00:00:00
Olá hoje nós paga aqui é mais sério eu
00:00:03
quero comentar com você e para isso eu
00:00:05
vou ler um texto que eu mesmo escrevi
00:00:07
algo que muito se diz a respeito do
00:00:10
estudo da gramática normativa da língua
00:00:12
portuguesa muito se diz que estudar
00:00:14
gramática normativa é algo opressivo ou
00:00:18
que a gramática normativa por si só é
00:00:20
elitista digamos assim né eu tenho a
00:00:23
graça assim a grande alegria de escrever
00:00:25
para uma página no Facebook chamada
00:00:27
língua e tradição Nós escolhemos lá o
00:00:30
Facebook porque é uma rede social que
00:00:33
permite textos longos e muitas vezes ele
00:00:35
o que nós fazemos são análises são
00:00:37
comentários mais extenso mas trabalhados
00:00:39
mais profundos e tudo mais justamente
00:00:41
como é o caso deste texto Então o título
00:00:44
dele o texto é da minha autoria né então
00:00:46
eu vou ler vou parar Vou fazer alguns
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comentários aqui que acho importante nós
00:00:50
fazemos esse tipo de reflexão é
00:00:53
gramática: ou professora ou Libertadora
00:00:56
interrogação Será que a gramática o
00:00:58
crime Será que existência de um o
00:01:00
sistema gramatical o primo cadernos nos
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comentários aqui se você já acompanha o
00:01:06
canal do YouTube há algum tempo você já
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viu que os meus primeiros vídeos eu
00:01:10
explico muito bem o que é gramática ali
00:01:12
tava uma fundo da questão fala que
00:01:14
existem vários tipos de gramática né
00:01:16
gramática normativa a gramática
00:01:18
histórica gramática comparativa e assim
00:01:20
por diante então nós podemos falar de
00:01:22
gramáticas de maneira geral mas o que é
00:01:25
gramática nessa palavra aí sim gramática
00:01:28
significa sistematização dos fatos da
00:01:30
língua que nós tivemos de dar uma
00:01:33
definição é sistematização dos fatos da
00:01:35
língua and grammar que significa letra e
00:01:38
a enfim mas hoje em dia se entende como
00:01:41
uma sistematização dos fatos da língua
00:01:43
então quando nós sistematizando sem
00:01:45
igual um guarda-roupa sabe aqui a gaveta
00:01:48
de meias aqui a gaveta de cuecas aqui a
00:01:51
gaveta de roupas de academia por exemplo
00:01:53
você está sistematizando o seu
00:01:55
guarda-roupa quando o nosso sistema
00:01:57
utilizamos os fatos da língua de acordo
00:02:00
é um critério nós chamamos isso de
00:02:03
gramática então a gramática normativa é
00:02:05
aquela ciência que se debruça sobre as
00:02:08
obras de autores clássicos daqueles
00:02:11
autores que detém um conhecimento Tão
00:02:14
Profundo da nossa língua que conseguem
00:02:16
bestlar da nossa língua que tem de
00:02:18
melhor de mais recursos expressivos né e
00:02:21
conseguem passar para nós ideias
00:02:23
complexas por meio deste bom domínio não
00:02:27
apenas vocabular mas também estrutural
00:02:29
então se eu pegar um exemplo Como
00:02:31
Machado de Assis Machado de Assis é um
00:02:33
autor digamos assim o concurso né Se
00:02:36
liga Portuguesa que certamente é fonte
00:02:39
deste estudo dos gramáticos Então os
00:02:42
gramáticos vão estudar a obra de outra
00:02:43
todos inclusive de Machado de Assis para
00:02:46
perceber ali o que existe de congruente
00:02:48
entre eles e dali vão se formando estes
00:02:51
corpos de normas de regras linguísticas
00:02:54
que vão faltar o que nós chamamos de
00:02:56
Norma padrão da língua portuguesa a
00:02:59
vídeos aqui a maneira mais profeta Então
00:03:02
vamos lá agora feita se este preâmbulo
00:03:04
né um dos muitos argumentos contra o
00:03:07
ensino formal da gramática normativa é
00:03:09
que ela seria elitista o meio de
00:03:12
opressão E domínio sou realmente o
00:03:15
argumento sem pé nem cabeça encontra
00:03:17
quem revele só um argumento muito comum
00:03:20
que a gente ouve inclusive dentro das
00:03:22
Universidades a gramática é elitista
00:03:25
estudar gramática é um ato de opressão a
00:03:28
gramática é usada como uma ferramenta de
00:03:31
opressão de dominante versus dominado
00:03:33
sabe aquela coisa bem assim dicotômica
00:03:36
né nossa muito mundo é muito mais
00:03:38
complexo que isso mas isso costuma ser
