Prof. Antônio Carlos Diegues no VI Colóquio Franco Brasileiro UFPA | Université Paris 13

00:32:39
https://www.youtube.com/watch?v=6duYIhpkW1Y

Summary

TLDREl profesor Antonio Carlos Diegues compartió su experiencia y reflexiones en una conferencia sobre los desafíos socio-políticos de la gestión del agua y la gobernanza territorial en la Universidad París 13. Habló sobre su relación con la Amazonía, su historia personal de exilio y su trabajo en favor de las comunidades tradicionales. Resaltó la importancia de la diversidad biológica y cultural y la necesidad de incluir a las comunidades en la discusión sobre conservación y sostenibilidad. La conferencia enfatiza la relevancia de mantener un diálogo continuo sobre estos aspectos en el contexto actual de crisis.

Takeaways

  • 🌎 La Amazonía es crucial para la biodiversidad del mundo.
  • 🤝 Las comunidades tradicionales son fundamentales en la conservación.
  • 📚 La ciencia debe integrar el conocimiento popular.
  • 🕊️ La utopía es lo que nos motiva a seguir luchando.
  • 💪 Es importante resistir ante la pérdida de derechos.
  • 🌱 La diversidad cultural es tan importante como la biológica.
  • 💡 La historia personal del profesor refleja la importancia del exilio y el conocimiento.
  • 🌐 La cooperación internacional es esencial para abordar estos desafíos.
  • ⚖️ La inclusión de comunidades en políticas ambientales es necesaria.
  • 🔍 La investigación debe ser interdisciplinaria y contextual.

Timeline

  • 00:00:00 - 00:05:00

    El profesor Antonio Carlos Diegues inicia su intervención en la UFPA, destacando su interés en los desafíos socio-políticos de la gestión del agua y la gobernanza territorial, así como la importancia de la ciencia en tiempos de crisis. Hace un llamado a la unión internacional para enfrentar estos retos y a la preservación de la utopía como motor de avance social.

  • 00:05:00 - 00:10:00

    Diegues comparte su experiencia de investigación en la Amazonía desde hace más de 30 años y señala la pérdida de derechos de las comunidades tradicionales y la importancia de la cooperación internacional en la defensa de los saberes locales, lo que ha influido en su pensamiento y práctica académica.

  • 00:10:00 - 00:15:00

    A lo largo de su carrera, Diegues ha valorado el conocimiento popular y cómo ha sido fundamental para entender la relación entre cultura y naturaleza, además de mencionar su paso por Europa y cómo influyó en su desarrollo profesional y en la forma de realizar investigaciones.

  • 00:15:00 - 00:20:00

    El profesor destaca el papel vital de las comunidades tradicionales en la conservación de la biodiversidad y la cultura, refiriéndose a cómo su trabajo ha intentado visibilizar y potenciar estas comunidades en el ámbito político y académico, especialmente en la Amazonía y otras regiones del Brasil.

  • 00:20:00 - 00:25:00

    Se subraya la importancia de la diversidad cultural y biológica en el Brasil, argumentando que no puede haber conservación de la naturaleza sin la inclusión y reconocimiento de las comunidades que habitan esos territorios, defendiendo las reservas de desarrollo sostenible que permiten coexistir la cultura y la preservación.

  • 00:25:00 - 00:32:39

    Finaliza su discurso resaltando la necesidad de resistir ante las adversidades actuales, clamando por el reconocimiento de los conocimientos y derechos de las comunidades tradicionales, y la importancia de promover la diversidad y la inclusión en la agenda política y académica.

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Video Q&A

  • ¿Cuál es el tema de la conferencia?

    Desafíos socio-políticos de la gestión del agua y gobernanza territorial.

  • ¿Quién es el profesor que da la conferencia?

    Antonio Carlos Diegues.

  • ¿Cuál es la experiencia personal del profesor en la Amazonía?

    El profesor realizó investigaciones sobre el desmatamiento y los modos de vida en Rondônia hace más de 30 años.

  • ¿Por qué es importante continuar las discusiones sobre estas temáticas?

    Porque en tiempos de crisis, es fundamental mantener la utopía y la lucha por los derechos de las comunidades tradicionales.

  • ¿Qué papel juegan las comunidades tradicionales en la conservación?

    Son fundamentales para la conservación de la biodiversidad y la cultura.

