Quebra de patentes

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https://www.youtube.com/watch?v=Nd20EmrAkOg

Summary

TLDRCristina Ruas do departamento de farmacia social da UFMG explicou na súa clase sobre a "quebra de patentes" durante a pandemia da Covid-19. Según ela, a correcta terminoloxía é "licenciamiento compulsorio", previsto no Acordo Trips, un tratado internacional que regula os dereitos de propiedade intelectual desde 1994. Este acordo busca equilibrar os dereitos e obrigacións, promovendo a innovación tecnolóxica e contribuíndo ao benestar social e económico. Durante a pandemia, moitos argumentan que as patentes limitan o acceso a vacinas e tratamentos esenciais. Cristina destacou un exemplo no Brasil en 2007, cando se decretou o licenciamiento compulsorio dun medicamento anti-HIV, importando xenéricos da India e conseguindo unha considerable economía ao país. Tamén se aborda a proposta de suspensión de dereitos de propiedade intelectual para vacinas e diagnósticos da Covid-19, unha medida que podería aumentar o acceso global. Esta proposta foi inicialmente non apoiada por Brasil, pero recibiu apoio de varios outros países e a OMS. A discusión subliña as desigualdades no acceso ás tecnoloxías sanitarias e como deben ser abordadas a nivel global.

Takeaways

  • 💡 O Acordo Trips regula dereitos de propiedade intelectual globalmente.
  • 🛠️ O licenciamento compulsório permite uso de patentes sen autorización por interese público.
  • ⚖️ As patentes buscan promover a innovación e o benestar económico-social.
  • 💊 Durante a pandemia, as patentes limítanse o acceso a vacinas e tratamentos esenciais.
  • 🌍 Brasil usou licenciamento compulsório para importar xenéricos de anti-HIV en 2007.
  • 🔬 O mercado farmacéutico está altamente monopolizado pero esencial para a saúde pública.
  • 📊 Brasil ten unha dependencia da importación de farmoquímicos.
  • 🌐 Diversos países e a OMS apoian a suspensión dos dereitos de patentes da Covid-19.
  • 🇧🇷 Brasil non apoiou inicialmente a suspensión de dereitos proposta.
  • ⚕️ A saúde debe ser tratada como un dereito humano, non unha mercadoría.

Timeline

  • 00:00:00 - 00:05:00

    Cristina Ruas aborda a quebra de patentes durante a pandemia de COVID-19, introducindo o Acordo Trips, estabelecido en 1994 pola Organización Mundial do Comercio. Este acordo garante monopolios a titulares de patentes por 15 a 20 anos, promovendo a innovación tecnolóxica. Con todo, durante emerxencias públicas como a pandemia, pode aplicarse o licenciamento compulsorio para permitir o uso de produtos patentados sen autorización do titular, sempre que se remunere adecuadamente ao titular e exista capacidade de produción no país que o solicite.

  • 00:05:00 - 00:10:00

    Ruas discute a aplicación limitada do licenciamento compulsorio a nivel mundial, case sempre vista como problemática para as industrias farmacéuticas por afectar a súa capacidade de mercado. Explica que as patentes farmacéuticas, aínda que protexen as industrias, tamén limitan o acceso a medicamentos. A experiencia de Brasil en 2007, co licenciamento compulsorio dun medicamento e a importación de xenéricos de India, mostrou aforros significativos ao país, destacando a efectividade desta medida en casos concretos.

  • 00:10:00 - 00:15:00

    A docente critica o enfoque no patentamento de medicamentos, especialmente durante a COVID-19, xa que o investimento público en investigación reduciu os custos para as farmacéuticas, que aínda cobran altos prezos polos tratamentos. Insiste en que a saúde non debe ser tratada como mercadoría, cuestionando a lóxica detrás das patentes prolongadas. Apunta que o mercado farmacéutico é lucrativo e monopolizado, con poucos incentivos para atender doenzas de países pobres, enfocándose principalmente en enfermidades crónicas en países ricos.

  • 00:15:00 - 00:21:05

    Ruas conclúe mencionando propostas para suspender dereitos de propiedade intelectual durante a pandemia para mellorar o acceso global a vacinas e tratamentos. A proposta liderada pola India e Sudáfrica en 2021, apoiada por varios países pero non por Brasil inicialmente, busca eliminar barreiras de patentes para unha produción máis equitativa. Critica a falta de adhesión ao mecanismo voluntario de transferencia de tecnoloxía e reclama enfoques obrigatorios para asegurar unha distribución máis xusta e efectiva de vacinas globalmente.