00:03:40
um argumento muito comum sabemos que o
00:03:42
Brasil vive um caso crônico de
00:03:44
analfabetismo funcional alguns dados
00:03:47
aqui muito chocado os últimos dados do
00:03:50
inaf que é o indicador de alfabetismo
00:03:53
funcional levantados pelo Instituto
00:03:55
Paulo Montenegro
00:03:56
evidenciam que oito por cento da
00:03:58
população é analfabeta
00:04:00
é totalmente e vinte e dois por cento
00:04:03
estão em nível rudimentar de
00:04:05
alfabetização O que que significa isso
00:04:08
signifique trinta por cento da população
00:04:09
ou seja vinte e dois por cento do
00:04:12
rudimentar mas oito por cento do
00:04:13
alfabeto não consegue fazer análises
00:04:16
simples sobre situações não familiares e
00:04:19
cotidianas
00:04:20
pessoas não saiu da pequena Esfera do
00:04:23
cotidiano ali ela já não conseguem fazer
00:04:25
análises a respeito de praticamente nada
00:04:28
realidades como inflação taxas bancárias
00:04:32
empréstimos públicos fraudulentos
00:04:34
notícias falsas veiculadas nas redes
00:04:37
sociais ou golpes aplicados por telefone
00:04:40
lição de dificílima compreensão então se
00:04:43
a coisa foge um pouquinho da alçada da
00:04:46
vida cotidiana dessas pessoas e nós
00:04:49
estamos falando de trinta por cento da
00:04:51
população brasileira É muita gente essas
00:04:53
pessoas simplesmente não sabem fazer uma
00:04:56
análise a respeito dela porque de falta
00:04:58
percepção de mundo dela a alimentação
00:05:01
não é isso é o analfabetismo funcional o
00:05:03
número também é assustador dentro das
00:05:06
Universidades Olha como o negócio o
00:05:08
buraco é mais embaixo
00:05:10
apenas 34 por cento Os estudantes são
00:05:13
proficientes No que diz respeito ao
00:05:15
domínio de linguagem da linguagem verbal
00:05:17
e numérica ou seja
00:05:20
66 por cento não estou falando da
00:05:23
população que estou falando de quem está
00:05:25
dentro das Universidades
00:05:28
66 por cento não a domina plenamente ou
00:05:31
seja não dominam a linguagem verbal e a
00:05:34
linguagem numérica vale dizer ser
00:05:37
proficiente nada mais é do que elaborar
00:05:40
textos relativamente complexos mensagem
00:05:44
descrição exposição argumentação este
00:05:46
acordo com própria nas
00:05:48
interpretar tabelas e gráficos
00:05:50
envolvendo mais de duas variáveis
00:05:52
compreendendo a representação de
00:05:54
informação quantitativa como intervalo
00:05:57
escala sistema de medidas e reconhecer
00:06:00
um sentido como em fases distorções
00:06:03
tendências projeções etc por que que eu
00:06:06
acho importante fazer esse comentário
00:06:07
quando a gente fala que só 34 por cento
00:06:10
dos Universitários brasileiros de tem um
00:06:13
nível De proficiência No que diz
00:06:15
respeito à linguagem eu não tô falando
00:06:17
que 34 por cento dos Universitários são
00:06:18
gênios entendeu Não é isso que eu tô
00:06:20
falando tô falando que 34 por cento dos
00:06:22
Universitários detém um conhecimento que
00:06:25
deveria ser o básico para que as pessoas
00:06:28
transitem no mundo de maneira geral sem
00:06:30
ficar caindo em um monte de cilada para
00:06:32
que elas sejam capazes de se defender de
00:06:35
explicar seus pontos de vista dedão ser
00:06:38
reféns dos próprios pensamentos quantas
00:06:41
pessoas não se veem presas dentro dos
00:06:43
próprios nessa mesma na própria cabeça
00:06:44
só que articular alguma coisa ela não
00:06:47
consegue a estrutura verbal para isso a
00:06:50
estrutura sintática para isso ou mesmo
00:06:53
as palavras suficientes né vocabulário
00:06:55
para isso tô nós estamos falando que
00:06:57
dentro da Universidade
00:06:59
66 por eu não estou nesse nível que
00:07:02
seria razoável digamos assim só 34 por
00:07:05
cento estão nesse nível de razoabilidade
00:07:07
pelo chamado nível De proficiência né
00:07:10
muito pouca gente muito pouca gente a
00:07:13
proficiência 34 por cento só que estão
00:07:16
nela né a proficiência implica ainda
00:07:19
conseguir fazer inferências contextuais
00:07:21
ou seja tirar conclusões lógicas a
00:07:24
partir da leitura de um texto por
00:07:26
exemplo é isso ler um texto você
00:07:28
consegue inferir alguma coisa não então
00:07:30
eu posso concluir que tá Tá e aí eu tiro
00:07:33
