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E aí
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[Música]
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e o na ordem do dia de hoje vai falar da
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lei
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10639/2003
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que torna obrigatório o ensino da
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história e cultura afro-brasileira e
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africana em todas as escolas públicas e
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particulares do Ensino Fundamental até o
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ensino médio mas essa lei não dispõe
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sobre uma educação anti-racista que é um
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tema imprescindível para todos nós quem
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Conversa comigo sobre este tema é Bruna
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melauro coordenadora de Relações raciais
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e pille do alicerce educação Olá Bruna
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tudo bem com você Oi gente Tudo Certo
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prazer tá aqui conversando contigo
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prazer é todo nosso muito obrigada viu
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nem é então você pode ajudar a gente a
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entender né Como que é o ensino
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obrigatório por força de lei e o que é
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uma educação anti-racista
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em
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Piraju Muito legal essa essa pergunta né
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a pensão ensino obrigatório às vezes
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parece né uma legislação Unity Vista mil
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policiadora é porque afinal de contas o
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ensino tem que ser obrigatório mas pra
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trazer uma luz para ele ser para esse
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lugar eu gosto de lembrar de um ele
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também um pedagogo dermeval saviani e
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ele usa a teoria da curvatura da vara
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para falar sobre teorias pedagógicas mas
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eu vou usar o Rubão um pouquinho esse
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conceito para falar sobre teorias
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pedagógicas e além conteúdos e
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currículos não é
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quando a gente tem uma vara pensa uma
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vara de bambu tá curvada para um lado se
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a gente quer que ela volte a ficar no
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centro não é necessário não é apenas
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necessário que a gente volta lá para o
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centro se precisar voltar ela para o
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extremo osso para gente conseguir traz
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ela para o centro então pensar no ensino
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obrigatório desde conteúdos e de
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História de África é prazer essa
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curvatura da vara para o outro extremo
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oposto né muitos e muitos anos a gente
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teve uma cultura EA história de África e
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das populações afrodescendentes apagada
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silenciadas invisibilizados Então traz
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essa obrigatoriedade nesse momento é
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fundamental para a gente conseguir né
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mudar um pouco essa curvatura da vara
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esse ponto que você traz sobre
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anti-racismo ainda mais interessante né
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porque quando a gente pensa a história
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de África muito comum que a gente
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imagine isso no estado no conteúdo
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curricular da história é mais a história
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de África a história da biologia a es a
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filosofia A História da Geografia a
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história da ciência de um modo geral a
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história das línguas então reduzir o
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conteúdo ensino de história e cultura
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africana as aulas de história é muito
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limitante educação anti-racista
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pressupõe uma ação integral e intenso em
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que os Estais com certeza e Bruna você
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acredita que uma formação anti-racista
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faz um professor identificar casos de
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racismo com mais facilidade na escola
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sem dúvida sem dúvida aqui o recuo a uma
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outra pedagogo Avenida de gripe ela tem
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uma
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é muito interessante dentro de ser né da
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educação anti-racista e ela diz que o
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primeiro passo para uma ação anti
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racista dentro da sala de aula é o
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professor primeiro Professor preto se
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reconhecer encontra uma pessoa negra e
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gostar de ser essa pessoa negra e
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segundo ter essa consciência
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de que é é necessário é esse trazer esse
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olhar para todo o que acontece na sala
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de aula às vezes vendo um formato de uma
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piada ver no formato de uma brincadeira
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vem no formato de um momento que o
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professor não tá na sala de aula vende
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bala no Recreio Então essa formação de
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racista do professor em formação
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Inicial e continuada
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anti-racista que pressupõe a sanção Essa
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pesquisa é fundamental para identificar
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esse racismo velado que vai para além
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dos conteúdos da Ah sim com certeza e
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não só com o professor minha de repente
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ali numa situação até entre os alunos né
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Complicado né sim e são muito comuns
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mesmo muito forma de brincadeira mas é
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necessário que o professor haja nessa
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situações sim com certeza inclusive
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outra discussão assim recorrente na
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sociedade só sobre os termos racistas né
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que são usados de forma até estrutural e
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que devem sair do nosso vocabulário
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então você pode falar um pouquinho sobre
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isso assim por quê que isso tem sido tão
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compatível
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e é eu penso que isso está começando a
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ser combatido eu acho que a gente ainda
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tem muita coisa para caminhar
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uma sociedade né pensando em puro de uma
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sociedade pós-racial ou seja uma
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sociedade e superou as distinções de
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classe que vai ser mais ou menos o que
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muita gente diz que a não importa a cor
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da pele a cor da pele para mim é igual a
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cor do cabelo não Deus faz a pessoa ou
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morenas muda nada eu gostaria muito de
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viver nessa sociedade Essa sociedade
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potencial só que ela ainda não é uma
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realidade a gente está trabalhando por
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construir essa Essa sociedade de uma
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sociedade pós-racial até o nosso a nossa
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língua vai ser reconfigurada até a nossa
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língua vai ser outra eu tenho que existe
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um termo existe uma palavra
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a inspeção
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Existe um ditado ou mesmo uma tinha uma
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anedota uma fábula que será que o fenda