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Video Q&A

  • O que é o Acordo Trips?

    O Acordo Trips é um tratado internacional que regula direitos de propriedade intelectual, incluindo patentes, firmado em 1994.

  • O que é licenciamento compulsório?

    Licenciamento compulsório permite que um país use um produto patenteado sem autorização do detentor da patente em casos de interesse público.

  • Que exemplo de licenciamento compulsório foi citado no Brasil?

    Em 2007, o Brasil decretou o licenciamento compulsório de um medicamento anti-HIV e importou genéricos da Índia.

  • Qual é o objetivo das patentes segundo o Acordo Trips?

    Promover a inovação tecnológica, equilibrando direitos e obrigações e contribuindo para o bem-estar social e econômico.

  • Por que a saúde não deveria ser tratada como mercadoria?

    A saúde é um direito essencial e necessidades em saúde pública devem prevalecer sobre interesses comerciais.

  • Qual a crítica à proteção de patentes durante a pandemia?

    Patentes podem limitar o acesso a vacinas e tratamentos, essencial durante uma crise de saúde pública como a pandemia.

  • O que é a suspensão de direitos de propriedade intelectual?

    Proposta para suspender patentes de vacinas e diagnósticos da Covid-19 para ampliar o acesso global.

  • Como o Brasil se posicionou frente à suspensão de direitos proposta por Índia e África do Sul?

    Inicialmente, o Brasil não apoiou a suspensão proposta na OMS para vacinas e diagnósticos da Covid-19.

  • Como o mercado farmacêutico brasileiro foi afetado pelo Acordo Trips?

    Houve pouco investimento em pesquisa e desenvolvimento, resultando em uma dependência de importação de farmoquímicos.

  • Qual o impacto das patentes nos países em desenvolvimento?

    Patentes podem limitar a produção e acesso a medicamentos nesses países, acentuando desigualdades de saúde.