uma conclusão que não seja tirada sabe
00:07:35
de qualquer lugar que não seja minha
00:07:36
própria inteligência lógica tão fazer
00:07:39
inferências está lá no nível De
00:07:41
proficiência e só 34 por cento dos
00:07:44
Universitários estão neste nível imagina
00:07:46
o resto do Brasil né em outras palavras
00:07:48
proficiência Não é genialidade esse
00:07:51
nível o maior de todos os medidos
00:07:53
terminasse que a proficiência apenas
00:07:55
garante a pessoa os conhecimentos
00:07:57
mínimos para transitar no mundo sem
00:07:59
serviço a distância Tais números
00:08:02
quantificam A Mais Cruel das realidades
00:08:04
Vivemos num país em que as pessoas
00:08:07
padecem dentro da pior das prisões a
00:08:09
própria cabeça
00:08:11
e não quer dizer maior parte da
00:08:14
população brasileira não de tem esse
00:08:15
nível De proficiência que aquele a
00:08:18
partir do quarto eu sou de fato é livre
00:08:19
né para entender e para expressar aquilo
00:08:22
que está dentro da sua cabeça para
00:08:23
compreender o mundo expressaram que está
00:08:24
na sua cabeça quando dizemos que o
00:08:27
analfabeto funcional tem dificuldade com
00:08:29
a linguagem verbal isso não significa
00:08:32
apenas os percalços para redigir uma
00:08:34
prova de concurso mas para executar o
00:08:36
mais humano dos atos pensar Olha que
00:08:39
coisa interessante em grego o vocábulo
00:08:43
palavra era longos o mesmo usado para
00:08:46
pensamento razão
00:08:49
raciocínio Então veja a palavra em grego
00:08:51
Logos já incorporava todas essas
00:08:54
definições pensamento razão palavra mas
00:08:57
como assim razão e palavras são coisas
00:08:59
tão diferentes é porque elas não são tão
00:09:01
diferentes Nós pensamos por meio da
00:09:04
palavra entendi vem Continuo não à toa
00:09:07
pensamentos organizados se constroem
00:09:10
quando o um bom domínio da palavra saber
00:09:13
sabe articular as frases escolher os
00:09:16
vocábulos mais precisos criar relações
00:09:18
lógicas e desconfiar das lógicas não
00:09:22
existe raciocínio limpo e complexo
00:09:24
quando não se conhecem os meios de
00:09:26
obtê-lo Então veja quando a gente fala
00:09:29
que a população brasileira têm
00:09:30
dificuldade com a linguagem não é que
00:09:32
ela iria se dar mal no vestibular sabe
00:09:34
não é uma coisa assim é muito mais do
00:09:37
que isso é que ela tem dificuldade de
00:09:39
transitar no cotidiano nas situações do
00:09:41
cotidiano e muitas vezes acaba sendo
00:09:43
vítima das circunstâncias é isso que eu
00:09:46
estou falando de uma pessoa que não de
00:09:48
tem pleno Domínio das palavras Olha como
00:09:51
as palavras libertam né continuam ao
00:09:53
estudar orações adverbiais por exemplo
00:09:56
falamos tanto delas né que sempre o
00:09:58
canal por exemplo desperta se a
00:10:00
consciência das relações de concessão
00:10:02
que a relação de concessão condição
00:10:05
proporção conformidade fim
00:10:07
causa-consequência tempo e comparação
00:10:10
tudo ih Oi Teresa nós vamos aprender
00:10:13
como a articular essas ideias por meio
00:10:16
de palavras que palavras articulam essas
00:10:18
idéias e quando eu conheço essas
00:10:20
palavras eu começo a perceber que essas
00:10:22
relações ideológicas existem muitas
00:10:25
vezes elas nem me eram conhecidos porque
00:10:27
eu não Detinha os mecanismos básicos de
00:10:30
palavras para expressar essas relações
00:10:33
aprende-se que as relações semânticas
00:10:36
entre ideias podem ir muito além do que
00:10:38
permitem as conjunções básicas porque e
00:10:41
e Mar Não é para a população fica no
00:10:44
porque é e mar ou seja esses assassinos
00:10:46
simplesinho né porque explicitando uma
00:10:49
causa ou uma explicação o eu uma adição
00:10:51
e o mas uma oposição às quais tanto o
00:10:54
recheio os pensamentos pouco complexo e
00:10:57
vigoroso ao estudar pontuação aprende-se
00:11:01
a expressar as ideias com organização e
00:11:03
estratégia pontuação da só sei onde vou
00:11:06
respirar no meio da frase não é qual é a
00:11:08
melhor maneira de organizar meu
00:11:10
raciocínio é inscrito e comunicar meu
00:11:13
pensamento aos demais pontuação aí é
00:11:16
estratégia de organização do texto uma
00:11:19
pessoa que tem dificuldade com pontuação
00:11:21
