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Olá, eu sou Caroline
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e na lição de hoje vamos falar das histórias de usuário.
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O objetivo dessa lição é explicar
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o que são as histórias de usuário,
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mostrar a forma de uso,
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mostrar formas distintas de avaliar
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a qualidade delas
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e suas vantagens e desvantagens.
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O que são as histórias de usuário?
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As histórias de usuário são representações
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de requisitos ou funcionalidades
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que os clientes solicitam para atender os objetivos
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de negócio.
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Geralmente são escritas em uma ou duas frases
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usando uma linguagem comum do usuário.
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As histórias de usuário são usadas em
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metodologias ágeis de desenvolvimento para
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especificação de requisitos.
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Acompanhada de debates com os usuários
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e os testes de validação.
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Normalmente, as histórias dos usuários
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devem ser escritas em um cartão
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por limitar a quantidade de escrita
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que pode ser colocada nele,
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forçando o cliente a produzir um texto claro
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e objetivo.
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No entanto, muitas empresas utilizam
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modelos pré-concebidos para escrever estes.
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As histórias do usuário têm que ser escritas
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de forma que respondam 3 questões
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relacionadas com as necessidades dos clientes.
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Estas são:
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Quem é beneficiado?
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Usuário/ator que é beneficiado pela história de usuário.
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O que se deseja?
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A descrição da necessidade.
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E qual é o benefício?
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O valor de negócio que a história proporciona.
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Uma equipe da Connextra desenvolveu em 2001 o
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modelo tradicional de escrita de uma história de usuário.
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O formato é o seguinte:
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Como papel eu quero algo
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para me beneficiar
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Por exemplo,
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Como um operador do hotel,
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eu quero estabelecer taxas ótimas para
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os quartos do meu hotel
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para maximizar meus ingressos.
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Como vice-presidente de marketing e vendas,
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eu quero rever o desempenho histórico de vendas
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para identificar regiões geográficas
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e produtos de melhor desempenho.
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Outros exemplos são:
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Como cliente, eu quero consultar o catálogo
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para poder encontrar o produto que desejo comprar.
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Como cliente, quero que o produto seja acompanhado
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com o valor de desconto para compra à vista
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para que eu tenha a visibilidade da diferença
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monetária do produto à vista ou à prazo.
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Como cliente, quero que os produtos selecionados para
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compra fiquem armazenados como um carrinho
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de compras para que eu possa visualizar
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todos os meus produtos e o preço total.
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Existem várias maneiras de avaliar a qualidade
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das histórias do usuário.
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Para esta apresentação,
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vamos falar de duas maneiras.
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A primeira, é a fórmula dos três Cs.
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Foi proposta por Ron Jeffries em 2001
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e diz que uma história de usuário
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cumpre bem o seu papel
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quando atende às 3 características C
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que são:
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O primeiro C é cartão.
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As histórias são tradicionalmente escritas
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em cartões.
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A ideia é que elas sejam suficientemente
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pequenas para não exceder o tamanho de um cartão.
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O segundo C é conversação.
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Que é a discussão que o cliente
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e o time de desenvolvimento
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tem em torno das histórias para dar um
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entendimento comum da funcionalidade a ser entregue.
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E o terceiro C é Confirmação.
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É confirmar que a aplicação sendo desenvolvida
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está de acordo com o que o cliente espera ter em
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produção no futuro.
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São os testes que verificam as histórias.
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A segunda maneira de avaliar a qualidade
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é por meio do critério INVEST.
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Foi criado em 2003 por Bill Wake
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como lembrete das características que uma boa história
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com qualidade deve ter.
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Uma boa história de usuário deve
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deve cumprir com 6 atributos, que são:
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Independente. A história do usuário deve ser
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auto-suficiente, de uma forma que não há
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nenhuma dependência inerente
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em outra história do usuário.
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Negociável. As histórias de usuário, até que elas sejam
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partes de uma iteração, podem sempre ser alteradas
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e reescritas.
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Valiosa. Uma história de usuário deve entregar
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valor para o usuário final.
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Estimável. Você deve sempre ser capaz
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de estimar o tamanho de uma história de usuário.
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Pequena. Histórias de usuários não devem ser tão
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grandes a ponto de se tornar impossível de planejar
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ou priorizar com um certo nível de certeza.