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    6º coloque o frango brasileiro
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    na ufpa universidade paris 13 um tema
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    desafios sócio-políticos da gestão da
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    água e governança territorial
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    o professor antonio carlos diegues bem
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    bom dia a todos ea todas os colegas
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    franceses estão aqui eu aceitei essa
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    esse convite por várias razões primeiro
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    porque o meu contato com a amazônia foi
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    feita há mais de 30 anos quando a gente
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    fez um primeiro conjunto de pesquisas
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    sobre desmatamento modo de vida em
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    rondônia é que foi o primeiro contato
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    mais sistemático com essa parte
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    importante do nosso país e também porque
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    eu acho fundamental a gente continuar se
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    reunindo nesses períodos negros negras
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    desculpa né porque na verdade eu acho
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    que é um período terrível da nossa
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    história onde a ciência negada às
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    comunidades tradicionais começam a
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    perder direitos não é e a nossa política
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    internacional é uma política de de anões
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    na verdade quer dizer não se percebe a
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    importância dessa convivência
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    internacional
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    eu acho que é por isso que é importante
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    a gente se reúne com a não deixar de
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    estar juntos porque eu acho que isso é
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    um pouco que o atual governo quer é
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    verdade que a gente separa que a gente
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    deixe de acreditar que a gente deixe de
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    teotônia eu acho que a utopia na verdade
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    aquilo que faz o mundo avance a então
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    perdeu tupia na verdade é simplesmente
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    morrer né porque se a gente não tiver
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    nenhuma utopia a gente não vai ter pelo
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    que lutar
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    a terceira razão é de alguma forma o
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    reconhecimento eu pelo que a frança fez
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    por mim eu era um exilado é não era não
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    era incomum
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    os períodos cinzentos nossa história e
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    jovens
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    e se me excluíram nec eo para as ruas e
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    ajudavam a organizar movimentos fossem
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    perseguidos e eu o primeiro que eu me
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    refugiei aqui no maranhão em 69 aqui
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    pertinho do povo fiquei um ano em grupo
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    e aprendi muito na verdade eu eu eu
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    aprendi muito mais do que ensinei e aí
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    que eu comecei a ver a importância do
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    saber popular e aqui ele me deu uma
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    chacoalhada porque eu já tinha feito um
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    pouco de filosofia era um racionalista
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    bem acirrado né
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    e de repente uma em confronto com o
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    conhecimento que era fundamental e que
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    continua sendo fundamental pra mim até
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    hoje
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    então eu me lembro que eu eu saí do
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    brasil com medo terrível de ter um
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    passaporte preso na alfândega não
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    acreditar na polícia federal
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    aquilo era muito comum é uma forma de
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    pegar quem tentava sair aí foi com uma
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    bolsa muito pequena é pra holanda é
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    fiquei lá um ano e meio e depois como
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    todos os brasileiros
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    eu achava que a minha área era era da
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    antropologia antropologia mais
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    importante daquela época era francesa e
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    eu era um jovem taxista porque porque eu
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    não viria para frança e eu me lembro que
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    é o primeiro contato que foi aí eu fui