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    eu posso Cristina ruas do departamento
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    de farmácia social da UFMG na aula de
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    hoje sobre quebra de patentes durante a
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    pandemia da correia 19 para começar a
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    falar sobre quebra de patente a gente
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    tem que entender um pouquinho sobre
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    acordo Trips o acordo texto ele foi
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    firmado em 1994 com a criação do World
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    Trade organisation que a Organização
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    Mundial do Comércio esse tratado ele é
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    um acordo multilateral de países-membros
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    da Organização Mundial do Comércio que
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    reconhece as patentes garantindo assim o
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    monopólio Por parte dos detentores de
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    patente esse tempo pode ser variável
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    varia de 15 a 20 anos tempo em que
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    somente o detentor da patente poderá
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    comercializar o produto é que ele
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    patente ou e tem como principal objetivo
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    a promoção da inovação tecnológica para
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    contribuir para o bem-estar social e
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    econômico e para o equilíbrio entre
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    direitos e obrigações ou seja e para
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    garantir que as pessoas ou as
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    o interesse em promover a inovação
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    tecnológica dado que ele vai ter um
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    período aí de monopólio para
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    comercialização do seu produto e aí terá
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    o reinvestimento ou terá o retorno do
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    investimento que ele foi que ele fez no
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    produto com pesquisa e desenvolvimento o
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    termo correto não é quebra de patentes
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    em licenciamento compulsório esse
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    licenciamento compulsório ele é previsto
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    no acordo Trips no artigo 31 essa
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    flexibilidade permite que o país utilize
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    o produto patenteado mesmo que o
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    detentor da patente não autorize em caso
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    de interesse público mas também não é só
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    quebrar uma patente né só promoverá o
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    licenciamento compulsório tem é prevista
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    uma remuneração ou detector de patente e
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    para que um país Execute o licenciamento
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    compulsório ele tem que prever ele tem
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    que saber produzir aquele produto no
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    caso de medicamentos e vacinas ele tem
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    que ter indústrias UFC
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    eu consiga fazer a pesquisa
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    desenvolvimento ou produção daquele
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    produto porque a empresa não vai
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    simplesmente repassar a rota de síntese
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    eu o modo de produzir aquele medicamento
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    ou aquela vacina
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    a lei brasileira que diz sobre a as
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    obrigações relativas à propriedade
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    Industrial ela e número 9279 de 14 de
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    Maio de1996 só voltando aqui o acordo
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    Trips ele foi assinado em 1994 os países
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    eles tinham aí em torno de dez anos para
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    se organizarem e começar a aceitar as
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    patentes no caso do Brasil imediatamente
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    a partir de 1996 ele já começa a
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    reconhecer as patentes e isso fez com
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    que o país não tivesse tempo suficiente
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    para para se organizar para investir em
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    pesquisa e desenvolvimento investindo
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    Parque Fabril tanto do setor público e
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    privado nacional para fortalecimento da
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    indústria nacional e foi o que a Índia
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    fez muito bem feito a índia também é
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    signatário do acordo Trips mas ela
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    demorou quase 10 anos para poder
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    regulamentar essa questão da propriedade
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    o seu país durante esse tempo eles
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    investiram maciçamente em pesquisa e