Não é só que ela vai se dar mal no
00:11:23
vestibular ou no concurso é muito mais
00:11:24
que isso é que ela vai ter dificuldade
00:11:26
para transmitir o pensamento dela por
00:11:28
meio da escrita Olha que grave e mais né
00:11:32
para entender o pensamento dos outros
00:11:33
por meio da escrita também ao estudar
00:11:36
pronomes relativos de orações adjetivas
00:11:38
aprende a articular as qualidades de um
00:11:41
ser no contexto em que ele se insere e
00:11:43
aqui a explicação seria muito longo mas
00:11:45
enfim as orações adjetivas são bastante
00:11:47
úteis no que diz respeito a essa
00:11:49
articulação das qualidades do ser
00:11:51
evidentemente um leitor ávido não armas
00:11:53
Eu leio muitos estudar gramática
00:11:55
evidentemente um leitor ávido pode
00:11:58
aprender a reproduzir por uma espécie de
00:12:00
osmose a dinâmica formar o seu idioma a
00:12:03
pessoa lê tanto Nossa é tão para chamar
00:12:05
celular por Nelson Rodrigues por exemplo
00:12:07
que ela já mente consegue copiar o
00:12:08
estilo do Nelson Rodrigues ela acerta a
00:12:10
maior em situações ele que ela meio que
00:12:13
vai por intuição É verdade no entanto
00:12:15
não resta dúvida de que estudá-lo
00:12:18
didaticamente estudar seu idioma
00:12:20
didaticamente é como acender a luz de um
00:12:23
quarto escuro o que outrora era apenas
00:12:26
uma experiência tátil e intuitiva ganha
00:12:29
cor e contorno Olha isso é muito sério
00:12:32
mesmo uma pessoa que está acostumado a
00:12:35
ler com alguma frequência essa pessoa
00:12:38
ainda que ela tem alguma intimidade com
00:12:39
o idioma é como se ela estiver como se
00:12:42
ela estivesse num quarto escuro tá
00:12:44
tirando assim as coisas a partir do
00:12:46
momento em que ela entende as
00:12:48
engrenagens da gramática normativa do
00:12:50
idioma dela do ponto de vista formal é
00:12:53
como se alguém acendesse essa luz dessa
00:12:55
sala e ela consegue não apenas divisar
00:12:58
as formas que ela pega um tweet vamente
00:13:00
de forma tátil ali mas ela consegue
00:13:02
perceber os contornos onde acaba que os
00:13:05
forma tem como que é qual é a cor Qual a
00:13:08
diferença daquele Tom para este Tom aa é
00:13:11
daquele branco é diferente daquele que é
00:13:13
diferente daquele por exemplo olha como
00:13:15
existem outras variáveis aí que passam a
00:13:17
ser percebidas apenas depois que você
00:13:20
conhece o a língua do pão de vista
00:13:21
formal Como pode tudo isso o primeiro
00:13:23
alguém imagina conhecer estudo que eu
00:13:27
estou dizendo a você é oprimir alguém
00:13:29
não aprenda a estudos que vai ser muito
00:13:31
Oprimido com sentido disso não é
00:13:34
evidente ser exatamente o oposto
00:13:36
privaram o indivíduo de tal estudo
00:13:39
dizendo-lhe que se trata de prática
00:13:41
elitista e opressiva contra ele mesmo é
00:13:45
sentenciá-lo a o quarto escuro da
00:13:47
própria cabeça embaralhada não vai
00:13:49
aprender gramática não que o negócio
00:13:50
muito opressivo é um negócio se sentir
00:13:53
muito mal muito Oprimido se você
00:13:54
aprender isso e é a pessoa fica ali
00:13:56
presa no quarto escuro da própria cabeça
00:13:58
né cujo mecanismo de libertação se chama
00:14:01
linguagem e o estudo formal da linguagem
00:14:04
é negar-lhe uma potente arma sob o
00:14:07
argumento de o proteger não não compre
00:14:09
armas que assim você vai Tá mais
00:14:10
protegido né e vai sentir nenhum mas que
00:14:13
proteção é essa como pode ser opressivo
00:14:16
o estudo disciplinador da mente e
00:14:18
polidor do espírito um estudo que
00:14:21
oferece meios de organizar os
00:14:22
pensamentos tô te dando mecanismos
00:14:24
formais para você organizar seus
00:14:27
pensamentos comunicar seus pensamentos
00:14:28
como isso tudo poder oprimir alguém Qual
00:14:31
que é o sentido disso que tira o
00:14:32
indivíduo da situação de vítima da
00:14:35
língua tornando o seu senhor eu sou da
00:14:38
gente vítima do idioma ela deixa de ser
00:14:40
vítima daquele tanto de palavra
00:14:41
embaralhada que ela vem tudo quanto é
00:14:43
lugar afogada naquele meio ela passa a
00:14:45
senhora das palavras a domina as
00:14:47
palavras como estou preciso meu Deus do
00:14:49
céu e aí pra finalizar é conveniente é
00:14:53
conveniente demonizar o estudo formal do