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que
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seja racista né que é coloque diminua a
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vida de alguém tudo isso tem que ser
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repensado e tudo isso tem que ser
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reconfigurado não só língua como os
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espaços a gente precisa repassar assim
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quase monumentos a gente cultura no
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espaço aqui que a gente transita Quais
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pessoas são homenageados os nomes das
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suas nas estátuas Então tudo precisa
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Essa sociedade possa se ao tudo vai
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precisar ser
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reconfigurado
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incorporar todo mundo mesmo dentro dessa
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sociedade mais igualitária Com certeza e
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Bruna você pode dar dica assim de como
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que os professores podem começar a
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trabalhar com e outras questões dentro
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da sala de aula
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e olha a o primeiro primeiro passo
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sociedado é estudo
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professor é eterna a profissão do estudo
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né Não dá para gente ir sinal que a
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gente não sabe então não precisamos de
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estudo
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leituras pesquisas a atualmente a gente
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já tem muita coisa academia tem avançado
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bastante nesse sentido com a lei de
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cotas cada vez mais pessoas negras tem
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entrado nesses espaços
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então e eu que a gente quer agora é para
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além de adentrar os passos academia como
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aluno essas pessoas sejam professores a
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gente quer cada vez mais professores
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negros então ouvi a voz desses
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professores é fundamental eu posso
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indicar a própria benilda de Brito e
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Silvia Almeida que é uma grande
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referência no Brasil também a de Jamila
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lélia Gonzalez Conceição Evaristo
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O que é uma uma leitura para além do
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conteúdo né Para Além do técnico mas
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essa ampliação de repertório né ver como
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uma concepção de vida se inscrever
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vivências de uma mulher negra e vai
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trazer uma certeza para sala de aula
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perfeito e para lá para gente finalizar
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aqui o nosso bate-papo Eu gostaria que
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você falasse né que o alicerce educação
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ele cria um núcleo para poder aprofundar
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esse tema né Outra um pouquinho para a
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gente do trabalho de vocês porque ali
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você sabe que se a menina dos meus olhos
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né esse projeto quando
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quando a gente teve a ideia de criar um
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tele e foi não gatilho muito muito
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específico a gente ele faz tem um
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propósito muito grande e muito bonito né
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de resgatar esse GAP Educacional que as
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escolas têm deixado e ele faz isso de
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uma forma muito potente é um jovem
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universitário das melhores universidades
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do país e coloque em contato direto na
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sala de aula com os alunos da Rede
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Pública de Educação Básica com maior
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defasagem vulnerabilidade escolar ver
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desse contato por si só é muito rico mas
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no Brasil nesse país nesse contexto
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específico a gente sabe que
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esses aluno da Educação Básica que mais
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tem defasagem de mais cinco merabilidade
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escolar ele tem cor e esse jovem
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universitário e né frequenta as melhores
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universidades aí ele também tem corpo e
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vamos lembrar de branco também a cor
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então o contato desses alunos negros com
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esses professores majoritariamente
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brancos que é também uma missão do Ipe
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ler a gente está conseguindo trazer cada
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vez mais professores né um
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trabalho incrível
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Mas o problema se já exatamente desse
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ideia de como passar essa relação racial
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de dentro da sala de aula como pensar um
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professor com o aluno como pensar um
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aluno entre outros alunos um pensar
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professores entre outros professores
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colocando a raça como centro dessas
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relações e o que a grandioso do estilete
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que a gente consegue expandir para lenda
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do chão da sala de aula gente consegue
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pensar esse dentro do espaço corporativo
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do próprio alicerce como pensar raça uma
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relação entre espia como pensar a raça
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numa relação de contratação como pensar
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raça dentro do nosso Banco de Talentos
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enfim quem vai ser produzido que não vai
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plano de carreira etc a gente consegue
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atuar de maneira transversal
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o alicerce e inspirando outras empresas
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em outras escolas para se não só tem a
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nossa parceria neste quem seus próprios
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núcleos que ele né a gente tem muita
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essa função de incubadora também porque
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aquele universo aquele núcleo tenha um
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grupo pensando essas relações também ali
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dentro
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inclusive Bruna ouvindo você falar ela
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peça desculpas porque eu te apresentei
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como é coordenadora de Relações raciais
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e PIB do alicerce a equipe lê né
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tem uma história legal porque epilê é um
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nome em iorubá
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então por isso gera essa essa confusão e
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Pimenta dadas correções de tradução é é
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o que significaria alicerce em orubá a
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gente Traz essa referência né dessa
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língua bantu dessa língua ancestral
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africana para justamente com o objetivo
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de re e até a nossa língua que legal aí
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tá vendo Sempre aprendendo né Bruna olha
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muito obrigada viu por todas as suas
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explicações seus ensinamentos EA gente
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também queria parabenizar o trabalho de
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vocês viu muito sucesso e que a galinha
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que agradeço um convite É uma honra
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compartilhar e fazer essas vozes chega
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mais longe muito obrigada Bruna e o
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programa de hoje fica por aqui até a
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nossa próxima edição tchau tchau
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E aí