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    aceito praticamente imediato foi
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    professor ignacy sachs é que talvez as
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    gerações mais antigas se lembra que foi
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    um inovador não é na questão ambiental
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    com seu ego desenvolvimento e eu fiquei
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    muito impressionado com o poder que
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    tinha o diretor de pesquisa na frança
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    naquela época ele disse olha você tá
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    feito chamou a secretária em um segundo
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    foi o faça uma carta da prefeitura de
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    paris e dei para ele a carga de cerveja
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    estudante do ensino no brasil é
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    impossível tenho impressão que hoje na
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    frança também não deve ser muito muito
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    possível mas o diretor de pesquisa tinha
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    um reconhecimento assim fantástico e eu
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    pude conviver com um momento assim de um
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    debate extremamente importante na área
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    ambiental porque porque o primeiro era
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    um ano depois um ano e meio depois na
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    conferência de estocolmo os temas ainda
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    estavam legislando é e envolvendo
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    debates que eu achei importantíssimo do
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    qual eu até hoje minuto quando escrevo
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    as coisas né porque o mundo muda
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    aparentemente muito rápido mas não é tão
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    rápido assim que aqueles temas que a
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    gente curtia naquela época
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    na verdade existem até hoje e alguns
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    deles ainda numa situação muito mais
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    grave do que estava em 73 que era
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    basicamente o ano da primeira crise
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    mundial do petróleo beneficiou dessa
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    crise porque tinha um carrinho e choro
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    que eram 11 deixou um carro assim é
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    fantástico é e que consumia muito pouca
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    gasolina
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    então como alguns países quando estava
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    na na holanda tinha racionamento de
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    gasolina deixou naquela época imagine
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    não era 20 quilômetros por litro então
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    eu eu tinha um excedente de gasolina que
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    hoje em dia os ricos holandeses
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    era um time que tinha então vende mutti
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    que dá o dobro do preço porque eu tinha
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    que viver também e ele se chama de
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    gasolina então era era um período de
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    muita inovação pessoal na holanda
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    principalmente não fazia skate com ela
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    no meio da rua eram formas assim muita
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    alternativa de se viver né e eu então é
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    pude me beneficiar desse esse
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    acolhimento da frança e e isso a gente
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    tem que ir pessoalmente reconheço até
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    hoje que a minha
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    tura mesma pesquisa foi muito
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    influenciada por exemplo por
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    pesquisadores franceses como morto por
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    ele e 6 sul 11 jun é toda uma linha sim
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    da da antropologia marxista que era um
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    importante produtor entender o mundo
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    então aí já estão as suas razões pelas
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    quais eu aceitei é e também acho que tem
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    uma coisa importante que o núcleo de
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    pesquisa que ocorreu há mais de 25 anos
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    forma foi criado em 87/88 por aí
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    ele se baseou numa estratégia é de fazer
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    convênios com universidades sobretudo
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    federais no brasil inteiro pra fazer
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    pesquisa e nesse período não levei um só
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    pesquisador paulista e da usp para essas
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    peças regiões
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    a gente sempre incentivou grupos locais
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    a fazer pesquisas interdisciplinares na
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    medida do possível e talvez tenha sido
