REAÇÃO em CADEIA: a HISTÓRIA da BOMBA ATÔMICA

O vídeo explora a história da bomba nuclear, começando com a citação de Oppenheimer sobre a descoberta de coisas importantes na ciência. Ele foi o líder do laboratório de Los Alamos, onde a primeira bomba nuclear foi criada durante a Segunda Guerra Mundial. O foco do vídeo é entender como a bomba atômica alterou a trajetória da história mundial, remontando a 1932, quando o físico James Chadwick descobriu o nêutron, uma partícula fundamental para a estrutura atômica.

A partir da descoberta do nêutron, a visão moderna do átomo se consolidou, levando a uma nova compreensão da energia nuclear. Leo Szilard, em 1933, teve a ideia de usar nêutrons para liberar energia do núcleo atômico, imaginando uma reação em cadeia que poderia ser sustentada se um elemento liberasse mais nêutrons ao ser atingido por um nêutron. Essa ideia foi um passo crucial para a possibilidade de uma bomba nuclear.

Em 1934, experimentos demonstraram que nêutrons poderiam liberar energia ao atingir núcleos atômicos. Henricus Fermi bombardeou urânio com nêutrons, levando à descoberta de elementos inesperados e à compreensão de que nêutrons lentos induzem mais radiação no urânio, aumentando a possibilidade de reações nucleares. O modelo de gota nuclear de Niels Bohr, publicado em 1936, também contribuiu para a compreensão da fissão nuclear, embora Bohr inicialmente acreditasse que a fissão era impossível.

Em 1938, Lise Meitner e Otto Frisch confirmaram que o urânio poderia se dividir em elementos mais leves, provando a possibilidade da fissão nuclear. A ascensão do nazismo na Europa levou muitos cientistas a fugirem para os Estados Unidos, onde Leo Szilard buscou apoio para suas ideias sobre reações nucleares, mas enfrentou dificuldades em conseguir financiamento e reconhecimento.

Em 1939, a conferência de Washington trouxe à tona a fissão nuclear, convencendo físicos da sua importância. Robert Oppenheimer, inicialmente cético sobre a possibilidade de liberar energia nuclear em grande escala, começou a explorar a ideia de uma bomba nuclear. A descoberta de que o urânio 235 era mais sensível a reações nucleares levou a uma corrida para desenvolver uma bomba antes que os nazistas o fizessem.

A preocupação com a Alemanha nazista em obter urânio levou Szilard e outros a contatar o governo dos EUA, resultando em uma carta a Roosevelt sobre a possibilidade de uma bomba nuclear. A invasão da Polônia pela Alemanha em setembro de 1939 acelerou a urgência da pesquisa nuclear nos EUA, levando à criação do comitê do urânio para coordenar esforços de pesquisa e financiamento.

Apesar de desafios iniciais, a pesquisa nuclear ganhou prioridade, e em 1941, o governo dos EUA começou a investir pesadamente no desenvolvimento de uma bomba nuclear. O projeto Manhattan foi estabelecido, com Oppenheimer como líder científico, e o laboratório de Los Alamos foi criado para centralizar os esforços de pesquisa e desenvolvimento da bomba.

Os cientistas enfrentaram desafios técnicos significativos, incluindo o design de uma bomba de urânio e plutônio. O design de implosão para a bomba de plutônio foi particularmente complexo, exigindo inovações na teoria de ondas de choque e a criação de lentes de explosão. O projeto também envolveu a construção de uma cidade em Los Alamos, onde cientistas e trabalhadores colaboraram em um ambiente social ativo.

O teste Trinity, realizado em julho de 1945, marcou a primeira explosão nuclear da história, resultando em uma explosão devastadora que confirmou a viabilidade da bomba nuclear. Oppenheimer refletiu sobre as implicações morais e éticas da criação da bomba, citando textos hindus que expressavam a dualidade do poder destrutivo da tecnologia.