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    desenvolvimento nas indústrias é tão que
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    ainda hoje é um dos países que mais
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    produzem medicamentos no mundo além do
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    seu maior exportador de genéricos do
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    mundo então eles conseguiram se
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    organizar e o Brasil ao contrário ele
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    promoveu a quebra de várias empresas
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    nacionais que já existiam então com essa
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    lei 9279 o artigo 40 ele já previu de
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    imediato a patente de invenção de 20
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    anos ou para o modelo de utilidade de 15
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    anos nessa Leia previsto além da licença
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    compulsória que a gente começou a
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    comentar um pouquinho a licença
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    voluntária no qual o titular de patente
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    ou depositante ele poderá Celebrar
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    contrato de licença para exploração só
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    comentar que o Canadá recentemente ele
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    solicitou uma licença voluntária para
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    uma grande Indústria Farmacêutica só que
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    não foi aceito
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    e eles queriam Inclusive a sua licença
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    voluntária para produção de vacinas para
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    a Bolívia para vender um custo muito
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    baixo Para eles já que a Bolívia tem um
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    percentual muito baixo da população
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    vacinada ao contrário do Canadá mas essa
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    Indústria Farmacêutica não quis essa
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    licença voluntária isso não aconteceu no
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    caso da licença compulsória o país que
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    solicita essa licença compulsória E aí
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    existe o investimento né para que a
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    indústria Nacional possa produzir ou em
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    casos de emergência Nacional o interesse
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    público eles podem solicitar indústrias
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    Inter nacionais e multinacionais que
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    produzam compre e até a indústria
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    Nacional consegui se organizar mas a
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    gente vê que esses Casos eles acontecem
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    de forma muito isolada muito poucos
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    casos no mundo acontecem isso algumas
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    vezes tem algum tipo de retaliação
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    a licença compulsória apesar de ser
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    prevista em lei nos casos ele se até tão
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    adequadamente no caso da emergência
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    Nacional interesse público mesmo assim
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    ela é tida como como problema para as
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    indústrias e para a questão comercial
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    com os outros países Então as patentes
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    farmacêuticas Elas têm de alguma forma
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    elas protegem as indústrias
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    farmacêuticas Mas elas estão bem
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    promovem uma redução do acesso aos
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    medicamentos por quê Porque você se
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    fosse se você tem uma patente você
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    impede que outras empresas possam
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    produzir garantindo assim o acesso a
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    várias pessoas no mundo não só esse a
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    gente só não falamos somente em termos
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    de Brasil aqui eu vou citar só um
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    exemplo de um Esse aumento compra o solo
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    que foi realizado no Brasil foi o único
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    que a gente fez até hoje outros países
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    já realiza
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    o casamento compulsório assim como
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    Estados Unidos Canadá e vários outros
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    mas o nosso caso foi o caso ele for vir
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    em 2007 e após decretar o licenciamento
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    compulsório Ministério da Saúde ele
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    passou importada a Índia os genéricos
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    pré-qualificados pela Organização
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    Mundial de Saúde provocando um impacto
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    imediato de economia de 31 milhões para
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    o Brasil Então esse é um exemplo de
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    sucesso de queijo sucesso e que pode