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    uma das estratégias é que que for mais
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    importante na minha vida porque eu
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    sempre achei que o conhecimento não se
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    localiza no lugar só né e se espalha
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    assim como os livros seus pais
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    é uma outra experiência minha por ter
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    escrito livros é que o livro tem sua
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    vida vida própria
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    nenhum dos livros eu coloquei uma foto
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    minha
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    só no último eu dei de presente porque
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    eu acho que o importante são as idéias é
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    eu é o livro que faz o seu caminho o
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    melhor seus leitores que fazem o caminho
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    do livro e eu continuo pensando nisso
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    até hoje
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    agora eu começo a minha breve
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    conferência se pode dizer que uma
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    conferência é perguntando o que leva aos
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    pesquisadores há a fazer sua pesquisa
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    quer dizer eu sempre o considerei muito
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    mais um pesquisador organizador de
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    pesquisa do que o professor apesar de
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    sempre ter dado aula eu tô
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    a aposentada mais de 12 anos mas
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    continuo no núcleo
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    nem todo o tempo nem uma parte do tempo
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    por meio do mato
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    eu aprendi a plantar aprender a cuidar
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    de galinha aprendi a cuidar de cavalos e
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    e aprendi também a lei outras coisas que
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    não é só tecnologia o ecologia e assim
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    por diante até a minha vida se ela se
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    passa em vários lugares ao mesmo tempo
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    e eu queria dizer que eu nasci numa
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    cidadezinha muito pequeno se chama
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    iguape e são paulo no sul do estado de
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    são paulo é uma cidade assim
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    extremamente interessante porque ela tem
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    uma interface entre o mar ea floresta é
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    a região mais desenvolvida do estado de
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    são paulo até hoje é ter uma pena um
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    apelido de ser amazônia brasileira
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    tem muitas coisas que se parecem outras
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    não mas você parece porque porque uma
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    enorme diversidade biológica da
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    importânica e também uma uma grande
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    diversidade cultural e aí é que eu me
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    lembro que quando eu era não sei lá eu
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    tinha 67 anos e um pouco mais
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    eu tinha eu tive malária naquela região
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    era infestado de malária mas eu eu
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    sempre achava que era muito curioso eu
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    via aqueles que as pessoas que saíam do
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    portinho lá com as suas trazendo as suas
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    canoas todo o tipo de coisas que não
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    existia na cidade né não
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    uma vez ouvi jacaré com o boca amarrada
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    na canoa me fecho de lenha vi palmito e
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    aquilo tudo me chamava atenção e
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    perguntei pra minha mãe que era
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    professora é e de onde quem são eles
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    porque eles entravam na cidade sempre de
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    branco muito melhor vestido que hoje né
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    com a sua calça branca camisa branca e
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    chapéu de palha aparecer acima uma
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    imagem folclórica entre as coisas e eles
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    eles um negociar esses produtos nas
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    vendas de tecido
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    aquele tempo eu tinha venda de de coisas
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    muito presente e depois sumiu
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    aqui ele me chama muito a atenção por
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    exemplo minha mãe pra pessoal do sítio
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    não sabia o que era sítio mas aquilo
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    ficou na minha memória foi olha que
