos seus bens
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    não era ilegal por exemplo Portugal é
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    França Espanha na Espanha o Velasques
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    ele tinha um escravo que depois ele
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    concedeu a liberdade também se converteu
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    em artista que era o Rand de Parea que
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    ele até pintou também uma das suas obras
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    aparece na Itália tampouco era ilegal
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    tanto que nas cidades italianas muitos
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    eram utilizados como ajudantes de
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    artesão S artistas mesmo assim né
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    pintores escultores como no caso também
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    né foi na na Espanha e até de músicos ou
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    seja esses escravizados tinha alguma
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    formação artística isso que a gente vê
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    aqui nessa tela onde esse jovem negro
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    segurou uma partitura O que sugere que
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    ele conhecia a linguagem musical lindo
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    né mas quando a gente se aproxima do
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    quadro olha o que ele tem no pescoço sim
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    um colar de escravo e se você olhar bem
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    vai perceber que ele está numa escala
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    inferior à do seu
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    proprietário isso ajuda o quê a marcar
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    ainda mais essa hierarquização racial da
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    época Tá vendo como os quadros falam
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    evasão às novas
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    arcádio de ir
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    civilizar novamente essa palavra
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    civilizar esses paraísos aí
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    selvagens isso vai
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    e ser utilizado como justificativa para
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    que o europeu possa se apropriar tanto
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    dos bens materiais quanto humanos nesses
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    novos continentes e é interessante a
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    gente pensar que tem um gênero da
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    pintura que parece tão inofensivo mas
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    vai ajudar a ocultar a violência
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    Colonial que são Qual é esse gênero o
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    gênero das paisagens você pensa ah
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    paisagens né idílicas bucólicas mas que
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    onde
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    voluntariamente se
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    exclui toda todo o lado perverso da
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    colonização tudo isso é
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    silenciado e a gente já estudou né quem
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    é brasileiro já estudou tá já estudou
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    várias dessas paisagens na escola
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    através das obras de um artista europeu
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    que esteve em terras brasileiras que é o
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    France post Ah mas como que silenciava o
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    que que ele fazia olha essa obra aqui
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    que estava nessa exposição um grupo de
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    Africanos em primeiro plano que parecem
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    desfrutar dessa nova Arcádia e ninguém
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    diria que eles trabalhavam a exaustão e
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    eram tratados como animais até parece
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    que o convívio entre o colonizador e o
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    escravizado era uma maravilha todo mundo
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    integrado corpo e
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    sensualidade como você deve imaginar o
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    colonialismo está inserido dentro do
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    patriarcado e portanto o corpo da mulher
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    também vai ser dominado ah né que
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    novidade e vai mais do que isso vai
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    virar um bem de livre disposição do
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    colonizador e as obras de arte vão
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    mostrar no outro aquilo que era proibido
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    no próprio Ou seja no no país
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    colonizador então quando a gente fala de
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    desejo sensualidade que isso não podia
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    né mulher as mulheres dignas não podiam
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    desejar não podiam ser sensuais só
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    aquelas que não eram dignas que não não
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    tinham honra Então nós vamos ver na arte
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    muitas obras que vão retratar tudo isso
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    mas lá no outro por isso que eu fi fora
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    do próprio né então na América
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    Latina na Ásia e vamos ter uma loucura
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    ocidental por pinturas de arén só que
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    esse arem totalmente fora da realidade
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    porque as mulheres não andavam nuas o
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    tempo todo tinham uma vida muito mais
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    normal do que essa fantasia aí ocidental
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    inclusive existiam diferenças de classe
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    no próprio Aren elas sequer conviviam
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    todas juntas por em razão dessas
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    diferenças de classe e é sobre essa
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    fantasia ocidental que trata a obra
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    contemporânea da artista turca in EV
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    neta de uma das últimas mulheres
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    obrigadas viver em um desses arén Esse
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    vídeo instalação era genial Era uma
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    construção em três atos primeiro ato ela
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    pegou a gravura do Antoine aace mailing
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    do álbum viagem pintoresca a
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    Constantinopla margens do bósforo ele
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    esteve morando em Constantinopla por 18
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    anos a convite do sultão portanto como
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    Ele viveu ele conviveu nesses espaços
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    por tanto tempo elas não estão nuas mas
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    parece que não povoam esse ambiente
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    estão como
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    abduzidas segundo ato nosso artista
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    retira todos os personagens da
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    gravura terceiro ato ela inclui imagens
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    de figuras femininas que através dos
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    seus movimentos sugerem a possibilidade
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    da Resistência Olha a fala da Inc EV ao
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    penetrar no harém quero colocar em
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    movimento o Indomável e fazer com que
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    essas imagens congeladas se movam para
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    abrir a possibilidade de
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    resistência as duas obras contemporâneas
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    falavam dessa resistência uma delas do
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    brasileiro Maxwell
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    Alexandre essa obra forma parte de uma
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    série maior que se chama chuva Dourada
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    Pardo é o papel pardo é uma das cinco
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    nomenclaturas utilizadas pelo Instituto
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    Brasileiro de geografia estatística no
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    Censo é um termo complicado muitas vezes
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    pejorativo mas que também faz referência
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    a um tipo de papel um papel barato e que
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    o artista encontrava facilmente na
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    favela da Rocinha Aonde ele nasceu nessa
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    série ele usa esse papel mas dispõe seus
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    personagens negros tradicionalmente
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    condenados à categoria de subordinados
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    em cená e com objetos que mostram o quê
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    seu
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    empoderamento Homer burden Ele nasceu no
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    harlen que foi centro de uma resistência
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    muito legal na década de 1920 1930 ficou
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    conhecida como Renascimento do harlen e
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    a família do nosso artista formou parte
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    desse movimento então você pode imaginar
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    que ele tá imbuído desse movimento né
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    que ele tava aí de forma ativa no
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    movimento e ele vai trabalhar com
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    diversas linguagens mas eu tenho uma
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    quedinha pelas colagens e na mostra a
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    gente tinha essa onde os personagens
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    levam máscaras africanas que destacam
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    essa sua identidade as mãos são grandes
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    em outros quadros de outros períodos
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    essas mãos são grandes os pés para
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    revelar esse trabalho braçal né que vai
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    prepondera sobre o trabalho cerebral
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    mental mas no caso aqui do burden ele
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    faz isso como uma referência ao Espírito
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    de comunidade de solidariedade entre
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    essas pessoas a visita acabou mas esse
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    foi apenas um recorte tá que eu fiz uma
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    seleção aí de algumas obras dessa
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    exposição incrível que você pode visitar
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    até dia 20 de outubro no museu tiss em
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    Madrid que aliás é um dos meus museus
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    favoritos da cidade e aí você conhece
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    algum artista que trabalha de forma
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    Direta com essa questão da colonização
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    Me conta aí nos comentários e hoje eu
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    vou te deixando aqui das Canárias com
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    aquele
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    beijo no teu coração
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    [Música]
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