PRE 412 - Unidade 01 - aula 01

00:20:49
https://www.youtube.com/watch?v=5OEAqfOtWDw

Summary

TLDRA aula introduz a disciplina de história e cultura afro-brasileira indígena, enfatizando a importância de discutir as relações raciais no Brasil. A professora analisa como essas relações são historicamente desiguais, destacando a marginalização de grupos negros e indígenas. Ela argumenta que, apesar da abolição da escravidão, as estruturas raciais permanecem, e que é crucial reconhecer e valorizar a presença e as contribuições desses grupos na sociedade. A aula também menciona a necessidade de um diálogo contínuo sobre raça e racismo para promover uma sociedade mais justa e igualitária.

Takeaways

  • 📚 Importância da disciplina de história e cultura afro-brasileira indígena.
  • 🤝 Relações raciais no Brasil são historicamente desiguais.
  • ⚖️ Necessidade de discutir raça e racismo na sociedade atual.
  • 🧑‍⚕️ Ausência de pessoas negras em profissões de prestígio.
  • 🏛️ Marginalização de grupos negros e indígenas em espaços de poder.
  • 📖 Referências históricas são essenciais para entender a realidade atual.
  • 🌍 A cultura afro-brasileira e indígena precisa ser valorizada.
  • 💬 Reflexão sobre o lugar social de cada um na sociedade.
  • 📊 Dados sobre a população negra e indígena revelam desigualdades.
  • 🗣️ Diálogo contínuo é necessário para promover mudanças sociais.

Timeline

  • 00:00:00 - 00:05:00

    A aula introduz a disciplina de história e cultura afro-brasileira indígena, destacando a importância de entender as relações raciais no Brasil contemporâneo. A professora discute como essas relações são construídas entre diferentes grupos raciais e a desigualdade que permeia a sociedade, enfatizando a necessidade de uma análise crítica sobre a distribuição social de negros, brancos e indígenas.

  • 00:05:00 - 00:10:00

    A professora ressalta que a disciplina é necessária devido à persistência do racismo estrutural no Brasil, que afeta a igualdade social. Ela propõe um exercício prático para refletir sobre a presença de pessoas negras e indígenas em posições de prestígio, como médicos e professores, e como essas ausências revelam a desigualdade racial.

  • 00:10:00 - 00:15:00

    A discussão avança para a análise histórica, citando Florestan Fernandes, que argumenta que a abolição da escravidão não resultou em igualdade material para os negros. A professora destaca que a marginalização de negros e indígenas é uma continuidade de uma estrutura social racista que se perpetua desde a colonização.

  • 00:15:00 - 00:20:49

    A aula conclui com a reflexão sobre a necessidade de reconhecer e discutir as desigualdades raciais, tanto em relação aos negros quanto aos indígenas. A professora encoraja os alunos a continuarem suas reflexões e estudos sobre a temática, utilizando as referências bibliográficas sugeridas para aprofundar o entendimento sobre a cultura afro-brasileira indígena.

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Video Q&A

  • Qual é o foco da disciplina de história e cultura afro-brasileira indígena?

    O foco é discutir as relações raciais no Brasil, a desigualdade e a importância de reconhecer a cultura afro-brasileira e indígena.

  • Por que é importante falar sobre raça e racismo no Brasil?

    É importante para entender as desigualdades sociais e a marginalização de grupos raciais na sociedade.

  • Como a história do Brasil influencia as relações raciais atuais?

    A história de colonização e escravização moldou as estruturas sociais e raciais que ainda persistem hoje.

  • Quais são os desafios enfrentados por pessoas negras e indígenas no Brasil?

    Desafios incluem a marginalização, a falta de representatividade em posições de poder e a discriminação racial.

  • O que a professora sugere para entender melhor as relações raciais?

    Ela sugere ler referências bibliográficas e refletir sobre o lugar social de cada um na sociedade.