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    coisa interessante esse pessoal me
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    parece que ficou no meu subconsciente
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    voltou depois a outra coisa era a
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    exuberância da natureza que me chamava
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    muita atenção apesar de que o caçapa
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    passarinho pago nem querer gaiolas e
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    debate não sei se existe aqui seria
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    comer bananas cair mas eu tentava eles
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    bem muitas vezes soltava nem sempre
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    também não é tão ecológico nec nec todo
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    mundo fazer aquilo aí é quando eu e
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    depois eu fui foi esse aluno é interno
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    dos padres alemães duríssimos que me pôr
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    um pouco de disciplina porque era
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    totalmente disciplinar e também não
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    gostava de estudar não fosse lá quando
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    eu tinha 16 17 anos
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    o jogo em si o primeiro da casa hoje
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    porque é porque eu estava chateado com
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    os professores sempre dizia que eu
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    estudava que eu era era disperso com um
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    fazia várias coisas ao mesmo tempo e e
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    aí eu fui fazer sensoriais isso já
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    durante a ditadura no primeiro ano de
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    ditadura e aí eu aprendi uma coisa
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    fundamental também é que é o contato com
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    essas comunidades que viviam nos sítios
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    na minha infância eu voltei pra ela né
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    e aí é eu aprendi muitíssimo no trabalho
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    de paulo freire fazendo nada nada é
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    gratuito e era um método assim que de
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    motivava a a discussão inicial sobre o
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    que é a cultura sobre a natureza e era
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    um debate riquíssimo porque os
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    pesquisadores sabiam na sua linguagem
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    expressar esse tipo de relação de uma
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    forma extremamente rica e eu e aqui eu
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    fui eu fui
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    absorvendo interessado por lei eu vou
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    estudar pescadores artesanais
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    aí eu já estava no começo no mestrado e
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    em meus colegas os professores mas
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    porque vai estudar uma categoria um
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    grupo social vai desaparecer daqui a dez
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    anos
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    olha primeiro que eu gosto deles né e e
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    o conhecimento tem muito disso a gente
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    pesquisa do que gosta e 2º lugar 3º
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    desaparecerem pelo menos posso fazer um
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    registro da importância que eles são
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    aí o pessoal eu já percebeu que tinha um
  • 00:13:58
    osso duro na na frente né
  • 00:14:01
    o fato fez o mestrado estudando a
  • 00:14:03
    relação de perto do céu e pesca
  • 00:14:04
    artesanal em são paulo nessa faixa
  • 00:14:07
    litorânea entre ubatuba e em cananeia eu
  • 00:14:12
    paraná e eu é depois disso continuei na
  • 00:14:18
    minha vida acadêmica com exceção desses
  • 00:14:21
    anos todos com base na europa para ser
  • 00:14:23
    mais de 12 13 anos na europa podia
  • 00:14:26
    voltar depois porque porque depois que
  • 00:14:30
    eu voltei a primeira vez que o dia na
  • 00:14:33
    frança eu eu eu decidi fazer o doutorado
  • 00:14:38
    tal fazendo doutorado mas ainda a
  • 00:14:40
    repressão era enorme era assim mas era
  • 00:14:45
    muito a repressão assim olha você sentia
  • 00:14:48
    na pele na verdade era o o o responsável
  • 00:14:53
    do prédio neo e apartamento que
  • 00:14:55
    informava a polícia das reuniões que
  • 00:14:58
    tinham mais de três pessoas
  • 00:15:00
    nessa suponho que ele tinha os havia
  • 00:15:02
    subversivos então era uma situação assim
  • 00:15:04
    extremamente complicado decidir por eu
  • 00:15:07
    vou sair do brasil outra vez aí prestei
  • 00:15:11
    um concurso na onu é e como eu tinha eu
  • 00:15:16
    sempre gostei de línguas né
  • 00:15:18
    eu tinha essa capacidade de falar mais
  • 00:15:20
    de uma língua palavra 314 e e aí eu fui
  • 00:15:24
    eu fui escolhido pelo lote comissariado
  • 00:15:26
    nas ruas
  • 00:15:27
    mas por refugiados que era uma outra
  • 00:15:30
    coisa também que me tocava nem a
  • 00:15:32
    situação daqui daqueles refugiados que
  • 00:15:35
    gera um número enorme mesmo nos anos 80
  • 00:15:40
    terminada a guerra do vietnã e outras
  • 00:15:44
    guerras e aí eu eu fui trabalhar na nota
  • 00:15:49
    comissariado e fiquei lá pelo menos 12
  • 00:15:51
    anos e aí com isso o mundo inteiro
  • 00:15:54
    países que a gente só entra com
  • 00:15:56
    passaporte azul da onu porque são áreas
  • 00:15:59
    muitas vezes em conflito é o vietnã laos
  • 00:16:01
    camboja pela áfrica praticamente inteira
  • 00:16:05
    américa latina é eu na verdade depois eu