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    adequadamente ser utilizado no caso do
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    Brasil mas é o que que acontece hoje
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    para promover para solicitar o
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    licenciamento compulsório a gente vai
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    ter que fazer isso para cada tecnologia
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    e atualmente a gente não precisa não é
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    só diga as cenas a gente tem aí kits
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    diagnósticos medicamentos a gente está
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    assistindo no país a escassez de
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    produtos para entubamento de
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    medicamentos tecnologias nós temos aí
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    tratamento
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    a outros tratamentos também Lógico que
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    eu tô falando de tratamento com ele
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    dencia científica eu não estou falando
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    aqui de cloroquina estou falando de
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    evidência científica para o tratamento
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    de pacientes graves estou falando de
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    vacinas também e de outras tecnologias
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    como fez shield máscara e outras
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    questões que possam auxiliar na
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    prevenção e tratamento da convite e isso
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    faz com que é para cada tecnologia tenha
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    que ser necessário uma licença
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    compulsória E além disso a licença
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    compulsória é nacional ou seja cada país
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    teria que fazer isso então a nossa ideia
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    hoje não é tão trabalhar mais a licença
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    compulsória mas outras formas de
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    garantir o acesso aos tratamentos
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    e vamos falar um pouquinho por quê que a
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    gente vai patentear os medicamentos né a
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    indústria a principal justificativa da
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    do patenteamento dos medicamentos é são
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    os altos custos com pesquisa e
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    desenvolvimento de medicamentos Mas se a
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    gente for pensar no caso da convide a
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    gente teve muitos investimentos
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    governamentais para garantir que as
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    vacinas chegassem a população Então se a
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    gente tem um investimento governamental
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    a indústria mesmo por si só não ter que
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    investir tão pesadamente então é um dos
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    motivos Por que a gente pode suspender
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    esse esse processo de patenteamento a
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    segunda questão é o tempo levado para
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    pesquisa e desenvolvimento entretanto as
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    vacinas estão sendo produzidos em tempo
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    recorde de um ano a gente já tem vacina
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    produzida avaliada testada então também
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    esse argumento já cai por terra o outro
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    E aí eu tô tempo de recuperação dos
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    recursos investidos só para a gente ter
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    uma ideia algumas empresas Americanas
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    que fizeram tratamento com que fizeram
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    pesquisa e desenvolvimento com
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    medicamentos para o tratamento do Câncer
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    foi estimado foi feito um estudo que
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    essas empresas já alugaram lucraram
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    quase dez vezes mais que investido
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    durante quatro anos então não se
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    justifica que eles têm o que manter-se
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    patenteamento por 20 anos para
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    recuperação dos recursos investidos e a
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    a última justificativa porque não
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    patentiar os medicamentos porque a saúde
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    Ela não é uma mercadoria e nesse ponto
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    de vista a saúde está sendo vista como
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    mercadoria nós temos necessidades muito
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    mais importantes necessidades em saúde
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    pública e a gente tem que lembrar que as
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    vidas humanas elas não tem custo mas tem
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    um preço e não pode ser um preço
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    o objetivo ou seja tem um preço que a
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    sociedade e os indivíduos têm que