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  • 00:00:05
    Olá
  • 00:00:06
    sejam bem-vindas e bem-vindos a nossa
  • 00:00:10
    primeira aula nessa disciplina história
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    e cultura afro-brasileira indígena bom
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    vocês podem se perguntar né qual a
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    importância né de se ter uma disciplina
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    oferecida pela TRE para Reitoria de
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    ensino com essa temática cultura
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    afro-brasileira indígena
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    mas a gente fazer esse diálogo ao longo
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    das demais unidades
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    a priori nós precisamos entender
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    como se dão as Relações raciais no nosso
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    Brasil é uma contemporaneidade
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    primeiro um ponto Relações raciais eu
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    quero dizer que são todas as relações
  • 00:00:55
    estabelecidas entre sujeitos com
  • 00:00:58
    pertencimentos distintos com
  • 00:01:00
    pertencimentos raciais diferentes
  • 00:01:01
    pessoas negras brancas e indígenas
  • 00:01:07
    como essas relações foram e são
  • 00:01:10
    construídas a partir de Quais elementos
  • 00:01:13
    são relações
  • 00:01:16
    horizontalizadas eu digo se são relações
  • 00:01:19
    pautadas em igualdade uma dimensão mais
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    de uma dimensão mais igual né Entre
  • 00:01:28
    esses vários grupos esses vários grupos
  • 00:01:30
    raciais há diferenças a relação
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    desiguais como esses grupos estão
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    distribuídos socialmente nos Espaços
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    digo uns espaços públicos
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    na Perspectiva do trabalho no
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    âmbito Educacional da saúde no âmbito da
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    representatividade política
  • 00:01:54
    ou mais objetivamente falando onde estão
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    as pessoas negras nos espaços públicos
  • 00:02:00
    de poder onde estão as pessoas indígenas
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    povos originários é como
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    representantes né E representatividade
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    no campo da política
  • 00:02:11
    se a gente for fazer essa análise né
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    baseada a priori nenhuma dimensão muito
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    objetiva dessa realidade entendendo a
  • 00:02:21
    nossa sociedade e com os nossos corpos
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    estão distribuídos nesse espaço social
  • 00:02:28
    nós vamos compreender né a partir de uma
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    análise
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    que não necessariamente sociológico mais
  • 00:02:37
    uma análise
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    mais da notoriedade desses grupos
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    raciais que essas relações elas não são
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    estabelecidas de modo horizontalizadas
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    infelizmente dá-se de uma forma
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    desproporcional ou desigual para
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    determinar dos grupos raciais
  • 00:02:59
    e
  • 00:03:00
    tecendo ainda mais esse diálogo né dessa
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    desigualdade racial desses grupos
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    raciais que estão em movimentos diversos
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    distintos nessa escala de saber poder
  • 00:03:15
    nos quais os espaços elas estão mais
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    localizadas a gente precisa voltar um
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    pouco a nossa história entender que a
  • 00:03:24
    história do Brasil né a Constituição do
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    povo brasileiro dessa nação ela deu-se a
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    partir né da colonização da escravização
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    dos povos originários e dos povos
  • 00:03:38
    africanos e quando a gente situa esse
  • 00:03:41
    lugar esse não lugar histórico de
  • 00:03:45
    pessoas né pessoas negras indígenas nós
  • 00:03:49
    chegamos a uma dimensão do hoje
  • 00:03:51
    entendendo que mesmo após a abolição ou
  • 00:03:56
    a dita
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    libertação de escravos de escravizados
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    negros e negras o Brasil permanece
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    com uma estrutura racializada bastante
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    hierárquica
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    é nosso país ainda carrega né
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    meandros ou carrega elementos que nos
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    levam a perceber como os traços de
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    outrora
  • 00:04:26
    da colonização
  • 00:04:29
    pode ser percebido na maneira como esses
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    grupos raciais eles estão distribuídos
  • 00:04:36
    socialmente e a gente chega à conclusão
  • 00:04:39
    que essas Relações raciais elas estão
  • 00:04:44
    enraizadas e sedimentadas e
  • 00:04:46
    estruturalmente
  • 00:04:48
    historicamente socialmente localizadas
  • 00:04:51
    desde o período
  • 00:04:55
    E aí o outro ponto importante é entender
  • 00:04:59
    que hoje só falam de raça e racismo nós
  • 00:05:04
    temos a necessidade de ter uma