  • 00:16:09
    peguei um período na fao é interessante
  • 00:16:15
    mais interessante foi morar em roma na
  • 00:16:17
    verdade não era uma coisa ali muito
  • 00:16:21
    simples ele depende muito da pesca
  • 00:16:23
    industrial naquela época de pesca
  • 00:16:24
    artesanal era era bem mais finalizada
  • 00:16:28
    mas eu vou deixar de contar alguns
  • 00:16:30
    fenômenos a inapal porque é e quando eu
  • 00:16:34
    voltei para o brasil e eu me permiti das
  • 00:16:38
    nações unidas que é algo raríssimo né
  • 00:16:40
    porque a vida é muito boa o salário
  • 00:16:43
    altíssimo aposentadoria nas alturas
  • 00:16:47
    existiam coisas assim
  • 00:16:49
    o pessoal às vezes não têm noção é que
  • 00:16:53
    era um privilégio que têm os
  • 00:16:54
    funcionários da onu mas a gente corria
  • 00:16:56
    risco de vida
  • 00:16:57
    eu mais uma vez quase deixei a minha
  • 00:17:01
    pele no meio daqueles deserto da somália
  • 00:17:04
    e da etiópia
  • 00:17:06
    eu vou contar só uma o episódio pra ver
  • 00:17:09
    como é comum como na verdade é a um
  • 00:17:13
    importante é não só nosso governo que a
  • 00:17:16
    onu asha que que o governo acha que a
  • 00:17:19
    onu não é e ser substituído é só para os
  • 00:17:23
    estados unidos não têm a ideia da
  • 00:17:25
    dimensão da importância da onu e que a
  • 00:17:28
    onu na verdade
  • 00:17:30
    uma organização de países não têm nada
  • 00:17:32
    bem então quando o governo diz né que
  • 00:17:35
    foi um absurdo é se a aceitar a
  • 00:17:38
    venezuela na comissão de direitos
  • 00:17:40
    humanos da onu
  • 00:17:42
    quem resolve isso não é o secretariado
  • 00:17:45
    da onu são os países membros daquela
  • 00:17:47
    comissão se eles escolheram a onu não
  • 00:17:50
    tem nada que dizer que cada país tem o
  • 00:17:52
    mesmo valor na onu mas eu me lembro que
  • 00:17:55
    estava aquele tempo usava barba
  • 00:17:58
    assim a ala cubana mais ou menos né
  • 00:18:02
    a limitação é tropical de gravar mas não
  • 00:18:07
    é bem assim mas eu tinha também um
  • 00:18:09
    bonezinho meu duvidoso respeitoso é é é
  • 00:18:16
    e aí eu me lembro que estava sentado
  • 00:18:19
    assim num
  • 00:18:20
    uma altura era tipo tiramos antiga
  • 00:18:23
    colônia francesa e e de repente eu
  • 00:18:27
    comecei a ver uma caravana que estava se
  • 00:18:29
    levantando para buscar o cat
  • 00:18:31
    o cat na no interior da etiópia no kart
  • 00:18:35
    é um espécie de uma droga
  • 00:18:37
    eu mesmo tive que usar né porque tô todo
  • 00:18:42
    o governo se quisesse fazer uma reunião
  • 00:18:44
    com órgãos do governo era o meu caso era
  • 00:18:47
    minha função à mesa com o presidente
  • 00:18:48
    então eu tinha que participar de uma
  • 00:18:51
    acção de kate e é uma droga sem a leve
  • 00:18:55
    em relação às demais né
  • 00:18:56
    mas era assim uma uma espécie de uma de
  • 00:19:02
    um hábito nacional então reuniões por
  • 00:19:05
    exemplo coco o presidente do banco
  • 00:19:07
    central do país a agricultura e assim
  • 00:19:11
    por diante uma roda que a gente sentava
  • 00:19:15
    se viu o xá e depois era o amar eat the
  • 00:19:20
    cat nénão folhinhas assim conseguia
  • 00:19:23
    mascando janeiro
  • 00:19:27
    aí eles mas ele discutiu coisas
  • 00:19:29
    importantes da economia do país no meio
  • 00:19:32
    daquela marcação lá né
  • 00:19:34
    e aí então esse é um país que eu estava
  • 00:19:38
    em dia
  • 00:19:42
    o mali ea cuba tinha tinha salvado eshop
  • 00:19:48
    que era socialista não é de uma invasão
  • 00:19:51
    do seu marido era um país assim de um
  • 00:19:53
    ditador siad barre me lembro era também
  • 00:19:57
    o cara e aí eu estava lá tranquilo não
  • 00:20:02
    estava mais que o do cat não estava
  • 00:20:03
    olhando assim vendo aquela caravana que
  • 00:20:06
    seria a oitava e até depois escrevi no
  • 00:20:09
    no prefácio do do
  • 00:20:12
    o meu primeiro livro e é pescadores
  • 00:20:14
    camponeses trabalhadores do mar que foi
  • 00:20:17
    um livro que muita gente utilizou porque
  • 00:20:19
    neste país não se publica coisa nenhuma
  • 00:20:21
    é impressionante é e por isso digo que
  • 00:20:25
    são publicados alguns são bons outros no
  • 00:20:27
    chão mas eu escrevi uma uma introdução
  • 00:20:31
    assim o recebesse de prefácio muito
  • 00:20:34
    poética eu eu estava comparando os
  • 00:20:37
    cabelos que nem aqui que vão para o
  • 00:20:39
    deserto eles levam a sua cabana só
  • 00:20:42
    atendem semana e atenda como ela era
  • 00:20:46
    feito de paus curvos assim passavam por
  • 00:20:49
    cima do do caminho e pareciam mais
  • 00:20:51
    velhas
  • 00:20:52
    aí eu comecei a comparar aqueles nomes
  • 00:20:54
    com os nossos jogadores aqui né
  • 00:20:58
    aí eu estava nessa operação de repente
  • 00:21:00
    ouvi uma gritaria um cara saiu da do
  • 00:21:03
    início da caravana com uma uma
  • 00:21:06
    espingarda aquelas mais antiga e
  • 00:21:08
    gritando coisas que eu não entendia fui
  • 00:21:11
    eu acho que ele não vai entrar na vila
  • 00:21:13
    sinhá na de lei que quando eu reparei a
  • 00:21:16
    uns 10 15 metros e ouvir o olhar de ódio
  • 00:21:18
    do cara ele vinha na minha direção e já
  • 00:21:21
    apontando a carabina e fui tinha que ser
  • 00:21:25
    aqui né
  • 00:21:28
    o meu intérprete
  • 00:21:30
    ele saiu correndo e se ele não é cubano
  • 00:21:33
    só entende que ela falava cuba não é
  • 00:21:35
    cubano
  • 00:21:36
    aí o meu parando assim era um senhor já
  • 00:21:40
    que paga meu banco
  • 00:21:41
    ele virou qualquer dignidade que tem um
  • 00:21:43
    chefe de caravana e voltou com essa cara
  • 00:21:46
    passou a caravana e foi embora
  • 00:21:48
    eu respirei aliviada
  • 00:21:51
    eu ia morrer é num lugar desconhecido
  • 00:21:57
    não é que eu estava de passagem sem
  • 00:22:03
    motivo aparente é verdade mas enfim
  • 00:22:10
    aí quando eu voltei para o brasil eu
  • 00:22:14
    decidi que eu sempre ia ser professor
  • 00:22:16
    universitário na usp porque é aquela
  • 00:22:18
    tinha sido minha minha universidade de
  • 00:22:21
    origem albanesa doutorado
  • 00:22:23
    forlán mas naquela época é isso foi 90 e
  • 00:22:31
    97 98 e não tinha concurso nenhum na usp
  • 00:22:36
    e coincidentemente o presidente era um
  • 00:22:39
    professor universitário nos fazia
  • 00:22:42
    concurso a universidade também não tinha
  • 00:22:44
    muito dinheiro
  • 00:22:45
    aí eu consegui um recurso da fundação
  • 00:22:47
    forte e falei vou montar um programa de
  • 00:22:50
    pesquisa