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E testável. A história de usuário ou a sua descrição
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relacionada deve fornecer as informações necessárias
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para tornar o teste de desenvolvimento possível.
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Outro conceito importante para saber quando se fala
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sobre história de usuário é o conceito de Épicos.
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Épicos são histórias de usuário que são grandes
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demais para implementar em uma só iteração.
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Portanto, você vai precisar dividir em histórias
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de usuários menores
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Por exemplo, temos a história de usuário:
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O usuário pode pesquisar vagas de emprego.
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Mas essa história pode se dividir em histórias menores.
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O usuário pode pesquisar vagas de emprego por
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localização, faixa salarial, título de vaga,
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nome da empresa e data na qual a vaga foi publicada.
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O usuário pode visualizar informações de cada vaga
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que foram encontradas pela pesquisa.
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O usuário pode visualizar informações
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detalhadas sobre a empresa que publicou a vaga.
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Para uma história de usuário ser executada
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em uma iteração, ela deve ser primeiro
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pequena o suficiente para que possa ser
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concluída dentro da iteração.
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Para isso ser possível, precisamos dividir uma história
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grande em partes menores,
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mas ainda preservando a propriedade que cada história
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deve ter.
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Isto é o que se conhece como Splitting.
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Dentro das vantagens das histórias de usuário,
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nós temos:
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Criar histórias de usuário é fácil.
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Histórias de usuário são rápidas e fáceis de escrever.
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Os clientes com nenhuma experiência em
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desenvolvimento de software podem escrevê-las
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facilmente para comunicar seus objetivos.
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Não é investido muito tempo ou dinheiro
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para escrevê-las. Portanto, se elas forem alteradas
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ou nunca usadas, a equipe não perdeu muito tempo
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no seu desenvolvimento.
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Elas são escritas pelos usuários.
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As histórias de usuário são idealmente
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descritas pelo usuário,
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o cliente, na maioria dos casos.
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Isso permite que a equipe de desenvolvimento
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possa passar um tempo com o usuário
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e entender melhor a funcionalidade que eles querem.
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Se um cliente não se sente confortável ao escrever as
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histórias de usuário, a equipe de desenvolvimento
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pode intervir e ajudá-los
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permitindo uma melhor compreensão do que
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o produto final tem que realizar.
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Priorização. O cliente é capaz de priorizar
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em suas histórias de usuários formuladas
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quais das ideias são mais importantes
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para o desenvolvedor.
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E as tarefas podem ser divididas em elementos
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para uma melhor estimativa.
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Por outra parte, as histórias de usuário não são uma
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documentação detalhada.
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Mas também não é este seu objetivo.
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Histórias de usuário tem que servir como um ponteiro
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para o que será a especificação de requisitos.
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É um desafio documentar os requisitos não funcionais
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como histórias de usuário.
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Quando se faz uso das histórias de usuário para
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redatar requisitos não funcionais,
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a história vai ficar ambígua
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ou incompleta.
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Porque o principal objetivo é a documentação
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de requisitos funcionais.
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E podem não ser adequadas para ambientes
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muito burocráticos ou quando
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o nível de documentação é imposto pelo cliente.
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Por exemplo, quando o cliente tem regras ou leis que o
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obrigam a seguir certos passos para
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documentação de requisitos.
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Como visto, as histórias de usuários são requisitos
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escritos em uma ou duas frases usando uma
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linguagem comum do usuário.
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Geralmente devem ser escritas em um cartão.
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No entanto, muitas empresas utilizam
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modelos pré-concebidos para escrever estes.
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O formato mais comum de uma história de usuário
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tem que responder às três perguntas
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quem é o ator, o que ele quer e para quê que ele quer isso.
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Uma boa história de usuário tem que seguir
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critérios de qualidade.
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Seja, por exemplo, a fórmula dos 3 Cs
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ou o critério INVEST.
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Por último, elas não são uma série altamente
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documentada de requisitos,
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mas sim um lembrete para colaborar
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sobre o tema da história de usuário,
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quando se define a especificação de requisitos.
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Quero agora convidá-lo a realizar os exercícios
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de fixação dos assuntos aqui discutidos.
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E que também interaja com nossa equipe de tutores
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no fórum de discussão deste tópico.
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Seja para tirar dúvidas ou obter informações sobre o tema.
00:09:36
Estamos sempre à disposição para te ajudar.
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Muito obrigada e bons estudos!