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    conseguir arcar nesse sentido se a gente
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    está produzindo vacina com investimento
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    público o cidadão ele está duplamente
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    financiando esse tratamento essas
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    vacinas seja na hora de investir nas
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    instituições das instituições de ensino
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    e de pesquisa seja na hora de adquirir
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    aqueles medicamentos Então quem está se
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    beneficiando principalmente desse
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    processo de pesquisa e desenvolvimento a
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    Indústria Farmacêutica não é o paciente
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    que é o alvo que é o principal é o
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    principal alvo da nossa tecnologia
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    e outras questões importantes que a
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    gente tem que falar É só uns sobre as
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    características do mercado farmacêutico
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    mercado farmacêutico é um mercado
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    altamente lucrativo é o terceiro mais
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    lucrativo do mundo ele pede para a
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    indústria de petróleo indústria bélica
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    né é o mercado se regulamentado mas isso
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    faz com que seja um mercado que seja
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    muito monopolizado ou seja as empresas
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    têm dificuldade de entrar nesse mercado
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    para começar a trabalhar porque que ele
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    é isso é extensamente regulamentado
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    tenho caso da proteção de patente né
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    então os países detêm aí o monopólio de
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    20 anos para comercializar então uma
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    empresa para poder iniciar ela tem que
  • 00:11:39
    investir em pesquisa e desenvolvimento
  • 00:11:40
    ou senão investir na indústria de
  • 00:11:43
    genéricos para a produção dos
  • 00:11:45
    medicamentos que já estão com patente
  • 00:11:47
    expirada Além disso além dessa dessa
  • 00:11:51
    questão das patentes a gente tem os
  • 00:11:53
    órgãos responsáveis pela
  • 00:11:55
    a ação para comercialização no caso do
  • 00:11:58
    Brasil Agência Nacional de Vigilância
  • 00:12:00
    Sanitária que é responsável por essa
  • 00:12:01
    autorização outros países da gente tem
  • 00:12:04
    aí o FBI americano e outros em cada um
  • 00:12:07
    dos países além disso aqui no Brasil a
  • 00:12:11
    gente tem controle de preços que é um um
  • 00:12:14
    órgão é dentro do Sistema Único de Saúde
  • 00:12:17
    que faz que a câmara de regulação de
  • 00:12:20
    preços e mede que faz com que haja uma
  • 00:12:22
    avaliação e o controle do preço máximo
  • 00:12:25
    de venda ao consumidor e o preço máximo
  • 00:12:27
    de venda ao governo Além disso existem
  • 00:12:30
    existe outro órgão que faz avaliação se
  • 00:12:33
    o medicamento vai ser ou não disponível
  • 00:12:36
    para a população que nesse caso é feito
  • 00:12:39
    pela conitec que a comissão nacional de
  • 00:12:42
    avaliação de tecnologias nesse sentido
  • 00:12:45
    ainda eu ainda reforço que essa
  • 00:12:48
    disponibilização da gratuita para
  • 00:12:50
    população ela é feita para
  • 00:12:53
    aproximadamente 75
  • 00:12:55
    de dentro da população Ou seja caso o
  • 00:12:58
    medicamento seja incorporado pelo
  • 00:13:00
    sistema único de saúde a indústria A
  • 00:13:02
    empresa ela vai garantir o fornecimento
  • 00:13:05
    para praticamente a população inteira 75
  • 00:13:09
    por cento então reforçando e a questão
  • 00:13:11
    de ser um mercado altamente promissor
  • 00:13:14
    lucrativo e garantido né porque o
  • 00:13:16
    sistema público de saúde vai ser
  • 00:13:18
    responsável pela aquisição e
  • 00:13:20
    Distribuição desses medicamentos como eu
  • 00:13:22
    já disse é um mercado altamente
  • 00:13:24
    monopolizado e eles fazem a a produção
  • 00:13:27
    voltada para classes terapêuticas ou
  • 00:13:30
    seja cada empresa ela acaba se
  • 00:13:32
    especializando em classes terapêuticas
  • 00:13:34
    aí tanto no sentido de pesquisa e
  • 00:13:37
    desenvolvimento quanto no sentido de
  • 00:13:40
    produção também e e outra característica
  • 00:13:43
    que aí é uma característica bem perversa
  • 00:13:45
    do mercado farmacêutico é que eu
  • 00:13:47
    pesquisa e desenvolvimento ele é voltado
  • 00:13:49
    as doenças crônico-degenerativas quais
  • 00:13:52
    são os países onde a elevada prevalência
  • 00:13:54
    de doenças
  • 00:13:55
    e com certeza não são os países pobres
  • 00:13:58
    né são os pais ricos que têm uma grande
  • 00:14:01
    capacidade de aquisição então o mercado
  • 00:14:06
    dos países subdesenvolvidos ou em vias
  • 00:14:09
    de desenvolvimento é um mercado que nem
  • 00:14:11
    é interessante para Indústria
  • 00:14:13
    Farmacêutica porque eles focam eles
  • 00:14:15
    visão primariamente o lucro e não a
  • 00:14:18
    saúde humana
  • 00:14:20
    e fala um pouquinho então agora sobre o
  • 00:14:23
    Mercado Nacional que que nós temos o
  • 00:14:25
    nosso Mercado Nacional como eu falei com
  • 00:14:27
    vocês a gente não investiu adequadamente
  • 00:14:30
    em pesquisa e desenvolvimento em
  • 00:14:33
    formação de recursos humanos em melhoria
  • 00:14:36
    do Parque Fabril então nós acabamos nos
  • 00:14:38
    especializamos em indústrias de
  • 00:14:40
    genéricos e similares que é mais mais de
  • 00:14:43
    cinquenta por cento das empresas
  • 00:14:45
    nacionais das Indústrias transnacionais
  • 00:14:48
    são responsáveis 45 por cento das vendas
  • 00:14:51
    de medicamentos no Brasil mas existe
  • 00:14:54
    baixo investimento em pesquisa e
  • 00:14:56
    desenvolvimento no Brasil acredita-se
  • 00:14:58