  • 00:22:50
    aí eu conseguir um lugar na usp que é
  • 00:22:52
    extremamente complicado mas é um dos
  • 00:22:55
    poucos amigos lá e eu disse agora nós
  • 00:22:58
    vamos começar a descobrir o que é o
  • 00:23:01
    brasil das comunidades tradicionais
  • 00:23:04
    porque porque aí se a gente pegasse
  • 00:23:07
    alguns temas alguns títulos clássicos de
  • 00:23:10
    alguns antropólogos darcy ribeiro por
  • 00:23:13
    exemplo quando ele fala na formação do
  • 00:23:15
    brasil a formação cultural brasileira
  • 00:23:17
    a impressão que eu tinha é que é que os
  • 00:23:21
    caipiras os gaúchos
  • 00:23:23
    os sertanejos os ribeirinhos da amazônia
  • 00:23:28
    eles eram todos os formadores mas que
  • 00:23:31
    não existiam mais esses povos por esse
  • 00:23:34
    brasil afora
  • 00:23:35
    aí a gente começou a fazer esses
  • 00:23:38
    convênios já no pantanal depois da
  • 00:23:39
    amazônia e depois do nordeste
  • 00:23:41
    a gente começou a ver que eles resistiam
  • 00:23:43
    às vezes não é dentro dos mães meio
  • 00:23:46
    escondidos meu nome da floresta no meio
  • 00:23:49
    do pantanal
  • 00:23:50
    mas eles estavam ali aí eu falei olha na
  • 00:23:54
    verdade essa base cultural do brasil
  • 00:23:56
    ainda está aí né
  • 00:23:59
    e foi aí que eu comecei a a base desses
  • 00:24:03
    relatórios todo agente público bastante
  • 00:24:05
    coisa para escolher seu amazônia também
  • 00:24:08
    mas todos feitos por pessoas daqui e que
  • 00:24:12
    é o que observa muito né pessoal do
  • 00:24:14
    museu gol já edna castro
  • 00:24:18
    é que a gente sempre conversava e aí eu
  • 00:24:23
    disse olha acho que está na hora de a
  • 00:24:24
    gente começar a tentar fazer essas
  • 00:24:28
    comunidades aparecer em nu no cenário
  • 00:24:31
    político brasileiro
  • 00:24:33
    e aí foi e apareceram quem os
  • 00:24:37
    seringueiros que foi uma grande
  • 00:24:40
    inspiração não porque eles só é é
  • 00:24:44
    defende uma floresta né porque ele
  • 00:24:47
    defende uma floresta de uma forma nunca
  • 00:24:49
    vista antes muitas vezes com sua própria
  • 00:24:52
    vida e quando eles eles propuseram
  • 00:24:57
    reservas e ativista que foi a primeira
  • 00:25:00
    reserva de uso humano né
  • 00:25:03
    nesse país que uma grande inversão
  • 00:25:05
    brasileira porque porque não só se
  • 00:25:09
    proponha preservar a natureza mas também
  • 00:25:11
    as culturas isso que era fundamental que
  • 00:25:14
    a gente já vinha desenvolvendo essa
  • 00:25:17
    idéia da relação entre a a diversidade
  • 00:25:19
    biológica e cultural mesmo com o
  • 00:25:21
    primeiro trecho do meu foi 1988 se uma
  • 00:25:26
    relação entre as áreas que são
  • 00:25:27
    comunidades tradicionais além do sudeste
  • 00:25:29
    eo meio ambiente que dizia floresta uma
  • 00:25:32
    área e o conhecimento que eles têm as
  • 00:25:34
    práticas os símbolos dos mitos que eram
  • 00:25:37
    as sociedades ainda apesar de crise que
  • 00:25:40
    já se se manifestavam nessas sociedades
  • 00:25:42
    eram eram comunidades extremamente rica
  • 00:25:45
  • 00:25:46
    então essa idéia de que não dá pra
  • 00:25:48
    conservar a natureza sem conservará a a
  • 00:25:52
    cultura e os fazeres e os saberes dessas
  • 00:25:56
    comunidades têm alguma coisa impensável
  • 00:25:59
    este raciocínio está na base do mito
  • 00:26:02
    o mito moderno que eu escrevi foi sócio
  • 00:26:04
    peça essa relação é importante mostrar
  • 00:26:07
    que não pode haver conservação na
  • 00:26:09
    natureza sem essas comunidades ela pode
  • 00:26:12
    ser feita sem fazendeiros em 100 grupos
  • 00:26:15
    hindus se alistassem burguesia no jogo
  • 00:26:18
    de amanhã não dá pra fazer conservação
  • 00:26:21
    sem eles
  • 00:26:22
    aí o que que a gente começou a perceber
  • 00:26:24
    isso isso talvez seja mais do sudeste é
  • 00:26:27
    que os parques nacionais a partir dos
  • 00:26:30
    anos
  • 00:26:30
    oitenta e talvez isso vinculada à
  • 00:26:33
    chegada de algumas reuniões
  • 00:26:34
    internacionais né que disseram que
  • 00:26:37
    finalmente os parques é importante que
  • 00:26:39
    eles têm que funcionar aqui e as
  • 00:26:41
    comunidades é chamado de ser adicionados
  • 00:26:43
    estavam atrapalhando e que e que a
  • 00:26:45
    principal prioridade do governo é
  • 00:26:47
    arrumar dinheiro para desapropriar essas
  • 00:26:49
    pessoas eu falei não só isso não pode
  • 00:26:53
    acontecer é porque isso é negar é modo
  • 00:26:57
    de vida
  • 00:26:58
    isso é muito mais entre aspas
  • 00:27:00
    sustentável não gosta desse tempo depois
  • 00:27:03
    derrota faz agora esse tema porque eu já
  • 00:27:06
    escrevi sobre isso no começo e depois
  • 00:27:08
    que eu vi que o sarney fez um plano para
  • 00:27:10
    amazônia sustentável decidiu engavetar
  • 00:27:13
    os meus trabalhos e escrevi um artigo
  • 00:27:15
    sobre sociedades sustentáveis que não
  • 00:27:18
    tem nada a ver com um pouco a coisa vem
  • 00:27:20
    quando temos sustentável
  • 00:27:21
    são duas análises diferentes e eu
  • 00:27:26
    comecei também a ter uma maior
  • 00:27:27
    vinculação muito grande com comunidades
  • 00:27:29
    tradicionais
  • 00:27:31
    eu acho que é isso que me leva mesmo
  • 00:27:32
    aposentado a me manter é vivo né eu eu
  • 00:27:38
    posso até não aceitar convites de e de
  • 00:27:41
    governo que me comendo um pouco e ele já
  • 00:27:43
    sabe que vem mas é mesmo que às vezes de
  • 00:27:49
    de universidades mas eu nunca ninguém
  • 00:27:51
    nenhum convite feito por associações de
  • 00:27:54
    comunidades tradicionais
  • 00:27:56
    acho que é importante até porque hoje
  • 00:27:58
    eles não precisam mais da gente pra
  • 00:28:00
    falar
  • 00:28:01
    eles falam por eles próprios as mulheres
  • 00:28:04
    têm hoje nessas comunidades um papel
  • 00:28:06
    fundamental né
  • 00:28:08
    em qualquer função da gente quer dizer
  • 00:28:10
    em relação à quilombolas também a gente
  • 00:28:12
    apoiar não agüentando ministério público
  • 00:28:15
    poder escrever alguma coisa pra defender
  • 00:28:18
    seus direitos no fundo é isso que a
  • 00:28:21
    gente faz mais no palco e hoje que é
  • 00:28:23
    essa é a defesa intransigente mesmo das
  • 00:28:27
    comunidades internacionais da
  • 00:28:29
    importância que ela tem dos povos
  • 00:28:31
    tradicionais também para não só para se
  • 00:28:34
    entender a cultura brasileira
  • 00:28:36
    mas eu respeito essa diversidade que
  • 00:28:38
    aquele que hoje em dia
  • 00:28:39
    vendo é terminar como se fossemos todos
  • 00:28:41
    os brancos