00:14:56
idioma quando estamos tão longe de
00:14:58
resolver as imensas consequências de sua
00:15:01
falta Então veja nós vivemos num país de
00:15:04
analfabetos funcionais
00:15:06
Oi hoje analfabetos totais né uma parte
00:15:09
minúscula detento nós chamamos de nível
00:15:11
De proficiência da linguagem que que é
00:15:13
mais fácil e discutir é mais fácil fala
00:15:15
assim não aprendeu isso isso vai oprimir
00:15:17
vocês imagina gramática elitista eu
00:15:20
precisava ou como diz o povo aqui da
00:15:22
minha terra pegar no chip do
00:15:24
segurar ali nos de falar o ruim
00:15:26
enfrentar esse negócio aqui e enfrentar
00:15:28
de fato esse problema fica mais
00:15:29
conveniente
00:15:31
entendi já não pode cair nesse tipo de
00:15:33
armadilha de pensamento não faz sentido
00:15:36
isso é absolutamente ilógico
00:15:37
evidentemente o desenrolar natural de
00:15:40
dominar a própria língua e comunicar-se
00:15:42
melhor EA boa comunicação como sabemos é
00:15:45
a maior qualidade buscada pelo mercado
00:15:47
de trabalho pode pegar as listas
00:15:50
divulgadas por todos os órgãos
00:15:52
internacionais Quais são as maiores
00:15:54
qualidades procurados no mercado de
00:15:56
trabalho número um comunicação
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comunicação e Isso evidentemente implica
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dominar os mecanismos né formais da
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própria língua quanto mais a menina mais
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você tem tem formas de se comunicar
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melhor E aí eu digo para você não não
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mas isso é elitista e Letícia dizer que
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você não pode aprender isso entendi e aí
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eu quero fazer uma reflexão final aqui e
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a boa comunicação como sabemos é a maior
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qualidade buscada pelo mercado de
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trabalho diante disso o efeito ou
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corrente aos que tem tem domínio
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linguístico é o aumento das chances de
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ascensão social quanto mais você domina
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a língua e sabe se expressar bem maior a
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sua chances de ascensão social não
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porque você está oprimindo os outros
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estão não por opressão aos outras mas
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por porte de uma habilidade disputada
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sim dominar a gramática é mesmo meio de
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opressão E domínio ou pressão a
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escuridão seu prima escuridão E domínio
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desse domínio de si mesmo então quer
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dizer pessoal quando eu escrevi esse
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texto eu estava pensando justamente o
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seguinte e o argumento das pessoas é que
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quem domina a gramática normativa ficou
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primindo quem não domina as vezes é isso
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né as vezes que a gramática e Cia
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opressor E aí é uma salada de
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argumentação olha se uma pessoa usa o
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domínio da língua para oprimir a outra a
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culpa não é de todo esse conjunto
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Libertador que é o estudo da gramática