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    disciplina como essa história cultura
  • 00:05:09
    afro-brasileira indígena porque
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    historicamente o nosso país como eu
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    disse ele é ele tem em sua composição
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    social
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    a dinâmica do racismo
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    estruturando as nossas relações então
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    podemos perceber né continuando essa
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    análise que na contemporaneidade mesmo
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    no século 21
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    as igualdades sociais elas permanecem e
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    são desigualdades que atravessam corpos
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    etnias negras e indígenas se eu pedir
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    para vocês fazerem um exercício bem
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    prático
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    quantas pessoas negras Vocês já viram
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    como médicos ou médicas
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    quantas professoras indígenas indígenas
  • 00:06:06
    Vocês conseguem situar aqui como
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    referências nesse diálogo Que Nós
  • 00:06:14
    faremos aqui com quantos professores e
  • 00:06:17
    professores indígenas você já tiveram
  • 00:06:20
    aula
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    no campo Educacional como mencionei aqui
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    situar nomes indígenas é um desafio
  • 00:06:32
    como se essas pessoas não existissem
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    do mesmo modo pensar por exemplo pessoas
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    negras em lugares ditos de prestígio
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    como médicos e médicas também um outro
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    lugar de ausência de essas pessoas o que
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    que explica essas ausências
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    vermos por exemplo mulheres negras em
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    posições de subalternidade em trabalhos
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    mal remunerados e
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    constantemente sendo atravessadas
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    atravessadas por situações onde
  • 00:07:10
    preconceito racismo e discriminação
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    racial é uma constante do seu dia a dia
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    nós não te alugaremos sobre racismo
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    sobre Relações raciais sobre cultura
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    afro-brasileira indígena se nós não
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    tivéssemos histórico né nacional no qual
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    raça teve e ainda tem um significado
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    importante dentro das nossas concepções
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    das nossas
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    organizações sociais políticas e
  • 00:07:43
    institucionais então
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    dialogar sobre Relações raciais é um
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    dever Quando eu digo um dever uma
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    necessidade uma vez que nós não Vivemos
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    em uma democracia racial nós não vivemos
  • 00:08:00
    de um paraíso onde
  • 00:08:02
    histórias negras histórias indígenas são
  • 00:08:06
    colocadas de modo notório pessoas negras
  • 00:08:11
    indígenas são colocadas em lugares de
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    evidência
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    essas pessoas não existem esses grupos
  • 00:08:22
    raciais não existem dentro desse Campo
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    de esfera de saber poder então
  • 00:08:30
    o título dessa disciplina cultura
  • 00:08:33
    afro-brasileira indígena é um título
  • 00:08:36
    forte é um título que demarca é um
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    título que tem o perspectiva teórica e
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    política
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    contar uma história não única e aí eu
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    gostaria que vocês lessem a nossa
  • 00:08:50
    referência tem um texto da China Amanda
  • 00:08:52
    que é o perigo da história única
  • 00:08:56
    [Música]
  • 00:09:00
    objetivo dessa disciplina não só
  • 00:09:03
    ressaltar a dimensão cultural mas
  • 00:09:06
    demarcar porque que essa cultura é
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    precisa ser reforçada é precisa ser
  • 00:09:11
    afirmada
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    nós vivemos em um país racista
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    isso é preciso ter consenso
  • 00:09:23
    nós vivemos num país no qual falar sobre
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    raça racismo é um problema
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    tem um sociólogo
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    da USP
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    que não faz mais parte do nosso plano
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    que que ele teceu bastante reflexões
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    sobre a questão racial no Brasil
  • 00:09:49
    que é o florestan Fernandes toda essa
  • 00:09:52
    Fernandes ele tem uma ele tem uma uma
  • 00:09:55
    afirmação que é o seguinte no Brasil
  • 00:09:59
    os brasileiros e brasileiros têm
  • 00:10:02
    preconceito de dizer que aqui há
  • 00:10:04
    preconceito
  • 00:10:06
    Ou seja é melhor não dizer que somos
  • 00:10:10
    racistas
  • 00:10:12
    é melhor não falar sobre raça