  • 00:28:42
    parece que eles têm assim um filtro no
  • 00:28:44
    olhar e que vê tudo branquinho até que é
  • 00:28:47
    bom né me parece que é bonito mas eu
  • 00:28:51
    sempre preferi a diversidade então acho
  • 00:28:53
    que a universidade é mais rica e mais
  • 00:28:55
    colorida é mais é mais conclusiva a
  • 00:28:58
    gente a pensar onde o movimento que
  • 00:29:00
    atenda todos os brasileiros não só uma
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    parcela deles então essa foi a sua
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    vinculação com as comunidades que me fez
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    sem dúvida fica na universidade
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    o contato com os alunos cada um em cada
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    dois anos ou um curso a emergentes
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    brasil inteiro é eu gosto de discutir
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    estas ideias e de diversidade biológica
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    e cultural porque eu acho que ganharemos
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    com a amazona isso é fundamental para
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    outras áreas também na mata atlântica o
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    é mas eu acho que para a amazônia é
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    fundamental e aí tem uma coisa que é
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    interessante é que quando a gente estava
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    discutindo a questão do jucu sistema
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    nacional de unidades de conservação
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    nós propusemos uma unidade que chamava
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    reserva ecológico cultural já com essa
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    idéia nem de que de que diversidade
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    biológica que garantem que ele ajude
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    ela foi com vontade de são paulo mas aí
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    o fernando gabeira que era o relator 2
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    no paraná e cheira bem esse negócio de
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    psicológico portugal aí trouxe de volta
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    para o debate
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    aí no final é mudar o nome como também
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    não importa muito de nome mas eh eh eh
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    passou a se chamar a reserva de
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    desenvolvimento sustentável exatamente o
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    tempo que eu não gosto mas mas tudo bem
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    está aí
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    é o mais interessante de tudo é que nós
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    tínhamos pensado nessa reserva que tem
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    muita semelhança com reservas e ativista
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    mas precisamos nessa unidade mais para
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    populações tradicionais que não
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    dependesse exclusivamente do
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    o ativismo como defendíamos os ama
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    aquela época é hoje talvez seja um pouco
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    mais alterada
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    os seringueiros então a gente pensou que
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    aquele podia se aplicar a naquela época
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    quilombolas no sudeste a caiçaras a
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    caipiras e por incrível que pareça as
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    reservas - sustentavam tiveram uma
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    grande aceitação na amazônia porque
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    tinha um doido aí que era um secretário
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    de meio ambiente na amazônia e que andou
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    espalhando se essas rs saque
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    possibilitando estado do amazonas e um
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    pouco aquela versão um caboclo da
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    revolução socialista foi pensado os
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    países altamente capitalista em que o
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    conflito entre o proletariado porque
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    fazia era muito muito acirrado então né
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    o estado socialista comunista devia ser
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    criado nessa nessa nessas áreas foi
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    criada onde na rússia é um país
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    altamente né dependente recursos
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    naturais e assim por diante
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    enfim é o que eu tenho a dizer primeiro
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    agradecer evidentemente o convite eu ia
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    para outras coisas mas eu acho que eu
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    vou ficando por aqui e eu e também a
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    oportunidade que me deram de continuar
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    falando e eu acho que isso é importante
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    no brasil neste momento é a gente saber
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    que é importante resistir muito obrigado
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    [Aplausos]
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    [Música]
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  • Amazonía
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