O FINAL DO EVANGELHO DE MARCOS É UMA FRAUDE? O QUE A CRÍTICA TEXTUAL DIZ?

O pastor Iago Martins introduz o tema da crítica textual, focando no final longo do Evangelho de Marcos, que não é considerado um texto original. Ele explica que a Bíblia é composta por cópias de manuscritos, e a crítica textual é o processo de remontar o texto original a partir dessas cópias, que apresentam variações. Apesar de algumas variações serem insignificantes, existem passagens disputadas que geram debates, como a pericope adultera e o final de Marcos.

O pastor menciona cinco hipóteses sobre o final do Evangelho de Marcos: 1) a hipótese do final abrupto, que termina no verso 8; 2) a hipótese do final curto, que adiciona uma breve conclusão; 3) a hipótese do final longo, que é a versão tradicional encontrada na maioria das Bíblias; 4) a hipótese do freer logion, uma adição encontrada em um manuscrito específico; e 5) a hipótese de um final perdido, que nunca foi registrado.

Ele lê o final abrupto e discute a possibilidade de que o Evangelho de Marcos tenha terminado no verso 8, o que seria um final impactante. O pastor argumenta que os conteúdos dos versos 9 a 20 são adições posteriores, e que a maioria dos estudiosos acredita que o final longo não é original. Ele também menciona a importância de entender a crítica textual e oferece recursos para aprofundamento no tema.

O pastor Iago Martins discute a evidência textual e patrística, apresentando argumentos a favor do final abrupto e do final longo. Ele menciona que a evidência textual é complexa, com manuscritos antigos que apoiam o final abrupto, enquanto a maioria dos manuscritos mais recentes contém o final longo. A evidência patrística é dividida, com alguns pais da igreja atestando o final longo e outros desconhecendo-o.

Ele analisa a linguagem e o estilo do final longo, argumentando que as diferenças gramaticais e lexicais indicam que esse texto não é de Marcos. O pastor menciona que a maioria dos estudiosos concorda que o final longo é uma adição posterior, e que a discussão sobre o final de Marcos não deve abalar a fé cristã, pois a essência da mensagem permanece intacta em outros textos.

O pastor conclui que, independentemente da posição sobre o final de Marcos, a fé cristã não deve ser abalada. Ele enfatiza a importância de não usar o final longo para fundamentar doutrinas, já que a maioria do conteúdo pode ser encontrado em outros textos bíblicos. Ele também menciona que a perda do final longo não resulta em perda significativa para a teologia cristã.