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    Afinal nós somos povos brasileiros
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    ainda continua só análise
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    fazendo críticas a essa afirmação
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    ao elaborar e
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    descamotear a ideia de que nós somos
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    iguais em oportunidades por exemplo
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    uma pesquisa que ele fez em São Paulo
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    é presente no seu livro a integração dos
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    negros na sociedade de classes por essa
  • 00:10:53
    Fernandes evidenciou que
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    pessoas negras pós Abolição
  • 00:10:59
    tiveram uma dificuldade
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    imensa de se inserirem em uma nova
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    organização política econômica que
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    estava em ascensão
  • 00:11:12
    os estereótipos né da cor de ser um
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    escravizado isso fazia com que esse
  • 00:11:21
    indivíduo com que esse sujeito nessa
  • 00:11:25
    sociedade racista e racializada
  • 00:11:29
    Não integrasse a essa nova realidade
  • 00:11:32
    social
  • 00:11:35
    e
  • 00:11:36
    florestan Fernandes radiologando conosco
  • 00:11:38
    nos ajudando a entender porque hoje
  • 00:11:42
    podemos entender o que hoje podemos
  • 00:11:47
    como eu coloquei no início nós podemos
  • 00:11:49
    situar as ausências de pessoas negras e
  • 00:11:54
    indígenas em alguns espaços públicos e
  • 00:11:57
    de poder
  • 00:12:00
    um momento do pós Abolição ele não se
  • 00:12:04
    efetivou no plano das igualdades
  • 00:12:06
    materiais
  • 00:12:08
    Que isso fique fato que isso fique dito
  • 00:12:12
    negros e negras libertos e libertos eles
  • 00:12:15
    ficaram mercê de suas próprias sortes
  • 00:12:18
    então naquele movimento naquela época
  • 00:12:21
    não houve uma tentativa de integrar os a
  • 00:12:24
    sociedade
  • 00:12:26
    quando eu falo integrados pegando na
  • 00:12:29
    Perspectiva mesmo de Flores São
  • 00:12:31
    Fernandes com que essas pessoas
  • 00:12:33
    minimamente Se considerassem passasse a
  • 00:12:36
    se considerar gente né bom E aí seguindo
  • 00:12:40
    essa discussão dada por floração
  • 00:12:42
    Fernandes e que enfim além de flores
  • 00:12:45
    outras tantas referências que nos
  • 00:12:49
    colocam isso nessa dimensão de como que
  • 00:12:52
    o nosso país ele segue com uma estrutura
  • 00:12:56
    aí desde a época do escravismo uma
  • 00:13:02
    estrutura
  • 00:13:04
    praticamente
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    naturalizada Como já é perceptível aqui
  • 00:13:09
    né nessa dimensão de lugares no lugar de
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    pensar pessoas indígenas e não indígenas
  • 00:13:16
    pessoas negras e não negras por exemplo
  • 00:13:20
    então
  • 00:13:22
    comumente nós encontraremos os grupos
  • 00:13:25
    sociais
  • 00:13:26
    indígenas e negros e negras em lugares
  • 00:13:30
    sempre nessa dimensão da marginalidade
  • 00:13:33
    né nessa dimensão da
  • 00:13:36
    isolamento né social quando fala o
  • 00:13:40
    isolamento
  • 00:13:41
    nas ausências nesse concretas de
  • 00:13:45
    políticas públicas no que tange à saúde
  • 00:13:48
    educação né de escolas adequadas no meio
  • 00:13:53
    Rural né nas periferias então em várias
  • 00:13:57
    várias formas de violação de direitos
  • 00:14:01
    humanos né dos direitos básicos assim
  • 00:14:04
    então
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    parece-me que há uma
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    ideia de conformação né Desse cenário né
  • 00:14:12
    racial
  • 00:14:14
    e desigual e no qual
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    não não
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    tenho mais indignação concretamente
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    em ações estratégicas de romper com
  • 00:14:28
    essas desigualdades raciais e aqui eu
  • 00:14:32
    vou trazer uma fala de uma professora
  • 00:14:35
    que eu de aluguei durante a minha
  • 00:14:38
    pesquisa de doutorado em 2015 a 2017
  • 00:14:43
    a época uma pesquisa que tinha por
  • 00:14:46
    objetivo
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    saber né das professoras universitárias
  • 00:14:51
    lá do Estado quais é as dimensões de
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    racismo atravessavam o seu cotidiano né
  • 00:14:57
    o seu fazer docente e
  • 00:15:00
    ao dialogar sobre essa temática uma
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    professora trouxe uma dimensão muito
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    interessante né que casa muito com essa
  • 00:15:08
    reflexão das ausências e desse dessa
  • 00:15:12
    dimensão de como o nosso a nossa
  • 00:15:14
    sociedade ela está ainda enraizada numa
  • 00:15:18
    perspectiva
  • 00:15:21
    e ela coloca o seguinte
  • 00:15:24
    Simone nós fazemos parte de um projeto
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    de nação racista no qual não conta com a
  • 00:15:31
    gente em bons lugares neste projeto
  • 00:15:33
    nação estamos sempre nos lugares sobre
  • 00:15:36
    alternizados que são os presídios os
  • 00:15:39
    centros educacionais Então são esses
  • 00:15:42
    lugares Sofrimentos e amargura que estão
  • 00:15:46
    postas para nós é faça um aqui tá vendo
  • 00:15:51
    que a gente entender um pouco mais o que
  • 00:15:53
    que ela quer trazer com essa afirmação
  • 00:15:55
    né com essa narrativa
  • 00:15:57
    quando ela menciona né que conta com a
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    gente em bons lugares ou com alguns
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    lugares em alguns lugares estamos num
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    período pós Copa né enfim
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    vós campeonato mundial
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    de futebol e nós percebemos se vocês
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    percebem isso né