    que só em torno de cinco porcento dos
  • 00:15:01
    recursos dessas indústrias
  • 00:15:02
    transnacionais são investidos em
  • 00:15:04
    pesquisa e desenvolvimento aqui dentro
  • 00:15:06
    do Brasil existe uma ampla dependência
  • 00:15:08
    das nossas empresas por farmoquímicos ou
  • 00:15:12
    seja de princípios ativos para a
  • 00:15:13
    produção desses medicamentos Então
  • 00:15:15
    existe uma Independência nós temos uma
  • 00:15:18
    balança comercial negativa Ou seja a
  • 00:15:20
    o rotação de farmoquímicos do que
  • 00:15:23
    exportação do produto acabado E apesar
  • 00:15:26
    disso é um mercado que têm elevado
  • 00:15:28
    interesse pelo mercado farmacêutico
  • 00:15:31
    Mundial por que o Brasil está entre os
  • 00:15:33
    10 maiores mercados farmacêuticos do
  • 00:15:36
    mundo os maiores consumidores do mundo
  • 00:15:38
    então existe sem grande interesse das
  • 00:15:41
    indústrias em produzir e vender para o
  • 00:15:44
    Brasil já que é um mercado em expansão
  • 00:15:48
    bom então voltando aqui a gente vai
  • 00:15:51
    falar um pouquinho sobre a o acordo
  • 00:15:53
    Trips Já falou um pouquinho sobre a
  • 00:15:55
    característica das Indústrias
  • 00:15:56
    farmacêuticas sobretudo as indústrias
  • 00:15:58
    nacionais e já falamos sobre o
  • 00:16:01
    licenciamento compulsório mas eu falei
  • 00:16:04
    com vocês que a gente não está focando
  • 00:16:05
    hoje no licenciamento compulsório a
  • 00:16:08
    gente está focando na suspensão dos
  • 00:16:10
    direitos de propriedade intelectual para
  • 00:16:13
    o tratamento e prevenção da corrida de
  • 00:16:16
    19 em outubro de dois mil e 21 a Índia e
  • 00:16:19
    África do Sul apresentaram Organização
  • 00:16:21
    Mundial da Saúde uma proposta que
  • 00:16:24
    vacinas medicamentos e produtos
  • 00:16:26
    diagnósticos voltados para a cor 2019 e
  • 00:16:31
    teriam a suspensão dos direitos de
  • 00:16:33
    propriedade intelectual ou seja as
  • 00:16:36
    empresas que produzissem não teriam
  • 00:16:38
    direito à patente durante esse o período
  • 00:16:43
    de vigência da pandemia vários países
  • 00:16:46
    concordaram com essa proposta
  • 00:16:48
    as propostas Inclusive a Organização
  • 00:16:51
    Mundial de Saúde mas o Brasil não
  • 00:16:55
    assinou E durante muito tempo ficou em
  • 00:16:58
    cima do muro e mais recentemente agora
  • 00:17:00
    os Estados Unidos né no final de Maio
  • 00:17:02
    ele é concordaram com essa proposta que
  • 00:17:05
    foi vista assim pelo mundo inteiro com
  • 00:17:07
    muita alegria e muita satisfação Porque
  • 00:17:10
    a gente já tá caminhando para uma
  • 00:17:12
    apresentação e talvez essa de fato essa
  • 00:17:16
    suspensão dos direitos então essa essa
  • 00:17:20
    suspensão que vem sendo adotado o termo
  • 00:17:23
    wafer né ou a suspensão desses direitos
  • 00:17:26
    e elas podem ser a solução para os
  • 00:17:29
    problemas da sociedade como um todo ou
  • 00:17:32
    seja em nível Global já que a licença
  • 00:17:35
    compulsória ela se daria para cada
  • 00:17:37
    tecnologia e a associada a cada país e a
  • 00:17:41
    gente sabe que muitos países do mundo
  • 00:17:43
    não tem condições de se organizar para a
  • 00:17:47
    produção desses
  • 00:17:48
    a 500 ou dessas tecnologias Então essa
  • 00:17:51
    suspensão permitiria que grande parte
  • 00:17:55
    das Indústrias farmacêuticas no mundo
  • 00:17:57
    produzissem as tecnologias e pudesse eu
  • 00:17:59
    apertar doar ou vender um custo muito
  • 00:18:03
    mais baixo aos países que necessitassem
  • 00:18:05
    a Unicef ela fala ela fez uma estimativa
  • 00:18:10
    recente que somente quarenta e três por
  • 00:18:13
    cento da capacidade mundial de produção
  • 00:18:15
    de vacinas está sendo usada ou seja nós
  • 00:18:19
    temos aí uma indústria muito ansiosa que
  • 00:18:22
    poderia estar está produzindo caso
  • 00:18:26
    houvesse uma transferência de tecnologia
  • 00:18:27
    adequada ou caso a gente conseguisse a
  • 00:18:31
    suspensão desses direitos de patente Mas
  • 00:18:35
    recentemente na verdade o ano passado
  • 00:18:38
    foi feito um acordo que foi o setup que
  • 00:18:41
    era um mecanismo voluntário de
  • 00:18:43
    transferência de tecnologia para as
  • 00:18:46
    tecnologias associadas a cor
  • 00:18:48
    É mas não houve nenhuma decisão nenhuma
  • 00:18:51
    adesão por parte das dos países ou das
  • 00:18:54
    empresas mostrando que esse mecanismo
  • 00:18:56
    voluntário ele é eficaz Tem que haver um
  • 00:19:00
    mecanismo compulsório no caso essa essa
  • 00:19:03
    licença essa suspensão dos direitos para
  • 00:19:05
    que diz fato a gente conseguisse
  • 00:19:07
    trabalhar em nível global para garantir
  • 00:19:10
    que é mais doses de vacinas e de outros
  • 00:19:13
    medicamentos também e diagnóstico se
  • 00:19:16
    fossem produzidos para chegar à
  • 00:19:19
    população como um todo a gente veio que
  • 00:19:22
    hoje a gente tem que a o mundo está
  • 00:19:27
    sendo vacinado mas de forma muito
  • 00:19:29
    desigual do vamo muito de forma muito
  • 00:19:35
    ineficiente os países que estão que
  • 00:19:37
    estão sendo vacinação que eles países do
  • 00:19:41
    desenvolvidos que aí a gente destaca é
  • 00:19:45
    Reino Unido Canadá Estados
  • 00:19:48
    Oi e o países da Europa aí a a porção
  • 00:19:52
    surdo do Globo né que eu destaco os
  • 00:19:56
    países da África a porcentagem de
  • 00:19:58
    vacinação é extremamente baixa mostrada
  • 00:20:01
    desigualdade do acesso aos produtos as
  • 00:20:04
    tecnologias farmacêuticas no mundo então
  • 00:20:07
    é essa sim seria uma forma de garantir
  • 00:20:10
    que essas vacinação chegasse de fato a
  • 00:20:14
    quem precisa e de forma mais igualitária
  • 00:20:18
    estão finalizando a minha apresentação e
  • 00:20:21
    eu sinto aqui uma fala do professor
  • 00:20:23
    Jorge bermuda da Fiocruz que é um
  • 00:20:26
    professor que vem trabalhando muito
  • 00:20:28
    nessa questão da transferência de
  • 00:20:31
    tecnologia e ele fala que diante da
  • 00:20:34
    pandemia de couve 19 nós não podemos
  • 00:20:36
    ficar reféns dos monopólios que setores
  • 00:20:39
    da Indústria Farmacêutica vão querer
  • 00:20:41
    impor transformando o acesso a produtos
  • 00:20:43
    que salva vidas em Privilégio de pouco e
  • 00:20:46
    quebrando o prefeito de Assu
  • 00:20:48
    e sobretudo No Brasil onde a garantia de
  • 00:20:52
    saúde é um direito de todos e um dever
  • 00:20:55
    do Estado
  • 00:20:57
    é muito obrigado a todos essas são
  • 00:20:59
    algumas das referências que utilizei e
  • 00:21:02
    até mais é
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