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que tem a culpa da pessoa que a gente
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tem que parar de criar esses Monstros
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abstratos fala nossa a gramática EA
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gramática gramática eu preciso aprender
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a gramática na gravação existe entendeu
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Não dá para segurar a gramática
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substantivo abstrato Então em vez de nos
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colocarmos a culpa neste ente abstrato e
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difuso pela sociedade assim moço que a
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gente tem que conversar colocar a culpa
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nas pessoas
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pulando praticou preconceito assim assim
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assim encontra beltrano ter beltrán
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Trocou mas por mais por exemplo uma
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pessoa que não tinha acesso a estudo
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nenhum a pessoa é culpada A culpa não é
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do estudo formal da língua estudo formal
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da língua é Libertador a e os dados
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vinagre mostram aí e as consequências
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dos dados do inaf mostram isso para nós
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e o mercado de trabalho Mostra aí para
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nós então se eu pego uma pessoa e digo a
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ela que ela não deve aprender esse
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negócio de gramática normativa porque
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isso é opressivo eu é que estou sendo
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opressora entendi eu é que estou sendo
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Professora porque eu estou tirando
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daquela pessoa o que tem de mais
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precioso dentro do mercado de trabalho e
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aqui o mercado de trabalho francamente é
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um argumento que acaba por ser mais
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chamativo digamos assim mas eu estou
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falando da vida de maneira geral alguém
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que consegue articular os próprios
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pensamentos de formular as próprias
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ideias defender as próprias ideias e
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consegue contrapor a sua ideia a ideia
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de outra e ver o que elas têm de
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convergente o que elas and divergent
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consegue polir o próprio pensamento
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porque detém os mecanismos formais para
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isso essa pessoa muito mais livre a
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pessoa muito mais livre Então Voltando à
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pergunta e a gramática opressor ou
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Libertadora a quem interessa dizer que
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ela é o professora
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e a quem interessa a
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E aí