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    uma notoriedade de pessoas negras né
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    jovens negros nas seleções aqui no
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    Brasil sobretudo ao mesmo modo quando a
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    gente situa pessoas negras em alguns
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    lugares nos mostram né Essa essa
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    notoriedade como por exemplo também é no
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    samba
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    de carnaval então a gente poderia dizer
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    que esses são alguns lugares né que a
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    nossa presença ela é notada ela é Ela é
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    percebida né de uma perspectiva positiva
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    por outro lado nós somos 50 e cerca de
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    56% da população negra no nosso país né
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    Freitas e partes
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    Mas além infelizmente mesmo sendo essa
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    maioria
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    quando nós nos situamos enfim
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    nesses em outros espaços por exemplo um
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    cargos de gestão
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    encargos ditos de prestígios na medicina
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    direito
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    esses corpos né esse grupo racial ele
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    não aparece com a mesma frequência né
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    então em alguns lugares as nossas
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    presenças elas são firmadas em outros
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    elas são
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    demarcadamente
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    influenciadas por uma lógica racista na
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    qual ainda se tem uma ideia de que
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    pessoas negras não teriam capacidade por
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    exemplo na intelectualidade ou para
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    assumir determinados cargos como cargos
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    de chefia e aí se a gente for aprofundar
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    um pouco mais nesses não lugares e ou os
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    lugares
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    pensar né buscar dados sobre a população
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    encarcerada no Brasil hoje né vocês vão
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    encontrar um número bem maior de jovens
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    negros
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    nos presídios né no mesmo modo a outra
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    dimensão que está relacionada a pobreza
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    né a marginalização desses corpos Então
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    a gente tem uma uma sociedade que ela se
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    faz não racista e convive muito bem com
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    o racismo
  • 00:18:44
    conviver muito bem com o racismo é não
  • 00:18:47
    me atentar as diversas formas de
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    exclusão social é que
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    atravessam grupos raciais
  • 00:18:57
    colocando ainda a dimensão indígena né a
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    nossa falta de conhecimento né as nossas
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    as nossas
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    limitações né sobre
  • 00:19:13
    as etnias indígenas sobre as várias
  • 00:19:18
    idiomas indígenas revelam muito bem que
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    nós silenciamos ocultamos ou
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    negligenciamos grupos raciais indígenas
  • 00:19:28
    isso compromete uma sociedade que se diz
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    né anti racista que se diz democrática
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    Então as provocações dessa aula
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    justamente
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    nos levarmos a repensarmos o nosso lugar
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    social e a repensar o nosso lugar social
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    nem sociedade em relações sociais em
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    Relações raciais eu espero que vocês
  • 00:19:59
    continuem né Essas reflexões
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    continuem essas
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    problematizações
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    buscando né lendo as referências que nós
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    colocamos aqui nas referências
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    bibliográficas tanto as obrigatórias
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    quanto às complementares
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    como por exemplo já trouxe aqui a China
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    Amanda o período da história única
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    coloca também o livro negritudes dos
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    Sentidos do professor cabeleireiro e as
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    demais referências relacionadas a essa
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    unidade
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    Bons estudos até
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    [Música]
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